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Interdição – Parte Final
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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INTERDIÇÃO – PARTE FINAL
RELEMBRANDO
• Estava sendo tratado o assunto quanto a legitimidade de promover a ação de interdição.
CPC, art. 747. A interdição pode ser promovida:
I – pelo cônjuge ou companheiro;
II – pelos parentes ou tutores;
III – pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;
IV – pelo Ministério Público.
Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a 
petição inicial.
INFORMATIVO DE JURISPRUDÊNCIA DO STJ 571
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE INTERDIÇÃO. LEGITIMIDADE ATI-
VA. ORDEM LEGAL. TAXATIVA. NÃO PRIORITÁRIA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIO-
NAL. INEXISTÊNCIA. PREQUESTIONAMENTO. AUSENTE. SÚMULA N. 282/STF.
1. Cinge-se a controvérsia a saber se a ordem prevista nos arts. 1.177 do Código de Processo 
Civil e 1.768 do Código Civil é exclusiva ou preferencial na fixação da legitimidade ativa para a 
propositura da ação de interdição.
Obs.: Existe a controvérsia em saber se a ordem prevista no processo civil e direito civil, é 
exclusiva ou preferencial, na fixação da legitimidade para propor a ação de interdi-
ção.
2. A enumeração dos legitimados é taxativa, mas não preferencial, podendo a ação ser proposta 
por qualquer um dos indicados, haja vista tratar-se de legitimação concorrente.
Obs.: Não é preferencial, qualquer um deles pode.
3. A interdição pode ser requerida por quem a lei reconhece como parente: ascendentes e des-
cendentes de qualquer grau (art. 1.591 do Código Civil) e parentes em linha colateral até o quarto 
grau (art. 1.592 do CC).
4. A ação visa a curatela, que é imprescindível para a proteção e amparo do interditando, resguar-
dando a segurança social ameaçada ou perturbada pelos seus atos.
5. A existência de outras demandas judiciais entre as partes por si só não configura conflito de 
interesses. Tal circunstância certamente será considerada quando e se julgada procedente a inter-
dição for nomeado curador.
6. Recurso especial não provido.
(REsp 1346013/MG, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 13/10/2015, DJe 20/10/2015)
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Interdição – Parte Final
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Obs.: O rol de pessoas, do art. 747 do CPC, é taxativo e são legitimadas concorrentes.
• Assim, não deve, necessariamente, seguir a sequência.
Trecho de informativo:
[...] conforme destacado no art. 1.775 do Código Civil, as pessoas habilitadas para promoverem a 
ação diferem das habilitadas para exercerem a curatela sobre o interditando. Essas duas legitimi-
dades ativas obedecem apenas uma ordem taxativa, porém, não preferencial e absoluta, pois ca-
berá ao juiz analisar cada caso concreto e aplicar o melhor para o interditando, independentemente 
de o autor da ação ser indicado em primeiro lugar nos artigos antes citados. A legitimidade ativa na 
ação de curatela de interditos, portanto, pode perfeitamente ser dividida em duas: existe a legitimi-
dade para requerer a interdição e a legitimidade das pessoas habilitadas a exercerem a curatela”.
Obs.: Uma coisa é propor a ação de interdição e outra é ser o curador dela.
• Existe a legitimidade para:
– Requerer a interdição; e
– A legitimidade das pessoas habilitadas a exercerem a curatela.
Quem pode ser interditado?
CC/2002, art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
(Redação dada pela Lei n. 13.146, de 2015) (Vigência)
II – (Revogado); (Redação dada pela Lei n. 13.146, de 2015) (Vigência)
III – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei n. 13.146, de 2015) 
(Vigência)
IV – (Revogado); (Redação dada pela Lei n. 13.146, de 2015) (Vigência)
V – os pródigos.
Obs.: Podem ser interditados: aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pu-
derem exprimir sua vontade; os ébrios habituais e os viciados em tóxico e, por fim, 
os pródigos.
Quem pode ser curador? 
• Conforme o código civil (CC), podem ser curadores:
CC/2002, art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições concernentes à tutela, com as modifi-
cações dos artigos seguintes.
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Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, cura-
dor do outro, quando interdito.
§1º Na falta do cônjuge ou companheiro, é o curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o 
descendente que se demonstrar mais apto.
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.
Ex.: Se têm filhos e netos, terão preferências os primeiros, por serem mais próximos.
§ 3º. Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.
Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá esta-
belecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa. (Incluído pela Lei n. 13.146, de 2015) 
(Vigência)
Obs.: Trata-se da curatela compartilhada.
Obs.: O tema é misto, assim usa-se o CPC e o CC.
Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 receberão todo o apoio necessário 
para ter preservado o direito à convivência familiar e comunitária, sendo evitado o seu reco-
lhimento em estabelecimento que os afaste desse convívio. (Redação dada pela Lei n. 13.146, 
de 2015) (Vigência)
Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatela-
do, observado o art. 5º.
PROCEDIMENTO
CPC, art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapa-
cidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, 
bem como o momento em que a incapacidade se revelou.
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando 
para a prática de determinados atos.
• Curatela Provisória:
Pode-se pedir a tutela provisória. Assim, deverá comprovar ao juiz o porquê tem perigo 
de dano, como, por exemplo, documento médico forte que comprove a incapacidade e a 
necessidade imediata da fixação da cureta provisória.
Art. 750. O requerente deverá juntar laudo médico para fazer prova de suas alegações ou informar 
a impossibilidade de fazê-lo.
Art. 751. O interditando será citado para, em dia designado, comparecer perante o juiz, que o en-
trevistará minuciosamente acerca de sua vida, negócios, bens, vontades, preferências e laços fa-
miliares e afetivos e sobre o que mais lhe parecer necessário para convencimento quanto à sua ca-
pacidade para praticar atos da vida civil, devendo ser reduzidas a termo as perguntas e respostas.
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• Entrevista:
O interditando passará por uma entrevista, no qual será ouvido.
Obs.: Além disso, o juiz, querendo, poderá ouvir pessoas próximas.
ATENÇÃO
Resumo de interdição.
Ex.: A esposa quer ser curadora do seu esposo. Assim, promove a ação e junta os docu-
mentos e laudos médicos, que comprovam o grau de incapacidade e que a pessoa não 
pode responder por ela mesma.
Depois dessa comprovação da curatela provisória, o juiz irá designar a entrevista e abrirá 
prazo para manifestação, pois a pessoa que está sendo interditada, não quer ou não en-
tende que tenha limitações.
Obs.: � Existem casos de demanda de interdição, em que o parente quer interditar o outro 
para poder colocá-lo em estabelecimentos ou presa em casa, com a finalidade de 
usufruir seus bens e recursos. Além disso, o Ministério Público (MP) ‘’fica de olho’’,por ter interesse de incapaz envolvido.
§ 1º Não podendo o interditando deslocar-se, o juiz o ouvirá no local onde estiver.
§ 2º A entrevista poderá ser acompanhada por especialista.
§ 3º Durante a entrevista, é assegurado o emprego de recursos tecnológicos capazes de permitir 
ou de auxiliar o interditando a expressar suas vontades e preferências e a responder às perguntas 
formuladas.
§ 4º A critério do juiz, poderá ser requisitada a oitiva de parentes e de pessoas próximas.
CPC, art. 752. Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contado da entrevista, o interditando poderá 
impugnar o pedido.
§ 1º. O Ministério Público intervirá como fiscal da ordem jurídica.
§ 2º. O interditando poderá constituir advogado, e, caso não o faça, deverá ser nomeado cura-
dor especial.
Obs.: Poderá ser curador especial, conforme o art. 72 do CPC, será a defensoria pública 
(DP).
§ 3º Caso o interditando não constitua advogado, o seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente 
sucessível poderá intervir como assistente.
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Obs.: Trata-se de uma modalidade de intervenção de terceiros
Art. 753. Decorrido o prazo previsto no art. 752, o juiz determinará a produção de prova pe-
ricial para avaliação da capacidade do interditando para praticar atos da vida civil.
Obs.: Por se um caso muito sério, interditar alguém, é indispensável a perícia do especia-
lista para que se comprove a real necessidade de interdição.
§ 1º A perícia pode ser realizada por equipe composta por expertos com formação multidisciplinar.
§ 2º O laudo pericial indicará especificamente, se for o caso, os atos para os quais haverá neces-
sidade de curatela.
Art. 754. Apresentado o laudo, produzidas as demais provas e ouvidos os interessados, o juiz 
proferirá sentença.
Obs.: Essa parte, de perícia a laudos, foi vista no tópico provas.
CPC, art. 755. Na sentença que decretar a interdição, o juiz:
I – nomeará curador, que poderá ser o requerente da interdição, e fixará os limites da curatela, 
segundo o estado e o desenvolvimento mental do interdito;
II – considerará as características pessoais do interdito, observando suas potencialidades, habili-
dades, vontades e preferências. 
§ 1º A curatela deve ser atribuída a quem melhor possa atender aos interesses do curatelado.
§ 2º Havendo, ao tempo da interdição, pessoa incapaz sob a guarda e a responsabilidade do 
interdito, o juiz atribuirá a curatela a quem melhor puder atender aos interesses do interdito e 
do incapaz.
§ 3º A sentença de interdição será inscrita no registro de pessoas naturais e imediatamente publi-
cada na rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na 
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses, na 
imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, 
constando do edital os nomes do interdito e do curador, a causa da interdição, os limites da curate-
la e, não sendo total a interdição, os atos que o interdito poderá praticar autonomamente.
Obs.: � Trata-se da ampla publicidade que é dada a sentença de interdição.
Obs.: A sentença deve ser pormenorizada.
CPC, art. 757. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens do incapaz que se en-
contrar sob a guarda e a responsabilidade do curatelado ao tempo da interdição, salvo se o juiz 
considerar outra solução como mais conveniente aos interesses do incapaz.
Art. 758. O curador deverá buscar tratamento e apoio apropriados à conquista da autonomia pelo 
interdito.
Obs.: A curatela é um instrumento extremamente protetivo.
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Obs.: Antigamente, não havia uma real preocupação quanto a pessoa interditada. Tinha-se 
a ideia de que o curador iria ficar o ‘’resto da vida’’ cuidando daquela pessoa. Con-
tudo, deve-se tentar fazer com que ela recobre parte da capacidade. Assim, assegu-
rando a dignidade humana, como, por exemplo, investir em tratamentos e esportes, 
algo que foi impulsionado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Obs.: As decisões que são proferidas na jurisdição voluntária não fazem coisa julgada ma-
terial.
• Assim, se mudar e a pessoa recobrar a capacidade deverá fazer um levantamento da 
curatela, fazendo assim, o caminho inverso.
Ex.: Fazer uma nova perícia.
LEVANTAMENTO DA CURATELA
CPC, art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar a causa que a determinou.
§ 1º O pedido de levantamento da curatela poderá ser feito pelo interdito, pelo curador ou pelo 
Ministério Público e será apensado aos autos da interdição.
Obs.: O rol de pessoas que podem levantar a curatela é exemplificativo.
• A interdição é algo radical, quanto a pessoa interditada, pois retira parte de sua auto-
nomia (curatela parcial). O rol de legitimados para promover a interdição é taxativo 
(apesar de concorrentes). De outro lado, o rol de pessoas para levantar a curatela é 
bem visto pelo ordenamento, como se pretendesse que o interdito ‘’voltasse à vida’’ ou 
‘’de volta a sua autodeterminação’’.
• Assim, esse rol não pode ser taxativo, pois quer que o interdito ‘’retorne à vida’’.
§ 2º O juiz nomeará perito ou equipe multidisciplinar para proceder ao exame do interdito e desig-
nará audiência de instrução e julgamento após a apresentação do laudo.
Obs.: Tanto para interditar quanto para o levantamento da curatela será necessária a perícia.
§ 3º Acolhido o pedido, o juiz decretará o levantamento da interdição e determinará a publicação 
da sentença, após o trânsito em julgado, na forma do art. 755, § 3º, ou, não sendo possível, na 
imprensa local e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, seguindo-se a 
averbação no registro de pessoas naturais.
§ 4º A interdição poderá ser levantada parcialmente quando demonstrada a capacidade do interdito 
para praticar alguns atos da vida civil.
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Interdição – Parte Final
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ATENÇÃO
Na aula de recursos, no tópico de apelação, foi abordado que:
• A sentença que decreta a interdição (art. 755, § 3º, do CPC), a apelação não tem efeito 
suspensivo. Assim, produz efeitos imediatos, conforme o art. 1.012, § 1º, inciso 
VI, do CPC.
STJ – CASO CURIOSO
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE LEVANTAMENTO DE CURATELA. QUESTÕES SUSCI-
TADAS NO RECURSO ESPECIAL QUE NÃO FORAM OBJETO DE ENFRENTAMENTO PELO 
ACÓRDÃO RECORRIDO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. LEGITIMADOS PARA AJUI-
ZAMENTO DA AÇÃO DE LEVANTAMENTO DA CURATELA. AMPLIAÇÃO DO ROL PELO CPC/15. 
TENDÊNCIA DOUTRINÁRIA CONFIRMADA PELO LEGISLADOR.
ROL DE NATUREZA NÃO EXAUSTIVA. PROPOSITURA DA AÇÃO POR TERCEIROS JURIDICA-
MENTE INTERESSADOS. POSSIBILIDADE. PARTE QUE FOI CONDENADA A PENSÃO VITALÍ-
CIA EM VIRTUDE DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO CAUSADOR DA INTERDIÇÃO. ALEGADA 
FRAUDE OU MODIFICAÇÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DE FATO. LEGITIMIDADE EXISTENTE.
1 – Ação proposta em 26/10/2016. Recurso especial interposto em 19/07/2017 e atribuído à Rela-
tora em 25/04/2018.
2 – O propósito recursal é definir se o rol de legitimados para o ajuizamento da ação de levanta-
mento da curatela é taxativo ou se é admissível a propositura da referida ação por outras pessoas 
não elencadas no art. 756, §1º, do CPC/15.
3 – As questões relacionadas às violações à cláusula geral de tutela que visa a proteção da auto-
determinação do sujeito e às regras que disciplinam a convocação de segurados do INSS para a 
realização de perícia médica para manutenção de benefícios por incapacidade não foram objeto de 
exame pelo acórdão recorrido e, portanto, carecem de prequestionamento, atraindo a incidênciada Súmula 211/STJ.
4 – O art. 756, §1º, do CPC/15, ampliou o rol de legitimados para o ajuizamento da ação de le-
vantamento da curatela previsto no art. 1.186, §1º, do CPC/73, a fim de expressamente permitir 
que, além do próprio interdito, também o curador e o Ministério Público sejam legitimados para o 
ajuizamento dessa ação, acompanhando a tendência doutrinária que se estabeleceu ao tempo do 
código revogado.
5 – Além daqueles expressamente legitimados em lei, é admissível a propositura da ação por pes-
soas qualificáveis como terceiros juridicamente interessados em levantar ou modificar a curatela, 
especialmente àqueles que possuam relação jurídica com o interdito, devendo o art. 756, §1º, do 
CPC/15, ser interpretado como uma indicação do legislador, de natureza não exaustiva, acerca 
dos possíveis legitimados.
6 – Hipótese em que a parte foi condenada a reparar danos morais e pensionar vitaliciamente o 
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interdito em virtude de acidente automobilístico do qual resultou a interdição e que informa que 
teria obtido provas supervenientes à condenação de que o interdito não possuiria a doença psí-
quica geradora da incapacidade — transtorno de estresse pós-traumático — ou, ao menos, que o 
seu quadro clínico teria evoluído significativamente de modo a não mais se justificar a interdição, 
legitimando-a a ajuizar a ação de levantamento da curatela.
7 – Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, provido, a fim de que seja dado 
regular prosseguimento ao processo em 1º grau. (REsp 1735668/MT, Rel. Ministra NANCY AN-
DRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/12/2018, DJe 14/12/2018)
Exemplo:
A professora atropelou uma pessoa que veio a ficar incapaz. Assim, será gerada uma res-
ponsabilidade civil básica, com pagamento de indenização, pensionamento, pois ela não tem 
mais capacidade laboral e até a estimativa de vida da vítima, deverão ser pagos alimentos 
indenizativos e ressarcitórios. 
Contudo, posteriormente, a professora (que é apenas devedora) observa que essa vítima 
recobrou a capacidade dela. Assim, poderá entrar com uma ação para levantar a sua cura-
tela, através de exames de perícia e laudos, para comprovar que a pessoa não está mais 
com aquele grau de incapacidade ou que não está mais incapaz.
• Nesse sentido, o STJ entendeu que para levantar a curatela, o rol previsto no CPC é 
exemplificativo.
Obs.: O julgado dispõe sobre permitir que a pessoa retorne a sua dignidade de pessoa 
humana.
DIRETO DO CONCURSO
39. (EXAME DE ORDEM/2010.2) Com relação ao procedimento da curatela dos interditos, 
é correto afirmar que:
a. na ausência dos pais, do tutor e do cônjuge, um parente próximo pode requerer a 
interdição.
b. a sentença proferida pelo juiz faz coisa julgada material.
c. a realização de prova pericial, consistente no exame do interditando, é facultativa, 
podendo o juiz dispensá-la.
d. o Ministério Público não tem legitimidade para requerer a interdição.
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COMENTÁRIO
• A doutrina diz que a sentença, quando oriundas de procedimento especial de jurisdi-
ção voluntária, não faz coisa julgada material e assim, podem ser reanalisadas.
• A realização de prova pericial, consistente no exame do interditando é indispensável.
• O Ministério Público tem legitimidade para requerer a interdição.
Obs.: A doutrina diz que na jurisdição voluntária não tem coisa julgada material, pois se 
pode rever a decisão.
Obs.: A professora acredita que, na prática, se faz coisa julgada material e que se trouxe-
rem fatos novos, poder-se-ia rever e modificar essa decisão.
• Contudo, para fins de provas, deve-se levar o entendimento doutrinário de que não 
faz coisa julgada material. 
• Quanto ao conteúdo das próximas aulas:
– Serão de resoluções de questões.
– Não serão dadas teorias, mas sim, feitas revisões. 
GABARITO
 39. a
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������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Raquel Bueno.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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