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Anatomia Humana Prática Ciclo 3

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
LICENCIATURA 
 
 
RAFAEL AUGUSTO DE OLIVEIRA 
R.A. 8141427 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA O APARELHO 
LOCOMOTOR DOS PACIENTES COM HIPERTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVINÓPOLIS MG 
2021 
 Trabalho apresentado na disciplina 
Anatomia Humana, ministrada pelo Prof. Edson 
Donizetti Verri, do curso de Educação Física – 
Licenciatura (EaD) do Claretiano – Centro 
Universitário. 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 A hipertensão arterial (HA) é um problema proveniente da escassa saúde pública no Brasil, 
pelo fato de apresentar a ocorrência de alta prevalência fazendo com que milhares de pessoas 
estejam mais aptas a desenvolverem doenças cardiovasculares. Com o envelhecimento normal das 
artérias há determinadas mudanças cardiovasculares, confirmando que as alterações fisiológicas 
deste envelhecimento é o principal fator de risco para o descontrole da pressão arterial. Outros 
fatores de risco como excesso de sal na comida, ingestão de bebidas alcoólicas, fumo e obesidade 
também contribuem para o desencadeamento da doença e servindo como forte indício para o 
aumento da prevalência em muitos indivíduos, principalmente a falta de exercícios físicos. 
 Assim, o tratamento da (HA) deve-se concentrar em hábitos de vida mais saudáveis, além de 
acompanhamento frequente de profissionais especializados em várias áreas da saúde para a 
identificação dos melhores métodos para o tratamento da mesma. O exercício físico quando 
mantido de forma frequente permite que o corpo humano disponibilize respostas fisiológicas mais 
consistentes provenientes das adaptações autonômicas e hemodinâmicas que interferem no sistema 
cardiovascular do indivíduo, consequentemente oferecendo maiores benefícios no controle da 
pressão arterial. 
 As atividades físicas melhoram a capacidade funcional e ainda o consumo de oxigênio em 
pessoas que sofreram infarto ou não, ou em pacientes com hipertensão arterial, auxiliando no 
aumento do volume sistólico e também aumentando a diferença arteriovenosa de oxigênio, ou seja, 
influência nessa passagem. Todo esse processo pode variar de acordo com cada paciente e com seu 
tipo de treino. Segundo o aumento da capacidade de metabolização do oxigênio durante o exercício 
em pacientes coronariopatas e hipertensos, com pelo menos três meses de treino chega a 60% o que 
mostra a importância da atividade física em todos os sentidos. Para iniciar um programa de 
atividades físicas em pessoas que já sofreram infarto ou hipertensos, é necessário que sejam feitos 
exames físicos detalhados e teste de esforço máximo. Essa avaliação é focada no estado 
cardiovascular desse paciente. Existem casos onde pacientes com alto risco como aqueles com 
angina instável, estenose aórtica, arritmias cardíacas entre outras condições que as atividades físicas 
podem prejudicá-los, precisam conter o treinamento até que estejam em condições melhores. 
Iniciando com os exercícios que devem ser realizados de forma monitorada e limitada, atividades 
do dia a dia devem ser estimuladas junto dos exercícios habituais e rotineiros. Os exercícios podem 
variar muito, mas todos eles serão limitados de acordo com o estado de cada paciente que esteja se 
recuperando, um programa completamente individual onde é trabalhado a frequência, intensidade e 
sua duração. 
 
 
 
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 Partindo para execução dos tipos de exercícios que envolvem grandes grupos musculares, 
como os mais simples, caminhada a mais popular, seguida da natação, ciclismo e a ginástica 
aeróbica, são mais adequados para condicionamento cardiovascular e locomotor. Membros 
superiores e inferiores recebem tratamento com ergômetros especiais, no caso dos membros 
inferiores podem haver limitações por razões ortopédicas. Recomenda-se que o paciente caminhe 
pelo menos 30 minutos e 3 vezes na semana para que o coração trabalhe mais e assim favoreça a 
criação de sua circulação colateral o que pode salvar essa pessoa quando uma artéria é bloqueada. 
 As atividades variam iniciando com aquecimento e volta a calma, lembrando que deve 
sempre ter pausas para que possamos aliviar a intensidade dos batimentos cardíacos dessas pessoas. 
Os exercícios deveram ser realizados de forma moderada e confortável entre 40% e 85% de sua 
capacidade funcional máxima. As intensidades dessas atividades devem por prioridade estar abaixo 
do nível máximo de cada paciente para evitar lesões nos músculos que possa comprometer sua 
saúde. Qualquer que seja o programa de atividades físicas para coronariopatas e hipertensos deve se 
basear em progressão inicial lenta e gradual onde a duração evolui e junto da intensidade com o 
passar do tempo. 
 
Hipertensão arterial 
 A hipertensão arterial (HA) também conhecida como hipertensão sistêmica apresenta alto 
grau de prevalência, sendo caracterizada pelo aumento da pressão das artérias, podendo ser medida 
através de um aparelho de pressão denominado esfigmomanômetro. Conforme o indivíduo 
envelhece, a incidência da doença aumenta em potencial, principalmente quando o mesmo não 
pratica hábitos saudáveis. A hipertensão arterial (HA) é uma síndrome de origem multifatorial, 
sendo um dos maiores problemas na área da saúde pública, e tem sido reconhecida como grave fator 
de risco para as doenças cardiovasculares. Conceituada como grave fator de risco para as doenças 
sistêmicas que envolve alterações nas estruturas das artérias e do miocárdio associada a disfunção 
endotelial e constrição e remodelamento da musculatura lisa vascular. A hipertensão arterial 
atualmente é definida de acordo com valores pressóricos, nas quais níveis iguais ou superiores a 
140/90 mmHg, identificados em duas ou mais verificações da pressão arterial, diagnosticam a 
doença. 
 Caracterização Hipertensão arterial (HA) caracteriza-se uma doença crônica determinada 
por níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias, o que fazem com que o coração tenha que 
exercer um esforço maior do que o normal, para fazer circular o sangue através dos vasos 
 
 
 
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sanguíneos. Pressão sanguínea é a medição da força aplicada as paredes das artérias, envolvendo 
duas medidas. 
 Pressão Sistólica: Tensão que age sobre a parede arterial durante a contração ventricular. 
 Pressão Diastólica: Tensão que age sobre a parede arterial durante a fase de relaxamento do 
ciclo cardíaco. 
 Os órgãos mais afetados pela hipertensão arterial são: cérebro, olhos, coração, rins e artérias, 
podendo causar o acidente vascular cefálico conhecido como derrame cerebral, demência, cegueira, 
infarto, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e entupimento arterial. 
Tipos de hipertensão 
 Hipertensão primária: quando não apresenta causas (sintomas) aparentes, sendo conhecida 
como essencial ou primária. 
 Hipertensão secundária: uma pequena proporção dos casos de hipertensão arterial é devida a 
causas muito bem estabelecidas, que precisam ser devidamente diagnosticadas, uma vez que 
com a remoção do agente etiológico, é possível controlar ou curar a pressão arterial. É a 
chamada hipertensão secundária. 
 A hipertensão causa anualmente a morte de 9,4 milhões de pessoas no mundo e é 
responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos derrames cerebrais, aponta um levantamento 
pela Organização Mundial de Saúde. Os maiores fatores de risco para que essa doença se estale e 
possivelmente se agrave vem devido a nossa vida cotidiana. Essas enfermidades são associadas a 
pessoas idosas, mas ultimamente tem sido diagnosticada em muitos jovens em consequência dos 
erros alimentares, do alcoolismo, do fumo, obesidade, esforço físico exagerado, falta de repouso e 
sedentarismo. Pode ser causa também por intoxicação intestinal, doenças do coração, doenças 
renais, predisposição hereditária,arteriosclerose, gota, menopausa e sífilis. 
OBJETIVOS 
 Pessoas com estilo de vida ativo estão associadas a uma redução da incidência de várias 
doenças crônico-degenerativas, bem como a uma redução da mortalidade cardiovascular em geral. 
Em crianças e adolescentes, um maior nível de atividade física contribui para melhorar o perfil 
lipídico e metabólico e reduzir a prevalência de hipertensão arterial. Ainda, é mais provável que 
uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo. Em consequência, do ponto de 
 
 
 
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vista de saúde pública e medicina preventiva, promover a atividade física na infância e na 
adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução da hipertensão arterial e 
prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta forma para uma melhor qualidade 
de vida. 
 Nessas circunstâncias, destacamos que a atividade física é qualquer movimento como 
resultado de contração muscular esquelética que aumente o gasto energético acima do repouso, e 
não obrigatoriamente a prática esportiva. 
METODOLOGIA 
 Desenvolver uma pesquisa acadêmica sobre o controle da pressão arterial através da prática 
de atividades físicas. Por meio das aulas e busca na literatura e na internet. 
 Atualmente, indivíduos que mantêm hábitos de vida mais saudáveis possuem maior 
probabilidade de manter o controle da pressão arterial. O estilo de vida corrido das pessoas no 
trabalho e o sedentarismo no ócio são causas de uma maior preocupação com a atividade física e o 
estilo de vida das pessoas, com o dinamismo no trabalho e o sedentarismo no ócio o homem cada 
vez mais está exposto a series de distúrbios do novo milênio, como doenças relacionadas ao 
aparelho cardiovascular, entre elas a hipertensão, que é um fator limitante para quem adquiri essa 
doença. 
 Os elementos que mantém a função de ajustar o sistema cardiovascular a práticas de 
exercícios físicos e fatores de limitação das funções cardiovasculares são formados por tarefas 
básicas ligadas a compreensão das funções adaptativas. 
 Os ajustes fisiológicos são concretizados quando as demandas metabólicas se encontram 
com o tronco cerebral por meio das vias aferentes indo em direção até a formação reticular bulbar, 
local onde os neurônios reguladores centrais podem ser encontrados. 
Portanto, os efeitos da prática de atividades físicas podem ser categorizados em: 
 Agudos Imediatos: ocorrem por meio de uma associação direta com os exercícios físicos nos 
períodos peri e pós-imediato da atividade. Ex: aumento da frequência cardíaca, da sudorese, 
da ventilação pulmonar. 
 Agudos Tardios: ocorrem também de forma associada direta com os exercícios, no entanto 
nos períodos que sucedem as primeiras 24 ou 48 horas após a atividade, podendo ser 
 
 
 
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analisados na diminuição dos níveis tensionais, crescimento do volume plasmático, 
potencialização das atividades endoteliais e crescimento da sensibilidade insulínica 
composta na musculatura esquelética. 
 Crônicos: também são conhecidos como adaptações, pois são provenientes da exposição 
constante às atividades físicas. São caracterizados pelos aspectos morfofuncionais capazes 
de diferenciar uma pessoa praticante de exercícios físicos de um outro indivíduo sedentário. 
Ex: hipertrofia muscular, etc. 
 Para Bergamashi e colaboradores (1991) o débito cardíaco se eleva após o início de uma 
atividade física, devido ao maior volume sistólico e o aumento da freqüência cardíaca, a 
vasodilatação periférica dos músculos ativos no exercício permite que a pressão arterial diastólica 
não oscile muito no exercício dinâmico. 
 Cabe ressaltar que o exercício físico também possui elevado potencial para desenvolver a 
angiogênese, aumentando significativamente o fluxo sangüíneo em direção aos músculos 
esqueléticos e para o coração, além de permitir importantes adaptações autonômicas e 
hemodinâmicas, como já vistas, com o intuito de manter a homeostasia celular ligada com o 
metabolismo do corpo humano. 
 Com as funções metabólicas do corpo humano potencializadas pelo exercício físico, há o 
aumento do débito cardíaco, o fluxo sangüíneo é redistribuído, e a perfusão circulatória é elevada 
até os músculos que se encontram em movimento. 
 Através de estudos feitos com maratonistas viu-se que o fluxo sanguíneo muscular pode 
aumentar de 1l/min em repouso para 20 l/min durante a atividade física intensa (Guyton, 1993). 
 Portanto, a elevação da pressão das artérias está diretamente ligada com o aumento do fluxo 
sangüíneo, assim como ao aumento do débito cardíaco, já que “a elevação da pressão arterial média 
durante o exercício se deve a um aumento da pressão sistólica, uma vez que a pressão diastólica 
permanece constante durante o trabalho progressivo. 
 Basicamente, compreende-se que durante uma série de atividades físicas, o organismo se 
encontra a um meio repleto de adaptações cardiovasculares e respiratórias visando suprir as 
necessidades da alta demanda de músculos ativos. Quando essas adaptações se encontram em fase 
de repetição, os músculos se transformam permitindo que o corpo humano aumente seu potencial de 
 
 
 
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desempenho por meio dos processos fisiológicos e metabólicos do indivíduo que deverão otimizar a 
distribuição de oxigênio por todos os tecidos em movimento. 
 Conclui-se que os mecanismos que envolvem a redução pressórica após o exercício físico 
estão associados com fatores hemodinâmicos, humorais e neurais. 
Frequência de exercícios: 
 Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, pacientes que apresentam hipertensão 
arterial devem praticar atividades físicas regularmente, desde que estas atividades façam partes de 
programas monitorados por profissionais, sendo sempre submetidos à avaliação clínica prévia. 
 De acordo com Silva e Lopez (2001) o efeito hipotensor é obtido através de uma freqüência 
mínima de 3 vezes por semana, levando em consideração que para os autores as freqüências 
maiores podem significativamente apresentarem maior potencial no controle da pressão arterial. 
Duração dos exercícios: 
 Estudiosos como Overton, Joyner e Tripton (1988 citado por Laterza e colaboradores, 2007) 
concretizaram seus trabalhos em animais hipertensos analisando que o exercício físico com duração 
de aproximadamente 40 minutos permite a redução da pressão arterial de maneira mais efetiva que 
em atividades com período de duração de 20 minutos. 
 Esses resultados podem ser identificados através da vasodilatação iniciada pelas atividades 
físicas nos músculos que se encontram ou não em movimento, proveniente do acúmulo de 
metabólitos musculares formados pela atividade, como potássio, lactato, adenosina, ou o calor 
dissipado provocado pelos exercícios físicos. 
 Normalmente a duração do exercício físico direcionado ao indivíduo hipertenso deve ser de 
30 a 60 minutos. 
Intensidade do exercício: 
 Segundo Brandão Rondon e Brun (2003), a intensidade do exercício físico em hipertensos 
deve ser baixa, permitindo maior sucesso na obtenção dos efeitos hipotensores, já que a baixa 
intensidade provoca a diminuição da resistência vascular periférica, originada pela diminuição da 
vasoconstrição, potencializarão das funções epiteliais e mudanças na estrutura da microcirculação 
do organismo humano. 
 
 
 
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 De acordo com o American College of Sports Medicine (2004) a intensidade envolve uma 
porcentagem de 60% a 80% do potencial funcional máximo de exercícios em hipertensos. 
 Já autores como Saraiva e Gabriel (2001) afirmaram que pacientes hipertensos conseguem 
obter melhoras notórias em alguns elementos hemodinâmicos, entre eles: freqüência cardíaca de 
repouso; freqüência cardíaca de exercício; pressão arterial sistólica e diastólica em atividade; 
pressão arterial e diastólicaem repouso. 
Benefícios do exercício físico: 
 O American College of Sports Medicine (2004) considera que indivíduos que mantem 
hábitos de vida saudáveis com prática de atividades físicas regulares possuem menor probabilidade 
de aumentar seu potencial de desenvolvimento de doenças crônicas, principalmente quando estas 
patologias envolvem o estilo de vida sedentário vivido por muitos pacientes a nível mundial. 
 Dessa maneira, pacientes sedentários podem ser submetidos a programas de exercícios 
físicos com o intuito de reduzir a mortalidade por meio do fortalecimento das respostas pressóricas 
e consequentemente o aumento da longevidade. 
 Afirma ainda que a prática de exercícios físicos oferece inúmeros benefícios ao paciente 
portador de hipertensão arterial, entre eles: 
Fortalecimento das funções cardiovasculares e respiratórias: 
 Aumenta o VO2máx provenientes das adaptações centrais e periféricas do organismo. 
 Reduz a ventilação a cada minuto em certa intensidade submáxima. 
 Custo ou dispêndio do oxigênio que circula no miocárdio para determinada intensidade 
submáxima absoluta. 
 Reduz significativamente a freqüência cardíaca e da pressão arterial para determinada 
intensidade submáxima. 
 Elevação da densidade capilar constituída pelo músculo esquelético. 
 Elevação do limiar de acúmulo de lactato no sangue. 
 Elevação do limiar de início dos sinais, assim como os sintomas das patologias. 
 
 
 
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 Minimização dos Fatores de Risco para patologias coronarianas: 
 Diminuição da pressão sistólica e diastólica de repouso. 
 Elevação dos níveis de lipoproteína constituída de alta densidade e redução dos níveis 
séricos direcionados ao colesterol e triglicérides. 
 Diminuição da gordura corporal total do corpo humano, além da gordura intra-abdominal. 
 Redução da necessidade do elemento insulina, potencializando a tolerância a glicose. 
Redução da Morbidade e da Mortalidade: 
 Prevenção Primária: envolve prevenir doenças cardíacas agudas, uma vez que os elevados 
níveis de atividades físicas estão ligados com a baixa incidência de doenças coronarianas, de 
doenças cardiovasculares, ou patologias combinadas entre si. 
 Prevenção Secundária: envolve incluir atividades físicas após doenças já desenvolvidas, pois 
normalmente após infarto do miocárdio, os pacientes que são submetidos a atividades físicas 
regulares reduzem fatores de risco para um novo acidente por meio da reabilitação cardíaca 
desenvolvida pelos exercícios físicos. 
Outros Benefícios: 
 Redução da ansiedade. 
 Redução da Depressão. 
 Aumento da sensação de bem-estar. 
 Aumento da autoestima. 
 Aumento da performance em atividades direcionadas a prática de esportes. 
 Observa-se então, que exercícios físicos permitem melhorar a qualidade de vida, reduzindo 
o stress e fazendo com que os indivíduos se tornem menos sensíveis a ações adrenérgicas. 
 Para Irigoyen e colaboradores (2003) a ação benéfica da atividade física está diretamente 
ligada com o combate a obesidade, problemas emocionais, diabetes, pressão arterial, doenças 
cardiovasculares, entre outros distúrbios e patologias. 
 
 
 
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 Dessa maneira, Weineck (1999) enfatiza que os exercícios físicos quando associados com 
fármacos e dietas rigorosas podem ser um excelente tratamento para a hipertensão arterial, uma vez 
que geralmente são treinamentos de resistências regulares e com intensidades médias que permite 
maior controle hipotensor. 
 
 
Cuidados e fatores de risco: 
 De acordo com Silva, Machado, Rodrigues (2008) apesar da prática de atividades físicas 
trazerem efeitos benéficos notórios aos pacientes com hipertensão arterial, alguns cuidados devem 
ser ressaltados e fatores de risco devem ser levados em consideração. 
 Alguns exercícios, como o caso da musculação com carga elevada para aquisição de massa 
corporal torna-se arriscado a saúde dos pacientes, pois exigem muita força para obtenção da força, 
sendo totalmente contraindicada para aqueles que possuem hipertensão. 
 Antes de iniciar programas de exercícios físicos, o hipertenso necessita procurar um 
cardiologista a fim de realizar um teste ergométrico, essencialmente se o paciente apresentar outros 
fatores de risco de problemas cardiovasculares. 
 Durante os exercícios físicos é essencial que o paciente tenha em sua companhia um 
professor de educação física para orientá-lo nas atividades de maneira a reduzir os riscos a sua 
saúde. 
 Compreende-se que todo paciente com hipertensão arterial pode realizar exercícios físicos, 
porém para isto é necessário que o mesmo esteja com sua pressão arterial em equilíbrio, não 
descartando o cuidado de mantê-la sempre controlada durante as atividades. 
 Para aqueles indivíduos hipertensos que enfrentaram problemas cardiovasculares, 
influenciando o comprometimento cardíaco, função renal ou derrame é preciso cuidados ainda 
maiores, uma vez que em alguns casos extremos as atividades físicas são contraindicadas. 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
 De acordo com o que foi apontado pelos profissionais especializados da academia 
entrevistada os exercícios mais indicados para o controle da hipertensão arterial são os aeróbios 
com intensidades moderadas de 3 a 5 vezes por semana, como por exemplo, caminhadas ou corridas 
leves e também. 
 A hipertensão arterial deve ser tratada de forma consciente, uma vez que possibilita o 
aparecimento de graves doenças como o acidente vascular cerebral (AVC), considerado uma das 
principais consequências do aumento da pressão arterial, sendo que a mesma e o principal fator de 
risco para outros tipos de doenças vasculares encefálicas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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