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- São acontecimentos relevantes para o direito decorrentes tanto da ação humana, quanto da própria natureza, previstos em norma de direito e que causam repercussões (efeitos) no mundo jurídico. - Nem todo fato é um fato jurídico; - Só é fato jurídico aqueles acontecimentos relevantes para o direito, seja lícito ou ilícito; - Para ser um fato jurídico deve ser apto a: • Adquirir direitos • Modificar ou • Conservar relações jurídicas • Extinguir - Se o fato não adquirir, modificar, conservar ou extinguir direitos ou relações jurídicas, o fato é apenas um fato comum; - Os fatos jurídicos se dividem em: fatos naturais e fatos humanos. (sentido estrito – stricto sensu são decorrentes da natureza, independentes da ação humana, “estritos” pois não vão além do fato. Se dividem em: • : acontecimentos naturais (previsíveis) ex: nascimentos, morte, maioridade ... • acontecimentos fortuitos (imprevisíveis) ex: terremoto, tempestade ... (sentido amplo – lato sensu): acontecimentos que dependem da vontade humana (que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos). Podem ser: • são aqueles que estão em conformidade com o ordenamento jurídico, tem efeitos jurídicos voluntários e não são sancionados. Se divide em: - NEGÓCIO JURÍDICO: atos jurídicos em que há autonomia privada, com manifestações de vontade realizadas de acordo com a vontade das partes (efeitos voluntários) - ATO JURÍDICO LÍCITO: (sentido estrito – meramente lícito) não há autonomia privada, ou seja, não importa a vontade das partes, uma vez que, seus efeitos são previstos em lei. ex: pai que reconhece a paternidade de um filho havido fora do casamento. Obs: ambos exigem manifestações de vontade, mas em medidas diferentes. • : são aqueles que estão em desacordo com o ordenamento jurídico e por isso, produzem efeitos involuntários nas esferas penais, administrativas e civis (possuem sanções patrimoniais e estão associados ao dever de reparar o dano causado). Em vez de direitos, criam deveres e obrigações de indenizar e ressarcir. • : situações em que não se consegue distinguir se é ato ilícito, negócio jurídico ou meramente lícito. Foca nas consequências de um determinado ato, sem se levar em conta a vontade de praticá-lo (desprovido de voluntariedade e consciência), que gera efeitos jurídicos não buscados. O direito preocupa-se apenas com a legitimidade dos efeitos produzidos. o negócio jurídico se origina através de declaração expressa de vontade instauradora de uma relação entre dois ou mais sujeitos tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico. Ou simplesmente declarações de vontade que o ordenamento jurídico atribui os efeitos designados. - Ocorre a aquisição de direitos quando estes são incorporados ao patrimônio e a personalidade do titular. A aquisição pode ser: • quando a aquisição do direito se dá sem qualquer interferência de um titular anterior, ou seja, o sujeito é o primeiro a adquirir o direito, que irá nascer no momento em que o titular se apropria do bem de maneira direta, sem que haja interposição ou transferência de outra pessoa. Ex: usucapião de um terreno sem dono. • quando a aquisição do direito é decorrente de uma transferência feita por outra pessoa. Nesse caso, o direito é fruto de uma relação entre sucessor e sucedido sendo transmitido com todas as suas qualidades e defeitos. Ex: compra e venda. Quanto à existência ou não de ônus financeiro: • quando só o adquirente aufere vantagem. (apenas uma das partes lucra) Ex: herança. • quando se exige uma contraprestação do adquirente, possibilitando a ambos os contratantes a obtenção de vantagem. Ex: contrato de compra e venda. Quanto à extensão: • a aquisição ocorre no tocante a bens determinados. O direito está individualizado. Ex: o legatário que herda coisa individualizada • quando o adquirente sucede o seu antecessor na totalidade na totalidade dos seus direitos. Ex: o titular adquire um conjunto indeterminado de coisa deixada pelo de cujos como direito hereditário. Obs: - Se realizar um inventário, o direito deixa de ser universal e passa a ser singular. - A transmissão dos bens pode ser Inter Vivos ou Causa Mortis. Quanto ao processo formativo: • o direito se concretiza (aperfeiçoa) em um só ato. Ex: compra à vista, assinatura de um título de crédito. • pressupõe a intercorrência simultânea ou sucessiva de mais de um ato. - Ex: a usucapião que requer: a) posse prolongada; b) lapso de tempo; c) inércia do titular; d) e em certos casos justo título e boa- fé. Quanto ao momento da aquisição: • (direito adquirido) quando o direito se incorpora ao patrimônio do titular no momento em que se realiza o negócio, podendo ser por ele exercido. Direito já formado e incorporado. • o negócio jurídico se realiza, mas o direito só se incorpora ao patrimônio do titular em um momento futuro. (o direito ainda não se concretizou.) O direito futuro pode ser: - DEFERIDO: quando a aquisição do direito só depende apenas da vontade do sujeito. Ex: propriedade, depende apenas do registro aquisitivo. - NÃO DEFERIDO: quando a consolidação do direito se subordina a fatos e condições falíveis (que pode haver falhas). Ex: ganhar X se perder Y. - EXPECTATIVA DE DIREITO: expectativa da aquisição de um direito futuro. Fase preliminar, quando há apenas esperança ou possibilidade de que o direito venha a ser adquirido. “mera possibilidade de se adquirir d direito”. Ex: esperança do filho em suceder o pai quando ele morrer. - DIREITO EVENTUAL: já passou da fase preliminar e se acha inicial e parcialmente cumprida ou realizada a situação exigida pela norma, mas ainda está pendente de concretização dependendo da prática de alguns atos do adquirente para se concretizar. Ex: aceitação de uma proposta de compra e venda. - DIREITO CONDICIONAL: diferentemente do direito eventual se encontra em uma situação mais avançada, mas a sua eficácia depende do implemento de uma condição estipulado (evento futuro e incerto). Ex; você ganhará um ônus de 15% se vender a moto. Nesse caso, a condição é a venda da moto. - Nem sempre os direitos subjetivos conservam suas características e permanecem inalterados, sendo suscetíveis a modificação. Essas modificações podem elevar ou diminuir a eficácia do negócio jurídico. Podendo ser de caráter subjetivo ou objetivo. • quando as mudanças incidem sobre o objeto da relação jurídica. - QUALITATIVA: modifica a qualidade do objeto ou o conteúdo da relação jurídica que se converte em outra espécie sem que a essência seja alterada. Ex: um pagamento que foi acertado em dinheiro e é realizado em cheque. - QUANTITATIVA: o direito permanece o mesmo com acréscimo ou diminuição no volume ou extensão, sem que a qualidade seja direito. Ex: caso da aluvião em que terras marginais de cursos de água podem aumentar ou diminuir, alterando a “quantidade” da propriedade. • a modificação do direito está relacionada a pessoa do titular. A relação jurídica permanece a mesma, alterando o sujeito da relação. Ex: caso da cessão de crédito, quando o credor transfere sua posição de credor no vínculo obrigacional a um cessionário que passa a fazer as vezes do credor originário. - ATIVA: muda-se o credor (quem adquire o crédito); - PASSIVA: muda-se o devedor (aquele que assume a dívida). Obs: - A modificação subjetiva pode ocorrer Inter Vivos (cessação de crédito, desapropriação e alienação) e Causa Mortis (quando o herdeiro sucede o de cujos em suas obrigações). - DIREITOS PERSONALÍSSIMOS são insuscetíveis de modificação subjetiva, apenas em modo passivo de assunção de dívidas (um pai que assume as dividas de um filho). Art. 5° da Constituição, os direitos personalíssimos são: “(...) salvo previsão legal são intransmissíveis e irrenunciáveis limitando inclusive a própria ação do titular.” - Nas relações econômicas e sociaisé inevitável e constante o conflito e violação de interesses. Desse modo, urge a necessidade de se proteger/ defender para evitar a sua perda ou perecimento. Podendo ser: • visam garantir e acautelar o direito contra futura violação. - JUDICIAL: quando as medidas cautelares são previstas no Código de Processo Civil: arresto, sequestro, penhora, busca e apreensão, protesto, etc. - EXTRAJUDICIAL: não é necessário se recorrer à justiça para assegurar o cumprimento das obrigações cretídicas, pois possuem garantias reais como hipoteca, penhor, fiança, etc. • visam restaurar o direito violado. A pretensão da restauração é realizada em juízo por meio de ação. (sempre judicial). - A extinção consiste na destruição do negócio jurídico. Podendo recair sobre: • quando o direito é personalíssimo e, por alguma razão, seu titular não pode mais exercê-lo. • se dá quando há perda ou perecimento do objeto sobre o qual recai o direito subjetivo. Também pode ocorrer quando há substituição do objeto. • se dá quando, apesar de permanecerem o sujeito e objeto, ocorre o perecimento da pretensão ou do próprio direito material como na prescrição ou decadência. (é extinta a relação jurídica). O sujeito perderá o direito subjetivo de domínio sobre o objeto. Obs: - A extinção pode ocorrer por: alienação, morte do titular, caducidade, direito incompatível, confusão, implemento de condição resolutiva. - Extinção é diferente de perda de direito, a extinção o direito desaparece, não podendo mais ser mais exercido nem pelo sujeito atual, nem por outro; enquanto a perda, ocorre quando o direito se desloca de um titular e passa a subsistir em outro sujeito. Quanto ao número de declarantes (ou de manifestações de vontades necessárias para o seu aperfeiçoamento) • Se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade (do mesmo polo da relação jurídica) - RECEPTÍCIOS: A declaração de vontade deve se tornar conhecida pelo destinatário para produzir efeitos. Ex: denúncia, revogação de uma procuração, etc; - NÃO RECEPTÍCIOS: o conhecimento por parte de outras pessoas é irrelevante. Ex; testamento. Obs: O número de manifestações é diferente do número de pessoas. • Se constitui com duas manifestações de vontade coincidentes (de polos diferentes) sobre o objeto (consentimento mútuo, acordo de vontade). - SIMPLES: apenas uma das partes aufere vantagem enquanto a outra arca com o ônus (tem um encargo). Ex: doação e comodato; - SINALAGMÁTICO: Ambas as partes adquirem obrigações. Ônus e vantagens recíprocas. Quanto as vantagens patrimoniais • Só uma das partes aufere vantagem, sem que se exija uma contraprestação da outra. Um aumenta seu patrimônio e o outro diminui. Ex: Doação, Comodato. • Ambas os contratantes auferem vantagens, as quais, porém correspondem a sacrifícios e benefícios recíprocos. Ex: compra e venda, locação; Obs: Todo negócio jurídico oneroso é bilateral, mas nem todo bilateral é oneroso. - COMUTATIVO: as partes tem antecipadamente conhecimento das prestações, dessa forma elas são certas e determinadas. - ALEATÓRIAS: as prestações são incertas, tanto sobre as vantagens quanto os sacrifícios que podem advir. Ex: jogos de apostas, aplicação na bolsa de valores; Obs: a incerteza e os riscos são a essência do negócio. • São aqueles em que não há uma atribuição patrimonial determinada, não podendo ser enquadrados como gratuitos ou onerosos. Caracterizam-se pela destinação dos bens para uma certa finalidade, sem prestação de qualquer das partes em benefício da outra. Ex: a instituição de bem de família e cláusula de incomunicabilidade de bens de um cônjuge para o outro. • Podem ser onerosos ou gratuitos, dependendo da vontade das partes. Ex: mandato. Quanto ao momento da produção dos efeitos: • Produz efeitos jurídicos desde logo, estando ambas as partes ainda vivas. Ex: Seguro de vida. • Negócios destinados a produzir efeitos após a morte do agente (a morte é um pressuposto fático necessário para a realização do negócio). Ex: testamento. Obs: os negócios Causa Mortis são negócios nominados ou típicos, isto é, salvo aqueles definidos por lei, outros não podem realiza-los. Quanto ao modo de existência: • Tem existência própria, independente de qualquer outro ato. Ex: compra e venda, locação, permuta • Sua existência é subordinada a do contrato principal. Não guardam o mesmo objeto, mas tem a mesma natureza, sendo úteis um para o outro. Desse modo, seguem o mesmo destino, ou seja, extinta a relação principal, extingue-se a acessória. Ex: a locação é o negócio principal, mas a garantia de pagamento de aluguel é um negócio acessório; cláusula penal e fiança; penhor e hipoteca. • (Subcontratos) tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato. Isto é, guarda o mesmo objeto da relação principal, mas com uma alteração nos sujeitos do negócio. Ex: um dos contratantes transfere a terceiros (sem se desvincular) a utilidade correspondente a sua posição contratual – Locação Obs: Difere do acessório, pois participa da própria natureza do direito versado no contrato base. Quanto as formalidades: • Devem observar a forma prescrita por lei para se aperfeiçoarem. - AD SOLEMNITATEM/AD SUBSTANTIAM a forma é exigida como condição para a validade do negócio (constitui a própria substância do ato). Ex: escritura pública - AD PROBATIONEM TANTAM determinada forma é exigida apenas como prova do ato. Ex: lavratura do assento de casamento. • Negócios de forma livre. Basta consentimento para sua formação. Quanto ao número de atos necessários para se aperfeiçoar: • Se constituem com apenas um único ato. Ex: compra e venda. • Requer mais de um ato para se aperfeiçoar. Várias declarações de vontade que se completam, sem eficácia quando independentes. • Quando há mais de um negócio que poderiam ser realizados separadamente, mas que por conveniência se unem para a obtenção de um mesmo objetivo. Ou seja, múltiplos negócios com um nexo que os reúne substancialmente. Quanto as modificações que podem produzir: • Utilizados pelo titular para alienar, modificar ou extinguir direitos. Ex: remissão de dívidas. • São aqueles que por meio de manifestações de vontade geram obrigações para uma ou ambas as partes, possibilitando que uma das partes exija da outra o cumprimento de determinada prestação. Ex: contratos em geral Obs: Os negócios dispositivos completam os obrigacionais. Quanto ao modo de obtenção dos resultados: • Aquele em que o fiduciante, transmite o direito a outrem (fiduciário), que se obriga a devolver esse direito ao patrimônio do transferente ou destina-lo a outro fim. EX: Alguém transmite a propriedade de um bem com a intenção de que o adquirente o administre, obtendo dele o compromisso, por ter outro negócio jurídico de caráter obrigacional de lhe restituir o bem. • Aparenta ser determinado negócio, mas é outro. As declarações de vontade são falsas e o negócio torna-se nulo. • manifestação de vontade exteriorizada pelo agente. TEORIAS DA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE: - Teoria da vontade: (subjetiva) leva em consideração a vontade interna do agente, seu real interesse. Mesmo quando não é exteriorizado. Reserva Mental. - Teoria da Declaração: (objetiva) leva em consideração apenas a vontade exteriorizada, para se apurar a real intenção, sem buscar os motivos psicológicos. (é o adotado pelo Código Civil de acordo com o art112) Obs: Somente a vontade que se exterioriza é considerada suficiente para compor o suporte fático do negócio jurídico. • meio em que o negócio jurídico se realiza, pode ser solene ou não. • conteúdo/ propósito a ser atingido pela manifestação de vontade, que deve apresentar os requisitos e qualidades que a lei exige (idôneo), além de ser fungível. Podendo ser: Imediato, ou seja, a conduta do agente, o que ele fazpara alcançar o negócio; ou Mediato, objeto sobre o qual recai as pretensões do negócio jurídico. - Para que o negócio jurídico produza efeitos possibilitando a aquisição, modificação, conservação ou extinção devem preencher certos requisitos considerados, elementos essenciais para sua validade e consequentemente a sua existência, pois formam sua substância. Podem ser: - Gerais: comuns, precisam estar presentes em todos os negócios jurídicos (elementos do art.104). - Particulares: de cada negócio, como a forma de cada um. . A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei Obs: Na falta de um desses três elementos, o negócio jurídico não é valido, podendo ser nulo ou anulável. – - O ato negocial pressupõe uma declaração de vontade. Nesse contexto, é imprescindível que a pessoa no momento do ato seja dotada de consciência e vontade, além de ser reconhecida por lei como apta a exercer por si mesma os atos da vida civil. - A capacidade referida no artigo é a capacidade de fato, ou seja, capacidade de exercer seus direitos e contrair obrigações na ordem civil. - Se adquire a capacidade de fato com a maioridade (18 anos) ou por meio da emancipação. (art. 5°) DECLARAÇÃO DE VONTADE Requisito de existência do negócio jurídico CAPACIDADE DO AGENTE Requisito da validade e eficácia do negócio jurídico. Obs: A , ou seja, restrição legal ao exercício da vida civil, pode ser: - Absoluta: em que o agente tem total restrição ao exercício do direito civil, devendo ser representado. Nesse caso, como a capacidade é um elemento essencial a validade do negócio, todo negócio realizado por absolutamente incapaz sem devida representação é NULO. - Relativa: incapacidade de exercer certos atos da vida civil. Devendo assim, serem assistidos. Nesse sentido, os atos realizados por relativamente incapazes sem assistência será ANULÁVEL. . A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. - Nesse sentido, por ser a incapacidade relativa uma exceção pessoal, a anulabilidade do ato negocial praticado por relativamente incapaz é um benefício legal para a defesa de seu patrimônio contra abusos de outrem, apenas o próprio incapaz ou seu representante legal o deverá invocar. Assim, se num negócio um dos contratantes for capaz e o outro incapaz, aquele não poderá alegar a incapacidade deste em seu próprio. Obs: Entretanto, o artigo traz uma ressalva legal em relação a indivisibilidade do direito ou da obrigação. Dessa forma, se o objeto do direito ou da obrigação comum for indivisível, ante a impossibilidade de separar o interesse dos contratantes, a incapacidade de um deles poderá tornar anulável o ato negocial praticado. Logo, nesta hipótese, o capaz que veio a contratar com relativamente incapaz estará autorizado legalmente a invocar em seu favor a incapacidade relativa deste, desde que indivisível a prestação objeto do direito ou da obrigação comum. – O objeto da relação jurídica deve ser: • LÍCITO: ou seja, conforme a lei, não sendo contrário aos bons costumes, à ordem pública e à moral. Obs: Se o objeto for ilícito, o negócio é invalido e NULO • DETERMINADO: o objeto deve ser determinado (conhecido) ou, pelo menos, suscetível de determinação, pelo gênero e quantidade, sob pena de nulidade absoluta. • POSSÍVEL: o objeto da relação jurídica deve ser físico (emana de leis físicas e naturais) e juridicamente (não proibido pelo ordenamento) possível. A do objeto pode ser: - ABSOLUTA: alcançando a todos indistintamente. Nesse caso, o objeto do ato negocial é impossível e o negócio é nulo. - RELATIVA: quando a impossibilidade atinge apenas o devedor, mas não as outras, não constitui um obstáculo ao negócio jurídico. . A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. - Assim, se a impossibilidade inicial do objeto for relativa, isto é, se a prestação puder ser realizada por outrem, embora não o seja pelo devedor, não invalidará o negócio jurídico. Ou se o negócio jurídico, contendo objeto impossível, tiver sua eficácia subordinada a um evento futuro e incerto, e aquela impossibilidade cessar antes de realizada aquela condição, válida será a avença. A forma é um elemento particular essencial do negócio jurídico que pode tanto ser: - Solene (especial): quando a forma é exigida por lei como requisito de validade para determinados negócios; (ad solemnitatem). Pode Meio pelo qual a vontade se exterioriza Meio de se demostrar a existência ser única, com apenas um meio de formalização previsto em lei, ou múltiplas, quando a lei permite a formalização de diversos modos; - Forma livre (não solene): qualquer meio de manifestação da vontade nos negócios jurídicos, não imposto obrigatoriamente pela lei; Ex: Forma contratual: forma convencionada pelas partes; Obs: A , pode ocorrer tanto de forma: - EXPRESSA: realizada de modo explícito, possibilitando o conhecimento imediato e claro da intenção do agente, por meio de palavras, gestos, sinais; - TÁCITA: quando a vontade é deduzida por meio da conduta, do comportamento do agente; - PRESUMIDA: quando a declaração não se realiza expressamente, mas a lei deduz. . A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. - Desse modo, a validade da declaração da vontade só dependerá de forma determinada quando a norma jurídica explicitamente o exigir. A forma livre é qualquer meio de exteriorização da vontade nos negócios jurídicos, desde que não previsto em norma jurídica como obrigatório: palavra escrita ou falada, gestos e até mesmo o silêncio. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. - Forma Única para um negócio jurídico, que vise constituir, transferir, modificar ou renunciar direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País, exige-se que ele se efetive mediante escritura pública, sob pena de invalidade, desde que inscrita em registro competente, para dar-lhe publicidade e oponibilidade contra terceiro. . No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato. - A emissão da vontade é dotada de poder criador; assim sendo, se houver cláusula negocial estipulando a invalidade do negócio jurídico, se ele não se fizer por meio de escritura pública, esta passará a ser de sua substância. Logo, tal declaração de vontade somente terá eficácia jurídica se o ato negocial revestir a forma prescrita contratualmente. - A reserva mental é quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção, realizando de forma intencional uma declaração não querida em seu conteúdo, nem tão pouco em seu resultado, tendo como objetivo enganar o outro contratante ou declaratário. . A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. - A reserva mental quando conhecida pela outra parte, não torna nula a declaração da vontade, pois esta inexiste (configura ausência de vontade) e, consequentemente, não se forma qualquer ato negocial, uma vez que não havia intentio de criar direito, mas apenas de iludir o declaratário. Se for desconhecida pelo destinatário, subsisteo ato. . O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. - Em regra, o silêncio é a ausência da manifestação de vontade. Por outro lado, pode indicar consentimento e está hábil a produzir efeitos jurídicos se a lei o determinar, ou se acompanhado de certas circunstâncias ou de usos e costumes do lugar, indicativos da possibilidade de manifestação da vontade, e desde que não seja imprescindível a forma expressa para a efetivação negocial. . Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. - Nesse contexto, busca-se a essência do que foi acordado, de forma a interpretar-se o negócio jurídico em busca da vontade das partes no momento da celebração do negócio e não apenas do que foi literalmente registrado em texto. - Exemplo: se em um contrato de locação consta cláusula informando que a destinação do imóvel é comercial, mas a intenção das partes sempre foi dar destinação residencial ao imóvel e isto foi o que de fato aconteceu, a existência da cláusula passa a ser irrelevante. . Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. - Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia deverão ser interpretados restritivamente, isto é, o juiz não poderá dar a esses atos negociais interpretação ampliativa, devendo limitar-se, unicamente, aos contornos traçados pelos contraentes, vedada a interpretação com dados alheios ao seu texto. - A representação é a atuação jurídica em nome de outrem, verdadeira legitimação conferida a alguém para agir em nome de outra pessoa. - REPRESENTANTE: quem pratica o ato; - REPRESENTADO: a pessoa em nome de quem o representante atua e fica vinculado o negócio jurídico. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado. O representante legal é aquele a quem a norma jurídica (lei) confere poderes para administrar bens alheios, como o pai, ou mãe, em relação a filho menor, tutor, quanto ao pupilo e curador, no que concerne ao curatelado. -A representação legal serve aos interesses do incapaz. - O representante exerce uma atividade obrigatória, investido de autêntico poder, instituído pela necessidade de atribuir a alguém a função de cuidar dos interesses do incapaz; - A representação legal tem caráter personalíssimo; Obs: Existe representação legal de pessoas capazes, exemplo disso são os síndicos de condomínio. - Representação judicial: o representante é nomeado pelo juiz para exercer poderes de representação no processo, como inventariante, administração de empresa penhorada e da massa falida. (estrutura-se dentro da representação legal com a assinatura de um termo). (voluntária) a representação convencional estrutura-se no campo da autonomia privada mediante ortoga de procuração (instrumento de mandato) pela qual a pessoa investe outra do poder de agir em seu nome. - Tem por finalidade permitir o auxílio de uma pessoa na defesa ou administração de interesses alheios; - Realizada mediante acordo de vontade; - Ambos os envolvidos, representante e representado devem ser capazes; - O mandato para a representação convencional pode ser revogado a qualquer momento . A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado. - O representante deve agir conforme os poderes recebidos - A manifestação da vontade pelo representante, ao efetivar um negócio em nome do representado, nos limites dos poderes que lhe foram conferidos, produz efeitos jurídicos relativamente ao representado, que adquirirá os direitos dele decorrentes ou assumirá as obrigações que dele advierem. - Logo, uma vez realizado o negócio pelo representante, os direitos serão adquiridos pelo representado, incorporando-se em seu patrimônio; igualmente os deveres contraídos em nome do representado devem ser por ele cumpridos, e por eles responde o seu acervo patrimonial. - Caso ultrapasse os limites dos seus poderes, o representante pode ser responsabilizado por seus atos. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. - O representante deve atuar em nome apenas de uma das partes no negócio jurídico. - Entretanto, pode haver dupla representação, ou seja, quando ambas as partes se manifestarem por meio de um mesmo representante. Ou atuar na outra parte do negócio jurídico, exercendo papéis distintos, como representante e contratante. Melhor dizendo, se o representante vier a efetivar negócio jurídico consigo mesmo no seu interesse ou por conta de outrem, anulável será tal ato, exceto se houver permissão legal ou autorização do representado. . O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. - Como os negócios jurídicos realizados pelo representante são assumidos pelo representado, aquele terá o dever de provar àqueles, com quem vier a tratar em nome do representado, não só a sua qualidade, mas também a extensão dos poderes que lhe foram conferidos, sob pena de, não o fazendo, ser responsabilizado civilmente pelos atos que excederem àqueles poderes. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo. - Se, porventura, o representante concluir negócio jurídico, havendo conflito de interesses com o representado, com pessoa que devia ter conhecimento desse fato, aquele ato negocial deverá ser declarado anulável . - Prazo decadencial para anulação de ato efetuado por representante em conflito de interesses com o representado: Pode-se pleitear anulação do negócio celebrado com terceiro, pelo representante em conflito de interesses com o representado, dentro de cento e oitenta dias, contados da conclusão do negócio jurídico ou da cessação da incapacidade do representado. - Papel do curador especial: Havendo conflito de interesses entre representado e representante, os atos negociais deverão, para ser válidos, ser celebrados por curador especial. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da representação voluntária são os da Parte Especial deste Código. - Os requisitos e os efeitos da representação legal regem-se pelos arts. 1.634, V, 1.690, 1.747, I, e 1.774 do Código Civil e os da representação voluntária pelos arts. 653 a 692 do Código Civil, alusivos ao contrato de mandato. Elementos estruturais e essenciais: são requisitos da existência e da validade, portanto, obrigatórios. (art.104) Elementos Acidentais: são facultativos, não compõem necessariamente o negócio jurídico. • São facultativos; • Dependem da vontade das partes (não há determinação legal); • Funcionam como autolimitações da vontade (atos patrimoniais e não pessoais); • Uma vez convencionados tem o mesmo valor dos elementos essenciais, integrando o negócio de forma indissociável; • Acarretam modificações na eficácia e abrangência do negócio jurídico. ART. 121 a 130 . Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordinao efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. - Condição é a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico, oneroso ou gratuito, a evento futuro e incerto. Elementos (requisitos) da condição: - Voluntariedade: “nasce exclusivamente da vontade das partes”, as partes devem querer determinado evento, não havendo nenhuma subordinação legal. (se não deixa de ser uma condição); - Futuridade: o evento que subordina a eficácia ou resolução do negócio jurídico deve ser futuro - Incerteza: relaciona-se com um acontecimento incerto, que poderá ocorrer ou não (é incerto para todos); Obs: • Direitos personalíssimos (direito a vida, honra, dignidade...) • Direitos de família (não há atuação do princípio da autonomia privada); • Atos jurídicos meramente lícitos (seus efeitos são determinados por lei) • Negócios jurídicos que não admitem incerteza. Ex: aceitação e renúncia de herança; Quanto a licitude: • São lícitas as condições que não são contraria as leis, ordem pública e bons costumes. (art 122) • : o contrário da condição lícita. São aquelas defesas em lei, ou seja, aquelas que são expressamente proibidas no ordenamento. Quanto ao modo de atuação: • : Será suspensiva a condição se as partes protelarem (adiarem), temporariamente, a eficácia do negócio até a realização do acontecimento futuro e incerto. • : condição resolutiva subordina a ineficácia do negócio a um evento futuro e incerto. Enquanto a condição não se realizar, o negócio jurídico vigorará, podendo exercer-se desde a celebração deste o direito por ele estabelecido. Mas, verificada a condição, para todos os efeitos extingue-se o direito a que ela se opõe. Quanto à possibilidade: • : estão em conformidade com o ordenamento e não contrariam os bons costumes e a ordem pública. Fisicamente e juridicamente possíveis de serem implementadas. • : ou não podem ser cumpridas por nenhum ser humano (fisicamente impossível); ou esbarram em alguma proibição expressa no ordenamento, ou fere a moral e os bons costumes (juridicamente impossível) Quanto a fonte de onde promanam: • : São condições que dependem do acaso, de fato alheio a vontade das partes. Pode depender tanto de fatos naturais quanto da vontade exclusiva de um terceiro, independendo da vontade das partes envolvidas. • a condição decorre da vontade ou poder de uma das partes, que pode provocar ou impedir a ocorrência do negócio jurídico. - PURAMENTE POTESTATIVA: sujeitam os efeitos do negócio jurídico ao puro arbítrio de uma das partes (mero capricho). Considerada ilícita; - MERAMENTE POTESTATIVA: admitidas por não dependerem apenas da vontade de uma das partes, mas também de um acontecimento externo, que não está em seu controle. • : condição que depende simultaneamente da vontade de uma das partes (potestativa) e da vontade de um terceiro (casual). • : são aqueles que inicialmente eram potestativas, mas perdem esse caráter em razão de um acontecimento inesperado ou casual (alheio a vontade do agente) que venha a dificultar sua realização. A dificuldade de realização é o que torna a condição promíscua, frustrada. • ): são condições que privam de todo efeito o negócio jurídico. Não fazem sentido, não da para compreender o propósito da estipulação, o que resulta em invalidade. Obs: Pendência Quando ainda não se verificou a condição ela é pendente Implemento Quando a condição é verificada Frustração Quando a condição/ o evento imposto não se realiza no período previsto, ou não tem chances de se realizar. Sendo assim considerada inexistente. . São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. • : será lícita a condição quando o evento que a constitui NÃO for contrário à lei, à ordem pública ou aos bons costumes. • (proibidas): são aquelas condições defesas em lei, que privem o negócio jurídico de todos os efeitos (perplexas) e que são advindas de mero arbítrio de um dos sujeitos (puramente potestativas) Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: I — as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; II — as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; III — as condições incompreensíveis ou contraditórias. - CONDIÇÕES SUSPENSIVAS FÍSICAMENTE IMPOSSÍVEIS: as condições fisicamente impossíveis são as que não podem efetivar-se por serem contrárias à natureza. Ex.: a doação de uma casa a quem trouxer o mar até a Praça da República da cidade de São Paulo será inválida, visto que a condição suspensiva que subordina a eficácia negocial a evento futuro incerto é impossível fisicamente. - AS CONDIÇÕES SUSPENSIVAS JURIDICAMENTE IMPOSSÍVEIS: são as que invalidam os atos negociais a elas subordinados, por serem contrárias à ordem legal, como, p. ex., a outorga de uma vantagem pecuniária sob condição de haver renúncia ao trabalho, o que fere os arts. 193, 6º, 5º, XIII, e 170, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, que considera o trabalho uma obrigação social. - Como as condições são impossíveis, invalidam a cláusula condicional e contaminam todo o contrato e por essa razão não pode subsistir. Dessa forma, o negócio jamais alcançará a eficácia. - AS CONDIÇÕES ILÍCITAS OU AS DE FAZER COISA ILÍCITA são condenadas pela norma jurídica, pela moral e pelos bons costumes e, por isso, invalidam os negócios a que forem apostas. Ex.: prometer uma recompensa sob a condição de alguém viver em concubinato impuro; dispensar, se casado, os deveres de coabitação e fidelidade mútua; mudar de religião, ou, ainda, não se casar. - CONDIÇÕES INCOMPREENSÍVEIS OU CONTRADITÓRIAS: Se os negócios contiverem cláusulas que subordinem seus efeitos a evento futuro e incerto, mas eivadas de obscuridades, possibilitando várias interpretações pelas dúvidas que levantam, tais atos negociais invalidar-se-ão. INVALIDAM O NEGÓCIO JURÍDICO, TORNANDO ELE NULO • Condição suspensiva fisicamente impossível; • Condição suspensiva juridicamente impossível; • Condições ilícita (ou de fazer coisa ilícita); • Condições contraditórias. . Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. - Se for aposta num negócio condição resolutiva impossível ou de não fazer coisa impossível, será tida como não escrita; logo, o negócio valerá como ato incondicionado, sendo puro e simples, como se condição alguma se houvesse estabelecido, por ser considerado inexistente. . Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa. - Será suspensiva a condição se as partes protelarem, temporariamente, a eficácia do negócio até a realização do acontecimento futuro e incerto. - CONDIÇÃO SUSPENSIVA PENDENTE: Pendente a condição suspensiva não se terá direito adquirido, mas expectativa de direito ou direito eventual. Só se adquire o direito após o implemento da condição. A eficácia do ato negocial ficará suspensa até que se realize o evento futuro e incerto. - A condição se diz realizada quando o acontecimento previsto se verificar. Ter-se-á, então, o aperfeiçoamento do ato negocial, operando-se EX TUNC ou seja, desde o dia de sua celebração, se inter vivos, e à data da abertura da sucessão, se causa mortis, daí ser retroativo. . Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquelas novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis. - A norma não veda a possibilidade de, na pendência de uma condição suspensiva, fazer novas disposições, que, todavia, não terão validade se, realizada a condição,forem com ela incompatíveis. - Ex: Um pai promete dar um carro ao filho se ele passar em um concurso (condição suspensiva pendente). Desse modo, o pai não poderá vender o carro para terceiros devido a incompatibilidade desse ato com a condição suspensiva. Assim, se o pai chegar a vender o carro e o filho for aprovado, a venda realizada pelo pai é considerada NULA. . Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. - A condição resolutiva subordina a ineficácia do negócio a um evento futuro e incerto. - Enquanto a condição não se realizar, o negócio jurídico vigorará, podendo exercer-se desde a celebração deste o direito por ele estabelecido. Mas, verificada a condição, para todos os efeitos extingue-se o direito a que ela se opõe. . Sobrevindo a condição resolutiva, extingue- se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé. - Se uma condição resolutiva for aposta em um ato negocial, enquanto ela não se der, vigorará o negócio jurídico, mas, ocorrida a condição, operar-se-á a extinção do direito a que ela se opõe. - Mas, se tal negócio for de execução continuada, a efetivação da condição, exceto se houver disposição em contrário, não atingirá os atos já praticados, desde que conformes com a natureza da condição pendente e aos ditames da boa-fé. Acatado está o princípio da irretroatividade da condição resolutiva. . Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento. - A condição suspensiva ou resolutiva valerá como realizada se seu implemento for intencionalmente impedido por quem tirar vantagem com sua não realização. - Se a parte beneficiada com o implemento da condição forçar maliciosamente sua realização, esta será tida aos olhos da lei como não verificada para todos os efeitos; Ex., se alguém contempla certa pessoa com um legado sob condição de prestar serviços a outrem, e o legatário maliciosamente cria uma situação que venha forçá-lo a ser despedido sem justa causa, para receber o legado sem ter de prestar serviços. Provada a má-fé do legatário, não se lhe entregará o legado. - Se, ao contrário, se forçar uma justa causa para despedir o legatário, com o intuito de privá-lo de receber o legado, provada a má-fé, o legado ser-lhe-á entregue, mesmo que não continue a prestação de serviços. . Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. - Como o titular de direito eventual, em caso de negócio condicional, suspensivo ou resolutivo, não tem, ainda, direito adquirido, a lei reconhece-lhe a possibilidade de praticar atos conservatórios para resguardar seu direito futuro, impedindo, assim, que sofra qualquer prejuízo. Assim sendo, a condição suspensiva ou resolutiva não obsta o exercício dos atos destinados a conservar o direito a ela subordinado. Logo, se, p. ex., alguém prometer uma casa a outrem, para quando se casar, este poderá reformá-la, se necessário for, e rechaçar atos de esbulho ou turbação. - Efeitos “ex nunc” e “ex tunc” da condição: Quanto aos atos de administração praticados na pendência da condição, ela não terá efeito retroativo, salvo se a lei expressamente o determinar, de maneira que tais atos serão intocáveis, e os frutos colhidos não precisarão ser restituídos. Porém, a norma jurídica estabelece que a condição terá efeito retroativo quanto aos atos de disposição, que, com sua ocorrência, serão tidos como nulos. ART. 131 a 135 - Termo é a cláusula que subordina os efeitos do ato negocial a um acontecimento FUTURO e CERTO. - Refere-se ao início ou termino do exercício do direito. - Inexiste estado de pendencia e retroatividade. . O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. • (dies a quo ) ou suspensivo é o que fixa o momento em que a eficácia do negócio deve ter início, retardando o exercício do direito. O negócio jurídico já está garantido, só se estabelece um prazo para começar o exercício. - O termo inicial não suspende a aquisição do direito, que surge imediatamente, mas só se torna exercitável com a superveniência do termo. O exercício do direito fica suspenso até o instante em que o acontecimento futuro e certo, previsto, ocorrer. A existência do direito real ou obrigacional não fica em suspenso in medio tempore, pois desde logo o titular a termo o adquire. : ( dies ad quem) ou resolutivo ocorre quando se determinar a data da cessação dos efeitos do ato negocial, extinguindo-se as obrigações dele oriundas. Extingue-se as obrigações, mas não o direito. Obs: O termo é certo, mas pode ser indeterminado • : se reporta a uma determinada data do calendário; • : embora a ocorrência seja certa, não se sabe quando vai ocorrer. Ex: a morte, é certa, mas não se pode determinar a data. Negócios que não admitem termo: • Aceitação ou renúncia de herança; • Doação; • Emancipação; • Casamento; • Reconhecimento de filhos • Direitos de execução imediata. Espécies: • : a lei determina o início e o fim dos efeitos do negócio jurídico. • : é o termo estabelecido pela vontade das partes; • : é a dilatação do prazo concedida ao devedor. Termo fixado pelo juiz. • : quando o efeito pretendido deve ocorrer em um momento bem preciso sob pena de não ter mais valor. . Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. § 1º Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar- se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil. § 2º Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. § 3º Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência. § 4º Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto. Obs: Termo é diferente de prazo, pois este é o intervalo de tempo entre o termo inicial e o final. Ou entre a manifestação de vontade e o advento do termo. - O prazo é contado por unidade de tempo (hora, dia, mês e ano), excluindo-se o dia do começo (dies a quo) e incluindo-se o do vencimento (dies ad quem), salvo disposição, legal ou convencional, em contrário . - Ex: Se se assumir uma obrigação dia 15 de maio, com prazo de dez dias, não se computará o dia 15, iniciando-se a contagem no dia 16, somam-se 10 (dez) unidades, e a obrigação vencer-se-á dia 25 de maio. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes. - Nos testamentos presume-se que o prazo é estabelecido em favor de herdeiro; - Nos contratos tem-se entendido que os prazos são estipulados em favor do devedor, exceto se do seu conteúdo ou das circunstâncias ficar evidenciado que foram estabelecidos em proveito do credor ou de ambos os contratantes. . Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exequíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva. - PENDÊNCIA DO TERMO INICIAL: O titular de um direito adquirido, cujo exercícioesteja na dependência de um termo inicial, poderá exercer todos os atos conservatórios que forem necessários para assegurar seu direito, não podendo, ainda, ser lesado por qualquer ato de disposição efetivado pelo devedor ou alienante antes do advento do termo suspensivo. : O termo final (dies ad quem, ad diem) ou resolutivo ocorre quando se determinar a data da cessação dos efeitos do ato negocial, extinguindo-se as obrigações dele oriundas. P. ex.: a locação dever-se-á findar dentro de dois anos. Antes de chegar o dia estipulado para seu vencimento, o negócio jurídico subordinado a um termo final vigorará plenamente; logo, seu titular poderá exercer todos os direitos dele oriundos. ART. 136 e 137 - É a cláusula acessória as liberalidades ( inter vivos – doação; ou causa mortis – testamento, legado) pela qual se impõe uma obrigação ao beneficiário. - Impõe um ônus ou uma obrigação a negócios GRATUITOS, sem caráter de contraprestação. - Expressões comuns: para que, a fim de que, com a obrigação de ... - Ex: doação de um prédio para que nele se instale um hospital; legado com o encargo de construir uma escola. Obs: O encargo tem como característica a obrigatoriedade, mas não é uma obrigação devida a alguém, portanto, incoercível O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. - Importam uma obrigação de fazer. - O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, exceto quando expressamente imposto no ato pelo disponente como condição suspensiva. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. - A ilicitude ou impossibilidade física ou jurídica do encargo leva a considerá-lo como não escrito, libertando o negócio jurídico de qualquer restrição, a não ser que se apure ter sido o modus o motivo determinante da liberalidade inter vivos (doação) ou mortis causa (testamento), caso em que se terá a invalidação do ato negocial; porém, fora disso, se aproveitará como puro e simples. Obs: Não suspende a aquisição nem o exercício do direito Suspende a aquisição do direito “se” “para que”, “a fim de que” é coercitivo, mas não suspensivo. não é coercitivo, pois ninguém é obrigado a cumprir uma condição - Hipóteses em que a vontade se manifesta com algum vício que torne o negócio anulável (vontade) provocam uma manifestação de vontade que não corresponde com o íntimo querer do agente. Conflito entre a vontade manifestada e o querer do agente (real intenção de quem a exteriorizou). Distorção da vontade, são 5; erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo. não viciam a vontade, o defeito é consciente, ou seja, correspondem exatamente ao desejo do declarante, exteriorizada, por sua vez, com a intenção de prejudicar terceiros. Ex: fraude contra credores e simulação. ART. 138 a 144 - O erro é uma noção inexata sobre um objeto, que influencia a formação da vontade do declarante, que a emitirá de maneira diversa da que a manifestaria se dele tivesse conhecimento exato. - É uma falsa ideia da realidade, em que o agente se engana SOZINHO. Í . São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. - SUBSTANCIAL (essencial), ou seja, deve recair sobre circunstancias e aspectos do negócio. Deve ser a causa determinante, de modo que se reconhecida a realidade o negócio não seria realizado. - ESCUSÁVEL: (justificável) de modo que qualquer pessoa de diligência normal nas mesmas circunstancias também cometeria o erro. Isto é, o erro poderia ser percebido, mas a sua percepção não é simples para uma pessoa normal perceber, por isso é perdoável. - REAL: importar dano efetivo e concreto para o interessado. • : erro de maior gravidade, é a causa determinante do negócio e se fosse previamente percebido o negócio não se realizaria. • : é um erro de menor importância, e não acarreta um prejuízo efetivo ao negócio jurídico, pois pode ser facilmente consertado, sem a necessidade de anulação uma vez que não há vício na manifestação de vontade. O erro é substancial quando: I — interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; II — concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; III — sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. • a natureza do negócio: (Error in negotio) , haverá erro substancial quando recair sobre a natureza do ato. É aquele em que uma das partes manifesta a sua vontade, pretendendo/supondo celebrar determinado negócio jurídico, mas na realidade realiza outro diferente. - Erro na espécie do negócio. - Ex: se uma pessoa pensa que está vendendo uma casa e a outra a recebe a título de doação. Não se terá real acordo volitivo, pois um dos contratantes supõe realizar um negócio e o consentimento do outro se dirige a contrato diverso, manifestando-se um error in ipso negotio, suscetível de ANULAÇÃO do negócio. • erro sobre o abjeto principal da declaração: (Erro in copore), o erro incide sobre a identidade do objeto. Desse modo, a manifestação de vontade recai sobre um objeto diverso daquele que o agente tinha em mente, o objeto não é o pretendido. - O engano recai sobre o objeto principal da declaração, o objeto mediato. - Ex: se um contratante supõe estar adquirindo um lote de terreno de excelente localização, quando na verdade está comprando um situado em péssimo local. • erro quanto algumas das qualidades essenciais do objeto principal: (error in substancia, error in qualidade) ocorre quando o motivo determinante do negócio é a suposição de que o objeto possui uma determinada qualidade, que depois verifica-se inexistir. - O objeto não tem as qualidades que o agente reputava essenciais. - Ex: quando se compra um celular achando que é original, mas na realidade não é. • erro quanto à identidade ou qualidade da pessoa: (error in persona), pode se referir tanto a identidade quanto as qualidades da pessoa. Por outro lado, para ser invalidante deve influir na declaração de vontade “de modo relevante”. - O erro somente é considerado essencial quando não se tem como apurar quem seja realmente a pessoa ou a coisa a quem se refere a manifestação. - Ex: A sociedade XY Eletrônica LTDA contrata José Latrina pensando que fosse José Latinhas. • erro de direito: (erro iuris) é o falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea de uma norma jurídica aplicável a situação concreta. - podendo ainda abranger a ideia errônea sobre as consequências jurídicas do ato negocial. Se o erro de direito afetar a manifestação volitiva, tendo sido o principal ou o único motivo da realização do ato negocial, sem, contudo, importar em recusa à aplicação da lei, vicia o consentimento. - Para anular o negócio não poderá, contudo, recair sobre norma cogente, mas tão somente sobre normas dispositivas, sujeitas ao livre acordo das partes. . O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. - Para que o falso motivo possa anular o negócio jurídico, é necessário que o motivo seja a razão determinante da realização do negócio jurídico e tenha sido expressamente declarada como tal. . A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. - Se alguém recorrer a rádio, televisão, telefone, mensageiro ou telégrafo para transmitir uma declaração de vontade, e o veículo utilizadoo fizer com incorreções, acarretando desconformidade entre a vontade declarada e a interna, poder-se-á alegar erro nas mesmas condições em que a manifestação volitiva se realiza inter praesentes. - Se uma declaração de vontade com certo conteúdo for transmitida com conteúdo diverso, o negócio poderá ser passível de nulidade relativa, porque a manifestação de vontade do emitente não chegou corretamente à outra parte. Se, contudo, a alteração não vier a prejudicar o real sentido da declaração expedida, o erro será insignificante e o negócio efetivado prevalecerá. . O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração da vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. - O erro acidental não induz anulação do ato negocial por não incidir sobre a declaração da vontade, se se puder, por seu contexto e pelas circunstâncias, identificar a pessoa ou a coisa. - Ex: o erro sobre a qualidade da pessoa, de ser ela casada ou solteira, não terá o condão de anular um legado que lhe for feito, se se puder identificar a pessoa visada pelo testador, apesar de ter sido erroneamente indicada. . O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. - Diz respeito a engano sobre peso, medida ou quantidade do bem, logo é erro acidental, não induzindo anulação do negócio, por não incidir sobre a declaração da vontade. Se assim for, o erro de cálculo não anula o negócio nem vicia o consentimento, autorizando tão somente a retificação da declaração volitiva. . O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. -Se houver a correção do erro substancial, o negócio será valido e não será mais passível de anulação. - Se A pensar que comprou o lote n. 4 da quadra X, quando, na verdade, adquiriu o lote n. 4 da quadra Y, ter-se-á erro substancial, que não invalidará o ato negocial se o vendedor vier a entregar-lhe o lote n. 4 da quadra X, visto que não houve qualquer prejuízo a A, diante da execução do negócio de conformidade com a sua vontade real. ART. 145 a 150 - Dolo são artifícios/manobras maliciosas empregadas para induzir alguém a prática de um ato, ou manifestação de vontade que o prejudique e traga proveito para o autor do dolo, ou para terceiros. • é p dolo tolerável, destituído de gravidade suficiente para viciar a manifestação de vontade. Comum no comércio em que o vendedor exagera nas características do produto para poder vender. Obs: o código do consumidor proíbe propaganda enganosa que conduza o consumidor ao erro. • : revestido de gravidade exercido com o propósito de ludibriar e prejudicar. Como vicia a manifestação da vontade anulidade do negócio ou obrigações de satisfazer perdas ou danos. É sobre esse tipo de dolo que trata o art. 145. – . São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. - O dolo será substancial, quando o negócio jurídico só foi realizado por que houve um induzimento malicioso de uma das partes, viciando a manifestação de vontade. Caso contrário, o negócio não teria se realizado. Logo, por ser a causa determinante do negócio jurídico, este é anulável. Para que o dolo principal se configure e torne passível de anulação o ato negocial, será preciso que: a) haja intenção de induzir o declarante a praticar o negócio lesivo à vítima; b) os artifícios maliciosos sejam graves, aproveitando a quem os alega, por indicar fatos falsos, por suprimir ou alterar os verdadeiros ou por silenciar algum fato que se devesse revelar ao outro contratante; c) seja a causa determinante da declaração de vontade (dolus causam dans), cujo efeito será a anulabilidade do ato, por consistir num vício de consentimento; d) proceda do outro contratante, ou seja, deste conhecido, se procedente de terceiro . O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. - O dolo acidental leva a vítima a realizar o negócio em condições mais onerosas ou menos vantajosas, mas afetando sua declaração de vontade, embora venha a provocar desvios. Desse modo, não constitui vício de consentimento, pois não influi diretamente na realização do ato negocial, que seria praticado independentemente do emprego das manobras astuciosas. - Por não ser vício de consentimento nem causa do contrato, não acarretará a anulação do negócio, obrigando apenas à satisfação de perdas e danos ou a uma redução da prestação convencionada. . Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. • conduta maliciosa do agente em que a outra parte é induzida a realizar por força de afirmações falsas (verbais ou por meio de gestos) sobre a qualidade da coisa. • ) ocorre quando há omissão de alguma informação relevante para o negócio, de forma que se a pessoa tivesse conhecimento desta, intencionalmente omitida, o negócio não se realizaria. Dessa forma, obriga a parte maliciosa a indenizar o prejuízo. - Para o dolo ser negativo deverá haver: a) um contrato bilateral; b) intenção de induzir o outro contratante a praticar o negócio jurídico; c) silêncio sobre uma circunstância ignorada pela outra parte; d) relação de causalidade entre omissão intencional e a declaração volitiva; e) ato omissivo do outro contratante e não de terceiro; f) prova da não realização do negócio se o fato omitido fosse conhecido da outra parte contratante. . Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. - Se o dolo for provocado por terceira pessoa a mando de um dos contratantes ou com o concurso direto deste, o terceiro e o contratante serão tidos como autores do dolo. Poder-se-ão apresentar três hipóteses: a) o dolo poderá ser praticado por terceiro com a cumplicidade de um dos contratantes; b) o artifício doloso advém de terceiro, mas a parte, a quem aproveita, o conhece ou o deveria conhecer; c) o dolo é obra de terceiro, sem que dele tenha ciência o contratante favorecido. - Efeitos do dolo de terceiro; Se a parte que se beneficia com o dolo SABE ou DEVERIA SABER O negócio jurídico é anulável por vício de consentimento e se terá indenização por perdas e danos em que AMBOS respondem, o terceiro e o beneficiário. Se a parte beneficiada NÃO SABE ou NÃO DEVERIA SABER O negócio subsiste, ou seja, continua a ser válido, e apenas o terceiro deverá responder pelos danos que causar. . O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. - Quando o representante induz o erro da outra parte em benefício do representado, constitui dolo. Portanto anulável. - O dolo de representante legal ou convencional de uma das partes não pode ser considerado de terceiro, pois, nessa qualidade, age como se fosse o próprio representado. - REPRESENTANTE LEGAL: o representante legal que agir com dolo responderá civilmente até a importância que tirou proveito do ato negocial. O representado deverá restituir o lucro ou a vantagem oriunda do ato doloso de seu representante ante o princípio que veda o enriquecimento sem causa. (só responde pelo patrimônio que teve como benefício.) -REPRESENTANTE CONVENCIONAL: E se o representante for convencional, deverá responder solidariamente com ele por perdas e danos, com ação regressiva contra o representante pela quantia que tiver desembolsado para ressarcir o prejuízo causado, salvo se com este estava mancomunado. – . Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. - Pode haver dolo de ambas as partes que agem dolosamente, praticando ato comissivo ou omissivo, configurando-se torpeza bilateral. - Se o ato negocial foi realizado em virtude de dolo principal ou acidental de ambos os contratantes, não poderá ser anulado, nem se poderá pleitear indenização; ter-se-á uma neutralização do delito porque há compensação entre dois ilícitos; a ninguém caberá se aproveitar do próprio dolo. ART. 151 a 155 - Coação é toda ameaça ou pressão injusta sobre um indivíduo para força-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio jurídico; - Pressão de ordem moral ou psicológica que se faz mediante ameaça que poderá atingir o agente, membro da família ou pessoa a ele legada, ou ao patrimônio para que a pessoa realize o negócio jurídico. - Emprego de violência psicológica para gere temor e possa viciar a vontade; • (física): a vantagem pretendida pelo coator é obtida mediante força física. Nesse caso, o ato é considerado inexistente, pois não há manifestação de vontade, O negócio então é nulo. - O coagido é um mero instrumento nas mãos do coator. - Ex: um lutador de boxe pegar a mão de uma velhinha analfabeta a força, para por a sua impressão digital em um instrumento de contrato que ela não quer assinar. • (moral): trata-se de uma coação psicológica em que o coator deixa a opção da vítima, praticar o ato exido ou sofrer as consequências das ameaças. -É um vício do consentimento, pois existe declaração de vontade, o que tona anulável o negócio jurídico. . A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação. - Para que haja coação moral, suscetível de anular ato negocial, será preciso que: a) seja a causa determinante do negócio jurídico, pois deverá haver um nexo causal entre o meio intimidativo e o ato realizado pela vítima; O negócio deve ter sido realizado somente por ter havido ameaça ou violência. - Á parte que pretende anular o negócio jurídico deve provar o nexo causal e o efeito entre a violência e a anuência. b) incuta à vítima um temor justificado, por submetê-la a um processo que lhe produza ou venha a produzir dor (morte, cárcere privado, desonra, mutilação, escândalo etc.), fazendo-a recear a continuação ou o agravamento do mal se não manifestar sua vontade no sentido que se lhe exige; c) o temor diga respeito a um dano iminente, suscetível de atingir a pessoa da vítima, sua família ou seus bens. - E se o ato coativo disser respeito a pessoa não pertencente à família da vítima, o órgão judicante, com equidade e com base nas circunstâncias, decidirá se houve, ou não, coação; d) o dano seja considerável ou grave, podendo ser moral, se a ameaça se dirigir contra a vida, liberdade, honra da vítima ou de pessoa de sua família, ou patrimonial, se a coação disser respeito aos seus bens. - O dano ameaçado deverá ser efetivo ou potencial a um bem pessoal ou patrimonial. É necessário, portanto, que a ameaça se refira a prejuízo que influencie a vontade do coacto a ponto de alterar suas determinações, embora não possa, no momento, verificar, com justeza, se será inferior ou superior ao resultante do ato extorquido. . No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. -Algumas pessoas por diversos motivos são mais suscetíveis de se sentirem aterrorizadas. - Em cada caso concreto, ater-se aos meios empregados pelo coator, verificando se produzem constrangimento moral, sem olvidar o sexo, a idade, a condição social, a saúde e o temperamento da vítima. Deverá, portanto, averiguar quaisquer circunstâncias, sejam elas pessoais ou sociais, que concorram ou influam sobre o estado moral do coacto, levando-o a executar ato negocial que se lhe é exigido. - A lei, ao pressupor que todos somos dotados de certa energia ou grau de resistência, não desconhece que sexo, idade, saúde, condição social e temperamento podem tornar decisiva a coação, que, exercida em certas circunstâncias, pode pressionar e influir mais poderosamente. . Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial. - Não se considerará coação, portanto, vício de consentimento suscetível de anular negócio, a ameaça do exercício normal de um direito e o simples temor reverencial. Assim, se algum negócio for levado a efeito por um dos contratantes nas circunstâncias acima enumeradas, não se justificará a anulabilidade do ato, que permanecerá válido, uma vez que não se trata de coação. • AMEAÇA DO EXERCÍCIO NORMAL DE UM DIREITO: A ameaça do exercício normal de um direito exclui a coação, porque se exige que a violência seja injusta. Desse modo, se um credor de dívida vencida e não paga ameaçar o devedor de protestar o título e requerer falência, não se configurará a coação por ser ameaça justa que se prende ao exercício normal de um direito; logo, o devedor não poderá reclamar a anulação do protesto. • SIMPLES TEMOR REVERENCIAL: O simples temor reverencial vem a ser o receio de desgostar ascendente ou pessoa a quem se deve obediência e respeito, que não poderá anular o negócio, desde que não esteja acompanhado de ameaças ou violências irresistíveis. . Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos. - A coação exercida por terceiro vicia o negócio jurídico, causando sua anulabilidade, se dela teve ou devesse ter conhecimento o contratante que dela se aproveitar. - Havendo coação exercida por terceiro, urge averiguar, para apurar a responsabilidade civil, se a parte a quem aproveite teve prévio conhecimento dela, pois esta responderá solidariamente com o coator por todas as perdas e danos causados ao coacto. - Logo, além da anulação do ato negocial pelo vício de consentimento, a vítima terá direito de ser indenizada pelos prejuízos sofridos, ficando solidariamente obrigados a isso o autor da vis compulsiva e o outro contraente que dela teve ciência e dela auferiu vantagens. . Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. - O negócio jurídico terá validade se a coação decorrer de terceiro, sem que o contratante, com ela beneficiado, tivesse ou devesse ter dela conhecimento. No entanto, o autor da coação terá responsabilidade pelas perdas e danos sofridos pelo coacto. . Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. - O lesado efetiva negócio excessivamente oneroso em razão de um risco pessoal (perigo de vida, lesão à integridade física ou psíquica de uma pessoa). - A situação de extrema necessidade leva a pessoa a realizar um negócio jurídico emque assume obrigações desproporcionais e exorbitantes. a) Estado de necessidade; b) Iminência de dano atual e grave; c) Nexo de causalidade entre a declaração e o perigo de grave dano; d) Incidência da ameaça sobre a pessoa do próprio declarante ou de sua família e) Conhecimento do perigo pela outra parte (há intenção da outra parte em tirar proveito da situação) f) assunção de obrigação excessivamente onerosa; . Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. § 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. § 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. - ELEMENTO OBJETIVO: desproporção entre as prestações recíprocas, geradoras de lucro exagerado. - ELEMENTO SUBJETIVO: premente necessidade (necessidade da pessoa), urgência em realizar o negócio jurídico ou inexperiência (falta de habilidade, técnica). - A parte tem noção da desproporção dos valores, mas realiza o negócio pela necessidade patrimonial; (diferente do erro) - A pessoa decide por si, pressionada apenas pelas circunstâncias provenientes da necessidade ou inexperiência. Não é induzida (diferentemente do dolo e da coação) - Risco de dano patrimonial e não de vida, (diferente do estado de perigo) O patrimônio do devedor constitui uma garantia real dos credores. Se o devedor desfalca maliciosamente e substancialmente seu patrimônio a ponto de não garantir mais o pagamento das dívidas, tornando-se assim insolvente (com seu passivo superando o ativo) configura fraude contra credores. - ESTADO DE INSOLVÊNCIA: ter-se-á insolvência sempre que os débitos forem superiores à importância dos bens do devedor. A prova da insolvência, far-se-á em regra com a execução da dívida. - “A fraude contra credores constitui a prática maliciosa, pelo devedor, de atos que desfalcam seu patrimônio, com o fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios alheios.” • ELEMENTO OBJETIVO: eventos damni é todo ato prejudicial ao credor por tornar o devedor insolvente, ou por ter sido realizado em estado de insolvência, ainda quando o ignore (não saiba) ou ante o fato da garantia se tornar insolvente. (art. 158) - Ato do devedor de diminuir seu patrimônio – elemento essencial. • ELEMENTO SUBJETIVO: consilium fraudis a má-fé, a intenção de prejudicar do devedor ou do devedor aliado a terceiro, ilidindo os efeitos da cobrança (art.159) . Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. § 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. - Serão suscetíveis de fraude os atos jurídicos a título gratuito (doação) ou remissão de dívida, quando os pratique, independentemente de má-fé, o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência. • Negócios de transmissão gratuita: doações que diminuam o patrimônio do devedor insolvente, ou que venha a ficar diminuindo assim, a garantia dos credos. • Remissão de dívidas: os créditos que os devedores tem a receber de terceiros constituem parte do seu patrimônio. Assim, se o devedor os perdoa reduz seu patrimônio consequente a garantia dos credores. - (revogatória): A fraude contra credores, que vicia o negócio de simples anulabilidade, somente é atacável por ação pauliana ou revocatória, de natureza desconstitutiva, ajuizada a fim de anular as alienações ou concessões fraudulentas, determinando o retorno dos bens ao patrimônio do devedor para o pagamento das dívidas. §1° Legitimação ativa: A ação pauliana pode ser movida pelos Credores Quirografários (sem garantias) §2° (anterioridade do crédito) que já o eram ao tempo da prática desse ato fraudulento. Obs: O credor com garantia real (penhor, hipoteca ou anticrese) não poderá reclamar a anulação, por ter no ônus real a segurança de seu reembolso, salvo se, executada a sua garantia, o bem onerado não for suficiente para satisfazer seus direitos creditícios. - O patrimônio do devedor será partilhado proporcionalmente entre os credores. . Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. - Será suscetível de fraude o negócio jurídico a título oneroso se praticado por devedor insolvente ou quando a insolvência for notória ou se houver motivo para ser conhecida do outro contratante, podendo ser anulado pelo credor. - Ex: quando se vender imóvel em data próxima ao vencimento das obrigações, inexistindo outros bens para saldar a dívida. - Só se anula o negócio se se provar a má-fé do terceiro, ou o conluio com o devedor. PRESUNÇÃO DA MÁ-FÉ: - Insolvência notória: será notória a insolvência de certo devedor se for tal estado do conhecimento geral. Todavia, desta notoriedade não se poderá dispensar prova; logo, todos os meios probatórios serão admitidos. Ex: seus títulos protestados ou ações judiciais que impliquem a vinculação de seus bens. - Insolvência presumida: quando as circunstâncias indicarem tal estado, que já devia ser do conhecimento do outro contraente, que tinha motivos para saber da situação financeira precária do alienante. Ex: preço vil, parentesco próximo, alienação de todos os bens, relações de amizade, de negócios mútuos etc. - Nesse contexto, na ação pauliana os credores deverão provar o eventos damni, ou seja, que a alienação reduziu o devedor a insolvência, ou já estando nela, diminuiu mais ainda a garantia dos credores; e o consilium fraudis (má-fé do terceiro). - A legislação protege credores e adquirentes de boa-fé, e não anulam o negócio jurídico. . Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados. Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real. - Perderão os credores a legitimação ativa para mover a ação revocatória, se o adquirente dos bens do devedor insolvente que ainda não pagou o preço, que é o corrente (preço de mercado), depositá-lo em juízo, com citação de todos os interessados ou, ainda, se o adquirente, sendo o preço inferior, para conservar os bens, depositar quantia correspondente ao valor real. - Para que não haja nulidade relativa do negócio jurídico lesivo a credor, será mister que o adquirente: a) ainda não tenha pago o preço real, justo ou corrente; b) promova o depósito judicial desse preço; c) requeira a citação de todos os interessados, para que tomem ciência do depósito. Com isso estará assegurando a satisfação dos credores, não se justificando a rescisão contratual, A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé. - Em regra a revocatória deverá ser intentada contra o devedor insolvente, seja em caso de transmissão gratuita de bens, seja na hipótese de alienação onerosa, tendo-se em vista que tal ação visa tão somente anular um negócio celebrado em prejuízo do credor. Mas nada obsta a que seja movida contra a pessoa que com ele veio a efetivar o ato fraudulento ou contra terceiro adquirente de má-fé. Logo, poderá ser proposta contra os que
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