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PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA 2020 Profª. Vanessa Moura de Souza GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Para o ensaio de compressão, calcule a deformação verdadeira (ϕz = ϕh) e a deformação relativa (εz), sendo h0 = 20 mm e h1 = 10 mm, com um diâmetro inicial igual a 15 mm (d0 = 15 mm). Calcule, tam- bém, a deformação nas outras duas direções principais e a deforma- ção equivalente. R.: 2 Para o ensaio de compressão de um corpo cilíndrico, calcule a ve- locidade no início e no final do ensaio, e a velocidade de deforma- ção média do ensaio realizado. A velocidade de deformação média é dada por │ϕh│ / t. 3 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA 3 Um corpo de forma geométrica cilíndrica, com dimensões h0 = 30 mm e d0 = 20 mm, é submetido a uma compressão sem atrito. O dia- grama mostra um registro da força x deslocamento. a) Qual é o valor da tensão de escoamento inicial após o término do teste? R.: 4 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA b) Qual é o valor da deformação equivalente de acordo com Tresca e com von Mises? R.: Deformação equivalente: 5 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA TÓPICO 2 1 Para trefilar um arame com diâmetro inicial de 7 mm até o diâ- metro final de 6 mm, determine o número mínimo de passes ne- cessários para executar o processo. Por simplificação, considere as reduções sempre iguais em cada passe. Dados: • Diâmetro da bobinadeira de 400 mm. • Rotação da bobinadeira fixa em 300 rpm. • Material do arame: CK 10 (DIN) – 216,0740 ϕ⋅=fk e MPak f 2600 = . • Coeficiente de atrito (μ) na interface fieira/material igual a 0,06. • Semiângulo (α) da fieira na região de trabalho igual a 9°. a) Calcule a força de trefilação e a potência em cada passe utilizando a formulação de Siebel. R.: O cálculo das velocidades será necessário para determinar a po- tência: 6 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA O cálculo das deformações será necessário para determinar a resis- tência ao escoamento do material à medida que este se deforma: 7 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA b) Calcule o grau de esforço em cada passe e diga se é possível rea- lizar as reduções. 2 Trefilação é um processo de conformação para a fabricação de fios, eixos, tubos etc. Pode ser realizada pela passagem da matéria-prima através de uma fieira, reduzindo, assim, seu diâmetro e aumentan- do o seu comprimento. Para que isso ocorra sem danos à superfície do material e à ferramenta, é necessária a lubrificação. Defina o que é essa etapa e seus principais objetivos. 8 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA R.: Lubrificação é a interposição entre duas superfícies em contato de uma camada de material com resistência ao cisalhamento mais baixa. Existem três tipos básicos de lubrificação: lubrificação seca, líquida e limite. O objetivo é formar uma camada de lubrificante entre o ma- terial e a fieira, a fim de diminuir a força necessária para trefilar e, assim, conseguir trefilar o arame sem romper e sem riscar sua super- fície, e diminuir o desgaste da fieira, aumentando o tempo de duração sem a necessidade de troca. TÓPICO 3 1 Uma tira (400 mm de largura e 2,5 mm de espessura) é laminada com tração (F = 250 kN). A resistência ao escoamento da tira é de 500 N/mm2. Qual é a pressão da laminação necessária, desconsiderando o atrito e empregando a teoria de escoamento de Tresca? Com um raio do cilindro de laminação de 300 mm e sem variação na largura da tira, calcule a força de laminação, desconsiderando, também, o achatamento do cilindro. 9 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA 2 Forjamento é o processo de conformação que molda uma peça por meio do martelamento ou prensagem de um billet. A ferramenta utilizada se chama matriz. Dentro desse contexto, descreva quatro mecanismos de falhas de matrizes. R.: Desgaste abrasivo: é a perda do material superficial de uma su- perfície sólida decorrente de ações mecânicas. É o tipo mais comum de desgaste causado, basicamente, pela diferença de dureza entre a superfície da peça e a superfície da matriz e da rugosidade. Fadiga mecânica: decorre de uma degeneração progressiva e localiza- da na microestrutura quando o material é submetido a um carrega- mento cíclico. Fadiga térmica: normalmente encontrada em matrizes de forjamento à quente em regiões onde existe um longo tempo de contato entre a peça sendo forjada e a ferramenta. Deformação plástica: deformação permanente da superfície da ferra- menta em decorrência de tensões maiores do que a tensão de escoa- mento do material. UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Fresagem é um processo mecânico de usinagem destinado à ob- tenção de quaisquer superfícies, com o auxílio de ferramentas, ge- ralmente, multicortantes. Existem três métodos diferentes de fre- sagem: movimento discordante, concordante e combinado. Cite e explique cada um deles. R.: • Movimento discordante: o movimento de avanço pode levar a peça contra o movimento de giro do dente da fresa. • Movimento concordante: quando o movimento da peça é no mesmo sentido do movimento do dente da fresa. 10 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA • Movimento combinado: ocorre quando a fresa tem seu eixo dentro do campo de corte da peça. Assim, uma parte do corte ocorre em fre- sagem concordante e, a outra, em discordante. 2 O engenheiro de uma empresa precisa calcular o desbaste de um canal com uma fresa de topo de aço rápido de seis dentes, com diâ- metro de 40 mm, em um bloco de aço liga e Vc de 30 mm/min. Defina o RPM (n) e o avanço (a) da mesa a serem regulados na fresadora ferramenteira do laboratório de usinagem. TÓPICO 2 1 Coordenadas absolutas são as que se relacionam sempre com um ponto de referência fixo no desenho. Realize as coordenadas abso- lutas da peça a seguir: 11 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA R.: R.: Eixo X Eixo Y Ponto 1 20 35 Ponto 2 50 60 Ponto 3 70 20 Eixo X Eixo Y Ponto 1 20 35 Ponto 2 30 25 Ponto 3 20 -40 2 No sistema de coordenadas incrementais, a origem é estabeleci- da em cada movimento da ferramenta. Desenvolva as coordenadas dentro desse sistema, conforme o exposto a seguir: 3 A programação de CNC exige o conhecimento das normas e das funções existentes. Dentro desse contexto, realize a programação da peça a seguir: 12 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA R.: Ponto A B C D E F G H X 3 7 7 11 16 16 18,7 18,7 Z 0 -2 -5,5 -7,5 -10 -59 -18 -30 13 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA TÓPICO 3 1 Corte é um processo de separação ou remoção de materiais, que pode ser convencional, em alta velocidade ou corte fino. Existe algu- ma norma que classifica esse processo? R.: Sim, o processo de corte de chapas é classificado conforme norma alemã na DIN 8580. 2 Laser é a amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. É um sistema que produz um feixe de luz coerente e concentrado por meio de estimulações eletrônicas, sendo o mais avançado pro- cesso tecnológico para corte térmico. Quais são as vantagens e as desvantagens desse processo? R.: Vantagens: • Alta precisão. • Excelente qualidade da superfície cortada. • Níveis mínimos de deformação. • Mínima zona termicamente afetada. • Pouca perda de material. • Alta velocidade de corte. • Extrema versatilidade de processar diversos tipos de materiais. • Sistema automatizado, que possibilita o corte de figuras geométri- cas complexas. Desvantagens: • Alto investimento inicial na compra do equipamento. • Alto custo de manutenção do equipamento (lentes, lâmpadas). • Necessidade de capacitação dos operadores e programadores. • Qualidade dos gases utilizados. • Assistência técnica. 14 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 O processo de metalurgia do pó é inovador e utiliza matéria-prima em pó, otimizando, assim, o seu uso. É versátil, pois se adapta a di- versos tipos de matrizes. Dentro desse contexto, descreva as etapas desse processode fabricação. R.: • Obtenção dos pós. • Mistura. • Prensagem do pó. • Sinterização. 2 A peça fabricada por metalurgia do pó apresenta bom acabamento superficial e adequadas tolerâncias dimensionais, porém, algumas características devem ser conhecidas e controladas. Quais são essas características? R.: Distribuição e tamanho da partícula; formato da partícula; porosi- dade; estrutura da partícula; densidade aparente; compressibilidade; composição química; e pureza. TÓPICO 2 1 Por não haver limites para a confecção de formas de moldes e con- juntos fundidos, a fundição é considerada o processo com a maior liberdade de formatos disponíveis. Nesse contexto, descreva aplica- ções de peças fundidas. R.: Pequenas peças com poucas gramas, como joias, até aquelas com dezenas de toneladas, como turbinas para hidroelétricas, peças de navio e potes de escória, podem ser produzidas por fundição. São exemplos: eletrodomésticos, como carcaça de motores, componentes de compressores, peças injetadas e outros componentes; na parte elé- 15 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA trica, carcaças de proteção em equipamentos e componentes, carcaça de motores; na indústria, carcaças e peças de máquinas como torno, fresas, furadeiras, plainas; em saneamento e água para cidades, os tubos fundidos de grande porte, as válvulas, as conexões, as tampas e a estrutura de bueiros e as portas de acesso, os equipamentos de pro- teção; peças automotivas; peças aeroespaciais; brinquedos; peças de informática; utilidades domésticas; ourivesaria; peças de decoração; artes plásticas; e peças para a área médica; entre outras. 2 Fundição é a fabricação de peças metálicas por meio do preenchi- mento, com metal líquido, de um molde cuja cavidade apresenta dimensões similares às da peça que se deseja produzir. Quais são as etapas para obtenção de uma peça fundida? R.: • projeto da peça; • projeto do modelo; • confecção do modelo; • confecção do molde; • fusão do metal; • vazamento do molde; • limpeza e rebarbação; • controle de qualidade. 3 O molde é o espaço que utilizamos para inserir o metal-líquido e modelar a peça. Para a moldagem, precisamos da areia como supor- te para as peças. Essa areia é chamada de areia de moldação. Classi- fique os tipos de areias de fundição. R.: As areias de fundição podem ser classificadas quanto: • à origem: natural, semissintética ou sintética; • ao uso: nova ou reciclada; • ao emprego: areia de moldagem e areia de macho; • ao estado de umidade: úmida (verde) ou seca (estufada). 16 PRÁTICAS DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA TÓPICO 3 1 Estampagem é um processo de conformação que utiliza uma ma- triz e uma matéria-prima para produzir produtos de maneira rápida e eficiente. O que caracteriza os processos de estampagem? R.: O processo é caracterizado por utilizar matérias-primas de espes- suras finas, como chapas e tubos. 2 A estampagem é utilizada em diversos segmentos na área da en- genharia mecânica, desde peças simples até as mais complexas. O controle de qualidade deve ser igualmente rígido. Dentro desse contexto, quais são as características desejáveis de chapas destina- das à estampagem na indústria automobilística? R.: Boa resistência; boa estampabilidade; acabamento superficial óti- mo; boa resistência à corrosão. 3 A seguir, são listados diversos itens do processo de estampagem. Para cada item, cite os principais parâmetros relacionados a esse processo. • Parâmetros tecnológicos. • Material. • Equipamento. • Ferramental. R.: Parâmetros tecnológicos: força, energia, deslocamento e velocida- de. Material: tensão e microestrutura. Equipamento: velocidade da punção, profundidade, força e desloca- mento. Ferramental: fixação, temperatura e deformação.
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