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A visão bioetica do codigo de ética odontológico brasileiro-1

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Marjorie Soares Uchoa Coutinho de Miranda 
RA: 28204708
RESUMO
A VISÃO DA BIÓTICA DO CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICO
ITAQUAQUECETUBA/2023
A visão bioética do código de ética odontológico brasileiro
Dentro da odontologia sempre foi enfrentado diversos desafios, dentre eles podemos citar o olhar técnico e mecanicista. Porém, com o passar dos anos, houve um aumento crescente das discussões sobre a humanização na área da saúde, e, portanto, alguns conceitos como a moral, a ética e, em especial, a bioética tornaram-se essenciais para o estudo e prática dos cirurgiões-dentistas.
Revisão da Literatura
O termo ética deriva do grego ethos que significa modo de ser, caráter. A conduta ética só existe se o agente for consciente, sendo capaz de distinguir o que é o bem e o mal e podendo assim deliberar, realizar constantemente suas escolhas, constituindo a condição básica da liberdade. A moral representa o que é vivido, o que acontece, diferente da ética, a qual se refere ao que deve ou o que deveria ser. Uma disciplina que está diretamente ligada à bioética é a ética profissional ou deontologia, a qual é relacionada ao exercício das profissões liberais, tem um conteúdo prescritivo e um corpo de normas ou deveres pertinentes ao exercício profissional.
O conjunto de normas baseadas na percepção de respeito ao dever e nas obrigações detectadas socialmente à profissão apresenta-se tradicionalmente na forma de código de ética. 
Em 1979, um dos marcos referenciais da bioética foi a teoria principal está baseada nos quatro princípios éticos que deveriam interagir na relação do profissional e paciente. Sua definição relaciona-se com o livre-arbítrio e a vontade do paciente reger seus próprios atos, a capacidade de se governar, além do direito moral e legal de adotar suas próprias decisões, sem restrição ou coação, por mais benfeitoras que possam ser as intenções do profissional cirurgião-dentista, com base em seu valor e convicção . O profissional deve respeitar a vontade, a crença e os valores morais do seu paciente. Ademais, o direito à autonomia é limitado quando entra em conflito com o direito de outras pessoas, inclusive o do próprio profissional de saúde.
Sendo assim, os valores morais pontuarão a conduta deste profissional. O cirurgião-dentista deve zelar pela saúde e pela dignidade do paciente. É sabido que erros devem ser evitados, porém, ao acontecerem, não determinam que se tenha um mau profissional, pois podem ocorrer respostas negativas do paciente ao tratamento. Na visão odontológica, beneficiar o paciente significa ter cuidados desde a prevenção de danos à saúde bucal até a reabilitação oral.
A segunda está relacionada a obrigação de não causar dano ao paciente, o que é diferente da obrigação de ajudar o paciente, caracterizada nas decisões embasadas na habilidade clínica.
Discussão
Na Odontologia as questões éticas afetam diretamente o exercício profissional quando são abordados assuntos sobre o comportamento bioético nas relações profissional-paciente. Nos dias atuais, através da bioética, o cirurgião-dentista se conscientiza de que é necessário dar garantias à vida humana, apresentar um comportamento responsável em relação ao paciente que possui plena autonomia, ou em relação ao representante legal daquele com autonomia reduzida, e também ao profissional, que interage com a sociedade em que está inserido, enfrentando e solucionando os problemas que são apresentados por ela . A Odontologia como uma profissão exercida em benefício do ser humano e da coletividade, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto.
Outra questão de grande relevância é a respeito dos transplantes de órgãos devido à necessidade de doação dos mesmos.
Nas relações dos cirurgiões-dentistas com seus pacientes, o princípio da autonomia pode ser caracterizado através do consentimento esclarecido do paciente e formalizado no plano de tratamento inserido no prontuário. Assim, o valor do consentimento expresso pelo paciente, depois de devidamente esclarecido, traz tanto a comprovação de que não houve negligência, imperícia e imprudência por parte do profissional, quanto o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas sobre os seus problemas de saúde. Caracteriza-se como infração ética o ato de iniciar o tratamento odontológico sem o consentimento prévio do paciente ou de seu representante legal, exceto em caso de urgência ou emergência. AZAMBUJA LOCH não só relata a importância do consentimento do responsável no tratamento do menor, como ainda que o assentimento do paciente ao tratamento proposto é importante à medida em que este se torna um ser humano crítico e capaz de tomar suas próprias decisões.
Desta forma, deve-se levar em consideração que se tal princípio for violado, há a possibilidade do paciente se encontrar em uma situação de alto constrangimento, colocando em risco seu bem-estar e sua dignidade, o que contradiz os atos clínicos provenientes da beneficência que devem ser realizados pelo cirurgião-dentista. COSTA relata que não deverá o profissional utilizar-se de práticas de coação física, psíquica, moral, enganosa ou quaisquer outras formas de manipulação impeditivas da livre manifestação da vontade pessoal do paciente. O princípio da autonomia deve existir neste item e o consentimento livre necessita que o paciente seja estimulado a perguntar, a manifestar suas expectativas e preferências aos profissionais de saúde. A CONEP entende como livre quando não existe nenhum tipo de limitação a influenciar a vontade e decisão do paciente, devendo ser utilizado termos acessíveis e informações pertinentes à pesquisa a ser realizada.
As pesquisas não deverão desatender às normas do órgão competente que se concretiza com a análise dos Comitês de
Ética em Pesquisa e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa criada pela Resolução CNS n 196/96. Além disso, há preocupação sobre a regulamentação do uso de animais para fins científicos e didáticos. Não apenas os animais, mas também o cadáver humano tem sido utilizado como material de ensino por muitos anos e isso levou a sociedade a realizar inúmeros questionamentos. Deve ser seguida a legislação que regula a utilização do cadáver para estudo e/ou exercícios de técnicas cirúrgicas, no entanto, ele deve ser visto como ser humano e não objeto qualquer de uso.
Outra questão de grande relevância é a respeito dos transplantes de órgãos devido à necessidade de doação dos mesmos. A comercialização prevê no Artigo 5 pena de 3 a 8 anos de reclusão e multa para quem remover, post mortem, órgãos, tecidos e partes do corpo humano de pessoas não identificadas. Com um olhar bioético dos relatos acima, uma reflexão pode ser feita na questão da necessidade de obter um banco de dentes de acordo com a lei vigente. De acordo com os princípios bioéticos, a doação sendo realizada de forma consciente, livre e esclarecida respeita a autonomia do paciente.
Conclusão
O Código de Ética Odontológica seria uma forma de normalizar a classe odontológica à qualidade profissional competente principalmente na relação profissional/paciente. Em contrapartida, a bioética unida ao CEO ajuda a Odontologia permanecer no papel de entendimento dos desafios, assegurando os benefícios para a saúde geral, agindo na prevenção e no tratamento das doenças bucais, contribuindo significantemente na qualidade de vida humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
BANDEIRA, A.M.B., WERNECK, J.T., POSTORIVO, R., MEDERIOS, U.V. A visão bioética do Código de Ética Odontológico Brasileiro. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, 71(1): 53-57, 2014.

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