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Patologia Amanda göedert Colo uterino Cervicites: Comuns, causam Leucorréia, podem ser infecciosas ou não Grande maioria das patologias do colo uterino são as Cervicites e a maioria são infecciosas Flora vaginal normal: flora doderlein Hoje em dia alguns tipos de cândida estão sendo considerados da flora normal, pois estão presentes, mas não causam inflamação Espera-se encontrar a flora doderlein no preventivo de mulheres em fase reprodutiva Em mulheres na menopausa não deve ser encontrada a flora doderlein. (meninas pré-púberes também) Patógenos: Aeróbios, anaeróbios, Candida spp. Escherichia coli etc. São IST's que comumente causam cervicites: Clamydia Trachomatis (uma das mais comuns - 40%) - Diagnostica com PCR ou Teste sorológico. Ureplasma, T. vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, HSV2 (herpes genital) e certos tipos de HPV Colo uterino pode ter condições benignas não neoplásicas e neoplasias As cervicites podem ascender e causar endometrites, salpingites, fibroses, DIP e infertilidade secundária O Papanicolau é o melhor exame e o mais acessível para prevenção, e diagnóstico precoce dos cânceres de colo uterino Bethesda 2014 é a classificação feita para normatizar a nomenclatura dos laudos de preventivo. No sus é utilizado a classificação do INCA (muito limitado e não segue a classificação de Bethesda, maioria dos patologistas não gostam) A citologia líquida é uma forma melhor de fazer a análise do preventivo, pois pode remover hemácias e outras coisas que dificultam a análise do esfregaço - não tem no SUS Das alterações de cervicite a mais preocupante é o HPV - característica de formar um halo ao redor do núcleo = coilocitose HPV de baixo risco (6 ou 11) tem a característica de se manifestar só quando há baixa imunidade, podendo ter preventivos normais e outros alterados em alternância HPV: Trichomonas - IST pura: Células escamosas inflamadas, núcleo maior, esses locais com um "borrão" e pedaço mais escuro ao meio é o trichomonas Clamydia - não é mais diagnosticada por preventivo Pólipo endocervical: Benignos, mucosa endocervical Podem causar sangramento, dor na relação sexual Glândulas pode dilatar e formar cistos Epitélio colunar simples secretor que se prolifera Pode te metaplasia escamosa Como é um local de metaplasia é suscetível a infecções de HPV Histo: Mucosa endocervical, no formato de um pólipo, metaplasia escamosa e processo inflamatório sempre associado Neoplasias de colo uterino: Podem ter Leiomiomas, sarcomas, e etc. MAIORIA de origem epitelial e associado ao HPV, principalmente na zona de metaplasia escamosa (JEC) HPV tem tropismo pelas células escamosas imaturas da zona de transição (JEC) Maioria das infecções por HPV são transitórias As lesões intraepiteliais, percursoras da maior parte dos carcinomas invasivos de colo uterino estão nessa região Captura híbrida: pode ser negativa e ter o vírus, nesses casos pode-se fazer a hibridização in situ (pesquisa da carga viral no epitélio) (O exame de captura híbrida é um exame que pode ser indicado para investigar a infecção pelo HPV, tanto em homens quanto em mulheres.) Fatores de risco: 1ª relação sexual cedo, múltiplos parceiros sexuais, parceiro com múltiplas parceiras, infecção persistente por HPV de alto risco Lesões de alto grau podem não progredir para câncer invasivo Na maioria das vezes vão evoluir para carcinoma As lesões de alto grau pode ser causadas por vírus de baixo grau A coinfecção do HPV com outras IST's aumenta as chances de desenvolvimento do carcinoma Para ter a formação do câncer precisa da integração do DNA do HPV com o DNA da célula (aumento de expressão do E6 e do E7) Lesão intraepitelial escamosa: É o início da carcinogênese, precede carcinoma invasor por anos ou décadas Incidência máxima 30 anos Carcinoma invasivo mais comum aos 45 anos Bethesda mudou a nomenclatura pois era difícil diferenciar o 2 do 3 LIE baixo grau (LIEBG): Antigo NIC1, maioria regride, poucos evoluem para de alto grau LIE alto grau (LIEAG): Antigos NCI 2 3, tendência de persistir mais do que regredir e evoluem para carcinoma. A maior parte não progride, podendo regredir. A evolução do HPV é bem lenta HPV's 6 e 11 são de baixo risco e 16 e 18 de maior risco Grande maioria é assintomática, alterados na colposcopia. Na colposcopia o ácido acético é positivo (Schiller positivo) LIEBG sem tratamento, repetir em 6 meses a colposcopia LIEAG: Biópsia por conização Ambas acompanhamento clínico e citológico Carcinoma INvasivo do colo do útero: Dependendo do quanto invade o estroma pode ser feita uma biópsia por conização CEC - 75% dos casos, pico aos 45 anos (10 ou 15 anos após a LIE) Adenocarcinoma e carcinoma adenoescamosos mistos - 20% Carcinoma neuroendócrino de pequenas células - 5% Os adenocarcinomas vêm do canal endocervical Fatores de risco da progressão do LIE para carcinoma: tabagismo e HIV A única maneira de monitorar o avanço da LIE para carcinoma e carcinoma invasor é por meio do Papanicolau e biópsia Zona de transformação é onde ocorrerão as lesões (na maioria) Histo: células escamosas atípicas em projeções ou grupos que invadem o estroma associadas a desmoplasia. Minimamente diferenciado e bem diferenciados com produção de pérolas córneas Macro: Possível visualizar lesões Útero: O endométrio é a parte que reveste a cavidade uterina (glândulas que respondem a fatores hormonais) Miométrio é o músculo liso, não responde a alterações hormonais Alterações mais comuns no corpo uterino: Sangramentos uterinos anormais (SUA): sangramento uterino disfuncional, por pólipos endometriais, por Leiomiomas, hiperplasia endometrial e o carcinoma endometrial (causa menorragia, metrorragia ou sangramento pós menopausa) Disfuncional: SUA é chamada de disfuncional quando não tem causas orgânicas, Anovulação causada por desequilíbrios no eixo, SOP, anticoncepcionais orais, DIU, distúrbios metabólicos (obesidade, desnutrição) etc. Nenhuma alteração uterina, puramente hormonal Endometrite: Inflamação que pode ser aguda ou crônica, diferente de outras inflamações aqui é caracterizado pela presença de plasmócitos, pode estar relacionada com a DIP, N. gonorrhoeae, Clamydia, Tuberculose, produtos retidos de aborto ou parto, corpo estranho, DIU. Sintomas: febre, dor abdominal, alterações menstruais, risco para infertilidade e gestação ectópica - lesões e cicatrizações no endométrio Adenomiose: Parênquima endometrial dentro do miométrio, ocorre uma hipertrofia do miométrio. Menorragia, dismenorreia e dor pélvica Endometriose: Parênquima endometrial fora do útero 10% das mulheres em período reprodutivo Mais da metade das mulheres com endometriose apresentam infertilidade Multifocal, pode afetar ovários, saco de Douglas, ligamentos uterinos, tubas e septo retovaginal Pode afetar órgãos distantes como intestino, bexiga, pulmões etc. A provável causa é o refluxo/regurgitação do sangue durante a menstruação, uma metástase benigna, células tronco extrauterinas é outra teoria Apresenta-se como nódulos avermelhados, conteúdo “achocolatado”. Massas maiores Alterações cíclicas, fibrose, aderências etc. Lesões proliferativas de endométrio: Hiperplasia endometrial, carcinoma endometrial, pólipos endometriais, tumores do músculo liso - todos causam SUA Pólipo endometrial: Lesões sésseis, pode invadir colo uterino, endométrio semelhando ao da camada basal, muitas vezes com pequenas artérias musculares Glândulas normais podem estar dilatadas Mais recorrente em mulher menopausada Causa SUA Hiperplasia endometrial: Proliferação endometrial exagerada - hiperplasia, percursora do carcinoma de endométrio Com atipias tem risco de progredir para carcinoma de endométrio Pode ser causada por excesso de estrogênio e por tempo prolongado, que é usado normalmente em casos de: obesidade, Anovulação, tumores produtores de estrogênio, SOP Existe a hiperplasia com atipias e sem atipias Sem atipias tem baixo risco de progressão para carcinoma (1-3%) Com atipiasmaior risco de progressão para neoplasia intraepitelial endometrial (20-25%) Inativação gene supressor tumoral PTEN - hiperplasias com atipia (aproximadamente 50%) e em carcinomas endometrioide (superior a 70%) - lesão precursora do carcinoma endometrial do tipo endometrioide. Carcinoma endometrial: Câncer mais frequente no sistema genital feminino 55-65 anos, raro abaixo dos 40 anos Carcinoma endometrioide e seroso são os mais comuns Outros tipos menos comuns: Carcinoma de células claras e o tumor mulleriano misto (carcinossarcoma) Cresce para a luz da cavidade uterina e para o miométrio, quanto mais entrar para o miométrio pior o prognóstico Vários tipos histológicos: Mucinosa, tubária (ciliada) e escamosa Invade miométrio, vasos, metaplasia para linfonodos regionais Metastizam mais lentamente: linfonodos regionais e locais mais distantes Prognóstico para carcinomas serosos é fortemente dependente do estadiamento Leiomioma: Células musculares lisas 30% a 50% das mulheres em idade reprodutiva Mais comum em mulheres negras Várias anormalidades cromossômicas, mas não é maligno Estrogênios, e os ACO, estimulam o crescimento de Leiomiomas Regridem de tamanho pós-menopausa Macro: nódulos de tamanhos variados, benigno, mas se for muito grande pode obstruir intestino, bexiga, ureter e etc Pode causar SUA, principalmente os submucosos Histologicamente é igual ao miométrio Não vira Leiomiossarcomas (maligno) Leimiomossarcoma: Surgem de células mesenquimais do endométrio, maioria são solitários e são mais comuns pós menopausa. Recorrência é comum, faz metástase para os pulmões. A taxa de sobrevida em 5 anos é cerca de 40%. Quanto mais diferenciado pior o prognóstico. Massas necrosas moles e hemorrágicas. Histologia variável. Características diagnósticas: Necrose tumoral, atipia citológica e atividade mitótica
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