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Urgências Odontológicas Profa. Vanessa Ferriello URGÊNCIAS DOLOROSAS AGUDAS Existe diferença entre os conceitos de emergência e urgência. Emergência é uma ocorrência que oferece risco à vida. Urgência é uma ocorrência que deve receber tratamento imediato para que se possa devolver o bem-estar ao paciente, mas não causa risco à vida. Urgências causadas por Inflamações e/ou infecções do endodonto Provenientes de uma inflamação: Na polpa Patologia Pulpar No periápice Patologia Periapical Patologias Pulpares Patologias Pulpares Pelo Exame Clínico: Estado de inflamação da polpa Queixa do paciente Testes de vitalidade Inflamação Pulpar Reversível Pulpite Reversível Inflamação Pulpar Irreversível Pulpite Irreversível Pulpite Reversível Pode retornar ao normal com a remoção da causa O tecido pulpar ainda não sofreu fenômenos degenerativos graves A circulação sanguínea e a drenagem apical estão conservadas Causas: Cárie Procedimentos restauradores recentes Restaurações deficientes Trauma Túbulo dentinário exposto Raspagem Periodontal Pulpite Reversível Aguda Crônica Os vasos se dilatam para oferecer maior fluxo sanguíneo Aumentam a quantidade de metabólitos na área afetada Condicionam o tecido pulpar a responder com DOR quando provocados por estímulos Ingestão de doces Calor (eventualmente) Frio Histologicamente: Apresentam células reparadoras suficientes que permanecem dentro da polpa para permitir a recuperação do dano. Pulpite Reversível É caracterizada por: DOR De caráter intermitente De curta duração Provocada por Frio, calor ou ingestão de doces Positiva nos testes térmicos Exacerbada pelo frio com declínio rápido Cessa com uso de analgésicos Teste a percussão: negativo Teste a palpação: negativo Exame radiográfico: Podem ser notadas lesões de cárie, restaurações extensas ou fraturadas. O periápice se apresenta normal. Pulpite Reversível Tratamento Imediato: remoção da causa (cárie) Anestesia, remoção da cárie, colocação de restauração provisória Deve ser feita uma proteção pulpar adequada De acordo com a profundidade da cárie: Não profunda – Cimento de óxido de zinco e eugenol (IRM) diretamente Profunda – Realizar capeamento pulpar indireto com cimento de hidróxido de cálcio antes do material restaurador provisório (cimento de óxido de zinco e eugenol (IRM) ou cimento de ionômero de vidro Pulpite Reversível Tratamento Causa: Raspagem Periodontal Recente Paliativo Creme dental dessensibilizante Aplicação tópica de flúor Exposição pulpar durante remoção de cárie Em pacientes idosos Pulpectomia Em pacientes Jovens Tentativa de Capeamento pulpar direto Hidróxido de Cálcio PA e recobrir com cimento de hidróxido de cálcio (HidroC) Pulpite Irreversível Agente Causador: Cárie Procedimentos restauradores deficientes Trauma A pressão intrapulpar aumenta em razão da progressão da inflamação Aumento da vascularização Aumento da pressão intracelular de vasos atingidos Aumento dos níveis de mediadores químicos da inflamação (Prostaglandinas) Como as paredes da câmara pulpar são anelásticas (rígidas): A DOR FICA INSUPORTÁVEL Pulpite Irreversível É caracterizada por: DOR espontânea e contínua Pulsátil, latejante, às vezes difusa (o que pode dificultar o diagnóstico) A dor pode aumentar na posição de decúbito Não cessa com analgésicos Ou retorna forte logo após o efeito do medicamento Testes térmicos: positivo (calor e frio) O frio pode aliviar e o calor exacerbar Declínio lento após a remoção dos testes térmicos. Teste a percussão e a palpação: negativos Positivo só em estágios mais avançados (processo inflamatório difundiu para os tecidos periapicais) Exame Radiográfico: alterações não estão presentes, mas com o decorrer do tempo pode haver ligeiro espessamento do espaço periodontal apical. Pulpite Irreversível Tratamento Anestesia eficaz é determinante Anestesia do bloqueio do nervo alveolar inferior falha (molares inferiores); recorrer a anestesias complementares (intrapulpar) Remoção do tecido cariado Pulpectomia Conduto radicular deve ser irrigado com solução de hipoclorito de sódio a 1% durante todo o procedimento Pulpite Irreversível Se o PQC (preparo químico-cirúrgico) não for ser realizado de imediato Utilizar medicamento intracanal a base paramonoclorofenol (PRP) entre as sessões de tratamento Se o PQC for completo de imediato usar medicação intracanal a base de corticosteróide de ação local (NDP) Bolinha de algodão estéril acondicionada na câmara pulpar; Restauração provisória com adequado isolamento Cimento de ionômero de vidro (CIV) ou Cimento a base de óxido de xinco e eugenol (IRM). Medicamento Intracanal Pulpite Irreversível Em dentes com ápices abertos O tecido pulpar deve ser preservado para permitir a formação radicular Deve se realizar a Pulpotomia A polpa coronária deve ser removida com uma cureta e um curativo com hidróxido de cálcio PA deve ser colocado em contato com o remanescente pulpar. Patologias Periapicais Periodontite apical aguda Pericementite É caracterizada por uma: Consequência da extensão da inflamação pulpar para os tecidos periapicais Sobreinstrumentação Sobreobturação Trauma oclusal Periodontite apical aguda Histologicamente: O tecido conjuntivo do ligamento periodontal reage com fenômenos vasculares típicos da inflamação Vasodilatação local Aumento da permeabilidade do endotélio dos capilares sanguíneos Saída de plasma sanguíneo para o espaço tissular Extravazamento líquido no espaço do ligamento periodontal Aumento da pressão hidrostática local (DOR) Periodontite apical aguda Fenômenos dolorosos Intensidade variável Espontâneos Localizados Extremamente sensíveis a percussão Ligeira mobilidade dental e extrusão O paciente relata que o simples fato de ocluir os dentes gera dor acentuada Exame Radiográfico: Espessamento do espaço do ligamento periodontal Teste térmico é o único meio de avaliar a necessidade do tratamento endodôntico Periodontite apical aguda Teste Positivo Indício de trauma oclusal Não há necessidade do tratamento endodôntico Apenas ajuste oclusal Prescrição de anti- inflamatório não esteroidal Teste Negativo Há necessidade de tratamento endodôntico Mesmo na presença de polpa necrosada é indicado o uso da anestesia por bloqueio regional Abertura coronária, acesso ao conduto e esvaziamento do conteúdo necrótico. Irrigação com hipoclorito de sódio a 1% MIC: PRP Restauração provisória IRM ou CIV Tratamento Depende da resposta dos testes térmicos Abscesso periapical agudo As bactérias que estão dentro do canal tentam atravessar o forame apical Estão mais virulentas A resistência do hospedeiro diminuiu Os tecidos reagem produzindo uma INFLAMAÇÃO Vasodilatação dos vasos sanguíneos da membrana periodontal e dos espaços medulares do tecido ósseo adjacente e exsudação de líquidos EDEMA e infiltração de grande número de leucócitos polimorfonucleares (principalmente neutrófilos) que liberam enzimas proteolíticas (tripsina) Liquefaz os tecidos necrosados formando o PUS. Abscesso periapical agudo Se caracteriza por uma coleção central de pus circundada por tecido inflamado, densamente infiltrado de células de defesa. Enquanto persistir a ação do irritante mais leucócitos são atraídos formando mais pus e mais tecido liquefeito Durante a digestão dos tecidos, moléculas grandes são desdobradas em menores, osmoticamente ativas, aumentando a pressão osmótica local e atraindo maior quantidade de água nos tecidos vizinhos Abscesso periapical agudo A pressão hidrostática aumenta dentro do abscesso Opus se infiltra pelos tecidos ósseos adjacentes seguindo as linhas de menor resistência O pus inicialmente localizado na porção apical pode seguir 3 caminhos: Caminhar em direção ao canal radicular disseminar-se através da membrana periodontal ou disseminar-se através do osso (ABSCESSO INTRAÓSSEO) Caminhando entre o osso alveolar e medular despejando o pus intra ou extraoralmente. Abscesso periapical agudo Dependendo da localização da coleção purulenta Classificamos os abscessos em 3 fases: Abscesso em fase inicial Abscesso em evolução Abscesso em fase final ou evoluído Abscesso em fase inicial É caracterizada pela ausência de edema (tumefação) aparente Dor intensa Localizada Pulsátil Testes térmicos de vitalidade: negativos Teste de percussão: dor intensa Discreta mobilidade Exame Radiográfico: aumento do espaço do ligamento periodontal Abscesso em fase inicial Tratamento Imediato: exame radiográfico, anestesia sempre por bloqueio regional, abertura coronária, neutralização do conteúdo necrótico com hipoclorito de sódio a 1%, debridamento do forame apical para facilitar a drenagem (ultrapassagem de 1 a 2mm da lima) Se a drenagem ocorrer: farta irrigação com hipoclorito de sódio a 1% Após a drenagem coloca-se MIC (PRP) ou hidróxido de cálcio (vinculado em solução anestésica) Restauração provisória IRM (mais fácil de remover) Realizar alívio oclusal Prescrição de analgésico enquanto a dor persistir Abscesso em fase inicial Abscessos localizados em pacientes saudáveis sem sinais de agravamento da infecção não devem ser tratados com antibióticos A drenagem do pus e a remoção da causa são muito mais importantes A cura se dará pela ação fagocitária das células de defesa do organismo Cuidados Complementares O paciente deve ser informado de que a dor deve melhorar nas próximas 24 a 48horas Se piorar ele deve retornar para remoção do curativo e nova tentativa de drenagem e reavaliação do caso. Abscesso em Evolução Esta fase se caracteriza por edema endurecido (tumefação) e consistente Dor severa, difusa e pulsátil Pus está contido em cavidades ósseas de paredes resistentes e sob grande pressão Dente com mobilidade Testes térmicos: negativos Exame Radiográfico: Aumento do espaço do ligamento periodontal Paciente pode apresentar: trismo, linfadenite, disfagia, dispneia, febre, mal-estar e cefaleia (sinais de agravamento da infecção) Abscesso em Evolução É a pior fase do tratamento Na maioria das vezes a abertura do conduto não leva a drenagem imediata O pus está intraósseo em algum local entre o periápice e o periósteo. Abscesso em Evolução Tratamento Idêntico ao da fase inicial do abscesso Abertura do conduto radicular com tentativa de drenagem via canal. Prescrição Medicamentosa: analgésicos (se não mitigar a dor fazer uso de analgésicos de ação central) Sinais de agravamento da infecção presente: antibiótico Abscesso em Evolução Uma infecção que envolve os espaços faciais pode evoluir rapidamente para áreas adjacentes e a distância Podem causar sérias complicações: Angina de Ludwig Abscesso infraorbitário Trombose do seio cavernoso Abscesso cerebral Septicemia Abscesso em Fase Final ou Evoluído Esta fase é caracterizada por: Edema flutuante e amolecido Com a evolução do processo, o próprio organismo procura uma via natural para drenagem do pus, rompendo o tecido ósseo e o periósteo Antes do rompimento aparece o “ponto de flutuação” Nesse ponte deve ser realizada a incisão Dor difusa e pulsátil Dente com mobilidade acentuada Testes térmicos: negativos Exame Radiográfico: Aumento do espaço do ligamento periodontal ou rarefação óssea difusa Abscesso em Fase Final ou Evoluído Tratamento Abertura do conduto radicular para tentativa de drenagem do pus Caso não aconteça realizar DRENAGEM CIRÚRGICA Pode ser intraoral ou extraoral Dependendo da localização da área de flutuação do abscesso. Drenagem Cirúrgica Intraoral Anestesia por bloqueio regional distante da área afetada Incisão de aproximadamente 0,5 a 1,0cm de comprimento no ponto de flutuação, com lâmina de bisturi nº15 O pus costuma emergir espontânea e imediatamente Remoção total do exsudato: após drenagem, inserir uma pinça na incisão com movimentos de abertura e fechamento para o esvaziamento completo do pus. Colocação do dreno: Colocar um dreno de borracha com uma pinça para impedir a cicatrização da incisão e manter a via de drenagem contínua até o esvaziamento total (aproximadamente 72 horas a 1 semana). Durante as consultas de retorno deve-se corta o pedaço do dreno. Drenagem Cirúrgica Intraoral Prescrição de cuidados adicionais: Bochechos com água morna Instruções de higiene e de dieta Ênfase na necessidade de retorno e de manutenção do dreno em posição. Terapêutica Medicamentosa Analgésicos de ação periférica após a drenagem intraoral Não há necessidade de antibioticoterapia Drenagem Cirúrgica Extraoral Anestesia superficial na pele ao redor da área com tumefação Incisão: Realizar incisão de 0,5 a 1,0cm no ponto mais baixo possível dentro da área de flutuação Lâmina número 15 de bisturi O pus emerge espontânea e imediatamente Remoção total do exsudato: inserir uma pinça na incisão de preferência de ponta romba realizando movimentos suaves de abertura e fechamento para o esvaziamento completo do pus. Colocação do dreno: de borracha no orifício da incisão com auxílio de uma pinça para impedir a cicatrização da ferida, mantendo a via de drenagem contínua. O dreno deve ser mantido o tempo necessário para o esvaziamento completo do pus. Drenagem Cirúrgica Extraoral Proteção da área da ferida: passar pomada antisséptica (Ex: Hipoglós) ao redor das bordas da ferida para prevenir infecção e para que o dreno não fique aderido a gaze e seja removido durante a troca do curativo (a cada 24 horas, depois a cada 48 ou 72 horas). Terapêutica Medicamentosa: analgésicos de ação central para o controle da dor imediatamente após o ato cirúrgico; Antibiótico Prescrição de cuidados adicionais: aplicação de calor na região do curativo para facilitar a drenagem, instruções sobre a troca do curativo e ênfase na necessidade de retorno e de manutenção do dreno em posição. Drenagem Cirúrgica O que determina se uma drenagem será intra ou extraoral é: A relação entre o local em que a coleção purulenta perfura o periósteo As inserções dos músculos no osso O comprimento da raiz Densidade do osso a ser reabsorvido A compactação óssea vestibular é menor que a lingual na maxila As drenagem extraorais são mais comuns na mandíbula pelo número de inserções musculares. Urgências de origem Periodontal Urgências de Origem Periodontal São condições agudas que causam dor Merecem atenção imediata para alívio dos sintomas e prevenção de complicações Condições sistêmicas e medicações utilizadas pelo paciente contribuem para o diagnóstico e plano de tratamento História da Doença Atual Início do processo Ocorrências anteriores Tratamentos realizados Eficácia Gengivite É a inflamação do tecido gengival e geralmente de maneira crônica Em períodos de exacerbação podem existir causando dor e sangramento 1ª consulta Limpeza local com gaze e antissépticos bucais (clorexidina a 2%) Raspagem periodontal para eliminar placa/cálculo Orientação de Higiene Bucal Encaminhamento para Periodontista Abscesso Gengival/Periodontal É uma coleção purulenta localizada Envolve a gengiva marginal e/ou a papila interdental Não relacionada com comprometimento pulpar A gengiva se apresenta eritematosa, edemaciada e brilhante Origem: A partir de uma bolsa periodontal preexistente Em decorrência de corpo estranho Resíduos alimentares Abscesso Gengival/Periodontal Diagnóstico: É baseado na queixa principal Na história da doença atual Nas características clínicas Não há indício de perda óssea no exame radiográfico Abscesso Gengival/Periodontal Tratamento: Drenagem e eliminação da causa Remoção do cálculo ou corpo estranho Irrigação com soluções antissépticas Medidas sistêmicas Analgésicos e antibióticos dependem da severidade da infecção e dos sinais e sintomas Febre Linfadenopatia Dificuldade de se alimentar História médica e História Dental Fatores iatrogênicos Presença de cálculo remanescente/remoção incompleta Diagnóstico Diferencial Abscesso Periapical X Abscesso Periodontal Correlação da anamnese e dos achados clínicos Uma fístula próxima a lateral da raiz sugere abscesso periodontal Uma fístula na região do periápice sugere abscesso priapical Radiografia como recurso auxiliar Rx com cone de guta percha determinam a localização do abscesso Pericoronarite É um quadro inflamatório no tecido mole que recobre parcialmente a coroa de um dente em erupção ou semi-irrompido Terceiros molares inferiores são os mais acometidos Clinicamente Presença de tecido edemaciado e eritematoso Pode evoluir para um estado infeccioso Apresentado coleção purulenta Drenando espontaneamente ou não Além da amoxicilina 500mg associar com metronidazol 400mg de 8 em 8h por 7 dias Paciente relata dor irradiada, constante, aguda e difusa para a face e para o mesmo quadrante Tratamento: após a fase aguda remoção do terceiro molar Pericoronarite Paciente pode apresentar Trismo Dificuldade de engolir Linfonodos infartados Mal-estar Febre Pode aprofundar-se para espaços cervicais evoluindo para angina de Ludwig, podendo levar a óbito se não houver intervenção de nível hospitalar GUN Gengivite Ulcerativa Necrosante Doença inflamatória da gengiva Se inicia na papila interdental Recoberta por uma pseudomembrana acinzentada Composta por fragmentos necróticos, fibrina, células inflamatórias e bactérias Demarcada por uma mucosa gengival eritematosa, brilhante e hemorrágica Sangramento espontâneo, hálito fétido e dor intensa Maior frequência em adultos jovens GUN Tratamento: Remoção da pseudomembrana com gaze embebida em água oxigenada 10 volumes Paciente também faz bochechos com água oxigenada 10 volumes A manipulação do tecido periodontal e raspagem serão realizadas após o controle da fase aguda Prescrição de amoxicilina e metronidazol Episódios recorrentes de GUN com perda do ligamento periodontal e do osso alveolar recebe o nome de PUN Urgências Pós-Cirúrgicas Alveolite É uma complicação após a exodontia Tem início de 2 a 4 dias após a cirurgia Ocorre em 4% de todas as exodontias Incidência 10 vezes maior em dentes inferiores Principalmente no terceiro molar inferior (45%) Pacientes entre 40 e 45 anos de idade Alveolite Causas: Perda do coágulo Falta de sutura Falta de compressão do alvéolo com gaze Realização de bochecho após exodontia (nas primeiras 24 horas) Sucção do coágulo Trauma cirúrgico durante exodontia Presença de infecção antes da exodontia Fumo Pelo calor Pelo aumento da atividade fibrinolítica Alveolite Úmida O alvéolo apresenta-se inflamado e dolorido Preenchido com coágulo em estado de degeneração ou putrefeito Com odor fétido Edema de gengiva Sem secreção purulenta Tratamento: Anestesia Radiografia Remoção do coágulo putrefeito Suave curetagem Irrigação com soro fisiológico Verificar a formação de novo coágulo e realizar sutura Alveolite Seca O alvéolo apresenta-se aberto, sem coágulo, com paredes ósseas expostas e acinzentadas ou amareladas Dor intensa e irradiada Tecido gengival pouco infiltrado Tratamento: Anestesia Radiografia Remoção de corpo estranho (se houver) Irrigação com soro fisiológico A curetagem não é eficaz nesse caso Preenchimento do alvéolo com medicação tópica embotadora (Alveolex, Alveoliten) Prescrição de Analgésico e Antibiótico Alveolite Supurativa Apresenta alvéolo purulento Dor de intensidade média Raramente irradiada Pode conter Espículas ou sequestros ósseos Fragmento de dente Coágulo infeccionado Ocorre entre 5 a 7 dias após o ato cirúrgico Pode estar associada a febre, trismo e linfadenopatia regional Alveolite Supurativa Tratamento Anestesia Radiografia Remoção do coágulo ou corpo estranho Irrigação com soro fisiológico Curetagem para obter a formação do novo coágulo no interior do alvéolo Sutura Prescrição de analgésico, anti-inflamatório e antibiótico Hemorragia dentoalveolar É o extravasamento abundante e anormal de sangue que ocorre durante ou após a intervenção cirúrgica Quando não ocorre a hemostasia natural nem coagulação Hemostasia É um mecanismo de defesa do organismo Diante de uma agressão vascular ou alterações fisiológicas que visam conter o extravasamento sanguíneo Conhecer o mecanismo da hemostasia é fundamental para um diagnóstico preciso do agente etiológico das hemorragias, possibilitando um tratamento adequado. Durante anamnese solicitar exames complementares (exceto urgências) Mecanismo da Hemostasia Vascular Vasoconstrição transitória por reflexo neurogênico e humoral Plaquetária Adesão de plaquetas no tecido conjuntivo exposto Formando tampão e ativando a cascata de coagulação Coagulação Ou plasmática Urgências nas afecções agudas da mucosa bucal Urgências nas afecções agudas da mucosa bucal Representam um desafio terapêutico Pacientes ansiosos pelo diagnóstico e alívio do desconforto Tratamento eficaz = diagnóstico preciso Lesões da mucosa bucal resultantes de diferentes condições podem ter aparência clínica semelhante História dos sinais e sintomas é uma das características diagnósticas mais importantes Úlcera Traumática Úlceras bucais com início agudo De curta duração Estabelecidas por infecções bacterianas, trauma ou infecções virais Úlceras mais comuns Característica diagnóstica primária: Demonstração de causa direta Resolução da lesão Remoção da causa Mordeduras Traumas por próteses Dentes ou restaurações com fraturas Úlcera Traumática É caracterizada por uma única lesão Localizada em área propensa a trauma Face lateral de língua Mucosa labial Lesão desaparece em 1 a 2 semanas Após remoção da causa Úlcera Traumática Fraturas Fraturas De esmalte e dentina conduta de menor complexidade e prognóstico favorável Fraturas coronárias com exposição pulpar, luxação intrusiva, concussão e subluxação são de moderadas gravidade e resolução. Avulsão são de maior gravidade e exigem mais ações resolutivas Fraturas da coroa sem exposição pulpar Regularizar a superfície e ionômero de vidro ou resina composta Se atingiu a dentina realizar proteção pulpar antes da restauração Fazer controle pulpar e radiográfico Fraturas da coroa com exposição pulpar Microexposição pulpar: capeamento pulpar direto com hidróxido de cálcio, ionômero de vidro e/ou resina composta Exposição maior ou mortificação pulpar: pulpectomia e hidróxido de cálcio como curativo de demora. Avaliar e trocar mensalmente o curativo Luxações Compreende danos que envolvem os dentes e os tecidos periodontais Podem levar a: Necrose pulpar Reabsorção radicular Obliteração do canal Perda do suporte marginal Luxações Concussão O dente não apresenta mobilidade É sensível a percussão Subluxação Ocorre quando o dente apresenta pouca mobilidade e sensibilidade Sem deslocamento Pode ter sangramento na margem gengival Eliminar as interferências oclusais Recomendar dietalíquida e pastosa por 2 semanas Luxação Lateral Deslocamento do dente em direção vestibular, lingual, mesial ou distal Reposicionar e conter com fio ortodôntico Luxações Luxação extrusiva O dente é deslocado para fora do alvéolo Grande mobilidade e sangramento do sulco gengival É indicada a reposição do dente extruído Contenção semi-rígida com fio ortodôntico 0,3 ou 0,4mm por 2 a 3 semanas Luxação intrusiva O dente é deslocado no sentido apical no interior do alvéolo É a forma mais séria de luxação Apesar de o dente geralmente estar firme no alvéolo, deve-se aguardar sua reerupção espontânea (2 a 4 meses) Se não reerupcionar, deve-se reposicioná-lo com ortodontia ou cirurgia. Traumatismo Dental Podem envolver dentes, porção alveolar e tecidos moles adjacentes O tipo de dano e estruturas atingidas orientam o tratamento se será com ou sem contenção O tempo de imobilização é diretamente proporcional ao da cicatrização das estruturas lesadas Na dentição decídua como o ápice radicular está próximo do germe do permanente pode acontecer problemas com a erupção, formação e posição dele. Avulsão - Reimplante Quando um dente é deslocado totalmente para fora do seu alvéolo Prognóstico depende: do estágio de desenvolvimento radicular, do tempo em que o dente ficou fora do alvéolo, do meio onde foi armazenado, da correta manipulação e contenção Avulsão - Reimplante O dente que saiu do alvéolo depois de lavado sem escovação deve ser reimplantado imediatamente No consultório é feita a contenção semirrígida por 3 a 4 semanas Não sendo possível o reimplante imediato, o dente pode ser armazenado em leite, soro fisiológico ou saliva. Avulsão - Reimplante Nos dentes com formação radicular completa a polpa deve ser extirpada após uma semana e o canal deve ser preenchido com hidróxido de cálcio para evitar reabsorções Antibioticoterapia por 7 dias Vacina contra tétano será necessária dependendo do local onde o dente caiu e das condições sistêmicas do paciente. Prescrição de analgésico e/ou anti-inflamatório para prevenir edema e complicações Se o dente apresentar pulpite irreversível realiza-se pulpectomia. Obrigada!
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