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FARMÁCIA CLINICA E HOSPITALAR
Profa. Ms. Eliana Rodrigues de Araújo
2021.2
A prática da semiologia farmacêutica
É fundamental explorar a semiologia enquanto ciência que contribui na constatação de situações de risco
à saúde do paciente, pelo farmacêutico. Para tanto, o farmacêutico deverá entender duas definições
básicas:
Sintoma se refere às moléstias ou sensações subjetivas da enfermidade, tais como: dor, náuseas e
tontura. Observe que nesta definição se utiliza o termo moléstia e não doença, pois aquela se relaciona
mais intimamente com sintoma, visto que se desconhece a patogenia. O paciente relata seus sintomas
na anamnese realizada por qualquer profissional de saúde, inclusive o farmacêutico.
Já os sinais são manifestações objetivas ou físicas de uma doença que o profissional de saúde identifica
ou provoca e, para tanto, utiliza seus órgãos dos sentidos. Ou seja, são dados comprovados e extraídos
de uma avaliação, tais como: a pressão arterial, o pulso, a respiração e a temperatura.
Exemplos de perguntas que podem facilitar a abordagem
1) O que o(a) Sr.(a) está sentindo?
2) Há quanto tempo estes sintomas apareceram?
3) Como o(a) Sr. (a) classifica a gravidade do sintoma?
4) O(a) Sr. (a) percebe se algum fator precipita, desencadeia ou 
agrava o sintoma?
5) O (a) Sr. (a) já sentiu alguma vez sintomas como este?
6) O que o(a) Sr.(a) fez para tratar estes sintomas?
7) Se usou algum medicamento, qual o nome do 
medicamento?
8) Qual o resultado obtido com o uso do medicamento?
9) O(a) Sr.(a) tem algum outro problema de saúde?
10) O(a) Sr.(a) usa algum outro medicamento?
11) O(a) Sr.(a) apresentou algum sinal específico além do 
sintoma, tais como sangramento, etc.?
12) O(a) Sr.(a) tem alergia a algum medicamento? Qual o 
medicamento?
13) A Sra. está grávida ou amamentando?
14) O(a) Sr.(a) faz alguma dieta especial?
O acompanhamento farmacoterapêutico é uma atividade que pretende otimizar os
resultados da farmacoterapia nos aspectos da efetividade e segurança. Trata-se de um serviço
profissional que tem por objetivo a detecção de problemas relacionados com os
medicamentos (PRM) para prevenção e resolução de resultados negativos associados aos
medicamentos (RNM)1,2.
Seguimento / 
acompanhamento farmacoterapêutico
Dessa forma, o acompanhamento farmacoterapêutico é uma prática assistencial
que tem como foco:
1. avaliação constante dos efeitos dos medicamentos para verificar se estão atingindo o 
propósito sem causar problema adicional;
2. tomada de decisões que promovem o alcance dos objetivos terapêuticos planejados 
com o uso dos medicamentos.
METODOS DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPEUTICO
SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação, Plano)
PWDT (Pharmacist’s Workup of Drug Therapy)
TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring)
Dáder (Seguimento Farmacoterapêutico)
SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano)
Este método é amplamente empregado por profissionais da saúde, tendo como ponto 
positivo seu fácil entendimento por qualquer desses profissionais (HURLEY, 2004; ROVERS 
et al., 2003). Cada termo refere-se a uma parte do processo de atendimento do usuário, 
com atividades específicas a serem realizadas.
Dados subjetivos: Nesta etapa do procedimento, devem ser registradas as informações
obtidas do usuário ou cuidador ou, se for o caso, de históricos de prontuário, as quais não
se constituem conhecimento objetivo. No caso da abordagem farmacêutica, deve-se
buscar informações pertinentes a problemas com o uso de medicamentos e a relação
destes com a enfermidade.
Dados objetivos: Referem-se à obtenção de dados objetivos, como sinais vitais, resultados de exames
de patologia clínica, achados de testes laboratoriais e de exame físico realizado pelo profissional
habilitado para tal.
Avaliação dos dados: Com base nos dados subjetivos e objetivos, o farmacêutico deve identificar as
suspeitas de problemas relacionados com medicamentos. Após, deve verificar o que pode ser
realizado para a resolução desses problemas e quais intervenções farmacêuticas que podem ser
adotadas.
Plano: De posse da análise das informações e do planejamento das condutas a serem realizadas, em
conformidade com o perfil do usuário, o farmacêutico deve apresentá-las a este último, buscando o
estabelecimento de um acordo para a implementação do plano. Caso os problemas relacionados com
medicamentos necessitem da avaliação do prescritor, o usuário deverá ser informado dessa
necessidade. Também deve-se estabelecer, em conjunto, a forma de realizar a monitorização dos
resultados do plano a ser implementado, principalmente se houver novas modificações em prescrição
de medicamento ou no quadro do usuário, instaurando-se, desta forma, o ciclo de atendimento.
Os alunos deverão pesquisar sobre os seguintes acompanhamentos 
farmacoterapeuticos:
PWDT (Pharmacist’s Workup of Drug Therapy)
TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring)
Dáder (Seguimento Farmacoterapêutico)
Atividade em aula!!!!
Referências
https://www.saude.df.gov.br/wpconteudo/uploads/2018/04/GUIA_Boas_Praticas_Farma%CC%81cia_Hospitalar_SES_D
F_-_maio-2020_finalizado.pdf. Acesso em: 12/09/2021
https://www.saude.df.gov.br/wpconteudo/uploads/2018/04/GUIA_Boas_Praticas_Farma%CC%81cia_Hospitalar_SES_DF_-_maio-2020_finalizado.pdf
https://www.saude.df.gov.br/wpconteudo/uploads/2018/04/GUIA_Boas_Praticas_Farma%CC%81cia_Hospitalar_SES_DF_-_maio-2020_finalizado.pdf
FARMACOVIGILÂNCIA
Profa. Ms. Eliana Rodrigues de Araujo
A ciência e as atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e
prevenção dos efeitos adversos e quaisquer outros problemas associados
a medicamentos.
(OMS,2002)
Conceito RDC 04/2009 Art. 2º; Portaria CVS 05/2010 Art. 2º
www.cvs.saude.sp.gov.br
Reação Adversa
Efeito atribuído 
ao Medicamento
Suspeita de 
Reação Adversa
Evento 
Adverso
ERROS DE 
MEDICAÇÃO
GENÉTICA
ADESÃO
DOENÇA
OUTROS 
MEDICAMENTOS MEIO 
AMBIENTE
OUTROS
FATORES
DIETA
EVENTO 
ADVERSO
É qualquer ocorrência
médica adversa que se apresente 
durante o tratamento com um produto 
farmacêutico mais que não necessariamente 
guarda uma relação casual com o tratamento.
The Uppsala Monitoring Centre: www.who-
umc.org/umc.html
http://www.who-umc.org/umc.html
http://www.who-umc.org/umc.html
Reação 
Adversa a
Medicamento
É uma resposta nociva e não intencional ao uso 
de medicamento e que ocorre em doses 
normalmente utilizadas em seres humanos para a 
profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doenças.
(OMS, 1972)
Na RDC 04/2009 os eventos adversos são 
classificados como:
Suspeita de 
Reações Adversas a 
Medicamentos;
Eventos Adversos 
por desvios da 
qualidade de 
medicamentos;
Eventos Adversos 
decorrentes do uso 
não aprovado de 
medicamentos;
Interações 
medicamentosas;
Inefetividade 
terapêutica, total 
ou parcial;
Intoxicações 
relacionadas a 
medicamentos;
Uso abusivo de 
medicamentos;
Erros de 
medicação, 
potenciais e reais;
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Classificação 
da RAM
quanto a 
Gravidade
✓FATAL OU LETAL
✓GRAVE
Hospitalização (ou prolongamento da mesma)
Incapacidade funcional significativa ou
persistente Anomalia congênita
Evento clínico significativo Ameaça à vida 
(ou risco de morte)
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Reação Urticariforme
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Necrólise EpidermicaTóxica
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Reação no músculo deltóide a um medicamento IM
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Sangramento Gástrico
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Erro de Medicação
• Qualquer evento evitável que pode causar dano ao paciente ou levar ao 
uso inadequado do medicamento.
Distribuição
Prescrição
Dispensação
Mistura / Preparo Administraçãowww.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Síndrome de Nicolau: La inyección intraarterial accidental de
inmunobiológico de uso intramuscular puede causar intensa
vasoconstricción arterial distal y complicarse con trastornos
neurológicos y necrosis.
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Erro de Medicação
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Erro de Medicação
Metrotexato oral e aplasia medular grave
✓ Esses erros têm ocorrido devido a interpretação incorreta da
prescrição: a dose oral de 7,5mg foi administrada diariamente, e
não uma vez na semana como deveria. Essas sobredoses
provocaram a ocorrência de aplasia medular grave ou fatal.
✓Durante o uso, recomenda-se realizar análises hematológicas,
hepáticas e renais devido à risco de toxicidade.
Fonte: ://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/informes/2004/informe_3.htm
http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/informes/2004/informe_3.htm
Dimensão do problema
• www.who.int/patientsafety/about/en/index.html
✓ 1 em 10 pacientes hospitalizados sofrem dano
devido a problemas no cuidados à saúde em países em desenvolvimento
✓67% das prescrições de medicamentos apresentam um ou mais erros; 46%
dos erros ocorrem em novas recomendações na internação e na alta
hospitalar;
✓25.000 a 30.000 eventos adversos, passíveis de prevenção, que levaram a
incapacidade permanente em pacientes na Austrália (2006):
✓11% problemas de comunicação
✓6% habilidade profissional
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.who.int/patientsafety/about/en/index.html
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Tipos de erros de medicação
✓ Técnica incorreta (tempo de infusão diferente do especificado para 
determinados produtos)
✓ Esquecimento 
✓ Letra ilegível
✓ Duplicidade terapêutica Interação
✓ Falha técnica no equipo Monitoração inadequada
✓ Erro no preparo
✓ Uso Off –Label
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Atenção: os casos clínicos são fictícios devido a 
confidencialidade, conforme a Portaria CVS 05/2010
www.cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
Tratamento 
das RAM
• Suspensão da administração do medicamento,
• temporária ou definitiva.
• Redução da dose.
• Administração de outros medicamentos ou medidas 
terapêuticas que reduzam ou anulem os efeitos 
adversos.
CASCATA
IATROGÊNICA
1. O medicamento prescrito produz uma reação
adversa
2. Prescreve-se um medicamento para tratar 
esta reação adversa, e este novo
medicamento,por sua vez, produz uma outra 
reação adversa
3. Prescreve-se outro medicamento para tratar 
a última reação adversa, e assim
sucessivamente
EXEMPLO DA 
CASCATA
IATROGÊNICA
✓ IECA (HAS) produz tosse seca
✓ Codeína (tosse seca) produz constipação
✓ Laxante (constipação) produz dor abdominal
✓ butilescopolamina (dor abdominal) produz 
distúrbio cognitivo
✓ Cinarizina (distúrbio cognitivo) 
produz depressão
✓ Fluoxetina (Depressão)....
Secretaria de Estado da Saúde 
Centro de Vigilância Sanitária 
Núcleo de Farmacovigilância
Av Dr. Arnaldo, 351 – anexo 03 – 5º andar
CEP 01246-901 – Cerqueira César – São Paulo / SP
Fone: (11) 3065 4739 Fax: (11) 3065 4744
E-mail: farmacovigilancia@cvs.saude.sp.gov.br
www.cvs.saude.sp.gov.br
mailto:farmacovigilancia@cvs.saude.sp.gov.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/
MUITO OBRIGADA!!!!!!
Prática do cuidado 
 
 
 
 
 
 
Profa. Ms. Eliana Rodrigues de Araujo 
 
 
Agora vamos aplicar na prática as cuidados que aprendemos 
 
 
Agora vamos aplicar na prática as cuidados que aprendemos 
A seguir será passado as atividades relacionados ao cuidado do 
paciente e você irá determinar qual prática pertence 
 
 
Prática do cuidado 
Maria Luiza, 56 anos, após consulta médica na qual foi diagnosticado com DM tipo 
2,recebe uma receita com prescrição de Metformina 500mg, duas vezes ao dia. 
Qual prática pertence e como você farmacêutico atenderia essa cliente? 
Prática do Cuidado 
 
Senhor José, 45 anos, com diagnóstico de artrite reumatoide sai de alta com a seguinte 
prescrição: 
Metotrexato 2,5 mg 8 comprimidos às quartas feiras, 
ácido fólico 5 mg 1 comprimido na quinta-feira; 
omeprazol 20 mg todos os dias em jejum. 
 
Qual a prática do cuidado pertence e como você resolveria? 
Prática do Cuidado 
 
Dona Joana, 65 anos com colesterol alto, passa no médico da UBS que lhe prescreve 
sinvastatina 20 mg 1 comprimido à noite. A mesma faz acompanhamento com 
cardiologista, que lhe prescreve atorvastatina 20 mg 1 comprimido ao dia. 
 
Qual a prática do cuidado pertence e como você resolveria? 
 
 
 
 
 
Prática do Cuidado 
No ambulatório da cardiologia chega seu Paulo, 65 anos, com diagnóstico de hipertensão 
arterial sistêmica, em uso de Captopril 25mg 1 vez ao dia. 
O farmacêutico que acompanha mensalmente este paciente avalia que a meta de 
pressão arterial, proposta no início do tratamento, não foi atingida, após 2 meses de uso 
do medicamento. Ao analisar os dados informados pelo paciente, chega à conclusão que 
o mesmo está tomando o medicamento de forma correta. 
 
Qual a prática do cuidado pertence e como você resolveria? 
 
 
 
 
Prática do Cuidado 
Paciente, 28 anos, sepse de foco urinário, em uso de tazobactan + piperaciclina 4,5g 8/8h. 
Após análise do exame bioquímico de creatinina e o cálculo da estimativa de clearance de 
Creatinina, o farmacêutico avalia que a dose do antibiótico está acima da recomendada, 
causando risco à paciente. 
 
Qual a prática do cuidado pertence e como você resolveria? 
 
 
 
Referências 
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação 
Permanente. 
Comissão Assessora de Farmácia Clínica. 
Farmácia Clínica. / Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: Conselho 
Regional de 
Farmácia do Estado de São Paulo, 2019. 2ª edição. 
FARMÁCIA CLINICA E HOSPITALAR
Profa. Ms. Eliana Rodrigues de Araújo
2023
INTRODUÇÃO A FARMÁCIACLÍNICA
~1900 Boticário
1920 – 1930
Industrialização
1960
Farmácia clínica
1970
AtualmenteFarmácia clínica 
Atenção farmacêutica 
Cuidado farmacêutico
Medication Therapy Management (MTM) 
Seguimento farmacoterapêutico 
Assistência Farmacêutica
O que é Farmácia clinica???
O que é atenção farmacêutica???
Entendendo ostermos
Atenção Farmacêutica
Modelo de prática profissional em que o
farmacêutico assumir a responsabilidade
de atender as necessidades dos
pacientes em relação ao emprego de
medicamentos e que o permita alcançar
os resultados concretos em resposta a
terapêutica prescrita, além de contribuir
para a melhoria da qualidade de vida do
individuo.
Farmácia clínica
Especialidade da área da farmácia cuja
responsabilidade é a promoção do uso
racional de medicamentos e apropriado
dos medicamentos, tendo o individuo
como foco.
x
“Atenção farmacêutica é a provisão responsável do 
tratamento farmacológico com o propósito de 
alcançar resultados concretos que melhorem a 
qualidade de vida dos pacientes”.
(Hepler & Strand,1990)
Serviços farmacêuticosclínicos
Informações sobre 
medicamentos
Identificação e resolução de 
problemas relacionados com 
medicamentos
Aconselhamento
Gestão da farmacoterapia
Adesão a terapêutica
Prevenção de 
doenças
Educação em saúde
Rastreio de doenças
Revisão da utilização 
de medicamentos
Gestão da patologia 
Para doenças crônicas
Participação em decisões
terapêuticas junto a equipe
Prescrição
Serviços farmacêuticos clínicos
Serviços farmacêuticos 
destinados ao individuo
Gestão da farmacoterapia
Participação em decisões terapêuticas junto a equipe
Revisão da utilização de medicamentos
Identificação e resolução de problemas relacionados 
com medicamentos
Gestão da patologia para doenças crônicas 
Adesão a terapêutica
Prescrição 
Aconselhamento
Serviços farmacêuticos destinadosAo coletivo/comunidade
Educação em saúde
Rastreio de doenças
Prevenção de doenças
Informações sobre medicamentos
Promoção a saúde
A farmácia clínica para ser reconhecida como prática profissional 
Precisa seguir um mínimo de regras:
✓ Identificação de uma necessidade
✓ Método focado no paciente/cliente (coletivo ou individual)
✓ Cuidado como forma de atenção
✓ Assunção de responsabilidades especificas quanto a identificação e
propositura de resolução ou prevenção de problemas relacionado a
terapêutica farmacológica
✓ Registros sistemático das atividades e avaliação de resultados
VAMOS APRENDER A PRÁTICA DO CUIDADO
Curso: Farmácia
Disciplina: Farmácia clínica e hospitalar
SURGIMENTO DOS HOSPITAIS E A 
ESTRUTURA DAFARMÁCIA
HOSPITALAR
Derivada do latim "hospes", que significa hóspede, 
dando origem a "hospitalis" e a "hospitium" que
designavam o lugar onde se hospedavam na
Antiguidade, além de enfermos, viajantes e peregrinos.
Quando o estabelecimento se ocupava dos pobres,
incuráveis e insanos, a designação era de 
"hospitium", ou seja, hospício, que por muito tempo 
foi usado para designar hospital de psiquiatria.
Surgimento dos Hospitais
Surgimento dos Hospitais
• Na Roma Antiga foram criados os primeiros hospitais militares, fato que
evoluiu, na Idade Média, para a introdução do conceito de Assistência
social na doença, passando por profundas mudanças somente no século
XIX, com a assepsia e cirurgias por Joseph Lister;
• O primeiro hospital do Brasil e da América do Sul data de 1543 – Santa
Casa da Misericórdia de Santos, onde os enfermos eram cuidados por
freiras e religiosos;
Santa casa de Misericórdiade 
Santos em 1936
Fonte: www.novomilenio.inf.br
http://www.novomilenio.inf.br/
"O hospital é parte integrante de uma organização Médica e 
Social, cuja função básica, consiste em proporcionar àpopulação 
Assistência Médica Sanitária completa, tanto curativa como 
preventiva, sob quaisquer regime de atendimento, inclusive o 
domiciliar, cujos serviços externos irradiam até o âmbito familiar, 
constituindo-se também, em centro de educação, capacitaçãode 
Recursos Humanos e de Pesquisas em Saúde, bem como de 
encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e 
orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados 
tecnicamente." (Ministério da Saúde)
“O hospital é um elemento organizador de carátermédico-social, 
cuja função consiste em assegurar assistência médica completa, 
curativa e preventiva a população, e cujos serviços externos se 
irradiam até a célula familiar considerada em seu meio; é um 
centro de medicina e de pesquisa biossocial.” (WHO,OMS)
Conceitos Hospital
Hospital: funções e Importância Social
diagnóstico, tratamento, reabilitação e► Restaurativa:
emergência;
► Preventiva: controle de doenças infecto-contagiosas, saúde
ocupacional, promoção à saúde;
► Educativa: serve como estagio para diversasáreas;
► Pesquisa: vasto campo científico a serexplorado;
► Gerador de Empregos: empresa complexa que emprega
profissionais de varias categorias.
Hospital: funções e Importância Social
As funções hospitalares podem ser agrupadasem:
a) Prestação de atendimento médico e complementares aos
doentes em regime de internação;
b)Desenvolvimento sempre que possível de atividades de 
natureza preventiva;
c) Participação em programas de natureza comunitária
procurando atingir o contexto Sócio-Familiar dos pacientes, 
incluindo aqui a educação em saúde, que abrange a divulgação 
dos conceitos de promoção, proteção e prevenção.dasaúde.
Classificação dos Hospitais
Quanto a natureza assistencial:
HOSPITAL GERAL – é aquele que dá assistência a pacientes
de várias especialidades clínicas e cirúrgicas podendo ser
limitado a um grupo etário (hospital infantil), grupo de
comunidade (hospital militar) ou que tenha uma finalidade
específica (hospital ensino).
HOSPITAL ESPECIALIZADO – é aquele que assiste, na sua
predominância, pacientes portadores de uma patologia
específica.
Ex.: hospital psiquiátrico, hospital do coração.
Quanto ao controle administrativo – Regime Jurídico:
HOSPITAL PÚBLICO:
É aquele pertencente a órgãos oficiais da administração diretaou
indireta, quer sejam federais, estaduais emunicipais.
* Municipais: verbas do Município;
* Estaduais: verbas do Estado;
* Federais: verbas da Federação.
- HOSPITAL PARTICULAR ou PRIVADO
Trata-se de hospital pertencente a pessoa jurídica de direitoprivado.
* Empresa Privada;
* Mantido por Convênios e Particulares;
* Os serviços prestados são pagos;
* Com finalidades lucrativas.
Classificação dos Hospitais
Quanto ao controle administrativo – Regime Jurídico:
HOSPITAL BENEFICENTE (NÃO LUCRATIVO)- Não tem propósito de obter
lucro: os indivíduos que o administram (a pessoa jurídica) não são
remunerados, não há distribuição de benefícios a qualquer título. Todo lucro é
revertido para manutenção e desenvolvimento dos objetivos sociais. No caso
de ser extinto, o seu patrimônio líquido será doado a outra instituição que
tenha o mesmo objetivo social.
* Finalidade não lucrativa;
* Mantido por contribuições e doações particulares;
* Membros da diretoria sem gratificação.
-HOSPITAL FILANTRÓPICO - É um hospital particular não lucrativo, que
desloca um percentual de sua lotação para assistir, gratuitamente, pacientes
desprovidos de qualquer cobertura de saúde e de recursos.
* 20% da renda bruta para o atendimento gratuito ás pessoas carentes;
* 60% dos seus leitos destinados as SUS;
* Membros da diretoria sem gratificação.
Classificação dos Hospitais
Quanto à finalidade:
Assiste pacientes cujo estado clínico- HOSPITAL DE CRÔNICOS -
se tenha estabilizado.
- HOSPITAL DE LONGA PERMANÊNCIA - Trata-se daquele em
que o tempo médio de permanência em geral, ultrapassa 60dias.
- HOSPITAL DE AGUDOS OU DE CURTA PERMANÊNCIA -Aquele
cujo tempo médio de permanência, em geral não ultrapassa 30dias,
podendo eventualmente chegar aos 60dias.
Classificação dos Hospitais
Quanto à estrutura física:
HOSPITAL PAVILHONAR - É aquele cujos serviços estão distribuídos por 
edificações isoladas de pequeno porte, que podem ou não estar interligados.
.
HOSPITAL MONOBLOCO - É aquele cujos serviços estão concentrados em 
um único edifício.
Classificação dos Hospitais
Perspectiva do Hospital Pedro II em sua recente reforma, 
que agora abriga o hospital-escola da Faculdade 
Pernambucana de Saúde – IMIP.
Quanto à estrutura física:
HOSPITAL MULTIBLOCO - É aquele cujos serviços estão distribuídos por 
edifícios de médio ou grande porte, que podem estar ou não interligados.
Classificação dos Hospitais
Quanto ao corpo clínico:
-HOSPITAL DE CORPO CLÍNICO ABERTO - É o que, tendo ou não
médicos, permite a outros médicos fazerem a internação e o cuidado
de seus pacientes.
-Ex: Hospital Sírio Libanês.
- HOSPITAL DE CORPO CLÍNICO FECHADO - É o que possui o
corpo clínico efetivo, sendo o exercício de profissionais estranhos
facultados apenas em caráter eventual e mediante a permissão
especial.
Classificação dos Hospitais
Quanto à capacidade ou lotação:
-HOSPITAL DE PEQUENO PORTE- Com capacidade para até 50 
leitos.
-HOSPITAL DE MÉDIO PORTE - Com capacidade de 51 até 150 
leitos.
-HOSPITAL DE GRANDE PORTE - Com capacidade de 151 até 500 
leitos.
-HOSPITAL DE PORTE ESPECIAL ou EXTRA - Com capacidade
de 51 até 150 leitos – especialidade.
Classificação dos Hospitais
O que é a Farmácia Hospitalar?
“Uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por
farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital e
integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas
e de assistência ao paciente.”
Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar – SBRAFH.
Padrões mínimos, 2007.
O que é aFarmácia Hospitalar?
Breve histórico
https://www.youtube.com/watch?v=bvqNDkYRu3o
https://www.youtube.com/watch?v=bvqNDkYRu3o
FARMÁCIA HOSPITALAR
OBJETIVOS:
para
❑Contribuir no processo de cuidado à saúde;❑Prover produtos e serviços de qualidade 
assistência prestada ao paciente;
❑ Promover o uso seguro e racional de
medicamentos;
❑Contribuir para a melhoria da qualidade da 
assistência em geral.
FUNÇÃO PRINCIPAL:
“Garantir a qualidade da assistência prestada ao 
paciente, através do uso seguro e racional de 
medicamentos e correlatos, adequando sua 
utilização à saúde individual e coletiva, nos planos: 
assistencial, preventivo, docente e de
investigação.”
FARMÁCIA HOSPITALAR
Atribuições Essenciais em Farmácia 
Hospitalar
❑Gestão;
❑ Desenvolvimento de Infraestrutura;
❑ Preparo, Distribuição, Dispensação e Controle de
Medicamentos e Produtos para Saúde;
❑ Otimização da Terapia Medicamentosa;
❑Informação sobre Medicamentos e Produtos para 
Saúde;
❑ Ensino, Educação Permanente e Pesquisa.
.
Como se estrutura a Farmácia Hospitalar?
Como se estrutura a Farmácia Hospitalar?
Localização da Farmácia Hospitalar
FARMÁCIAS SATÉLITES E AMBULATORIAL:
❑ Próxima aos setores de atendimento;
❑ Área de circulação do corpo clínico;
❑ Facilidade de acesso externo e interno.
Localização da Farmácia Hospitalar
CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO
(CAF):
❑Próxima ao setor de carga e descarga da 
instituição;
❑Ser próxima e de fácil acesso às unidades de 
farmácia (farmácias satélites e ambulatorial.)
Fonte: Manual de Farmácia Hospitalar - INFARMED
Devem ser adequadas às normas da RDC nº 50/02 e
RDC nº 183/03 daANVISA.
ASPECTOS IMPORTANTES:
❑Projeto adequado às atividades assistenciais 
prestadas;
❑ Funcionalidade da unidade;
❑ Dimensões dos ambientes;
❑ Instalações ordinárias e especiais adequadas.
Farmácia Hospitalar - Instalações
Padrões Mínimos SBRAFH
Padrões Mínimos SBRAFH
❑ Unidades De Internação
❑Ambulatório
❑Centro Cirúrgico
❑Central De Abastecimento Farmacêutica
❑Unidade De Diagnóstico Por Imagem
❑Nutrição
❑Lavanderia (Desinfecção)
❑Setor De Compras/Licitações
❑Gerência De Risco
❑Comissão De Controle De Infecção Hospitalar (CCIH)
❑Comitê De Ética Em Pesquisa
❑ Direção Administrativa 
Auditoria em Serviços de Saúde
Áreas de Atuação Farmacêuticas no Ambiente
Hospitalar
Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar . Padrões Mínimos para 
Farmácia Hospitalar. Goiânia. 2007.
GOMES, M.J.V.M..m. REIS, A. Ciências Farmacêuticas: uma
abordagem em farmácia hospitalar. 1ª ed. São Paulo:
Ed. Atheneu,2003.
CAVALLINI, M.E. BISSON, M.P. Farmácia Hospitalar: um enfoque em
sistemas de saúde. 1ª ed. São Paulo: Manole ,
2002.
MAIA NETO. J.F. Farmácia Hospitalar e Suas Interfaces com aSaúde. 
São Paulo: RX, 2005.
Referências Bibliográficas Consultadas
MUITO OBRIGADA
Prof. Ms. Eliana R. de Araújo
FARMÁCIA CLINICA E HOSPITALAR
Profa. Ms. Eliana Rodrigues de Araújo
2021.2
Reação adversa a medicamentos
Aspectos Históricos
Segurança no Uso de Medicamentos 
✓1775 a 1778 – William Withering descreve os eventos adversos aos digitálicos
✓1890 – Mortes com clorofórmio (anestesia)
✓1937 – Dietilenoglicol, nos EUA, usado como veículo da sulfanilamida, causa 105 mortes,
34 em crianças
✓1959 / 61– Epidemia de focomelia por Talidomida (4.000 casos com 15% de mortos)
✓1968 – Assembléia Mundial de Saúde - Projeto de Monitoramento Internacional (OMS)
✓1978 – OMS: Centro Internacional de Monitorização de Medicamentos - International
Pharmacovigilance Programme”
(Routledge P. 150 years of pharmacovigilance. Lancet. 1998 Apr 18;351(9110):1200-1)
Aspectos Históricos- Brasil
Segurança do Uso de Medicamentos 
(Portarias no 27 e 28/86 DIMED)
Controle de psicotrópicos com 
possibilidade de induzirem efeitos 
colaterais indesejáveis e que 
determinem dependência física ou 
psíquica
O Brasil se torna o
62º país membro do
International
Pharmacovigilance
Programme (OMS)
Projeto Hospitais 
Sentinela- ANVISA
Rede nacional de 
hospitais qualificada 
para notificação de 
eventos adversos e 
queixas técnicas.
(Portaria no 529/2013)
Programa Nacional de Segurança
do Paciente
1986 1998 2001 2002 2004 2009
2013
Criação da Política
Nacional de Medicamentos
com ações prioritárias à
farmacovigilância e uso
racional de medicamentos
(Portaria nº 696 / MS)
Criação do Centro Nacional de 
Monitoração de Medicamentos -
Unidade de Farmacovigilância -
ANVISA
Projeto Farmácias 
Notificadoras -
ANVISA
RDC no 4/2009, 
Normas de 
farmacovigilância 
para os detentetores
de registro
Protocolo
de segurança na 
prescrição, uso e 
administração de 
medicamentos
Retomando....
O que é um Evento Adverso a Medicamento?
O que é Reação Adversa a Medicamento (RAM)?
O que é Erro de Medicação?
As RAM podem ser 
classificadas quanto
Mecanismo
Expectativa
Gravidade
Causalidade
Mecanismo (Rawlins e Thompson)
 Tipo A Tipo B 
 
Resposta ao 
Medicamento 
Efeito Exagerado Efeito Bizarro 
 
Mecanismo de 
Produção 
Superdosagem 
relativa, efeito 
colateral, efeito 
secundário, tolerância 
Hipersssensibilidade, 
idiossincrasia 
 
Reação 
farmacologicamente 
previsível 
Sim Não 
 
Reação dependente 
de dose 
Sim (em geral) Não (em geral) 
 
Incidência Alta Baixa 
 
Morbidade Alta Baixa 
 
Mortalidade Baixa Alta 
 
Manejo Ajuste de dose 
Substituição do 
fármaco 
Suspensão do 
fármaco 
 
RawlinsMD, Thompson W. Mechanisms of adverse drug
reactions. In: Davies, DM, Ferner, RE, Glaville, H. 
editors. Davies´s Textbook of adverse drug
reactions. Philadelphia: Lippincott-Raven.1998; p.40-64.
A- Comuns, relacionadas às ações do fármaco, dependentes de dose, previsíveis farmacologicamente, baixa 
mortalidade, desaparecimento com retirada do fármaco.
B- Interação microorganismo/hospedeiro, dependentes de dose, previsíveis farmacologicamente, 
desaparecimento com a retirada do fármaco.
C- Relacionadas a características químicas e de concentração peculiares ao fármaco.
D- Relacionadas a métodos de administração do fármaco ou natureza física da preparação.
E- Manifestações de retirada, farmacologicamente previsíveis,tratamento envolve reintrodução e retirada gradual.
F- Ocorrência em indivíduos suscetíveis, geneticamente determinadas, desaparecimento com retirada do 
fármaco.
G- Genotóxicas, danos irreversíveis.
H- Ativação do sistema imune, farmacologicamente imprevisíveis, independentes de dose, desaparecimento com 
retirada do fármaco.
Mecanismo (Rawlins e Thompson)
Quanto à expectativa
•Esperada (ou descrita ou conhecida): é aquela cuja descrição consta nos documentos de
registro do medicamento.
•Inesperada (não descrita ou desconhecida): é aquela cuja descrição NÃO consta dos
documentos de registro do medicamento. Pode ser rara ou desconhecida.
Quanto à frequência
Muito frequentes ≥ 1/10(≥ 10%)
Frequentes ≥ 1/100 e < 1/10 (< 10-1%)
Não frequentes (incomuns) ≥ 1/1000 e < 1/100 (<1 e 0,1%)
Raras ≥ 1/10.000 e < 1/1000 (< 0,1- 0,01%)
Muito raras < 1/10000 (< 0,01%)
Quanto à gravidade
GRAVE
Óbito.
Ameaça à vida: há risco de morte
Hospitalização ou prolongamento de hospitalização já existente
Incapacidade significativa ou persistente
Anomalia congênita.
São exemplos: a agranulocitose, o choque anafilático, o tromboembolismo pulmonar etc.
Moderada 
altera a atividade normal do usuário. 
Pode provocar hospitalização, atenção em serviços de urgência 
falta às atividades laborais ou educacionais. 
São exemplos: efeitos de medicamentos que causam a hepatite, a pancitopenia, o 
parkinsonismo, a distonia aguda, as convulsões etc. 
Leve 
Atribuída às reações de pouca importância e curta duração, podem requerer 
tratamento, mas não afetam substancialmente a vida normal do usuário. 
São exemplos: a diarreia, a náusea, a cefaleia leve, as erupções eritematosas, a 
urticária aguda etc. 
LEVE
(Grau 1)
É normalmente passageira, sem necessidade de nenhum tratamento especial e não
interfere nas atividades diárias normais do paciente
MODERADA
(Grau 2)
Causa inconveniência e/ou preocupação ao paciente. Pode interferir nas atividades
diárias, masnormalmente é melhorada com tratamentos simples, podendo requerer
terapia sistêmica ou outros tratamentos importantes
GRAVE
(Grau 3)
Limitação marcante da atividade, alguma assistência pode ser necessária, possível
necessidade de tratamento, hospitalização ou cuidado hospitalar
AMEAÇADORA À VIDA
(Grau 4)
É aquela potencialmente ameaçadora à vida ou fatal, que resulte em incapacidade
permanente, em anomalia congênita, neoplasia ou que necessite de hospitalização
prolongada
Causalidade
Critério Descrição
Sequência temporal entre o uso do fármaco e o 
efeito suspeito
plausível
Conhecimento previamente descrito do efeito similar a um fármaco ou classe semelhante 
Efeito da retirada do medicamento suspeito melhora do efeito nocivo
Efeito de re-exposição do medicamento suspeito reaparecimento do efeito nocivo
Causas alternativas outras explicações etiológicas (doenças e outros medicamentos)
É a conexão entre o medicamento suspeito e o efeito clínico
Classificação das RAM
• Quanto à causalidade
- +
100%
Possível Provável DefinidaImprovável
Probabilidade
Algoritmo de Naranjo
Perguntas Sim Não Não 
sabe
1. Existem estudos prévios sobre essa reação? +1 0 0
2. A reação adversa ocorreu após administração do 
medicamento?
+2 -1 0
3. O paciente melhora quando o medicamento é retirado 
ou quando se administra um antagonista específico?
+1 0 0
4. A reação reaparece quando se readministra o 
medicamento?
+2 -1 0
5. Excluindo o uso de medicamentos, existem outras 
causas capazes de determinar o surgimento da reação?
-1 +2 0
6. A reação reaparece ao se administrar placebo? -1 +1 0
7. O medicamento foi detectado em sangue ou outros 
líquidos orgânicos, em concentrações consideradas 
tóxicas?
+1 0 0
8. A reação foi mais intensa quando se aumentou a dose 
ou menos intensa quando a dose foi reduzida?
+1 0 0
9. O paciente já apresentou alguma reação semelhante 
ao mesmo medicamento ou a outro similar?
+1 0 0
10. A reação adversa foi confirmada Por meio de alguma 
evidência objetiva?
+1 0 0
Tipo de Reação Pontuação
Definida (provada) maior ou igual a 9
Provável entre 5 e 8
Passível entre 1 e 4
Duvidosa (condicional) menor ou igual a 0
Naranjo CA, Busto U, Seliers EM, et al. A 
method for estimating the probability of
adverse drug reactions. Clin. Pharmacol
Ther. 1981;30(2):239-45.
Causalidade (OMS)
DEFINIDA (100 %)
Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que ocorre em espaço de tempo plausível em relação à administração do medicamento e que não
pode ser explicado por doença de base ou por outros medicamentos ou mesmo substâncias químicas. A resposta da suspensão do uso do medicamento (dechallenge)
deve ser clinicamente plausível. O evento deve ser farmacológica ou fenomenologicamente definitivo, usando-se um procedimento de re-introdução (rechallenge)
satisfatória, se necessário.
PROVÁVEL (75 %)
Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que se apresenta em período de tempo razoável de administração do medicamento, improvável de
ser atribuído a uma doença concomitante ou outros medicamentos ou substâncias químicas, e que apresenta uma resposta clinicamente razoável à suspensão do uso do
medicamento (dechallenge). Informações sobre a reintrodução (rechallenge) não são necessárias para completar esta definição.
POSSÍVEL (50 %)
Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que se apresenta em período de tempo razoável de administração do medicamento, mas que também
pode ser explicado por doença concomitante ou outros medicamentos ou substâncias químicas. Informações sobre a suspensão do uso do medicamento (dechallenge)
podem estar ausentes ou obscuras.
IMPROVÁVEL (25 %)
Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que apresenta relação temporal com a administração do medicamento que torna uma relação causal
improvável e em que outros medicamentos, substâncias químicas ou doenças subjacentes propiciam explicações plausíveis.
CONDICIONAL/NÃO CLASSIFICADA
Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, notificado como sendo uma reação adversa, sobre o qual são necessários mais dados para avaliação
adequada ou quando os dados adicionais estão sendo analisados.
NÃO ACESSÍVEL/NÃO CLASSIFICÁVEL
Notificação que sugere uma reação adversa que não pode ser avaliada porque as informações são insuficientes ou contraditórias e que não pode ser completada ou
verificada
The use of the WHO-UMC system for standardised case causality assessment . http://who-umc.org/Graphics/24734.pdf
Algoritmo de Karch e Lasagna
Questionário Seleção
Intervalo de tempo apropriado entre o agente – evento N S S S S S S S S S
Reação conhecida provocado pelo agente - N N S S S S S S S
Evento razoavelmente explicado pelo estado clínico do pac. - S N S S N N N N N
Promovido a suspensão do agente - - - - - N S S S S
Reação melhorou com a suspensão do agente - - - - - - N S S S
Re-administração do agente realizada - - - - - - - N S S
Re-aparecimento da mesma reação com a re-administração - - - S N - - - N S
Definida X
Provável X X X
Possível X X
Condicional X
Não relacionada (não é uma RAM) X X X
KARCH, FE & LASAGNA L Toward the operational identification of adverse drug reactions.
Clinical Pharmacology and Therapeutics, 21(3): 247-54,1977.
Fatores de risco para RAM
➢número de medicamentos e interações medicamentosas
➢número de diagnósticos
➢duração da internação
➢história prévia de RAM
➢sexo feminino
➢insuficiência renal e hepática
➢uso de álcool
➢farmacogenética
Consequência das Ram
•A ocorrência de eventos adversos tem impacto em diferentes níveis:
• Econômico - aumento dos custos, variando na razão direta dos “danos” e da quantidade dos
mesmos
• Clínico - os resultados (Outcomes) em saúde afastam-se do esperado, com consequências
diretas na qualidade dos cuidados prestados
• Social - tema muito valorizado pela sociedade e tratado com sensacionalismo pela
comunicação social. Podem contribuir para a perda de confiança dos pacientes nos
profissionais e nas organizações de saúde
Caso 
•JBS, 62 anos, foi hospitalizado em 15/09/2020 em uma unidade de 
terapia intensiva após intensa rigidez e dor muscular com incapacidade 
de locomoção. 
•Diagnósticos:
•HAS – há dez anos sendo tratada com:
• Losartana 100 mg/dia
• Hidroclorotiazida 25 mg/dia.
Há cerca de 10 dias com diagnostico de hiperlipidemia sendo tratada 
com:
Rosuvastatina 40 mg – 1 cp noite
Caso 
Na triagem hematológica e bioquímica de rotina apresentou:
• Hemograma normal
• Creatinina de 1,7 mg/ dl (normal < 1,3)
• Aspartato aminotransferase 45 U/L (normal <38) 
• Alanina aminotransferase 55 U/L (normal < 41)
• Soro creatinaquinase (CK) 1991 U/L (normal < 190)
• Proteinúria
Resolução sugerida - Caso
Classificação do Evento
✓Temos 3 reações adversas: dano renal, dano hepático e rabdomiólise. Todos relatados em
literatura para a rosuvastatina. A idade do paciente (idoso) aumenta o risco para a
ocorrência destas reações.
✓O dano renal é sugerido pela creatinina aumentada.
✓A rabdomiólise, pode ser vista pelos sinais/sintomas clínicos e pela CK aumentada em dez
vezes. A rabdomiólise grave e persistente pode induzir uma lesão renal, em razão da
precipitação da mioglobina ao nível dos túbulos renais.
✓Os exames de creatinina aumentada e proteinúria indicam dano renal, que é também fator
de risco para a rabdomiólise.
✓A aspartato aminotransferase e a alanina aminotransferase indicam dano hepático.
✓
Resolução sugerida - Caso
Informação descritas na bula do medicamento referência rosuvastatina
•Efeitos músculo-esqueléticos: Raros casos de rabdomiólise, os quais foram ocasionalmente associados com dano da
função renal, foram relatados com rosuvastatina e com outras estatinas
•Efeitos laboratoriais: como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, foi observado um aumento relacionado à dose
das transaminases hepáticas e da CK em um pequeno númerode pacientes em tratamento com rosuvastatina. Foi
observado aumento da HbA1c em pacientes tratados com rosuvastatina cálcica. Foram observados testes de análise de
urina anormais (teste de fita reagente positivo para proteinúria) em um pequeno número de pacientes tomando
rosuvastatina cálcica e outros inibidores da HMG-CoA redutase. A proteína detectada foi principalmente de origem tubular.
Na maioria dos casos, a proteinúria diminui ou desaparece espontaneamente com a continuação do tratamento e ela não é
um indicativo de doença renal aguda ou progressiva.
•Advertências e precauções: deve ser prescrita com precaução em pacientes com fatores de pré-disposição para miopatia,
tais como, insuficiência renal, idade avançada e hipotireoidismo, ou situações em que pode ocorrer um aumento nos níveis
plasmáticos.
•O uso de Rosuvastatina deve ser temporariamente interrompido em qualquer paciente com uma condição aguda grave
sugestiva de miopatia ou que predispõe ao desenvolvimento de insuficiência renal secundária à rabdomiólise (por exemplo:
sépsis; hipotensão; cirurgia de grande porte; trauma; alterações metabólicas, endócrinas e eletrolíticas graves; ou
convulsões não-controladas).
•Avaliação de gravidade
•OMS: grave pois houve hospitalização
•DAIDS: grave (grau 3) pois houve necessidade de hospitalização ou
cuidado hospitalar
Resolução sugerida - Caso
Resolução sugerida - Caso
Perguntas Sim Não Não 
sabe
1. Existem estudos prévios sobre essa reação? +1 0 0
2. A reação adversa ocorreu após administração do medicamento? +2 -1 0
3. O paciente melhora quando o medicamento é retirado ou quando se 
administra um antagonista específico?
+1 0 0
4. A reação reaparece quando se readministra o medicamento? +2 -1 0
5. Excluindo o uso de medicamentos, existem outras causas capazes de 
determinar o surgimento da reação?
-1 +2 0
6. A reação reaparece ao se administrar placebo? -1 +1 0
7. O medicamento foi detectado em sangue ou outros líquidos orgânicos, 
em concentrações consideradas tóxicas?
+1 0 0
8. A reação foi mais intensa quando se aumentou a dose ou menos intensa 
quando a dose foi reduzida?
+1 0 0
9. O paciente já apresentou alguma reação semelhante ao mesmo 
medicamento ou a outro similar?
+1 0 0
10. A reação adversa foi confirmada por meio de alguma evidência objetiva? +1 0 0
Total = 7 Provável
Avaliação de causalidade por Algoritmo de Naranjo
Rabdomiólise
Perguntas Sim Não Não 
sabe
1. Existem estudos prévios sobre essa reação? +1 0 0
2. A reação adversa ocorreu após administração do medicamento? +2 -1 0
3. O paciente melhora quando o medicamento é retirado ou quando se 
administra um antagonista específico?
+1 0 0
4. A reação reaparece quando se readministra o medicamento? +2 -1 0
5. Excluindo o uso de medicamentos, existem outras causas capazes de 
determinar o surgimento da reação?
-1 +2 0
6. A reação reaparece ao se administrar placebo? -1 +1 0
7. O medicamento foi detectado em sangue ou outros líquidos orgânicos, em 
concentrações consideradas tóxicas?
+1 0 0
8. A reação foi mais intensa quando se aumentou a dose ou menos intensa 
quando a dose foi reduzida?
+1 0 0
9. O paciente já apresentou alguma reação semelhante ao mesmo medicamento 
ou a outro similar?
+1 0 0
10. A reação adversa foi confirmada por meio de alguma evidência objetiva? +1 0 0
Avaliação de causalidade por Algoritmo de Naranjo
Dano renal e dano hepático
Total = 6
Provável
Avaliação de causalidade por Critérios da OMS
Rabdomiólise, dano renal e dano hepático
Provável 75%
Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que se apresenta em período de tempo razoável de administração do
medicamento, improvável de ser atribuído a uma doença concomitante ou outros medicamentos ou substâncias químicas, e que apresenta
uma resposta clinicamente razoável à suspensão do uso do medicamento (dechallenge). Informações sobre a reintrodução (rechallenge) não
são necessárias para completar esta definição.