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fichamento Preparo coronário e esvaziamento radicular (1) docx

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PREPARO CORONÁRIO E ESVAZIAMENTO RADICULAR
• A cavidade pulpar é constituída por regiões relacionadas à coroa (câmara coronária) e à
raiz (canal radicular). Na região apical da cavidade pulpar, observa-se o limite
cemento-dentina-canal (limite CDC), que pode ser dividido de forma didática em regiões
correspondentes ao canal dentinário e ao cementário
• O processo de envelhecimento modifica o aspecto anatômico em virtude de contínua
deposição de dentina secundária e formação de dentina terciária, decorrente de processos
de envelhecimento ou agressão. A figura abaixo apresenta, de forma esquemática, as
ramificações da cavidade pulpar.
• Entre os fatores que podem interferir e/ou dificultar o acesso aos canais radiculares
durante a abertura coronária e o esvaziamento do canal, destacam-se os nódulos na
câmara coronária, calcificações, dente fora de posição e prótese unitária recobrindo a
coroa. A imagem radiográfica pode auxiliar na identificação do tamanho e da forma da
câmara coronária e da inclinação do dente no arco antes de se iniciar a abertura coronária
• A compatibilidade entre o tamanho da câmara coronária e o tamanho da broca é
fundamental para a correta abertura coronária, possibilitando a penetração do instrumento
endodôntico da forma mais direta (retilínea) e livre em todo canal radicular. Um fator
operatório prévio a abertura coronária é a remoção de qualquer tecido cariado,
restauração defeituosa ou estrutura dentinária enfraquecida, o que altera a referência
coronária 
• Algumas situações exigem também a reconstrução coronária antes da abertura do dente.
O acesso direto ao canal radicular, a eliminação completa de todo o teto da câmara
coronária, o repeito do assoalho, a não confecção de de degraus nas paredes proximais da
câmara coronária, a adequada seleção de brocas e a expulsividade das paredes são
objetivos a serem alcançados para a perfeita abertura coronária 
• Acidentes mais comuns observados durante a abertura coronária, que podem conduzir o
tratamento endodôntico ao fracasso;
• Manutenção de tecido cariado na câmara coronária 
• Seleção incorreta do ponto de eleição para a abertura coronária 
• Seleção incorreta da broca 
• Erro na direção de trepanação em dentes com giroversão
• Abertura incompleta
• Manutenção de teto coronário
• Perfuração vestibular em dentes anteriores
• Perfuração do assoalho em molares
• Desgaste compensatório inadequado
• Degrau nas paredes proximais
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ABERTURA CORONÁRIA PARA DENTES
ANTEROSSUPERIORES
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ABERTURA CORONÁRIA PARA OS
PRÉ-MOLARES SUPERIORES
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ABERTURA CORONÁRIA DOS MOLARES
SUPERIORES 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ABERTURA CORONÁRIA PARA DENTES
ANTEROINFERIORES
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ABERTURA CORONÁRIA PARA OS
PRÉ-MOLARES INFERIORES
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ABERTURA CORONÁRIA DOS MOLARES
INFERIORES 
ESVAZIAMENTO DO TERÇO CERVICAL
O alargamento progressivo em sentido apical tem sido o modelo globalizado de se obter a
melhor manutenção associada ao adequado padrão de limpeza. Muitas vantagens são
enumeradas quando se utiliza essa manobra, entre as quais se destacam:
● remoção da contaminação cervical pela maior eliminação do conteúdo do canal radicular;
● redução na formação de degrau, desvio apical e fratura de instrumentos, a partir da
diminuição de pressão e tensão do instrumento endodôntico;
● maior penetração da cãnula de irrigação e, consequentemente, maior efetividade da
solução irrigadora;
● superação da influência da curvatura apical a partir do acesso mais direto, o que facilita o
preparo de canais curvos, independentemente do tipo de instrumento a ser utilizado;
● facilidade na inserção de medicaçao intracanal e em manobras de obturação do canal,
como adaptação do cone principal e condensação lateral;
● favorecimento do preparo para a colocação de retentor intrarradicular e da remoção de
obturações incompletas nos retratamentos endodônticos.
PARÂMETROS BIOLÓGICOS E MECÂNICOS
O processo de sanificação do sistema de túbulos dentin~rios obtido com o esvaziamento,
a limpeza e a modelagem do canal radicular requer, além do acesso direto e Livre às
proximidades da junção cernente-dentina-canal (limite CDC), a observação rigorosa dos
princípios que favorecem a efetividade dessa etapa.
Schilder14 destaca alguns critérios que constituem objetivos mecânicos do preparo do
canal radicular:
● preparo com forma cônica afunilada em sentido apical;
● preparo no interior do canal dentinário;
● preparo mantendo a forma original do canal;
● preparo mantendo a posição foraminal.
A seleção do instrumento ideal depende da adequada conexão entre o conhecimento da anatomia
interna, o domínio da técnica operatória e a análise das características do instrumento.
É importante destacar que a modelagem embasa-se em objetivos claros e específicos: regularizar
e planificar as paredes do canal radicular, sem alterar seu formato original.
O processo de sanificação requer liberdade no acesso a toda cavidade pulpar, o que interfere no
seu grau de efetividade. A observação de alguns parâmetros mecânicos e sua correlação com os
parâmetros biológicos favorecem a perfeita conexão que fundamenta o conceito atual do preparo
do canal radicular.
Partindo das observações de Schilder,14 em vista dos princípios que norteiam a limpeza e a
modelagem, atualmente podem-se enfatizar os seguintes parâmetros biológicos e mecânicos como
regentes naturais dessa fase: esvaziamento total do canal radicular, modelagem longitudinal e
modelagem transversal.

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