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Sabrina-Abreu-1-Resumo-expandido-2011

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SOBRE A PRESENÇA DE ELEMENTOS ERUDITOS E ESTRANGEIROS NA FORMAÇÃO DE 
TERMOS: DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO 
Sabrina Abreu 
UFRGS/PPG-Letras 
spciclone@gmail.com 
Introdução 
 
Em continuação às reflexões realizadas acerca do universo formativo de termos (ABREU, 2010a e 2010b), objetiva-se 
examinar a presença de elementos eruditos e estrangeiros em subconjuntos de unidades terminológicas provindos de 
vocabulários de três domínios especializados
1
:Análise Sensorial Enológica, Biologia Molecular e Hemodinâmica. 
Esses vocabulários fazem parte de terminologias tratadas e armazenadas no Banco de Dados da Língua Geral 
(BDLG), em desenvolvimento no Instituto de Letras da UFRGS. 
Considerando que no esquema proposto por Abreu (2010a, p. 623) o processo de formação denominado „composição 
sintagmática‟ figura tanto no primeiro vetor (Processos Gerais) quanto no segundo (Processos motivados pela 
Variação Terminológica), este trabalho pretende contribuir para aclarar a zona de penumbra que paira sobre o que se 
denomina „composição sintagmática‟ em cada um desses vetores. Para tanto, os objetivos deste trabalho são os 
seguintes: a) examinar a presença de formativos eruditos e estrangeiros na formação de termos simples e de termos 
complexos; e b) apresentar, com base nos resultados obtidos nessas análises, um refinamento do esquema 
representativo dos processos de formação morfológica e morfossintática envolvidos na constituição de termos. Por 
conseguinte, vislumbra-se avançar na descrição dos processos morfológicos e morfossintáticos que compõem o 
esquema geral de formação terminológica apresentado em Abreu (2010a). 
 
1. Tipos de formação de unidades terminológicas (UTs) 
 
Diferentemente das palavras da língua comum, as UTs, em geral, são classificadas em função de sua extensão: aquelas 
que constituem extensionalmente uma única unidade, denominadas unidades terminológicas simples
2
, são descritas na 
literatura especializada como sendo formadas por derivação (prefixação e sufixação) e por composição (justaposição e 
composição sintagmática, vernacular e híbrida). 
Esse entendimento está claramente expresso em L‟Homme (1993) que classifica as UTs em dois grandes tipos: 
 
[...] terme simple servira à désigner les unités lexicales composées d‟une seule entité graphique. Ce premier 
groupe comprend les termes formés d‟une base (ex. ROBINET, CLÉ, MARCHÉ) ainsi que les dérivés, c‟est-à 
dire les termes comprenant un radical et un ou plusieurs morphèmes dérivationnels (ex. MARCHANDIS-
AGE, ANTI-CHAR, NAVIG-ATION, MICRO-ORDINATEUR). Terme complexe será utilisé pour désigner 
les termes constitués de plusieurs entités graphiques séparées par des blancs ou par des diacritiques comme le 
trait d‟union ou l‟apostrophe (ex.: SYSTÉME-EXPERT, POISSON-CLOWN, MEMÓRIE NON 
RÉMANENTE, SERRE-JOINT). (L‟HOMME, 2004, p. 59) (grifos da autora) 
 
Na perspectiva de L‟Homme, os termos simples, além de poderem ser constituídos de apenas uma base livre, 
comportam também termos formados por derivação e por composição, desde que salvaguardada a unicidade 
extensional da forma (“une seule entité graphique”). Nos processos derivacionais, importa o reconhecimento de uma 
raiz, de um radical (raiz+vogal temática) e de afixos, que podem estar antepostos ou pospostos à base ou ocuparem 
ambas as posições. Pode-se deduzir ainda da distinção apresentada por L‟Homme que também figuram entre os 
termos simples aqueles formados por composição erudita, isto é, os compostos por um ou mais radicais (do grego e/ou 
do latim), por elementos de composição (do grego e/ou do latim) e por afixos (do grego e/ou do latim), pois esse tipo 
de termo constitui extensionalmente uma única “entidade gráfica”, isto é, seus componentes não são separados por 
“trait d’union ou l’apostrofe”. 
Ainda com relação à constituição estrutural que um termo simples pode apresentar, L‟Homme afirma que um termo é 
frequentemente reconhecido através de seu sentido composicional. A autora explica que o sufixo de origem grega -ite, 
por exemplo, geralmente se adjunge a um termo-base que denota „partes do corpo‟, acrescentando-lhe o significado de 
„inflação‟: em textos da área da Medicina, por exemplo, encontramos grande quantidade de termos simples derivados 
com esse prefixo (faringite, apendicite, bursite, tendinite, etc.). Os significados de termos simples derivados, também 
segundo a autora, podem ser reconhecidos ainda através da presença de um radical: alerg(o)- está presente em 
 
1 No resumo inicial deste trabalho, estavam previstas as análises de unidades terminológicas dos seguintes domínios: Análise Sensorial Enológica, Biologia 
Molecular, Comércio Exterior e Hemodinâmica. No entanto, não serão aqui examinados os termos do Comércio Exterior, pois, como esse vocabulário é 
constituído de UTs advindas prioritariamente do inglês, a presença de elementos eruditos na constituição de seus termos não se mostrou significativa. 
2 Na língua comum, as palavras simples, ditas primitivas, são aquelas que, não podendo ser decompostas em outros morfemas (ex.: mãe, pai, sol, etc.), servem de 
base para a construção das palavras complexas, também chamadas de derivadas. Tem sido comum o equívoco de se comparar „palavras simples‟ com „termos 
simples‟. Na expressão „termos simples‟, o adjetivo designa os termos primevos, mas também os termos formados por derivação e até alguns formados por 
composição. 
mailto:spciclone@gmail.com
 2 
diversos termos simples derivados que pertencem ao vocabulário da Imunologia, tais como: alergênio, alérgeno, 
alergia, alérgico, alergista, alergização, alergizador, alergizante, etc. (L‟HOMME,2004, p. 107-108) 
Para a autora, os termos complexos, “separados com espaços ou com hífens”, podem se apresentar, coordenados ou 
justapostos, através de diferentes extensões sintagmáticas (L‟HOMME, 2004, p.77). Para Alves (1990), este tipo de 
formação ocorre quando “membros integrantes de um segmento frasal encontram-se numa íntima relação sintática, 
tanto morfológica quanto semanticamente, de forma a constituírem uma única unidade léxica” (ALVES, 1990, p.50). 
Alves afirma ainda que este tipo de termo é frequente nos vocabulários especializados, pois parece haver certa 
indecisão em relação ao termo mais adequado para designar um conceito; nessa perspectiva, os compostos 
sintagmáticos podem vir a ser substituídos por uma base única ou podem cristalizar-se, inserindo-se no léxico da 
língua (Alves, 1990, p.54). Em texto posterior, Alves (1999, p. 72) informa que esse tipo de termo, resultante da 
lexicalização de segmentos frásicos, constitui uma sequência de caráter onomasiológico da disciplina terminológica, 
em que o conceito geralmente precede a criação dos termos correspondente. 
Em um interessante estudo acerca das estruturas morfossintáticas e léxico-semânticas de termos da Dermatologia, 
Barros (2007, p.397-398) distingue termos complexos de termos compostos. A autora reconhece que UTs do tipo 
fundo de reposição do ativo são termos complexos, pois constituem uma sequência lexemática, ou termos 
sintagmáticos; já unidades terminológicas como angio-histiocitoma, separadas por hífen, são classificadas pela autora 
como compostas. Observe, no quadro 1, abaixo, a classificação adotada por Barros (2007): 
 
Quadro 1 
Tipos de termos segundo Barros (2007) 
TIPO DE 
TERMO 
CARACTERÍSTICA EXEMPLIFICAÇÃO FORMAÇÃO 
SIMPLES Unidade terminológica constituída por um único 
lexema, independente do processo de formação 
deste. (p.399) 
Xantogranuloma (p.399) 
 
xant(o)- <gr. Ksanthós, ê,ón „amarelo, amarelado‟ 
+ granul- < lat. Granùlum, i „grão pequeno‟ 
+-oma = „tumor‟(p.399) 
COMPLEXO Unidade formada por composição sintagmática, ou 
seja, por um grupo de lexemas e morfemas 
gramaticais (palavras nocionais e gramaticais) não 
ligadas por hífen, também independente do 
processo de formação dos termos. (p. 399) 
xantogranulomanecrobiótico 
(p.399) 
xant(o)- <gr. Ksanthós, ê,ón „amarelo, amarelado‟ 
+ granul- < lat. Granùlum, i „grão pequeno‟ 
+-oma = „tumor‟ 
 
+ necrobiótico (f. hist. 1877) = 
necr(o)-< [do gr. Nekrós, ou.] El. Comp. = „morte‟; 
„cadáver‟; „os mortos‟; „extinto‟: 
+ bio- do Gr. Bíos, „vida‟ 
+ -ótico <[do Gr. –oitikós.] Suf. Nome. Formador de 
voc. erudito... (p.399) 
COMPOSTO Unidade terminológica formada por dois ou mais 
lexemas que se encontram em situação de não-
autonomia representada graficamente pela 
utilização do hífen. (p.399) 
halo-nevo (p.398) - 
 
Barros esclarece que não inclui entre os termos compostos aqueles formados por aglutinação nem os formados por 
justaposição sem hífen porque considera que tanto os termos simples quanto os lexemas que compõem os termos 
complexos podem ser formados por composição. Nas palavras da autora, “[...] é temerário distinguir de modo 
categórico termos simples, complexos e compostos quando se trata dos tradicionais processos de aglutinação ou 
justaposição sem hífen” (BARROS, 2007, p.400). Nesse sentido, vale lembrar que as regras que regulamentavam o 
uso do hífen foram modificadas no Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Isto significa que o termo 
marcapasso, do vocabulário da Hemodinâmica, seria, no sistema adotado por Barros, classificado como simples; 
entretanto, de acordo com o Novo Acordo, marca-passo deve ser registrado com hífen. Este fato faz com que se torne 
um termo composto, conforme o sistema adotado pela autora. 
Diferenciar entre termos simples (se devem ou não ser circunscritos ao fato de se manifestarem apenas através de uma 
entidade gráfica ou apenas de um lexema), termos complexos (se devem ou não ser circunscritos ao fato de se 
manifestarem através de duas ou mais entidades gráficas separadas por espaços e não ligadas por hífens) e termos 
compostos (delimitados, de acordo com Barros (2007), por serem formados por dois ou mais lexemas separados por 
hífens) não é fácil. Nesse sentido, os dois tipos de classificação mostrados acima evidenciam que critérios como 
„extensionalidade‟ e „presença ou não de diacríticos como hífens‟ parecem não ser suficientes para a tipificação das 
unidades terminológicas. 
O presente trabalho não pretende entrar em confronto com as taxonomias adotadas por L‟Homme (2004) e por Barros 
(2007), as quais parecem indicar que o reconhecimento do tipo de contribuição semântica que elementos eruditos 
podem acarretar tanto na formação de termos simples quanto na dos complexos fundamenta as diferenças entre os dois 
tipos de classificação. Assim, a questão de fundo que faculta a existência de mais de um sistema classificatório para os 
tipos possíveis de termos não parece estar ligada ao fato de que os termos podem se constituir por uma única entidade 
gráfica ou por mais de uma entidade gráfica separadas por espaço, contendo ou não hífens. Ou seja, parece-nos que o 
problema maior não diz respeito à extensionalidade da forma que um termo pode assumir, mas ao fato de que ainda 
 3 
precisamos nos debruçar sob o tipo de contribuição semântica que morfemas, elementos de composição erudita e 
lexemas, de modo geral, legam à formação terminológica. 
 
2. Formativos eruditos: entre a derivação e a composição 
 
 Não raro, observa-se na literatura especializada certa tendência à descrição da constituição estrutural dos 
termos baseada em estreita analogia com os processos gerais de formação de palavras. Em particular, a questão que 
versa sobre a presença de formativos eruditos na constituição de UTs é a mesma referida por vários especialistas 
acerca da formação de palavras, ou seja, a antiga dificuldade que se tem de reconhecer a autonomia semântica de 
certos elementos na estruturação da palavra (v. CORREIA; LEMOS, 2005, p.31-32). Em linhas gerais, os autores 
dizem que, apesar de não apresentarem autonomia sintática, ou seja, não figurarem autonomamente na cadeia 
sintagmática, certos formativos, geralmente prefixos greco-latinos ou elementos de composição neoclássica, 
apresentam autonomia semântica, mas não podem funcionar como uma forma livre. Para esses estudiosos, os 
formativos eruditos são de difícil classificação, pois não se sabe com certeza se participam da derivação prefixal ou de 
processos composicionais. 
 Abaixo, observam-se algumas propriedades que Villalva (1998) e Correia; Lemos (2005) apontam para 
diferenciar entre processo derivacional e processo composicional. 
Quadro 2 
Propriedades da derivação e da composição segundo Villalva (1998) e Correia; Lemos (2005) 
AUTOR PROCESSO DERIVACIONAL PROCESSO COMPOSICIONAL 
VILLALVA3 
(1998) 
 
- constitui unidade que contém afixos. 
- há dois tipos de afixos: derivacionais e modificadores. 
- são os afixos derivacionais que determinam a categoria 
sintática da nova palavra (palavra derivada). 
- são os afixos modificadores que preservam a categoria 
sintática da forma de base (palavra formada por modificação 
morfológica). 
- fazem uso de sufixos tanto a derivação quanto a modificação 
- ocorre prefixação quase exclusivamente no domínio da 
modificação. 
- consiste na concatenação de dois ou mais lexemas. 
- há dois tipos de composição: morfológica e morfo-sintática. 
- constitui composição morfológica os casos em que o primeiro constituinte 
é um radical, ao qual se segue uma vogal de ligação (herb-+i+voro). 
- constitui composição morfo-sintática os casos em que o primeiro 
constituinte é uma palavra flexionada (bomba-relógio – bombas-relógio). 
 
CORREIA; 
LEMOS 
(2005) 
- há apenas uma unidade de significado lexical, a base de 
derivação à qual se junta um afixo, ou dois. 
- é mais regular, pois o número de afixos derivacionais de uma 
língua é um conjunto limitado. 
- é regido por regras que permitem: determinar a categoria da 
base e a do derivado. 
- há afixos que pertencerem a classes delimitadas de unidades. 
- há pelo menos duas unidades de significado lexical, autônomas ou não-
autônomas, previamente existentes na língua, que se unem para formar uma 
nova unidade lexical. 
- dividem-se em dois tipos: a composição morfológica (resulta da 
construção de palavras com unidades não-autônomas, geralmente raízes 
gregas e latinas) e a lexicalização de sintagmas (resulta da lexicalização de 
determinados sintagmas da língua (casa de banho). 
Como se observa no quadro 2, as autoras localizam entre os processos composicionais os compostos morfológicos, ou 
neoclássicos, e os compostos vernaculares, ou morfo-sintáticos, os quais resultam da junção, por justaposição, de 
lexemas da língua. 
No universo terminológico, a questão evidenciada pela presença de formativos eruditos é que UTs como 
ultramicroscópio (ultra- + microscópio)e ultramicroscopia (ultra- + microscopia), entre outras, são também descritas 
tanto como sendo resultantes de derivação prefixal, em função de conterem prefixos latinos ou preposições latinas 
antepostas, quanto como de composição, se entendermos que alguns prefixos eruditos funcionam com autonomia de 
significado, como já acontece com termos formados com o prefixo grego micro-, entre outros. 
Como bem nos ensina Sandmann (1992, p.36), “[...] compostos formados pelo modelo clássico ou estrangeiro, [...], 
têm estrutura igual à das prefixações, isto é DT-DM [determinante-determinado],e são justamente esses que dificultam 
a distinção entre composição e prefixação”. Para o autor, a distinção entre prefixação genuína e composição erudita 
pode ser facilmente percebida nos sentidos expressos pelos prefixos, os quais são capazes de expressar „ideias gerais‟, 
mas não „ideias particulares‟ (SANDMANN, 1992, p.37). Neste trabalho, adotaremos os critérios de Sandmann para 
analisar a presença de elementos eruditos na formação terminológica. Por essa razão, os critérios apontados pelo autor 
estão sumariados abaixo. 
Quadro 3 
Diferença entre prefixação e composição erudita conforme Sandmann (1992) 
PREFIXAÇÃO =+ produtivos, + recorrentes + produção em série COMPOSIÇÃO ERUDITA = menos recorrentes + produção 
restrita 
ESTRUTURA = determinante antecede o determinado (hiper+mercado) ESTRUTURA = determinante antecede o determinado (psico- + -logia) 
SENTIDO = expressam ideias gerais (grande/pequeno ou macro-/micro-, maxi-
/mini-) e relativizáveis (grande e pequeno em relação a) 
SENTIDO = expressam ideias mais específicas e não relativizáveis 
(natalino = ‘relativo ou próprio ao Natal) 
TIPO = (elemento preso) TIPO = (elemento preso) 
EXEMPLOS = pós-, re-, sem-, super-, pseudo-, anti-, maxi-, mini-, micro-, per-
, mega-, macro-, etc. 
EXEMPLOS = vídeo-, radio-, -logo-, psico-, -grafia-, -pedia-, -logia-,etc. 
 
 
3
 *A autora denomina este tipo de processo de “palavras formadas por afixação”. 
 
 4 
Depreende-se de tudo o que se disse até aqui que, em função da autonomia semântica de certos elementos eruditos 
partícipes da formação de determinadas UTs, os processos de típicos de formação terminológica devem ser descritos 
em dois grupos: a) o dos termos simples (abrangendo os primevos e os decorrentes da derivação); e b) o dos termos 
complexos (abrangendo a composição vernacular [marca-passo], a erudita [angiografia =angi(o)- + -grafia], a 
sintagmática [programação da memória] e as híbridas [bioengenharia e ecodoppler]. 
Considerando essas diferentes maneiras como uma UT pode ser formada, a análise que segue tratará 
comparativamente de UTs simples e complexas nos vocabulários já mencionados. 
 
3 - Seleção e organização dos dados 
 
Quantitativamente, estarão em análise 462 UTs, assim distribuídas: 
 
Vocabulário UTS UTC 
 
Entradas 
ocorrências 
Análise 
Organoléptica 
45 198 243 
Biologia Molecular 20 88 108 
Hemodinâmica 11 100 111 
Total 65 386 462 
 
 
A classificação dos dados será feita de acordo com as seguintes categorias: 
 
Termos Simples Termos Complexos 
 Formação estrangeira com ou sem adaptação 
morfofonêmica 
 Formação erudita 
 Derivação prefixação 
 Derivação sufixação 
 Derivação prefixo-sufixação 
 Derivação parassintética 
Composição vernacular 
Composição erudita 
Composição sintagmática 
Composição híbrida 
 
 
4. Resultados preliminares 
Comparando-se a distribuição dos termos simples nos três vocabulários, temos: 
ASE BM HEMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
Exemplos de Termos Simples – ASE 
 
 
 
 
Exemplos de Termos Simples – BM 
 
 
 
Exemplos de Termos Simples - HEMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
Comparando-se a distribuição dos termos compostos nos três vocabulários, temos: 
 
ASE BM HEMO 
 
 
 
 
Exemplos de Termos Compostos: ASE 
 
 
 
Exemplos de Termos Compostos: BM 
 7 
 
Exemplos de Termos Compostos: HEMO 
 
 
 5. Considerações finais 
 
Como dissemos na págna inicial, tendo em vista que no esquema geral dos processos de formação terminológica 
proposto por Abreu (2010a) o processo de formação denominado „composição sintagmática‟ está vinculado tanto ao 
primeiro vetor (Processos Gerais) quanto ao segundo (Processos motivados pela Variação Terminológica), pretende-
se neste trabalho lançar algumas reflexões para diferenciar entre „composição sintagmática, „composição erudita‟ e 
„composição híbrida‟. A partir dessas reflexões, vislumbra-se avançar na descrição dos processos gerais que compõem 
o quadro de formação terminológica apresentada em Abreu (2010a). 
 
Referências 
ABREU, Sabrina. Processos de formação de termos: um breve exercício analítico. In: ISQUIERDO, Aparecida Negri; FINATTO, 
Maria José Bocorny (Org.). As Ciências do Léxico – Lexicologia, Lexicografia e Terminologia. 1 ed. Campo Grande, MS: Ed. 
UFMS, 2010a, v.IV, p.605-624. 
 
 8 
ABREU, Sabrina. Aspectos gramaticais na formação de termos reduzidos. In: ISQUIERDO, Aparecida Negri; BARROS, Lídia 
Almeida (Org.). As Ciências do Léxico – Lexicologia, Lexicografia e Terminologia. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2010b, v. 
V, p. 381-399. 
 
ALVES, Ieda Maria. Neologismo: criação lexical. São Paulo: Ática, 1990. 
 
____. A delimitação da unidade lexical nas línguas de especialidade. In: BASÍLIO, Margarida (Org.). A delimitação de unidades 
lexicais, Série linguagem, Volume Temático 1. Rio de Janeiro: Grypho, 1999. 
 
BARROS, Lídia Almeida. Estruturas morfossintáticas e léxico-semânticas dos termos da Dermatologia. In: ISQUIERDO, 
Aparecida Negri; ALVES, Ieda Maria (Org.). As Ciências do Léxico – Lexicologia, Lexicografia e Terminologia. 1 ed. Campo 
Grande: Ed. UFMS, 2007, v. III, p. 397-407. 
 
CORREIA, Margarita; LEMOS, Lúcia San Payo de. Inovação lexical em português. Cadernos de Língua Portuguesa, 4. Lisboa: 
APP, Colibri, 2005. 
 
L‟HOMME, Marie-Claude. La terminologie: principes et techniques. Montreal: PUM, 2004. 
 
MONTEIRO, José Lemos. Morfologia portuguesa. Campinas: Pontes, 1991. 
 
SANDMANN, Antônio José. Morfologia Lexical. São Paulo: Contexto, 1992. 
 
VILLALVA, Alina. Respostas da morfologia a perguntas dos terminólogos. In: MATEUS, Maria Helena; CORREIA, Margarita 
(Org.). Terminologia: Questões teóricas, Métodos e Projectos (1998).

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