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Teorias demográficas 12C

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Teorias demográficas
As teorias demográficas têm como principal objectivo a análise da evolução das populações no decorrer do tempo, identificando os factores socioeconómicos que interferem no seu crescimento e quais são os impactos desse processo no meio.
Algumas teorias populacionais são bastante pessimistas e alarmistas no que diz respeito à relação entre crescimento demográfico e a disponibilidade de alimentos e recursos naturais, como as teorias malthusiana e Neomalthusiana.
As principais teorias demográficas são: a malthusiana, a Neomalthusiana, a reformista e a transição demográfica.
Essas teorias são instrumentos utilizados para o crescimento da população. Entre os factores considerados estão o crescimento natural ou vegetativo e a taxa de migração.
Outras apontam o crescimento como consequência do subdesenvolvimento, como a teoria reformista. Já a teoria da transição demográfica prevê a estagnação do crescimento populacional ao fim de diferentes fases de transformação, o que acontece em momentos distintos nos países. 
Teoria malthusiana
A teoria malthusiana foi publicada, pela primeira vez, no ano de 1798 pelo economista e clérigo britânico Thomas Malthus (1766-1834), e por isso recebeu esse nome. Ela foi desenvolvida mediante as observações realizadas por Malthus do crescimento populacional em curso na Inglaterra, em um contexto de Primeira Revolução Industrial, e também nos Estados Unidos. É considerada uma teoria bastante pessimista, que relaciona o acelerado e constante crescimento da população mundial com a escassez de recursos e a fome.
De acordo com a teoria malthusiana, a população e a oferta de alimentos crescem em ritmos desproporcionais. Enquanto a população cresce seguindo uma progressão geométrica (2, 4, 16, 32, 64…), a produção de alimentos se expande em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10…), seguindo, portanto, um ritmo mais lento. 
A teoria malthusiana acredita que a população mundial dobra a cada período de 25 anos, enquanto não há capacidade da terra de produzir alimentos em ritmo suficiente para suprir essa demanda.
Além de desconsiderar os progressos técnicos que promoveriam um aumento da capacidade produtiva dos solos em todo o mundo, bem como os avanços na medicina, as soluções propostas por Malthus para evitar a miséria generalizada prevista por sua teoria geraram muitas críticas. 
Para conter o ritmo acelerado do crescimento populacional, Malthus, pautado na sua formação religiosa, acreditava na necessidade de um controle de natalidade, que chamou de “controle moral”. Esse controle não deveria ser feito pelo uso de métodos contraceptivos, mas pela abstinência sexual ou adiamento de casamentos. Vale ressaltar que esse controle foi sugerido apenas para a população mais pobre. Segundo ele, era necessário forçar a população mais carente a diminuir o número de filhos.
Por que a teoria de Malthus não se concretizou?
Malthus enganou-se:
Como ele fez sua análise do crescimento populacional em um espaço geográfico limitado, com uma população predominantemente rural, ele atribuiu a todo o mundo a mesma dinâmica. Contudo, Malthus não previu que a Revolução Industrial seria capaz de mudar todo o cenário mundial, inserindo no meio rural novas técnicas, as quais impulsionariam a produção agrícola e consequentemente aumentariam a oferta de alimentos.
A população não cresceu em ritmo de progressão geométrica, portanto, não dobrou a cada 25 anos. A modernização tecnológica conseguiu ampliar o desenvolvimento do cultivo das terras, fazendo com que a produção de alimentos fosse suficiente, chegando então a uma progressão geométrica. Assim, a fome e a miséria não poderiam ser atribuídas à incapacidade produtiva de alimentos, como Malthus acreditava, mas sim a sua má distribuição.
Críticas à Teoria Malthusiana
A Teoria Malthusiana foi bastante criticada por ser considerada pessimista e cruel, pois Malthus acreditava que a humanidade estava fadada a viver na miséria. Também acreditava que era necessário dar fim aos programas de assistencialismo, visto que essa ajuda amenizaria os problemas enfrentados pelas camadas mais pobres e estimularia o aumento da natalidade. Era preciso também, de acordo com Malthus, que fosse controlada a reprodução das camadas da população mais carentes por meio de abstinência sexual e casamentos tardios.
Essas ideias começaram a ser refutadas em meio a um fenómeno que ficou conhecido como explosão demográfica. Os países desenvolvidos começaram a apresentar elevadas taxas de natalidade, aumentando então os estudos a respeito desse fenómeno. Assim, outras teorias demográficas surgiram, reavivando, reformulando ou refutando a teoria malthusiana.

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