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Dureza por Choque – Revisão 04 Profa. Lucia Barbosa Página 1 FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA Centro:________ Disciplina:___________________________ Turma:_______ Data:___/___/___ Aluno(a):____________________________________________ Matrícula:__________________ ENSAIOS MECÂNICOS – DUREZA POR CHOQUE (POLDI E SHORE) 1-6 Dureza Poldi a) Introdução A dureza Poldi pode ser considerada como um método Brinell simplificado e de fácil transporte (portátil). Devido a isto e ao sistema de aplicação de cargas rudimentar e impreciso, é um método onde se obtém apenas uma aproximação do valor exato da dureza do material. No entanto, é um método prático de medição de dureza em peças estáticas de grandes dimensões ou em obras de campo. b) Técnica do ensaio Baseia-se na impressão de uma esfera de aço temperado com diâmetro de 10 mm no corpo de prova ou material a ser ensaiado e em uma barra padrão, simultaneamente, através de uma força por impacto aplicada na parte superior do equipamento. Deste processo resultarão duas impressões: uma no material e outra na barra padrão. Estas impressões são medidas, tendo cada uma duas leituras feitas a 90° uma da outra, e calculados os diâmetros médios das impressões no material e na barra padrão. O valor obtido é levado para a tabela que acompanha o equipamento Poldi e fornece o valor da dureza do material, obtido pela interseção dos diâmetros médios e expresso em kgf/mm2. O kit de dureza Poldi pode ser visto na Figura 1. Normalmente o kit é composto dos seguintes itens: • Tabela de dureza; • Barra padrão 12,5 x 12,5 x 150 mm; • Lupa para leitura da impressão com ampliação de 10X; • Estojo; • Manual de instruções. Figura 1– Instrumento para ensaio de dureza Poldi ���� A título de informação, a tabela traz também valores de resistência à tração para cada valor de dureza. Convém ressaltar que estes valores de resistência à tração são aproximados e não se deve substituir o ensaio de tração pelo ensaio de dureza. Dureza por Choque – Revisão 04 Profa. Lucia Barbosa Página 2 A Figura 2 mostra em detalhe o instrumento Poldi. Figura 2 – Detalhe do instrumento Poldi c) Cuidados no ensaio • A superfície a ser medida deve ser lisa. Superfície rugosa pode absorver o impacto e fornecer um valor de dureza menor que o real; • O impacto sobre a peça causa endurecimento localizado (encruamento) na área do impacto. O impacto só deve ser feito uma única vez sobre o mesmo ponto. d) Vantagens • Equipamento portátil e de fácil utilização; • Possibilidade de medição de dureza em peças de grandes dimensões que não podem ser levadas para medição em laboratório. e) Desvantagens • Ensaio muito sensível ao acabamento superficial da peça ensaiada; • Medições em peças de pequena espessura são sensíveis ao tipo de ensaio; • Peças pouco espessas podem entrar em vibração com o impacto. 1-7 Dureza Shore a) Introdução A avaliação da dureza dos materiais é uma atividade antiga, decorrente da necessidade de saber a resistência que o material oferece. Com a crescente utilização de componentes plásticos e de borracha, tornou-se também necessária a avaliação da dureza nesses tipos de materiais. Entre os ensaios existentes destaca-se o método apresentado na Norma American Society for Testing and Materials ASTM D 2240 (2005), denominado dureza Shore. O método Shore é utilizado para medir a dureza em borrachas, plásticos e materiais com comportamento similar. b) Técnica do ensaio A dureza Shore pode ser definida como a resistência que a superfície do material oferece à penetração de um corpo de forma pré-determinada sob uma carga de compressão definida fornecida por uma mola. A dureza é inversamente relacionada à penetração, conforme pode ser visto na Figura 3 e depende do módulo de elasticidade e do comportamento viscoelástico do material. ���� O valor de dureza é dado pela profundidade de penetração. Dureza por Choque – Revisão 04 Profa. Lucia Barbosa Página 3 Figura 3 – Visualização do método de impressão e leitura da dureza Shore As escalas mais utilizadas são as A e D. A escala A é usada para borrachas “moles ou menos duras” enquanto que a escala D é usada para borrachas mais “duras”.Como os materiais respondem de forma diferente às diferentes escalas, não há correlação entre elas. As leituras/resultados obtidos são adimensionais. A Figura 4 mostra como são obtidos os valores de dureza em um durômetro Shore, onde a leitura da dureza é feita diretamente no mostrador do equipamento. Figura 4 - Valor da dureza Shore apresentada no indicador do instrumento O ensaio de dureza pode ser realizado com auxílio de um suporte, conforme pode ser visto na Figura 5. Figura 5 – Durômetro com suporte Para medição da dureza deve-se proceder como descrito a seguir. • Colocar a massa-padrão na parte superior do suporte conforme o tipo de durômetro a ser utilizado. Para durômetros Shore A a massa-padrão é de 1 kg e para durômetros Shore D a massa-padrão é de 5 kg; • Fixar o corpo-de-prova na base do suporte, acionar a alavanca até o final de seu curso, mantendo-a pressionada pelo tempo de 1 segundo; • Realizar 5 medições em posições distintas no corpo-de-prova e calcular a média. Também é possível realizar o ensaio manualmente, sem a utilização do suporte, como pode ser visto na Figura 6. Neste caso, no entanto, é esperada maior variabilidade entre as medições realizadas. De forma geral, é reconhecido que medidas da dureza abaixo de 20 e Dureza por Choque – Revisão 04 Profa. Lucia Barbosa Página 4 acima de 90 não são confiáveis, sendo então recomendado que o instrumento não seja utilizado nessas indicações. Figura 6 – Utilização de durômetro Shore sem suporte Referências www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6563-o-durometro-shore (acesso em 23/09/2016)
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