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Puericultura Luana Jucá - TXIV CONCEITO • A Puericultura (até os 19 anos de idade), é uma área essencialmente ambulatorial. ‘’É O ATENDIMENTO INTEGRAL Á SAUDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE’’ ESTRUTURA DAS CONSULTAS Promoção e educação em saúde visando toda a vida do individuo. Prevenir ou diminuir problemas futuros. Atender ás preocupações e realizar orientação antecipatória, de acordo com o desenvolvimento Determinar a função bio/psico/social atual da criança ou do adolescente. Identificar, diagnosticar e agir o mais cedo possível nos problemas atuais. CALENDÁRIO DAS CONSULTAS DE PUERICULTURA *A fase do Pré-Natal: devem ser realizadas consultas com o Obstetra e Pediatra (Orientações) *1ª Consulta até 15 dias de vida: Ideal que seja realizada até o 7º dia de vida *Anual > 5 anos: ideal que se realize com crianças a partir dos 10 anos de idade. TODA CONSULTA DE PUERICULTURA TEM QUE TER: *Primeiro contato: “bom dia” “Como você está?” *Anamnese Ampliada: Perguntar TUDO *Exame Físico Completo: Menores de 2 anos (tirar a roupa toda) *Promoção da Saúde e Orientação: Segui na consulta com orientações, conversas (Representa 80% da consulta). ESTRUTURA DAS CONSULTAS: Luana Jucá - TXIV ANAMNESE COMPLETA *Interrogatórios sobre os diferentes aparelhos *Antecedentes familiares *Antecedentes pessoais *Desenvolvimento neuropsicomotor *Antecedentes vacinais *Historia de formação da família/relacionamentos familiares *Habitação *Hábitos atuais –Alimentares –Intestinais –Urinários –Sono –Banho corporal –Higiene bucal –Lazer ATENTAR-SE PARA: -Sorologias Maternas Positivas? SEMPRE TESTE DO PEZINHO: BÁSICO: *FENILCETONÚRIA *HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO *HEMOGLOBINOPATIAS *DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDADE *FIBROSE CISTICA *HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA AMPLIADO: *TOXOPLASMOSE CONGÊNITA *AMINOACIDOPATIAS *DEFICIÊNCIA DE G6PD *GALACTOSEMIA TESTE EXPANDIDO - 33 PATOLOGIAS TESTE DO OLHINHO: Luana Jucá - TXIV TESTE DA ORELHINHA *Realizado pelo fonoaudiólogo *O Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal é um exame importante para detectar se o recém-nascido tem problemas de audição. TESTE DO CORAÇÃOZINHO: *Serve para comparar a saturação de O2 (SPO2) nos membros. *Observação: NÃO PODE SER MAIOR QUE 3% TESTE DA BOCHECHINHA: O Teste Genético da Bochechinha é um exame complementar aos exames básicos de triagem neonatal, que detecta simultaneamente várias condições que não são identificáveis por outros procedimentos e que podem ser tratadas ou atenuadas quando diagnosticadas precocemente. EXAME FÍSICO: *Geral *Especial -Pele e anexos -Tecido celular subcutâneo -Mucosas 1.Cabeça 2.Neurológico 3.Tórax 4.Cardiovascular 5.Respiratório 6.Abdome 7.Região genital e perianal 8.Membros *Diagnósticos -Crescimento, Nutrição, Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM), Alimentar, Vacinação, Ambiente físico e emocional. Luana Jucá - TXIV *PASSOS: *Inspeção *Ausculta *Percussão *Palpação -SENTIDO: Céfalo/podal DADOS ANTROPOMÉTRICOS (PROVA): *No primeiros 10 dias de vida o RN perde 10% do peso de nascimento *O peso TRIPLICA no 1° ano e QUADRIPLICA no 2 ° ano *OBSERVAÇÃO: Orientar a mamada em intervalos de 3 a 4 horas *PEF= melhor avaliação é pela Idade Óssea (IO) pelo atlas de Greulich- Phyle E/I(em cm)= Id x 6 +77 • AG no menino= [ (E pai+ E mãe)+ 13] /2 • AG na menina= [ (E pai+ E mãe)- 13] /2 VC DE CRESCIMENTO = E atual- E anterior (mínimo 3-4 meses) /n° meses x 12 PERÍMETRO CEFÁLICO (PC) (PROVA): PERÍMETRO TORÁCICO (PT): *Normal: 30-33cm (2-3cm menor que o PC) PERÍMETRO ABDOMINAL (PA): *Perímetro abdominal – variável (+/- o PC) Luana Jucá - TXIV DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR PUBERDADE: *EVOLUÇÃO NORMAL DA PUBERDADE -Obrigatório em todo Exame Físico realizar a PALPAÇÃO Reflexo de Moro Luana Jucá - TXIV SEMPRE ORIENTAR.... AMAMENTAÇÃO ORIENTAR POSIÇÃO ADEQUADA... Quando o bebê dorme de barriga para cima, e volta um pouco de leite na boca do bebê, e ele engasga, a primeira reação do bebê é tossir ou fazer algum movimento que chamará a atenção dos pais. Isso levará os pais a fazer a manobra de Heimlich ou desengasgamento, e salvar o bebê. Se o bebê é colocado de bruços (barriga para baixo), pela própria imaturidade do cérebro, não percebe que está engasgado e respirando um “ar viciado” (rico em gás carbônico, pára de respirar) e morre silenciosamente. Além disso, quando o bebê está de barriga para baixo, ele pode engasgar e não conseguir tossir ou se mexer para chamar a atenção. HIGIENE: *Coto umbilical (sem sinais flogísticos) *Banho (verificar e orientar) *Troca de fralda (verificar e orientar) ORIENTAR ACIDENTES MAIS FREQUENTES Queimaduras, choques elétrico... SINAIS DE VIOLÊNCIA/MAUS TRATOS Cuide, vigie, reconheça, NOTIFIQUE Luana Jucá - TXIV OUTRAS ORIENTAÇÕES *Sono: deve dormir de 16 a 20 horas *Evacuação: amarelo pastoso, em número variável conforme a criança OBSERVAÇÃO: Em aleitamento materno o bebê pode ficar até 10 dias sem evacuar. *Sol: exposição antes das 10 horas e após as 16 horas, iniciando com 5 minutos e aumentando gradativamente conforme os dias até 15 minutos. ORIENTAR VACINAÇÃO: SUPLEMENTAÇÃO PRINCIPAIS QUEIXAS *Cólicas e Choro Luana Jucá - TXIV IMPORTANTE! *Deve ser ressaltada a maior frequência de infecções e aferir PA anualmente a partir dos 3 ANOS de idade. *Na anamnese do escolar tem que observar a preocupação com a imagem corporal, participação em atividades esportivas, desenvolvimento afetivo, explicar gráfico de crescimento, verificar desenvolvimento de caracteres sexuais secundários. Os reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo. *Presentes ao nascimento e nos primeiros meses *Devem ser iniciados ao longo dos meses, quando surgem os reflexos posturais *Sua presença significa integridade do Sistema Nervoso Central (SNC). *Ausência ou persistência Disfunção Neurológica. REFLEXO DE BUSCA *0-3 Meses *Estímulo: tátil em região perioral *Resposta: virar os lábios na mesma direção SUCÇÃO *0-5 Meses *Estímulo: tocar os lábios e a parte interna da boca *Resposta: movimentos rítmicos, língua em cânula, movimentos ondulatórios. MORO *0-4/5 Meses *Estímulo: bebê em decúbito dorsal, levantar os braços e soltar *Resposta: Abdução e extensão do MMSS PREENSÃO PALMAR E PLANTAR *Palmar 0-4/5 Meses *Plantar 0-12 Meses *Estímulo: colocar o dedo na palma da mão/planta do pé *Resposta: flexão dos dedos, “segurando” Reflexos Primitivos Luana Jucá - TXIV MARCHA *0-3 Meses *Estímulo: apoiar a planta do pé sobre uma superfície plana *Resposta: flexão dos MMII GALANT *0-3 Meses *Estímulo: estímulo da região lombar com bebê em pronação *Resposta: Flexão lateral para o lado estimulado TONICO-CERVICAL ASSIMÉTRICO OU RTCA OU ESGRIMISTA *0-4/5 Meses *Estímulo: rotação cervical *Resposta: extensão do cotovelo para o lado da rotação + flexão do cotovelo para o lado oposto CUTÂNEO-PLANTAR *0-2 Anos (APÓS 2 ANOS É PATOLÓGICO) *Estímulo: Estímulo planta do pé do calcâneo aos artelhos *Resposta: extensão do hálux com aberturas dos outros de dedos Luana Jucá - TXIV REFLEXO DE COLOCAÇÃO/ POSICIONAMENTO/ PLACING *0 ou 1-2/3 Meses *Estímulo: Criança segurada em pé, pressiona o dorso do pé contra a borda de uma mesa *Resposta: flexão da perna, trazendo o pé acima da mesa como se subisse um degrau ADOLESCÊNCIA (HEBIATRIA) – Período de transição entre a infância e a idade adulta, marcado por grandes transformações: físicas, psíquicas e sociais. PUBERDADE – É uma fase do desenvolvimento que prepara o ser humano para a maturação sexual e a reprodução. ADOLESCÊNCIA • ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS • ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS • ALTERAÇÕES SOCIAIS OBSERVAÇÃO: Adolescência - 10-19 ANOS (OMS) Adolescente Jovem - 15-19 ANOS Juventude - 15-24 ANOS (OMS) Adultos Jovens - 20-24 ANOS 1. PUERICULTURA NA ADOLESCÊNCIA 2. CONSULTA MÉDICA - ASPECTOS ÉTICOS3. MONITORAÇÃO DO CRESCIMENTO FÍSICO – DESENVOLVIMENTO PUBERAL 4. DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO NA ADOLESCÊNCIA LIMITES ENTRE NORMALIDADE E ANORMALIDADE 5. DESENVOLVIMENTO SEXUAL EVOLUTIVO EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE 6. NA ADOLESCÊNCIA Herbiatria Luana Jucá - TXIV Aspectos éticos, Sigilo e confidencialidade • É direito do Adolescente buscar consulta e ser atendido. • A consulta com o adolescente deve ser SIGILOSA, e deve ser procedida com uso de PRONTUÁRIO EM PAPEL. • O médico deve respeitar a individualidade de cada adolescente, mantendo uma postura de acolhimento, centrada em valores de saúde e bem – estar do jovem. • A ausência dos pais ou responsáveis não deve impedir o atendimento médico do jovem, seja na primeira consulta ou no retornos. OBSERVAÇÃO: Adolescência começa a partir dos 10 anos segundo CFM, ONU. SITUAÇÕES EM QUE O SIGILO DEVE SER INTERROMPIDO OU MANTIDO: A CONSULTA MÉDICA • O atendimento do adolescente exige absoluta privacidade. • O ideal é uma sala própria de espera para os adolescentes, para se sentir constrangido ao estar com crianças. • A consulta deve ser realizada em tempos diversos: o Médico/adolescente o Médico/adolescente/familiar IDEAL: ✓ Escuta primeiro o adolescente ✓ Logo em seguida escutar os pais ✓ Depois os dois MNEMÔNICO: HEADSSS Luana Jucá - TXIV PRIMEIRA CONSULTA • Anamnese com o Adolescente o Queixa e duração (QD) + História pregressa de moléstia atual (HPMA) o Interrogatório sintomatológico dos diversos aparelhos(ISDA) ✓ Alimentação ✓ Constituição familiar ✓ Condições socioeconômicas ✓ Escolaridade ✓ Trabalho ✓ Lazer ✓ Religião ✓ Esportes ✓ Hábitos ✓ Desenvolvimento puberal ✓ Sexualidade ✓ Abordagem psicológica AVALIAÇÃO DE RISCO PARA USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS, DEPRESSÃO E SUICÍDIO ESCORE CRAFTT 1. Mostre ao seu paciente o escore dele no gráfico e converse sobre o nível de risco para transtornos Probabilidade de Transtorno de uso de Substância pelo escore: Por que? Luana Jucá - TXIV 2. Pontos de abordagem para aconselhamento clínico: 3. Dê ao paciente o CONTRATO pela VIDA • Anamnese com a mãe (ou acompanhante) o QD + HPMA o Gestação, parto, condições do nascimento o Crescimento e desenvolvimento o Imunizações o Antecedentes familiares ✓ PRIMEIRA PERGUNTA: Por que você veio aqui? (PERGUNTAR AOS DOIS!) • Exame Físico (COMEÇA DESDE A ENTRADA) o Exame físico segmentar o Se adolescente do sexo oposto ao examinador, é recomendável a presença de outra pessoa na sala o Dados antropométricos e gerais o Exame geral o Exame da genitália OBSERVAÇÃO: Avisar o passo a passo de cada etapa do exame físico EVOLUÇÃO NORMAL DA PUBERDADE MENINAS MENINOS Luana Jucá - TXIV MATURAÇÃO SEXUAL • AVALIAÇÃO ANUAL • COMPREENSÃO E PROGRESSÃO • DESENVOLVIMENTO BIOPSICOSSOCIAL • INTERPRETAÇÕES E RESULTADOS LABORATORIAIS • RESULTADOS BIOLÓGICOS MENINAS: (MARCO DA PUBERDADE – MAMAS) o 8-13 ANOS o ESCALA DE TURNER o TELARCA o VELOCIDADE DE CRESCIMENTO MENINOS: (MARCO DA PUBERDADE – TESTÍCULOS) o 9-14 ANOS o ESCALA DE TURNER o VOLUME TESTICULAR: 3ML o VELOCIDADE DO CRESCIMENTO PARTICULARIDADES MASCULINO: o Ginecomastia o Fimose o Hipospádia o Criptorquidia o Hidrocele o Hérnias, etc.. FEMININO o Mamas o Genitália externa o Leucorréias o Coleta Papanicolau, etc.. SITUAÇÕES DE ALERTA • Ausência de sinais de puberdade aos 13 anos de idade na menina • Ausência de sinais de puberdade aos 14 anos de idade no menino • Inicio da puberdade antes dos 8 anos na menina • Inicio da puberdade antes dos 9 anos no menino ASPECTOS EMOCIONAIS E SAÚDE MENTAL DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO NA ADOLESCÊNCIA Síndrome da adolescência normal • Busca de si e da identidade adulta : oscilações; exacerbação conflitos; identidade transitória porém contribui para a formação da identidade adulta; • Separação progressiva dos pais: quando figuras parentais são instáveis, identificação não saudável, comportamentos conflituosos; • Tendência grupal; Luana Jucá - TXIV • Necessidade de intelectualizar e fantasiar: processos instintivos do adolescente podem ser acessíveis pela consciência; • Crises religiosas; • Deslocamento temporal: caraterísticas temporais e rítmicas • Evolução zexual: autoerotismo, objeto sexual; • Atitude social reinvidicatória: É a maneira como estabelece seus papéis dentro da família e sociedade; • Contradições sucessivas nas manifestações de conduta: buscam exercer novos papéis que refletem identidade adulta; • Oscilação de humor. ✓ Aprender a lidar com um corpo que cresce rapidamente; ✓ Aprender lidar com a sexualidade; ✓ Aprender a lidar com as emoções; ✓ Aprender a controlar e planejar; ✓ Aprender a viver em sociedade. Luana Jucá - TXIV LIMITES ENTRE COMPORTAMENTO NORMAL E PATOLÓGICO • Excessos ou insuficiências: Frequência ou intensidade; • Infração às normas: escolar, familiar ou social; • Atraso ou defasagem do desenvolvimento; • Entrave ao funcionamento adaptativo (Quando não consegue se adaptar com a adolescência) SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO SEXUAL E CONTRACEPÇÃO SEXUALIDADE • O exercício da sexualidade na adolescência • Direitos sexuais e reprodutivos • Métodos anticoncepcionais • Educação sexual SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA • É nessa fase que ocorre a definição da identidade sexual; • Novos padrões de identidade sexual; • Genitalidade x Sexualidade; • Importância compreender a identidade sexual, englobando identidade de gênero, papel de gênero e orientação sexual. EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA • Prática masturbatória; Frequência x Interferência; • Relação sexual - posicionamento, reconhecida como atitude amadurecida; • Sexting: expressão e comunicação porém favorece comportamento sexual de risco, proliferação de pornografia infantil, e maior probabilidade de vitimização; • Se comportamento sexual diferente do esperado - É necessário sabedoria para conduzir os primeiros momentos da descoberta da homossexualidade, até que ocorra aceitação e respeito; • Trabalhar homofobia. CALENDÁRIO VACINAL DO ADOLESCENTE Luana Jucá - TXIV ANTES DE VACINAR: Conhecer as características do imunobiológico: 1. Natureza do antígeno imunizante 2. Presença de adjuvantes 3. Via de administração 4. Principal método de produção 5. Risco de eventos adversos NATUREZA DO ANTÍGENO: • Vírus inativado: Contêm a bactéria ou vírus morto por agentes químicos ou físicos, e esse processo é obtido por meio de engenharia genética • Vírus atenuado: São aquelas que contém a bactéria ou o vírus vivo, porém inapto para produzir a doença. • Vacina Conjugada: Criadas para combater diversos tipos de doenças causadas por bactérias encapsuladas • Vacinas combinadas: São diversas imunizações reunidas em uma única dose de vacina, criada para proteger de várias doenças ao mesmo tempo. CONCEITO: IMUNIDADE COLETIVA (OU DE REBANHO): • Quando uma nova doença contagiosa chega a um lugar, quase todos lá são vulneráveis a ela: • Dentro de algum tempo, a doença passa a afetar várias pessoas • Quando surge uma vacina para a doença, as pessoas que a recebem tornam-se imunes. Calendário Vacinal 1 pessoa que se infectouRestante da população Tem defesa própria Criando imunidade coletiva Luana Jucá - TXIV São os imunocomprometidos, gestantes Então realizo imunidade de rebanho para proteger essas pessoas CONTRAINDICAÇÕES GERAIS (PARA ALGUMAS PESSOAS RELACIONADO A VACINA) Vacinas de vivos vivos atenuados ou bactérias vivas atenuadas: 1. Imunodeficiências congênitas ou adquiridas 2. Neoplasias malignas; 3. Gestantes (VACINAS ATENUADAS ELAS NÃO PODEM) (exceto em situação de alto risco para algumas doenças); 4. Uso de corticosteroides em altas doses por período superior a 15 dias; 5. Terapia imunossupressora (radioterapia, quimioterapia, uso de imunossupressores) A vacina deve ser ADIADA se: 1. Febre aguda (principalmente para evitar confusão entre os eventos adversos) 2. Período variável apóstérmino de imunossupressor 3. Período variável após transplante de medula óssea 4. De 3 a 11 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulinas (INATIVA A VACINAÇÃO), para vacinas com vírus vivos, em razão da possibilidade de neutralização do antígeno vacinal por anticorpos presentes nesses produtos OBSERVAÇÃO: Infecção viral leve sem febre pode VACINAR VACINAS ATENUADAS • BCG • Rotavírus • Tríplice viral • Varicela • VOP • Febre Amarela • Dengue VACINAS INATIVADAS = ACELULARES • Hep B • Tétano • Coqueluche • HPV • HiB • Pneumo • Meningo Pessoa que não pode vacinar Luana Jucá - TXIV VIP: Intramuscular – Inativada VOP: Oral – Atenuada Tríplice Viral Tetra Viral o Sarampo o Rubeola + Varicela o Caxumba Penta o Hepatite B o D - Difteria o T - Tétano o P – Coqueluche (B – Pertussis) o Hib VACINAS: BCG • Ao nascer + contactantes de Hanseníase • Via INTRADÉRMICA • Bactéria viva atenuada (Mycobacterium bovis) • Contra as formas graves da Tuberculose (miliar e meningite tuberculosa) • Deve ser feita no BRAÇO DIREITO CONTRAINDICAÇÕES: • Bebês com suspeita de imunodeficiência • Recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gestação; • Prematuros, até atingir 2 kg Evolução: • Pápula • Nódulo • Pústula • Crosta e Cicatrização (12 – 24 semanas) Eventos Adversos: BCGíte: infecção da BCG (Normalmente em bebê imunocomprometido) E se não fizer MARQUINHA? Desde 2019 NÃO é mais recomendado revacinar nessa situação. HEPATITE B • Ao nascer (primeiras 12 h de vida) META • Via intramuscular • Inativada Esquema vacinal: PNI: 0-2-4-6 meses: 4 doses (ao nascer + Pentavalente) RN filhos de mães portadoras de Hepatite B devem receber, além da vacina, a imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG) (INATIVA O VÍRUS) Contraindicação: • Reação vacinal anterior (púrpura trombocitopênica) ou anafilaxia aos componentes da vacina Luana Jucá - TXIV DTP • D = difteria • T= tétano • P = coqueluche (B. pertussis) • 5 doses (2, 4 e 6 meses como Pentavalente + reforço aos 15 meses e segundo reforço entre 4- 6 anos) • Via intramuscular • Inativada • DTPw = vacina tríplice bacteriana de células inteiras (até 7 anos de idade, sem reação vacinal prévia) • DTPa = vacina tríplice bacteriana acelular infantil Quando realizar DTPa? (acelular) SE TIVER EFEITO ADVERSO A DTP. Disponível no CRIE (SUS) para crianças de até 7 anos que apresentaram as seguintes reações adversas após a aplicação da vacina DTPw ou DTPw-HB/Hib: QUANDO FAZER? • Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação. • Episódio hipotônico hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após vacinação. Apresentam risco aumentado de eventos graves à vacina DTPw ou DTPw-HB/Hib, como: • Epilepsia • Doenças crônicas do coração ou pulmão com risco de descompensação quando ocorre febre • Doenças neurológicas crônicas incapacitantes • Recém-nascidos internados em unidade neonatal na idade de vacinação • Recém-nascido prematuro extremo (nascidos com • menos de 1 kg ou 31 semanas de gestação). • Imunodepressão (câncer e/ou ou necessitando de quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia; doenças imunomediadas que necessitem de quimioterapia, corticoterapia ou imunoterapia; ou crianças transplantadas) Eventos Adversos: Leves e autolimitados: • Febre baixa a moderada (até 30%), geralmente na primeira dose e nas primeiras 24h • Sonolência, perda de apetite, vômitos, choro persistente Graves: • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) • Convulsão • Encefalopatia pós-vacinal (rara) • Reações de hipersensibilidade (extremamente raras) Luana Jucá - TXIV Hib • Haemophilus influenzae tipo b (Causa Pneumonia) • Inativada • Intramuscular • PNI 3 doses: 2-4-6 (Penta) Pentavalente: SUS Tríplice bacteriana de células inteiras, hepatite B e Hib – DTPw-HB/Hib Hexavalente: privada Tríplice bacteriana acelular, poliomielite inativada, Hib e hepatite B – DTPa-VIP-HB/Hib (ACRESCENTA A POLIO) VIP (Inativada – Intramuscular) /VOP (Oral) • Poliomielite • 3 doses: 2-4-6 meses (VIP) • Reforços: 15m e 4 anos (VOP) • VIP: trivalente (tipos 1,2,3) ✓ Intramuscular ✓ Inativada (TODOS! EXCETO QUEM TEM REAÇÃO!!) • VOP: bivalente (tipos 1,3) ✓ Atenuada ✓ Oral (QUANDO FOR DE REFORÇO! SÓ DEPOIS DOS 15 MESES) Contraindicações: VOP (atenuada): o Gestantes, imunodeprimidos (Se o bebê tiver contato com essas pessoas é contraindicado tomar) e pessoas que convivem com esses grupos o Anafilaxia após o uso de componentes da fórmula da vacina (em especial os antibióticos neomicina, polimixina e estreptomicina); o Pessoas que desenvolveram a pólio vacinal após dose anterior. NESSES CASOS FAZ A VIP VIP: o Anafilaxia à dose anterior da vacina, ou a algum de seus componentes VORH • Rotavírus • Vírus vivo atenuado • VRH1: um tipo (PNI) ✓ 2 doses: 2-4 meses ✓ Intervalo mínimo de 4 semanas • Via Oral Sobre a vacina: CAUSA DIARREIA CRÔNICA • A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 d (TEM IDADE LIMITE). • A idade máxima para a última dose é de 7 meses e 29 dias. • Se houver atraso além dessa idade, a imunização não poderá ser iniciada. Luana Jucá - TXIV Contraindicações: • Crianças fora da faixa etária citada • Imunodeprimidos (vírus vivo inativado), alergia grave (anafilaxia) • Doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal. Efeito adverso: INVAGINAÇÃO INTESTINAL na primeira semana após a segunda dose (FEZES COM ASPECTO DE GELEIA DE FRAMBOESA) PNEUMO (QUALQUER INFECÇÃO DE VIA AÉREA) • Pneumocócica conjugada • Intramuscular • Inativada • Protege contra pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas VPC10 (pneumo 10): PNI ✓ 2 doses: 2-4 meses ✓ Reforço 12 meses MENINGO (PROTEGE CONTRA TODAS AS DOENÇAS MENINGOCÓCICAS • Intramuscular • Inativada • Protege contra doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis • PNI: Meningo C ✓ 2 doses: 3-5 meses ✓ Reforço 12 meses FEBRE AMARELA • 9 meses + reforço aos 4 anos • Em situações especiais a partir de 6 meses • Subcutânea • Vírus vivo atenuado Contraindicações: • CI gerais de vírus vivo atenuado • Doença desmielinizante em 6 semanas após a vacinação • Gestantes (risco x benefício) e lactantes (suspender leite materno por 10 dias se necessitar de vacinação) • Anafilaxia (composta por ovo) • Miastenia gravis, timoma, ausência do timo TRÍPLICE VIRAL o RUBÉOLA o SARAMPO o CAXUMBA • Vírus vivos atenuados • Via subcutânea • 1a dose: 12 meses TETRA VIRAL ✓ Sarampo, Rubéola, Caxumba + Varicela • Vírus vivos atenuados • 1a dose: 15 meses Luana Jucá - TXIV VARICELA • Vírus vivo atenuado • 1a dose: 15 meses (com Tetraviral) • 2a dose: 4 anos (APENAS VARICELA) HEPATITE A (VÔMITO E DIARREIA) • Inativada • Intramuscular • Dose única: 15 meses HPV • Quadrivalente (6,11,16,18) • Inativada • Intramuscular • A partir de 9 anos 2 doses (0-6m) • Após 15 anos 3 doses (0-1 a 2 – 6 meses) • Meninas de 9-14 anos; • Meninas >15 anos que já tenham uma dose; • Meninos de 11 a 14 anos; • Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea. A VACINA PREVINE: • Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. • Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma). COVID-19 A partir de 6 meses para TODOS! OBSERVAÇÃO: Algumas crianças apresentaram Miocardite Transitória Para uma boa anamnese, devem ser realizados perguntas direcionadas a criança, família e acompanhantes ETAPAS DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA RN: 0 a 28 dias LACTENTE: 29 dias até 2 anos PRÉ-ESCOLAR: 7 a 10 anos ADOLESCENTE: 10 a 19 anos EM ALGUNS ESTUDOS ADOLESCÊNCIA VAI ATÉ OS 25 ANOS. A consulta pediátrica tem como objetivo iniciar o acompanhamento deum ser humano em crescimento e desenvolvimento. Nas idades iniciais a anamnese é transferida aos pais ou responsáveis Anamnese Pediátrica Luana Jucá - TXIV A criança nos passa muitas informações importantes e riquíssimas para anamnese, o profissional deve ter uma linguagem de acolhida O paciente deve ser o centro da relação medico- paciente, independentemente da faixa etária e dos diferentes graus de compreensão • O ambiente deve ser tranquilo • Ambiente lúdico • Ferramentas lúdicas como brinquedos, atividades de pinturas, músicas infantis • Nunca gritar ou ameaçar, tom de voz ameno • Olhar para a criança e procurar interagir • Sempre conversar antes de examinar a criança, ela precisa confiar em você • Sempre explicar o que está prestes a acontecer e pedir consentimento à criança ou responsáveis. QUEIXA PRINCIPAL • Motivo maior que trouxe a criança à consulta • Nem sempre a primeira queixa relatada é a queixa principal • Linguagem do paciente, coloquial, entre aspas • Cabe em uma sentença EXEMPLO 1: Guilherme, 7 anos. Acompanhante: Mãe “tem 7 dias que ele reclama de dor no ouvido. Isso porque ele é teimoso Dra.! Eu falei: -Gui, não ande na chuva.” advinha onde ele estava? No temporal! Tem uns 2 dias que eu achei que ele ta mais quente, hoje piorou muito, a orelha direita dele começou a vazar pus e sangue. HÁ QUANTOS DIAS ELE TEM OTALGIA? HÁ QUANTOS DIAS ELE TEM FEBRE? HÁ QUANTOS DIAS ELE APRESENTOU OTORREIA QUAL O PRINCIPAL MOTIVO DE TER BUSCADO AJUDA MÉDICA? • ID: Guilherme, 7 anos, Natural e procedente de Rio Branco, AC. Acompanhante: Sônia (Mãe) ESSA É A QUEIXA PRINCIPAL!!!! • QP: “hoje a orelha direita dele começou a vazar pus e sangue” • HDA: Menor acompanhado pela mãe que refere hoje pela manhã otorreia purulenta e sanguinolenta à direita. Refere há 2 dias febre não aferida, fez uso de dipirona com melhora. Refere há 7 dias otalgia à direita. Nega outros sintomas. DIAS: 1º DIA: OTALGIA 5º DIA: FEBRE 7º DIA: OTORREIA Luana Jucá - TXIV HISTÓRIA MÓRBIDA PREGRESSA “Ele já ficou internado no HC quando tinha 2 anos por pneumonia... Não doutor, não precisou de tubo pra respirar não. Ele ficou 1 semana internado com antibiótico na veia e precisou colocar um tubo no pulmão, tadinho... Foi nessa época que descobri que ele não pode tomar cetiprufeno que ele fica todo inchado e disseram pra eu sempre avisar. As vacinas eu acho que dei certo, mas perdi a carteira dele. • HMP: Internamento por Broncopneumonia aos 2 anos de idade em enfermaria do Hospital da Criança, com necessidade de drenagem torácica fechada em selo d’água. Relato de provável reação anafilática após uso de cetoprofeno. Mãe refere vacinas estarem atualizadas (SIC), porém extraviou cartão de vacina. ANTECEDENTES GINECO-OBSTÉTRICOS: “Eu tive 5 filhos, um eu perdi na barriga ainda 2 meses, 2 meninos e 2 meninas. Tudo nasceu em casa, o senhor acredita? Dona Maria era uma parteira muito boa, Deus a tenha. A parteira cuidava de mim, não fiz nenhum exame não, deu tudo certo. Só fumava um paieiro de vez em quando. Esse aqui nasceu grandão, de 9 meses. 3 quilos! Já chorou e mamou logo! Uma benção! A carteira o senhor vai me desculpar mas eu não tenho mais, perdi numa enchente. • AGO: G5A1P4C0, Não realizou o pré-natal, refere uso de tabaco durante a gestação. Parto domiciliar, com auxílio de parteira, sem intercorrências. RNT, peso ao nascer 3kg, com boa vitalidade, mamou na primeira hora de vida (SIC). Mãe perdeu a carteira da criança em enchente. HISTÓRICO ALIMENTAR: Ele mamou até os 8 meses no meu peito, depois eu parei porque meu leite ficou fraco. Ai eu comecei a dar mingau de banana com milharina e leite. Com 1 ano eu comecei a dar comida de panela. Verdura ele não gosta, não tem quem faça ele comer. Fruta ele gosta só de banana e melancia. A carne eu frito mesmo ou faço assada na panela com banha de porco e misturo. • H. Alimentar: Aleitamento materno exclusivo até os 8 meses. Após 8 meses suspenso leite materno. Aos 8 meses introdução de leite de vaca, milharina e banana em forma de mingau. Introduçãode alimentação familiar a partir de 1 ano de vida. Alimentação pobre em verduras e frutas e rica em carnes, lipídeos e carboidratos. Luana Jucá - TXIV HMF: Meus filhos são tudo saudável, Graças à Deus! Só o mais novo, Alberto, tem 3 anos, ele sofre de bronquite . Aí tem Mariangela de 5, Marcos de 7 só tem alergia a mosquito. Maria de 10, João de 12 e o Gui. Eu tenho pressão alta, pai dele tem Diabetes e já perdeu um dedo. • HMF: Mãe, 45 anos, hipertensa; Pai, 55 anos, diabético, relato de amputação de pododáctilo. Irmão, 3 anos, asma. Demais irmão hígidos. Nega outras doenças familiares. CONDIÇÕES E HÁBITOS DE VIDA: É zona rural onde eu moro, na colônia que era dos meus pais. A gente cria galinha e planta verdura pra vender na feira. Mora eu, meu marido, as 5 crianças e minha mãe. A casa é de madeira, tem 1 sala e 2 quartos. O banheiro é fora, “pau de gata”, o senhor sabe o que é? A gente usa água da cacimba mesmo. Não, doutor, não fervo não. Tem um cachorro, mas fica no quintal. Eu fumo dentro na cozinha, pai dele bebe. Eu estudei ate o primeiro ano, o pai dele não estudou. Eles todos vão pra escola rural. • CHV: Mora em casa de madeira, em zona rural, com 3 cômodos, banheiro externo, sem saneamento básico, sem água tratada, consumo de água de poço sem fervura. Moram em 8 pessoas. Possuem cachorro e galinhas. Mãe fumante dentro do domicílio, pai etilista. Todas as crianças frequentam escola rural. Pais são feirantes, com renda de 500 reais ao mês, incluindo 1 auxílio do governo. Guilherme brinca no quintal, com outras crianças da sua idade e cachorro, à noite assiste TV, dorme as 8pm. ANTECEDENTES NEUROPSICOMOTOR: Guilherme andou com 2 anos. Ele andou primeiro do que falou. Ele demorou pra falar. A avó dele fez uma reza muito forte e ele foi soltar a voz só com 3 anos, antes disso ele só fazia uns gritos sabe... A professora da escola disse que ele trocas as letras, que ele precisa de ajuda e é muito bagunceiro. Ele gosta muito dos primos dele, brinca muito, mas não tem muita paciência não. Ele se enfeza logo, joga brinquedo no chão, eu ameaço e digo que vou deixar ele de castigo e ele chora muito. Às vezes acho ele parecido com as crianças mais nova que ele, mais bobo, sabe Dr? • ANTECEDENTES NEUROPSICOMOTOR: Andou aos 2 anos; falou aos 3 anos. Professores referem dificuldade escolar, troca letras. Mãe refere ser infantilizado, limiar de frustração baixo, quebra brinquedos. Boa socialização com outras crianças. Luana Jucá - TXIV EXEMPLO 2: João, 1 ano. Acompanhante: Silvio (Tio) “Doutora tem 3 dias que esse menino se caga, cocô mole, parece água. Eu dei chá e forcei ele comer alguma coisa porque ele ta querendo mais comer é nada. So que era umas 2 da manhã quando eu ouvi ele falando sozinho, daí eu pensei: “minha nossa! Esse menino tá é possuído!” quando eu senti era febre alta mesmo que ele se arrupiava. Coloquei ele debaixo da água fria mas ele começou a tremer todinho e virar os olhos a boca roxa! Eu me desesperei coloquei ele no carro e trouxe aqui. Dra me ajude. QP: “começou a tremer todinho e virar os olhos a boca roxa! Hoje às 2 da manhã ” Incidência: • 0,8% em países mais desenvolvidos • 1,2% em países em desenvolvimento • Brasil 1% (10/1.000) Etiologia: • FATORES AMBIENTAIS ✓ Maternos: Diabetes, Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), uso de lítio Isotreinoína, Anticonvulsivante, Idade >35 anos (trissomia do 21?) • Paternos: idade >35 anos • Genéticos: 72% ✓ Trissomia do 21 ✓ Trissomia do 18 ✓ Trissomia do 13 ✓ Monossomia X (Síndrome de Tunner) ✓ Síndrome de DiGeorge (microdeleção no 22q.11.2) ✓ Síndrome de Holt-Oram TXB5 HISTÓRIA FAMILIA É SUPER IMPORTANTE! Anamnese: • Antecedente Gineco-Obstétricos ✓ Idade Gestacional, Pré-Natal, APGAR ✓ Doenças maternas ✓ Uso de substâncias • Antecedentes Familiares ✓ Outras crianças com CardiopatiaCongênita? ✓ Morte súbita infantil? ✓ Infarto Agudo do Miocárdio precoce? CARDIOPATIA CONGÊNITA • Inspeção • Cianose • Ictus Cordis • Frêmito • Pulsos • Pressão Arterial Semiologia Cardiovascular Luana Jucá - TXIV • Focos Cardíacos • Bulhas Cardíacas: B1 e B2 • Rítmos Tríplices • Sopros • Posições de Ausculta INSPEÇÃO: • Exame de todo o corpo exposto • Consulta cardiovascular é a oportunidade de realizar outros diagnósticos e realizar a puericultura • Coloração da pele • Estigmas sindrômicos • Padrão respiratório • Formato do toráx ✓ PECTUS ESCAVATUM • Defeitos septais, Prolapso Vmi, PCA? • Síndromes: Marfan e Pierre Robin • Prejuízo nas funções cardíacas e ou respiratórias • 12x > Pectus Carinatum • História familiar – 41% dos casos ✓ PECTUS CARINATUM (PEITO DE POMBO) ✓ CIANOSE CENTRAL • Shunt intracardíaco/pulmonar • Cianose periférica: O2 normal, vasomotor • ANEMIA REDUZ A PRECEPÇÃO DA CIANOSE o Lábios e unhas (<80%) o Ponta do nariz o Região malar (bochechas) o Lóbulos das orelhas o Língua o Palato o Faringe o Extremidade das mãos e dos pés IMPORTANTE: ❑ SPO2 >93%: NORMAL ❑ SPO2 <93%: BAIXO ✓ FISIOLOGIA DA CIANOSE • OXIHEMOGLOBINA – O2 • DESOXIHEMOGLOBINA – HEMOGLOBINA REDUZIDA • CARBOXIHEMOGLOBINA – CO2 Luana Jucá - TXIV • Cianose: aumento da hemoglobina reduzida no sangue capilar >5g/100ml (normal até 2,6) ✓ CRISES DE PERDA DE FÔLEGO • Criança grita, inspira o ar e para de respirar, cianose e perda de consciência breve • Recuperação completa ao reiniciar os movimentos respiratórios • Ausência de outros sintomas • Início 1 ano de vida, pico com 2 anos • Desaparecem aos 4 anos (50%) e 8 anos (83%) • Fator estressor, neuroatipias ✓ ICTUS CORDIS (PONTA DO VENTRÍCULO ESQUERDO) • Extremidade distal do Ventrículo Esquerdo que se choca contra a parede torácica • 1-2 polpas digitais, 4º-6º espaço intercostais, linha hemaclavicular • Desvio esquerda: Ventrículo Esquerdo • Desvio direita: Ventrículo Direito, DEXTROCARDIA ✓ FRÊMITO CATÁRIO OU CARDÍACO • Sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração e vasos • Fúrcula: Eao TÉCNICA • Homunculus de Penfield: áreas corticais sensoriomotoras mais sensíveis apresentam uma representação somatotópica maior no córtex cerebral • A sensibilidade piora com a idade, é melhor em quem toca instrumento musical ✓ PULSOS: DA CABEÇA AOS PÉS • Periféricos e Centrais • Lactentes: BRAQUIAL e FEMORAL • Devem ser simétricos de amplitude semelhante Luana Jucá - TXIV ✓ PRESSÃO ARTERIAL • Aferir em todas as crianças maiores de 3 anos pelo menos 1x ao ano • < 3 anos: 1. Medir a distância do ACRÔMIO ao OLÉCRANO 2. Identificar o ponto médio 3. Medir a circunferência do braço nesse ponto médio 4. A partir dessa medida, seleciona-se o manguito 5. Método palpatório – PAS 6. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação ✓ AUSCULTA CARDÍACA • FOCO MITRAL: 5º Espaço Intercostal Esquerdo na linha hemiclavicular • FOCO PULMONAR: 2º Espaço Intercostal Esquerdo junto ao Esterno • FOCO AÓRTICO: 2º Espaço Intercostal Direito, paraesternal • FOCO AÓRTICO ACESSÓRIO: 3º e 4º Espaço Intercostal Esquerdo, paraesternal • FOCO TRICÚSPIDE: Base dos Apêndices Xifóide Esquerdo IT – ÁREA MITRAL (INSPIRAÇÃO PROFUNDA) ✓ BORDAS ESTERNAIS ✓ BULHAS CARDÍACAS • Primeira Bulha (B1): “TUM” Fechamento da válvula TRICÚSPIDE e válvula MITRAL, SÍSTOLE DO VENTRÍCULO DIREITO E DO VESNTRÍCULO ESQUERDO • Segunda Bulha (B2): “TÁ” Fechamento das válvulas PULMONARES e válvulas AÓRTICAS, SOM DIASTÓLICO Luana Jucá - TXIV ✓ DESDOBRAMENTOS DE B2: • FISIOLÓGICO: Na inspiração, prolongamento da sístole ventricular, componente pulmonar atrasa • “TUM TRA” • FIXO: PATOLÓGICO: volume sangue VD -> AP aumentado, atraso P2 o OUTRAS ALTERAÇÕES DAS BULHAS: • Hiperfonese de B2: sugerir hipertensão pulmonar, TGA – proximidade a parede torácica • Hipofonese de B2: atresia pulmonar, estenose pulmonar crítica • B2 única no foco tricúspide: T4F, atresia pulmonar, TGA (à frente da AP) ✓ B3 • DIÁSTOLE: 1. Enchimento rápido (75%) 2. Enchimento lento 3. Contração (ou kick) atrial o O sangue dos átrios chega rapidamente ao ventrículo e é “freado” ou “desacelerado” o FISIOLÓGICO • Hipervolemia (gestação) • Crianças/Adulto jovens (desaparece em pé, FC normal o PATOLÓGICO • Isquemia ou hipertrofia miocárdica (complascência) • Estados Hiperdinâmicos (febre, tireotoxicose, anemia, sepse) • PVC elevada ✓ B4 • Fase contração atrial, logo antes da sístole • Busca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em encontro com o sangue no interior do ventrículo • Adultos: HAS, EAo • Pode ser confundido com desdobramento B1 ✓ ESTETOSCÓPIO • Diafragma • Campânula: sons mais graves ou de baixa frequência • Ruflar diastólico presente na estenose mitral, B3 e B4, Sons de Korotkoff Luana Jucá - TXIV ✓ SOPROS CARDÍACOS • QUANDO? 1. SISTÓLICO DIASTÓLICO o EJETIVO o REGURGITATIVO 2. ONDE? BORDAS ESTERNAIS OU FOCOS 3. QUANTO? 1+ Chefe auscultei, fingi que ouvi 2+ Ok, auscultei 3+ Irradiação 4+ Frêmito 5+ Esteto suave pele 6+ esteto longe/sem esteto ✓ SEMIÓTICA DA AUSCULTA • Manobra de Rivero-Carvallo o Aumento RVP o Diferencia IT/Imi • Handgrip o Aumento RVP o IAO e Imi • Manobra de Pachon o DLE o Imi • A obesidade é representada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. • Doença crônica comum, complexa, associado a graves consequências sociais e de saúde se não for tratado. • Um dos maiores problemas de saúde pública mundial, devido a sua evolução para doenças crônicas degenerativas não transmissíveis. EXEMPLO: Diabetes Tipo 2 • 14,4 milhões de crianças e adolescentes são acometida pela obesidade, mais comum nos EUA. • O aumento da prevalência da obesidade no Brasil é relevante e proporcionalmente mais elevado nas famílias de baixa renda. ETIOLOGIA • GENÉTICOS; • METABÓLICOS; • NUTRICIONAIS; • PSICOSSOCIAIS: depressão e ansiedade Obesidade Luana Jucá - TXIV • AMBIENTAIS • MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA. FISIOPATOLOGIA Muito estudado com Síndromes: placa de ateroma Prader- Willi Siber-Russel DIAGNÓSTICO • ANAMNESE é essencial; (Quando começou a ganhar peso) • A partir de dados antropométricos (peso [P], estatura [E], circunferências e dobras), obtém-se os índices P/I, E/I, IMC/I, de acordo com a idade [I] e sexo. • Circunferência abdominal e do pescoço ✓ Menino: 23 ✓ Menina: 27 SINAIS CLÍNICOS Necrose de cabeça do fêmur CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ACORDO COM IMC/IDADE POR PERCENTIL E ESCORE-Z *Prova Menores de 5 anos eu não tenho obesidade grave Luana Jucá - TXIV EXAMES COMPLEMENTARES TRATAMENTO Conforme evolução do quadro da criança ESTRATÉGIA COMPORTAMENTAIS Nunca fazer a dose completa CAFÉ DA MANHÃ PIRÂMIDE ALIMENTAR TRATAMENTO DAS COMORBIDADES • CONTROLE PRESSÓRICO • CONTROLE GLICÊMICO • CONTROLE LIPÍDICO • TRATAMENTO DERMATOLÓGICO • TRATAMENTO ORTOPÉDICO • TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO/PSICOLÓGICO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Medicamentos antiobesidade: sibutramina, orlistate, liraglutide. • Medicamentos com ação indireta sobre a obesidade: ISRS, topiramato e ritalina (metilfenidato). Luana Jucá - TXIV EXAMES COMPLEMENTARES TRATAMENTO Conforme evolução do quadro da criança ESTRATÉGIA COMPORTAMENTAIS Nunca fazer a dose completa CAFÉ DA MANHÃ PIRÂMIDE ALIMENTAR TRATAMENTO DAS COMORBIDADES • CONTROLE PRESSÓRICO • CONTROLE GLICÊMICO • CONTROLE LIPÍDICO • TRATAMENTO DERMATOLÓGICO • TRATAMENTO ORTOPÉDICO • TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO/PSICOLÓGICO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Medicamentos antiobesidade: sibutramina, orlistate, liraglutide. • Medicamentos com ação indireta sobre a obesidade: ISRS, topiramato e ritalina (metilfenidato). PROVA Taquicardia Arritmia Luana Jucá - TXIV PREVENÇÃO • PRÉ-NATAL • PUERICULTURA • FAMÍLIA • ESCOLA • COMUNIDADE IVAS:Infecção de Vias Aéreas Superiores o famoso "resfriado” Vias Aéreas Superiores: • Fossas nasais • Faringe • Laringe ANATOMIA • Cavidade nasal • Cavidade oral • Faringe (nasofaringe, orofaringe, hipofaringe) • Laringe PARTICULARIDADES DA CRIANÇA • Vias aéreas menores e mais estreitas • A Cabeça é proporcionalmente maior • Dificuldade de sustentação cervical (+ ESFORÇO PARA DEIXAR A LARINGE ABERTA PARA RESPIRAR) **Hiperextensão = sinal de dificuldade respiratória • Conduto auditivo (tuba de Eustáquio) retificado (CRIANÇA + QUASE RETINHO A ANGULAÇÃO) **Maior tempo em decúbito **Maior chance de Otite Média Aguda (até 50%) IVAS E BVA Luana Jucá - TXIV • Principais seios paranasais não estão formados ou não aerados **Menor risco de Sinusite (10%) PRESENTES AO NASCIMENTO: ETMOIDAL E MAXILAR ETIOLOGIA • Rinovírus 50% • Coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR), • parainfluenza, influenza, adenovírus, etc • A coinfeção viral é comum • IVAS: doença mais comum na infância e no adulto • 8-12 episódios ao ano QUADRO CLÍNICO • Coriza, espirros, tosseque vai da laringe para cima! (gotejamento posterior) • Febre pode ou não ocorrer TRATAMENTO • Repouso relativo • Hidratação • Dieta branda (SOPA, PAPINHA) (receitas "da vovó") • Lavagem nasal com Solução Salina Isotônica (Cloreto de Sódio a 0,9%) se mostrou MELHOR que a nebulização ✓ Redução da congestão nasal e reestabelecimento do batimento ciliar • Sintomáticos (analgésicos simples como dipirona ou paracetamol gotas ou solução oral) • Orientações quanto aos sinais de alarme: febre persistente, queda do estado geral, desidratação, etc. NÃO É RECOMENDADO: Uso de antitussígenos e anti-histamínicos: ineficácia e presença de efeitos colaterais Antimicrobianos: não previnem infecções secundárias e causam resistência microbiana Descongestionantes nasais tópicos: efeitos colaterais sistêmicos e não há eficácia comprovada SÍNDROME GRIPAL: TRATAMENTO Vai ter 2 ou mais sintomas – diferente da IVAS • Causada principalmente pelo vírus Influenza • Dois ou mais dos seguintes sintomas: febre, dor de garganta, dor de cabeça, calafrios, tosse, coriza, alterações no olfato ou paladar • Considerar o uso de Antivirais (Oseltamivir) – Tamiflu a partir 6-12 meses até 72 horas dos sintomas. Luana Jucá - TXIV SÍNDROME GRIPAL: TRATAMENTO Vai ter 2 ou mais sintomas – diferente da IVAS • Causada principalmente pelo vírus Influenza • Dois ou mais dos seguintes sintomas: febre, dor de garganta, dor de cabeça, calafrios, tosse, coriza, alterações no olfato ou paladar • Considerar o uso de Antivirais (Oseltamivir) – Tamiflu a partir 6-12 meses até 72 horas dos sintomas. COMPLICAÇÕES • Impetigo: infecção de pele mais comum da infância ✓ Crostoso (70%) ✓ Bolhoso (30%) • Bactérias de pele! ✓ S.aureus ✓ S.pyogenes RINOSSINUSITE ALÉRGICA • Difícil diferenciação • Resposta imune mediada por IgE (ou não) a gatilhos alérgenos • Histórico Familiar e Pessoal: rinite, asma, dermatite atópica, alergia familiar, conjuntivite alérgica • Prurido intenso • Sintomas localizados (coriza, tosse) **QUEM TEM ALERGIA VAI TER + QUADROS DE IVAS BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA • VSR: vírus sincicial respiratório • Maioria ocorre no primeiro ano de vida • Até os dois anos todos terão contato com o vírus • Primoinfecção: mais grave, mais risco de atingir vias aéreas inferiores e causar bronquiolite BRONQUIOLITE: Vias Aéreas Inferiores (BRÔNQUIOS) • VSR: responsável por 75% das BVA e 45% das Pneumonias • Sazonalidade: outono e inverno FATORES DE RISCO PARA HOSPITALIZAÇÃO • Prematuridade • Cardiopatias congênitas • Displasia Broncopulmonar (MUDA A CONFORMAÇÃO – O O2 VAI FIBROSANDO, DESTRUINDO O PULMÃO) • Menores de 6 meses Luana Jucá - TXIV • Transmissão: contato direto com secreções/objetos • Infecção: via mucosa dos olhos, boca e nariz ou pela inalação de gotículas (Tosse, espirro) • Incubação: 4-5 dias • Duração da doença: 2 - 8 dias, podendo se estender até 3 a 4 semanas (prematuros). QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO • Lactente menor de 6 meses entra em contato com o VSR através de outra criança ou adulto com IVAS • Após 4 a 5 dias inicia coriza, tosse frustra (Vias aéreas Superiores) • Evolui com piora clínica e desconforto respiratório (Vias aéreas Inferiores) • TOSSE, CANSAÇO, DESCONFORTO RESPIRATÓRIO • AUSCULTA RESPIRATÓRIO: Sibilos • Taquipneia • Sinais de esforço respiratório: ✓ Batimento de Asa de Nariz ✓ Tiragem supraesternal ou retração de fúrcula ✓ Tiragem intercostal ✓ Tiragem subcostal /diafragmática • Diminuição da Saturação periférica de O2 DIAGNÓSTICO • O diagnóstico é CLÍNICO! • Porém, o vírus pode ser detectado por: RT-PCR, pesquisa de antígenos virais, cultura de tecidos, sorologias TRATAMENTO Domiciliar ✓ Hidratação, higiene, sintomáticos ✓ Lavagem nasal ✓ Orientações Quando internar? • Apneia • Queda do estado geral • Desconforto respiratório • FR > 60 • Desidratação, recusa alimentar, diminuição diurese Luana Jucá - TXIV • Comorbidades: cardiopatias, pneumopatias, prematuridade • Idade < 3 meses • Condição social Tratamento Hospitalar • Sonda nasogástrica: se desconforto respiratório (risco de broncoaspiração) • Lavagem nasal suave SEM aspiração • Fisioterapia respiratória: divergência • O2 inalatório se SatO2 < 90-92% • Catéter de alto fluxo ou CPAP se graves • NÃO é recomendado rotineiramente uso de • Broncodilatadores ou adrenalina inalatória • Solução Salina Hipertônica 3%: evita internação • NÃO há evidências de benefícios com corticoide • NÃO há evidência de benefícios com ATB PROFILAXIA • Palivizumabe: anticorpo monoclonal, IgG1 (CRIE) • Apresenta atividade neutralizante e inibitória da fusão do VSR no epitélio respiratório da criança • Indicado para: pacientes de alto risco menores de 2 anos (prematuros <35 sem, doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41
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