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A Criação das Nações Unidas

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17/04/2023, 20:56 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGIMES E ORGANIZAÇÕES
INTERNACIONAIS
AULA 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17/04/2023, 20:56 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/15
 
Profª Devlin Biezus
CONVERSA INICIAL
O objetivo geral desta aula é analisar a criação das Nações Unidas e a evolução da organização
no período pós-Guerra Fria. Para isso, a aula está estruturada em cinco temas. O primeiro tema
discute o sistema de segurança coletiva após a Segunda Guerra Mundial e suas principais implicações
teóricas. O segundo tema apresenta os principais órgãos que formam as Nações Unidas. O terceiro
tema traz a atuação da ONU durante a Guerra Fria, relacionando o papel da organização com a
conjuntura internacional do período. O quarto tema discute a atuação das Nações Unidas no pós-
Guerra Fria, destacando a evolução e as mudanças da organização. Por fim, o quinto tema apresenta
o debate em torno das reformas políticas das Nações Unidas.
TEMA 1 – O SISTEMA DE SEGURANÇA COLETIVA PÓS-SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL: A CRIAÇÃO DA ONU
A segurança coletiva é uma forma de cooperação entre Estados na área de segurança. Além da
segurança coletiva, outras formas se dão pela formação de alianças e mecanismos de resolução de
conflitos violentos, como mediação e arbitragem, por exemplo. Diferentemente de tais mecanismos,
o objetivo da segurança coletiva não é acessar a causa de guerras e conflitos violentos para
solucioná-los, mas evitar que o uso da força seja empreendido (Herz; Hoffmann, 2004), ou seja, um
mecanismo que funcionasse a priori do desencadeamento de um conflito violento. Nesse sentido, a
segurança coletiva pode ser definida como um sistema “baseado na ideia da criação de um
mecanismo internacional que conjuga compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até
suprimir, a agressão de um Estado contra o outro” (Herz; Hoffmann, 2004, p. 75).
Para que um sistema de segurança coletiva tenha eficácia, ele deveria fornecer meios para os
Estados escolherem a cooperação em detrimento do uso da força e, ao mesmo tempo, ter
capacidade de impor medidas de coerção para os Estados que descumpram o acordado perante à
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instituição. Para isso, o sistema de segurança coletiva deve contar com Estados participantes que
estejam dispostos a apresentar medidas de boicote, intervenções e pressões com o intuito de deter
algum Estado de iniciar uma empreitada militar (Herz; Hoffmann, 2004). A coletividade de Estados
participantes levaria os atores a decidirem racionalmente que o empreendimento militar não seria
vantajoso. Assim, a lógica da segurança coletiva apenas resultaria em medidas eficazes se houvesse
confiança no próprio sistema e uma participação universal dos Estados (Herz; Hoffmann, 2004).
Considerando esse panorama, é possível destacar dois elementos essenciais para o sistema de
segurança coletiva: a universalidade e a racionalidade. A universalidade está relacionada com a
confiança em que os Estados apresentam em relação ao sistema; se alguma potência fica de fora da
organização de segurança coletiva, pode haver maior desconfiança sobre seu funcionamento e
também pode não apresentar vantagens suficientes para os Estados mitigarem o uso da força
internacionalmente. Isso pode demonstrar como os elementos da universalidade e da racionalidade
estão relacionados mutuamente. A racionalidade é o pressuposto em que a segurança coletiva se
baseia porque seu intuito é mudar o cálculo racional dos Estados (Herz; Hoffmann, 2004). Isso
significa que esse sistema busca desenvolver arranjos que facilitem a resolução de conflitos e a
limitação da violência internacional para que os Estados escolham racionalmente cooperar.
Para atingir o objetivo de mitigar os conflitos violentos e as guerras, o sistema de segurança
coletiva estabelece normas em relação ao uso da força. Ao estabelecer essas normas, a segurança
coletiva objetiva subordinar o possível uso da força por um Estado à autorização internacional, isto é,
deve haver consenso sobre quando o uso da força pode ser empregado. Na Carta Constitutiva das
Nações Unidas, essas normas e justificativas sobre quando uma guerra pode ser empregada são
apresentadas.
Assinada em 1945 durante a Conferência de São Francisco, a Carta das Nações Unidas é o
tratado que estabeleceu a organização. Contudo, as bases para surgimento das Nações Unidas já
haviam sido discutidas dois anos antes, na Conferência de Moscou e depois, de Teerã, em 1943
(Nações Unidas, s. d). Nessas conferências, as principais lideranças dos países aliados trataram das
principais questões políticas para o pós-Segunda Guerra Mundial. A Conferência de São Francisco
teve início em abril de 1945 e terminou em 26 de junho do mesmo ano com a assinatura da Carta
Constitutiva. Assim, as Nações Unidas foram fundadas por meio da assinatura de 50 países. A
organização internacional entrou em vigor em 24 de outubro de 1945.
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Em seu artigo 1º, a Carta das Nações Unidas resume seu propósito como uma organização de
segurança coletiva:
Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas
para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e
chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito
internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma
perturbação da paz. (Nações Unidas, 1945).
Nesse artigo, dois elementos são importantes de serem notados. Primeiro, o artigo demostra os
principais meios que as Nações Unidas utilizariam para lidar com ameaças à segurança internacional,
enfatizando a solução de controvérsias e o direito internacional como instrumentos para atingir esse
fim. Contudo, e aqui pode ser colocado o segundo elemento importante desse artigo, é possível
observar que não há definição exata do que a ONU considerou como “medidas efetivas para evitar
ameaças à paz”. Assim, o primeiro artigo da Carta da ONU possui uma característica abrangente, o
que pode ser um empecilho nos momentos em que os Estados devem tomar decisões sobre quais
ameaças seriam consideradas ameaças à segurança internacional.
Em relação à resolução de controvérsias, o artigo 33 da Carta da ONU postula que partes em
conflitos devem buscar resoluções pacíficas, como negociação, inquérito, mediação, conciliação,
solução judicial ou arbitragem (Nações Unidas, 1945). Caso ocorra alguma situação de ruptura da
paz, o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas traz as normas que regem o uso da força perante o
sistema internacional. No artigo 39, é definido o Conselho de Segurança das Nações Unidas,
responsável por determinar a existência de qualquer ameaça à paz. Esse capítulo prevê que o
Conselho de Segurança deve utilizar todos mecanismos não violentos para a resolução do conflito.
Caso não haja resultado positivo, é determinado que o Conselho pode aprovar o uso da força para
preservar a paz internacional (Nações Unidas, 1945).
Na próxima sessão temática, trataremos da estrutura organizacional da ONU, apresentando seus
principais órgãos e também abrangendo o papel do Conselho de Segurança na organização em
relação à sua capacidade de autorizar o uso da força internacionalmente.
TEMA 2 – OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS DAS NAÇÕES UNIDAS
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No Capítulo 3 da Carta das Nações Unidas, os principais órgãos da organização são
estabelecidos: 1) Assembleia Geral; 2) Conselho de Segurança; 3) Conselho Econômico e Social; 4)
Conselho de Tutela; 5) Corte Internacional de Justiça; e 6) Secretariado (Nações Unidas, 1945). A
seguir, as principais funções de cada órgão serão desenvolvidas.
A Assembleia Geral é formada pelos 193 membros que integramas Nações Unidas. Esse órgão é
considerado o mais representativo da organização porque todos Estados-membros possuem o
direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral (Onuki; Agopyan, 2020). A Assembleia
Geral funciona como uma arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional. Ela
também pode funcionar como um corpo legislativo da ONU, pois a aprovação de resoluções pela
Assembleia serve como base normativa para o Direito Internacional (Herz; Hoffmann, 2004). Entre as
principais funções da Assembleia Geral estão: as recomendações sobre questões referentes à
segurança internacional e à paz; a aprovação do orçamento das Nações Unidas; a aprovação da
admissão de novos membros na organização; e as eleições dos membros não-permamentes do
Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela (Onuki; Agopyan,
2020).
Por ser um fórum composto por todos os Estados-membros e todos eles possuírem voto com o
mesmo peso, a Assembleia Geral é um espaço que permite a formação de coalizões de grupos com
interesses convergentes que podem exercer pressão sobre determinadas questões políticas. Um
exemplo é o grupo dos 77, também denominado como G-77, que foi formado em 1964, na
Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, com o objetivo de promover os
interesses dos países em desenvolvimento frente aos países desenvolvidos (Herz; Hoffmann, 2004).
O Conselho de Segurança, por sua vez, tem como objetivo administrar a segurança internacional.
Em situações de ameaças à paz, o Conselho tem a capacidade de negociar, aplicar sanções, investigar
e formar operações de paz. Tais ações visam a mitigar o conflito violento e estabelcer um parâmetro
para sua resolução. O Conselho é composto por cinco membros permanentes, a saber: 1) Estados
Unidos; 2) França; 3) Reino Unido; 4) Rússia e 5) China. Além desses cinco membros permanentes, o
Conselho também é composto por 10 membros rotativos que possuem mandato de dois anos e são
eleitos pela Assembleia Geral (Herz; Hoffmann, 2004). Diferentemente dos membros rotativos, os
membros permanentes possuem o poder de veto na votação sobre qualquer resolução que tange a
atuação do Conselho de Segurança.
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O poder de veto dado aos membros permanentes pode ser considerado uma maneira de
reconhecer e conceder atribuições específicas às potências globais do pós-Segunda Guerra. De
acordo com Herz e Hoffmann (2004, p. 96), a criação de um poder de veto foi uma forma de
assegurar a participação das grandes potências na formação das Nações Unidas, garantindo, assim, o
princípio da universalidade de um sistema de segurança coletiva. O direito ao veto proporciona que o
processo decisório do Conselho apenas funcione de forma unânime, uma vez que um Estado pode
bloquear o processo caso discorde com o resultado de alguma resolução. O segundo ponto
importante em que o Conselho de Segurança diverge da Assembleia Geral é em relação à
obrigatoriedade de suas resoluções. A Assembleia propõe sugestões ou recomendações que podem
ser acatadas ou não. Já as resoluções que tangem possíveis ameaças à paz possuem caráter
obrigatório (Herz; Hoffmann, 2004).
O já citado Capítulo VII da Carta das Nações Unidas é responsável por delinear as bases jurídicas
legais da atuação do Conselho de Segurança, garantindo ao órgão a capacidade de ação quando há
ameaças à paz e à segurança internacional. Aqui, é possível retomar a problemática da abrangência
desse capítulo devido à falta de definição sobre o que se constitui ameaça à paz. Isso porque uma
ameaça à paz não necessariamente se materializaria por meio da violência. Por exemplo, durante a
Guerra Fria, o Conselho declarou como ameaças à paz a política racista da África do Sul e a falta de
legitimidade do governo congolês, em 1960 (Herz; Hoffmann, 2004). No artigo 51 desse capítulo, é
postulado que os Estados possuem o direito de legítima defesa caso ocorra um ataque armado a
algum Estado-membro da ONU (Nações Unidas, 1945).
O terceiro órgão das Nações Unidas citado é o Conselho Econômico e Social (Ecosoc). A
responsabilidade do Ecosoc é redigir relatórios à Assembleia Geral com temas das áreas econômicas,
culturais, educacionais e sociais. O Ecosoc também tem entre suas atividades o monitoramento e a
coordenação de agências técnicas que fazem parte do sistema da ONU, tais como a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo Monetário
Internacional (FMI), a Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (Unesco) e os
órgãos financeiros do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) (Onuki; Agopyan,
2020).
O Conselho Econômico e Social possui 54 membros, distribuídos de acordo com critérios
geográficos. Eles são eleitos pela Assembleia Geral e possuem mandato de três anos. Esse órgão é
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um exemplo de como as responsabilidades das Nações Unidas vão além da segurança internacional,
lidando também com aspectos econômicos e culturais do sistema internacional.
O quarto órgão citado é o Conselho de Tutela. Sua responsabilidade é administrar e monitorar
territórios sob tutela das Nações Unidas ou de outro Estado-membro. Esse órgão foi muito ativo
durante o período de descolonização da África e da Ásia, atuando em países como Camarões, Papua
e Nova Guiné e Somália. Em 1994, o Conselho de Tutela foi desativado e suas operações suspensas
quando a ilha de Palau obteve sua independência (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
O quinto órgão é a Corte Internacional de Justiça (CIJ). A CIJ é composta por 15 juízes eleitos
pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança com mandato de nove anos. A
responsabilidade da CIJ é emitir decisões jurídicas sobre disputas legais entre Estados. O órgão é um
importante ator na resolução pacífica de disputa, por exemplo, podendo atuar quando há
contestações sobre limites territoriais ou marítimos entre Estados (Herz; Hoffmann, 2004).
Diferentemente do Tribunal Penal Internacional, a CIJ não possui capacidade de julgar indivíduos; seu
objetivo é julgar questões referentes ao nível estatal.
Por fim, o sexto órgão citado é o Secretariado e seu principal funcionário é o secretário-geral; a
equipe que forma esse órgão ultrapassa 37 mil funcionários internacionais (Onuki; Agopyan, 2020). O
secretário-geral trabalha como administrador-chefe das Nações Unidas e entre suas
responsabilidades estão a preparação orçamentária da organização e a submissão de relatórios à
Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança sobre diferentes problemas do âmbito internacional. O
mandato do secretário-geral é de cinco anos e pode ser renovado uma vez (Herz; Hoffmann, 2004). O
atual secretário-geral é António Guterres, eleito em 2017; ele já foi primeiro-ministro de Portugal e
atuou no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Onuki; Agopyan, 2020).
TEMA 3 – AS NAÇÕES UNIDAS DURANTE A GUERRA FRIA
As primeiras décadas de atuação das Nações Unidas coincidem com o período da Guerra Fria. É
importante destacar as atividades da organização durante e após a Guerra Fria, pois é possível
perceber a atuação das ONU em dois sistemas internacionais políticos diferentes, o bipolar e o
multipolar.
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A disputa bipolar entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria também se
materializou no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O poder de veto foi amplamente usado
por ambas as potências, causando congelamento nas decisões do Conselho. Devido a essa
paralisação decisória, a Assembleia Geral aprovou a Resolução 377, que previa a atuação da própria
Assembleia em casos de ameaça à paz quando o Conselho estivesse sob impasse devido aos vetos
(Onuki; Agopyan, 2020). A Resolução 377 permitiu que a Assembleia realizasse sessõesemergenciais.
Contudo, suas decisões ainda possuíriam a característica de não ser juridicamente vinculantes. Dessa
forma, o objetivo da Assembleia era demonstrar e defender suas posições políticas formadas pela
maioria dos Estados-membro das Nações Unidas.
Devido ao impasse do Conselho de Segurança desse período, outros espaços institucionais das
Nações Unidas passaram a ser utilizados para contribuir com a resolução pacífica dos conflitos. Um
exemplo-chave disso foi o desenvolvimento das operações de paz das Nações Unidas (Onuki;
Agopyan, 2020). Assim, foram desenvolvidas duas categorias de operações de paz: as de observação
e as de manutenção (Herz; Hoffmann, 2004).
As operações de observação contam com a formação de um pequeno contingente internacional
desarmado; são empregadas em regiões de conflito onde as partes chegaram ao cessar-fogo. Nos
anos de 1947 e 1948, logo após a criação das Nações Unidas, duas operações foram aprovadas pelo
Conselho. A primeira foi empreendida na Grécia com o objetivo de verificar o apoio internacional à
guerra civil grega, r a segunda teve como objetivo monitorar o cessar fogo nas fronteiras de Israel
(Herz; Hoffmann, 2004).
As operações de manutenção da paz, por sua vez, contam com um contingente militar maior do
que as operações de observação. São armadas para a autodefesa e seu principal objetivo é atuar
como força tampão, ou seja, de intercessão entre as partes de um conflito violento. O intuito dessa
ação é amenizar ou estabilizar alguma situação de crise, evitando a escalada do conflito (Herz;
Hoffmann, 2004). A primeira operação de manutenção de paz foi realizada em 1956 durante a Crise
de Suez, no Egito. A operação foi denominada como Força Emergencial das Nações Unidas e teve o
objetivo de assegurar e supervisionar o cessar das hostilidades entre Egito, Reino Unido e França,
bem como o monitoramento da retirada das forças francesas, israelenses e britânicas do território
egípcio (Nações Unidas, 2003).
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As décadas entre 1950 e 1970 marcaram o aumento do número de Estados-membros nas
Nações Unidas. Nos primeiros anos de sua criação, a ONU contava com 60 Estados-membro. Já em
1960, esse número saltou para 99. O aumento pode ser explicado devido ao processo de
descolonização da África e da Ásia (Onuki; Agopyan, 2020). A formação de novos Estados também
alterou a conjuntura internacional do período e passou a abordar questões institucionais dentro das
Nações Unidas. Ainda, a década de 1960 apresentou novas discussões na ONU, as quais iriam além
da questão da segurança, tratando, por exemplo, de desenvolvimento.
O início dessa discussão pode ser evidenciado pelo relatório do então secretário geral do
período, U Thant, denominado como A Década de Desenvolvimento das Nações Unidas: propostas
para ação (E/3613, 1962; Onuki; Agopyan, 2020). O relatório propõe que os Estados-membro das
Nações Unidas e seus cidadãos intensifiquem seus esforços para mobilizar e sustentar o apoio de
medidas requeridas para acelerar o progresso e o crescimento econômico das nações em
desenvolvimento e já desenvolvidas (E/3613, 1962). Nesse sentido, o relatório estabelece que seu
objetivo é atingir um aumento substancial da taxa de crescimento nos países subdesenvolvidos.
A década de 1970, para as Nações Unidas, é denominada como a segunda década do
desenvolvimento. Nesse período, a noção de desenvolvimento da ONU ultrapassou o entendimento
de crescimento econômico, apresentando novos componentes para o conceito. Por exemplo, na
Conferência para a Igualdade DAS Mulheres, Desenvolvimento e Paz, que ocorreu no México, em
1975, foi declarado que o objetivo final do desenvolvimento é alcançar melhor qualidade de vida
para todos – o que significaria não apenas desenvolvimento econômico e recursos materiais e, sim,
ênfase às questões de crescimento cultural, intelectual e moral da pessoa humana (E/CONF.66/34,
1975). Durante esse período, as Nações Unidas expandiram suas discussões acerca do
desenvolvimento, realizando conferências sobre racismo, igualdade das mulheres, leis do mar, água e
meio ambiente. Alguns exemplos dessas conferências são a Conferência sobre o Meio Ambiente
Humano, de 1972, em Estocolmo; a Conferência Mundial sobre População, em 1974; a já citada
Conferência Mundial sobre a Mulher, na Cidade do México, em 1975 e a Conferência Mundial sobre
Assentamentos Humanos (Habitat I), em 1976 (Onuki; Agopyan, 2020).
Diferentemente da década de 1970, a década de 1980 foi marcada por um lento crescimento dos
Estados-membro da ONU e pela revisão de temas que emergiram nas primeiras conferências da
organização, como os direitos humanos. Nesse período, organizações como o Fundo Monetário
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Internacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio deram maior ênfase no tema
do desenvolvimento (Onuki; Agopyan, 2020).
TEMA 4 – AS NAÇÕES UNIDAS NO PÓS-GUERRA FRIA
O final da Guerra Fria foi acompanho por um otimismo internacional sobre o funcionamento das
Nações Unidas. Acreditou-se que o fim da disputa de influência política capitalista e socialista daria
mais autoridade e assertividade sobre a atuação da ONU nos temas de segurança (Lopes; Casarões,
2009). Alguns dos indícios para esse otimismo foi a atuação crescente e de maneira eficaz da ONU
nos conflitos ao final de década de 1980. Por exemplo, a aprovação da resolução do Conselho de
Segurança que garantiu a independência política da Namíbia (1978); a aprovação da resolução do
Conselho de Segurança sobre o fim da Guerra Irã-Iraque (1988); e a intermediação do secretário-
geral das Nações Unidas durante a retirada das forças soviéticas em sua ocupação do Afeganistão
(1988-1989).
Uma das mudanças mais evidentes sobre a atuação da ONU (principalmente de seu Conselho de
Segurança) após a Guerra Fria foi o descongelamento da aprovação de resoluções. Desde a sua
criação até 1985, o Conselho de Segurança havia aprovado 580 resoluções. Em 1995, esse número
quase dobrou, saltando para 1.035 resoluções e, em 2005, a quantidade era de 1.651 resoluções
aprovadas (Lopes; Casarões, 2009). Esses números demonstram um aumento excepcional nas
aprovações de resoluções do Conselho de Segurança. Assim, o final da disputa bipolar contribuiu
com a diminuição da aplicação do poder de veto dos Estados Unidos e da Rússia.
A nova conjuntura internacional propiciou não apenas o descongelamento do Conselho de
Segurança, mas também uma nova percepção sobre conflitos internacionais. Desde o final da
Segunda Guerra, os conflitos entre Estados se tornaram menos recorrentes e os conflitos dentro dos
Estados se constituíram como os mais recorrentes no sistema internacional (Kemer; Pereira; Blanco,
2016). Nesse sentido, a demanda para operações de paz aumentou e o escopo de atividades dessas
operações também aumentou (Onuki; Agopyan, 2020). Essa mudança de escopo pode ser
evidenciada pela divulgação do relatório denominado Uma Agenda para a Paz, apresentada pelo
então secretário-geral, Broutos Ghali. A importância desse relatório se dá por ser o primeiro
documento das Nações Unidas que institucionaliza operações de paz, apresentando instrumentos em
que o objetivo é mitigar e solucionar conflitos violentos.
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Concomitante a esse cenário de aumento do escopo de operações da paz, a década de 1990 foi
palco de guerras civis e internacionais que colocaram em questionamento a eficácia de
funcionamento da ONU. Por exemplo, as guerras civis de dissolução da ex-Iugoslávia e de Ruanda
tiveram como consequência massacres e genocídios. Isso desgastou a imagem das Nações Unidas
perante o sistema internacional e a opinião pública, que questionava a razão de a organização não
ter atuado para evitar esses genocídios. A participação da ONU nas guerras da ex-Iugosláviase deu
principalmente pelo empreendimento de forças militares na região e pela aplicação de sanções
internacionais à Sérvia (Lopes; Casarões, 2009). Contudo, essa atuação não foi o suficiente para
mitigar o conflito. No caso da guerra civil de Ruanda, os membros das Nações Unidas foram
criticados devido à sua indiferença perante o genocídio (Lopes; Casarões, 2009).
Além dessas guerras civis, um conflito internacional que também chamou a atenção sobre as
ações das Nações Unidas foi a invasão do Kuait pelo Iraque, em 1990. Essa invasão antecedeu a
Guerra do Golfo (1990-1991) e consistiu na invasão do Kuait pelas forças de Saddam Hussein com o
objetivo de anexar o país como território iraquiano. Após a invasão, o Conselho de Segurança agiu
rapidamente, aprovando 12 resoluções sobre a crise entre o período de 2 de agosto e 29 de
novembro (Lopes; Casarões, 2009). Entre as sanções, estavam embargos navais e de armamentos e,
em novembro, o Conselho aprovou o uso da força para conter as forças iraquianas. Apesar dessa
rapidez de agir ter sido elogiada internacionalmente, o que se questionou foi a relação entre os
Estados Unidos e o Conselho de Segurança. Nesse caso, a crítica foi relacionada à atuação dos
Estados Unidos na Guerra do Golfo, que pode ser entendida como um posicionamento que se
sobressaiu à atuação do Conselho (Lopes, Casarões; 2009). Segundo Lopes e Casarões (2009, p. 22),
isso se deu devido ao distanciamento do Conselho sobre os procedimentos prescritos no Capítulo VII
das Nações Unidas, uma vez que os Estados Unidos possuíam o controle dessas operações militares.
Em conjunto com tais questões securitárias e de conflito, a década de 1990 marcou um novo
entendimento das Nações Unidas sobre o desenvolvimento – tema já presente na instituição desde
décadas anteriores. Esse novo entendimento teve como base o conceito do desenvolvimento
humano, cujo conceito cunhado por Amartya Sem traz uma visão ampla e multidimensional que
abrange questões como direitos humanos, desenvolvimento sustentável e igualdade de gênero
(Onuki; Agopyan, 2020). É com base nesse contexto que as Nações Unidas passam a utilizar o Índice
de Desenvolvimento Humano em seu Programa para o Desenvolvimento (Pnud).
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Como demonstrado, a década de 1990 não apenas trouxe novos temas para debate nas Nações
Unidas, mas também apresentou desafios sobre a atuação e a eficácia da organização. Nesse sentido,
os debates acerca de uma reforma na instituição se tornaram mais evidentes. No próximo tema,
contextualizaremos a questão sobre a reforma da ONU e os principais argumentos dos países
membros que a defendem.
TEMA 5 – O DEBATE SOBRE AS REFORMAS NAS NAÇÕES UNIDAS
As Nações Unidas, na década de 1990, já contavam com 150 Estados-membro. Considerando os
15 membros que formam o Conselho de Segurança, o Conselho conta com menos de 10% de
representação de todos os membros (Onuki; Agopyan, 2020). Ainda, a conjuntura internacional pós-
Guerra Fria foi muito diferente daquela do pós-Segunda Guerra, quando os membros permanentes
do Conselho de Segurança foram escolhidos, o que resultou no debate do aumento de membros
permanentes no Conselho de Segurança.
Algumas das potências que argumentam que deveriam ser parte dos membros permanentes do
Conselho são Alemanha e Japão (Onuki; Agopyan, 2020). Os dois países saíram perdedores da
Segunda Guerra Mundial, sendo também importantes esferas de influência durante a Guerra Fria. O
crescente desenvolvimento econômico desses Estados e suas atuações no sistema internacional são
utilizados como justificativas para entrarem como membros permanentes. O Brasil e a Índia também
são países que criticam a atual formação do Conselho de Segurança e que também buscam pleitear
sua entrada como membros permanentes. Além dessa questão, o poder de veto também é tema de
debates entre os Estados-membro. Entre as discussões existentes, está a sugestão de limitar o poder
de veto em temáticas pré-determinadas com intuito de evitar a paralização do Conselho (Onuki;
Agopyan, 2020).
O número de membros permanentes e o poder de veto são discussões difíceis de apresentar
algum consenso entre os Estados-membro. Essas reformas são questões complexas que demandam a
aprovação da Assembleia Geral. De acordo com a Carta das Nações Unidas, qualquer alteração
estrutural no Conselho de Segurança deve ser aprovada como uma emenda à Carta da ONU, assim,
exigindo a aprovação de 2/3 dos membros da Assembleia Geral e dos membros permanentes do
Conselho (Onuki; Agopyan, 2020).
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Com o intuito de lidar com essas demandas, em 1994, foi criado o Grupo de Trabalho sobre
Representação Equitativa e Expansão do Conselho de Segurança, responsável por apresentar
relatórios à Assembleia Geral sobre pautas acerca da discussão da reforma da organização. Contudo,
apesar de o grupo existir há mais de duas décadas, não houve nenhum andamento sólido em relação
a tais reformas (Onuki; Agopyan, 2020).
Como mencionado, o Brasil está entre os Estados que pleiteam uma reforma no Conselho de
Segurança. Para isso, o país se apresenta como um jogador importante no cenário internacional,
participando de conferências e destacando sua participação internacionalmente. É possível destacar
três áreas temáticas em que o Brasil buscou maior protagonismo e mudou suas posições de modo a
aderir a um maior multilateralismo diplomático. Esses temas são: meio ambiente; direitos humanos; e
desarmamento.
A conferência do meio ambiente, de 1992, por exemplo, foi uma maneira de o Brasil agir de
maneira positiva diplomaticamente e estabelecer sua alteração de posicionamento sobre as questões
de mudanças climáticas. Isso porque, desde as décadas de 1970 e 1980, predominava na política
brasileira a ideia de que desenvolvimento e proteção ambiental seriam incompatíveis. Esse
posicionamento se modificou e, em 1992, o Brasil defendia o equilíbrio entre proteção ambiental e
desenvolvimento (Herz, 1999).
No campo dos direitos humanos, o Brasil também demonstrou maior participação após o fim da
Ditadura Militar. Em 1985, a Conferência de Viena foi o marco que representou a mudança da
postura brasileira acerca desse tema. Neste ano, o Brasil assinou três tratados sobre proteção de
direitos humanos: a Convenção Americana e dois pactos das Nações Unidas (Herz, 1999).
Em relação ao desarmamento e à não proliferação de armas nucleares, o Brasil teve papel ativo
no desenvolvimento de um regime na América Latina (Herz, 1999). Em 1994, o tratato de Tlatelolco
foi assinado e o Brasil entrou no regime de controle de tecnologia para mísseis nucleares (Herz,
1999). Em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o país aderiu ao Tratado de Não
Proliferação de Armas Nucleares, principal acordo internacional que trata da nuclearização
internacional.
Os posicionamentos destacados acima podem ser interpretados como uma investida
diplomática brasileira para ter maior destaque na política internacional. Segundo Herz (1999, p. 93),
essa atuação pode ser percebida como tentativa de construir uma estratégia de inserção
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internacional e, assim, buscar legitimidade da cantidatura brasileira a um assento permamente no
Conselho de Segurança. Desde o governo de Itamar Franco, o Brasil argumenta que a composição do
Conselho deve refletir as mudanças do sistema internacional, dando destaque à participação dos
países em desenvolvimento na política internacional. Para poder sustentar esse argumento, o Brasil
se mostrou como um país com forte herança diplomática como mediador internacional, tendo
participação ativa nos fóruns multilaterais (Herz, 1999).
NA PRÁTICA
Em 2015, as Nações Unidas divulgaram a Agenda 2030, trazendo 17 pontos para um
Desenvolvimento Sustentável (Objetivos de DesenvolvimentoSustentável). Pesquise quais são esses
objetivos e reflita sobre a relação da promoção de um desenvolvimento sustentável com o papel da
ONU de assegurar a paz internacional. Para isso, acesse o site https://nacoesunidas.org/pos2015/age
nda2030/.
FINALIZANDO
O intuito desta aula foi tratar do papel das Nações Unidas no regime de segurança coletiva
internacional. Assim, observamos os pressupostos teóricos que fundamentam o surgimento da
organização, dos principais órgãos que formam as Nações Unidas, das mudanças na atuação da
organização durante e após a Guerra Fria e, por fim, os argumentos sobre a reforma da organização.
REFERÊNCIAS
E/3613. General Assembly. 17th Session, Official Records, 2nd Committee, 808th Meeting,
Wednesday, 17 oct. 1962, New York. Disponível em:https://digitallibrary.un.org/record/860374.
Acesso em: 07 abr. 2020.
E/CONF.66/34. Report of the World Conference of the International Women's Year, 19 jun. -
2 jul. 1975, Mexico City. Disponível em https://digitallibrary.un.org/record/586225. Acesso em: 07 abr.
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KEMER, T.; PEREIRA, A. E.; BLANCO, R. A construção da paz em um mundo em transformação: o
debate e a crítica sobre o conceito de peacebuilding.Revista de Sociologia e Política, v. 24, n. 60, p.
137-150, 2016.
LOPES, D. B.; CASARÕES, G. S. P. ONU e segurança coletiva no século XXI: tensões entre
autoridade política e exercício efetivo da coerção.Contexto Internacional, v. 31, n. 1, p. 9-48, 2009.
NAÇÕES UNIDAS. First United Nations Emergency Force (UNEF-I). Department of Public
Information, 2003. Disponível em: https://peacekeeping.un.org/en/mission/past/unefi.htm. Acesso
em: 27 fev. 2020.
HERZ, M. O Brasil e a reforma da ONU.Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n. 46, p. 77-98,
1999.
HERZ, M.; HOFFMANN, A. R. Organizações Internacionais – história e práticas. Rio de Janeiro:
Ed. 2004.
ONUKI, J.; AGOPYAN, K. K. Organizações Internacionais. Curitiba: Editora Uninter, 2020.

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