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Elementos Constitutivos e Fontes da Obrigação

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Elementos Constitutivos da Obrigação
● Elemento Subjetivo:
↳ Elemento pessoal, que reúne as pessoas que se colocam na relação jurídica
obrigacional.
a) sujeito ativo: credor, que exige o objeto da relação jurídica.
b) sujeito passivo: devedor.
↳ O sujeito pode ser pessoa física ou jurídica.
↳ Precisa ser determinada ou determinável.
↳ Exemplo de sujeitos determináveis:
a) credor:
↳ cheque ao portador, que por um momento não se sabe quem vai sacar
o cheque ou recebê-lo no banco, já que ele pode circular livremente na
praça.
↳ o credor fica momentaneamente indeterminado.
b) devedor:
↳ despesas condominiais que são devidas pelo proprietário ou por
quem mora no apartamento.
↳ esse tipo de relação é chamada de obrigação ambulatória ou
transeunte, isto é, que passa de um indivíduo para o outro.
↳ caso ocorra de na venda do apartamento não se ter conhecimento de
quem é o novo morador, o devedor fica momentaneamente
indeterminado.
↳ Na obrigação também podem existir figuras secundárias ou coadjuvantes:
a) representantes: agem em nome e no interesse de qualquer um dos
sujeitos, manifestando declaração de vontade por conta do
representado.
b) núncios: são apenas transmissores da vontade de outrem, não
interferindo na relação jurídica.
● Elemento Espiritual:
↳ É o vínculo jurídico que une o credor ao devedor.
↳ É um elemento imaterial, abstrato, que retrata a coercibilidade da relação
jurídica obrigacional.
⇘ possibilidade de exigi o objeto da prestação.
↳ Garante, em qualquer tipo de obrigação, o seu cumprimento, já que se não
for realizada de forma espontânea, o Estado pode atuar por meio do Poder
Judiciário que, através da força, fará o sujeito cumprir a obrigação.
● Elemento Objetivo:
↳ É o objeto que se apresenta na obrigação, é o componente material, que
deve ter conteúdo econômico ou ser conversível economicamente.
↳ Dar/fazer ou não fazer O QUE?
⇘ a resposta para esse pergunta é o objeto da prestação.
↳ A obrigação possui dois tipos de objeto:
a) direto ou imediato: comportamento (positivo ou negativo) que deverá
ser prestado (dar, fazer ou não fazer).
↳ é denominado PRESTAÇÃO, e deve sempre ter conteúdo patrimonial.
b) indireto ou mediato: coisa ou serviço a ser prestado, o próprio objeto da
prestação.
↳ é o bem da vida que se põe em negociação e que é de interesse de um
dos sujeitos da relação.
↳ Quais características o objeto deve preencher?
⇘ Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
↳ O objeto da obrigação não se restringe apenas ao dinheiro, já que aquele
que vende tem o direito de exigir, de seu comprador, o valor convencionado,
enquanto o comprador tem o direito de exigir, do vendedor, a entrega do bem.
● Obrigação X Responsabilidade:
↳ Apesar desses dois conceitos parecerem ter o mesmo significado, não têm, já
que exprimem situações diversas.
↳ A relação jurídica obrigacional nasce da vontade das partes ou da força da
lei, devendo ser cumprida de forma natural no tempo e na forma que foram
ajustados.
⇘ caso a obrigação não seja cumprida de forma espontânea, surge a
responsabilidade.
↳ O direito alemão as diferencia, mostrando que, por mais que na grande
maioria das vezes esses institutos estejam conectados, eles podem aparecer
um sem o outro.
➔ obrigação - schuld: dever de satisfação da prestação.
➔ responsabilidade - haftung: surge no inadimplemento da prestação.
↳ Exemplos:
➔ obrigação sem responsabilidade:
↳ obrigações exigíveis apenas sob o ponto de vista moral.
↳ obrigações naturais, dívidas decorrentes de jogos e débitos.
➔ responsabilidade sem obrigação:
↳ fiador, que é responsável mas não obrigado já que a obrigação de
pagar o aluguel é do inquilino.
⇘ só é responsável, caso o inquilino, em razão do contrato, deixe de
cumprir a sua obrigação.
↳ A responsabilidade gera a possibilidade de o credor acionar o Poder
Judiciário, para, dessa forma, promover a execução dos bens do devedor.
↳ Em suma, a responsabilidade é uma relação jurídica derivada do
inadimplemento da da relação jurídica obrigacional.
Fonte das Obrigações
● Fonte:
↳ De onde provém as obrigações conforme o nosso ordenamento jurídico civil.
↳ O Código Civil considera expressamente três fontes das obrigações:
a) contrato;
b) ato unilateral;
c) ato ilícito;
↳ Não se pode esquecer que a vontade superior do Estado por meio da LEI,
também é fonte das obrigações.
↳ Dessa forma, pode-se fazer a seguinte divisão:
1) vontade do Estado (lei);
2) vontade individual:
a) lícita: contrato, quase contrato e vontade unilateral.
b) ilícita: ato ilícito ou delito e quase delito.
● Vontade do Estado:
↳ É considerada fonte primária e imediata.
↳ Nesse caso, a obrigação nasce de um preceito legal, não encontrando seu
fundamento na vontade humana.
↳ Obrigações legais.
⇘Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer
cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos
que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
⇘ Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos,
e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos
em grau, uns em falta de outros.
● Vontade Individual:
↳ É considerada fonte mediata, pois deriva da lei.
1) Lícita:
a) contrato: convenção entre as partes.
⇘ compra e venda, locação, emprestimo.
b) quase contrato: não participa o acordo de vontades, já que ele
existe como na gestão de negócios, em que o gestor realiza atos
em favor do dono da coisa sem a sua autorização, pois ela é
presumida.
⇘ Art. 861. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém
na gestão de negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a
vontade presumível de seu dono, ficando responsável a este e às
pessoas com que tratar.
c) vontade unilateral: é a manifestação lícita da vontade individual.
⇘ título do portador, promessa de recompensa e testamento.
2) Ilícita:
↳ Ato de causar dano, que pode ser doloso ou culposo.
a) ato ilícito/delito: ato ilícito culposo, pois atua como a vontade
dirigida a causar dano sendo, assim, um ato premeditado.
b) quase delito: ato ilícito culposo, feito de forma involuntária e com
culpa (negligência, imperícia e imprudência).
⇘ quem arremessa um cigarro aceso que, ao cair sobre um
carro causa um incêndio.

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