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Endodontia I

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Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
Endodontia 
Anatomia dos dentes 
 
Considerações gerais 
 A anatomia interna possui a tendência de 
acompanhar o formato externo do dente. 
A cavidade pulpar é dividida em: 
 Câmara pulpar: cavidade única que 
ocupa internamente o centro da coroa. 
Nos dentes anteriores ela é próxima ao 
canal radicular. Em dentes 
multirradiculares, as entradas dos 
canais, ficam localizadas nos assoalhos 
da câmara pulpar. Com o passar dos 
anos, a deposição contínua de dentina, 
além do desenvolvimento de 
calcificações, promove a redução de seu 
volume, com possível bloqueio dos 
orifícios dos canais. 
 Canal radicular: parte da cavidade 
pulpar localizada na porção radicular do 
dente e que se afunila progressivamente 
em direção ao ápice da raiz. 
O canal radicular se divide em: 
1. Canal dentinário: corresponde à porção 
que vai do assoalho da câmara pulpar 
até o limite CDC (cemento-dentina-
canal); 
2. Canal cementário: corresponde à porção 
que vai do limite CDC (cemento-dentina-
canal) até o forame apical. 
 O limite cemento-dentina-canal corresponde à 
área de maior constrição do canal radicular, 
estando localizado na junção do canal 
dentinário com o canal cementário. O forame 
apical corresponde à porção final do canal 
radicular e pode se apresentar com forma 
circular ou atípica. Seu tamanho e a sua 
configuração variam com a maturidade do 
dente. Antes da maturação, o forame está 
aberto. Com o tempo e com a deposição de 
dentina e cemento, o forame apical se torna 
menor e afunilado. O forame não sai no ápice 
radicular verdadeiro (anatômico), mas está 
deslocado cerca de 0,5 mm e desvia-se 
raramente mais do que 1,0 mm do ápice 
verdadeiro. 
 
O canal radicular pode se dividir em 3 terços: 
1. Cervical: localizado adjacente à entrada 
do canal no assoalho da câmara pulpar; 
2. Médio: localizado entre os terços cervical 
e apical; 
3. Apical: localizado adjacente ao forame 
apical. 
 
 No terço apical é onde está situado o maior 
número de ramificações do canal radicular. 
Essas diversas ramificações que estão 
próximas ao forame apical recebem o nome de 
Delta Apical. 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 
 Dentre as várias ramificações existentes 
podemos citar: 
 Canal lateral: é um canal acessório 
localizado nos terços cervical ou médio 
da raiz, em geral se estende 
horizontalmente a partir do canal 
principal. 
 Canal colateral: localizado 
paralelamente ao canal principal, 
podendo atingir o ápice de forma 
separada. 
 Canal recorrente: origina-se do canal 
principal, seguindo um trajeto 
independente, e volta a se unir com o 
canal principal. 
 Canal secundário: deriva o canal 
principal e atinge o periodonto no nível 
do terço apical da raiz. 
 Canal acessório: parte do canal 
secundário atingindo o periodonto. 
 Canal interradicular: origina-se do 
assoalho da câmara pulpar e atinge o 
periodonto na região de furca. 
 Delata apical: múltiplas ramificações 
localizadas próximas ao forame apical. 
 Intercanal: localizado em dentina e faz a 
comunicação entre os canais principais. 
 Canais reticulares: resultante do 
entrelaçamento de três ou mais canais 
que se deslocam paralelamente através 
de ramificações do intercanal, 
apresentam um aspecto reticulado. 
 
Anatomia radicular dos dentes 
superiores 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
 Geralmente apresentam uma câmara pulpar e 
canal radicular amplos e, na maioria dos casos, 
retos. 
 Normalmente apresenta raiz única com 
canal amplo e reto. 
 Câmara pulpar estreita no sentido 
vestibulopalatino. 
 Comprimento médio: 23,7 mm. 
 A câmara pulpar acompanha o formato externo 
da coroa, ocupando a porção mais interna do 
dente. Apresenta-se estreita no sentido 
vestíbulo-palatino e larga no sentido mesio-
distal, principalmente na parte mais próxima da 
borda incisal. O canal radicular se inicia no 
forame apical e passa a se alargar 
gradualmente em toda a extensão da raiz em 
direção à câmara. Na maioria das vezes, é 
volumoso e de formato cônico, irregular no 
sentido longitudinal. 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 
 
INCISIVO LATERAL SUPERIOR 
 Suas dimensões são menores que as do 
incisivo central, apresentando raiz única com 
canal amplo. Sua raiz é ligeiramente cônica e a 
secção transversal do canal varia da forma 
ovalada na porção cervical e arredondada no 
terço apical. 
 O diâmetro vestíbulo-palatino do canal é 
maior que o mesio-distal. 
 Comprimento médio: 23,1 mm. 
 
 
CANINO SUPERIOR 
 É o maior dente permanente e 
normalmente apresenta raiz única com um 
cana. O canal radicular em geral é reto, 
amplo e relativamente longo. A secção 
transversal do canal é geralmente ovalada 
em toda sua extensão, apresentando maior 
diâmetro vestíbulo-palatino na porção média 
da raiz. 
 Geralmente são dentes de fácil 
acesso, porém apresentam raiz com 
comprimento maior que a dos 
demais dentes. 
 Na maioria dos casos, as raízes 
apresentam curvatura no terço 
apical. 
 Comprimento médio: 27,3 mm. 
 
 
 
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
 Normalmente apresenta duas raízes 
(vestibular/palatina) e dois canais com forames 
independentes. No caso de fusão das raízes, os 
canais podem permanecer independentes ou se 
unirem no terço médio ou apical. 
 A câmara pulpar apresenta o formato 
similar ao da coroa, geralmente estreita 
no sentido mesio-distal e larga na 
direção vestíbulo-palatina. Possui forma 
cuboide, achatada na direção mesio-
distal. Estende-se em direção às duas 
cúspides onde aparecem dois 
divertículos (proeminências dirigidas 
para as pontas das cúspides), no qual o 
vestibular, em geral, é mais longo. 
 No assoalho da câmara apresenta-se a 
entrada dos canais radiculares. Em 
alguns casos apresenta-se em uma 
única entrada, comum aos dois canais 
ou ao canal único, quando isso 
acontece. 
 Quase sempre possui um canal 
vestibular e um canal palatino, mesmo 
quando a raiz é única. 
 Comprimento médio: 22,3 mm. 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 
 
 Quando um dos orifícios dos canais é 
encontrado, a linha de desenvolvimento no 
assoalho da câmara pulpar, que apresenta 
coloração mais escura, serve como referência 
para localizar o orifício do outro canal. 
SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
 Normalmente apresenta uma raiz com um 
canal com secção transversal ovalada e maior 
diâmetro vestíbulo-palatino. Com menos 
frequência pode apresentar 2 ou 3 canais 
separados, originados de um único orifício, ou 
dois canais conectados por istmo. 
 Muitas vezes descrito como um dente de 
canal único, apresenta alto índice de 
elementos com dois canais radiculares. 
 A câmara pulpar apresenta forma 
parecida com a parte externa do dente e 
não difere muito do formato do primeiro 
pré-molar superior. Porém os dois 
divertículos do teto, que correspondem 
as cúspides, são quase sempre do 
mesmo tamanho no segundo pré-molar 
superior. 
 Comprimento médio: 22,3 mm. 
 O istmo é uma área estreita, em forma de fita, 
que conecta dois ou mais canais. 
 
 Na presença de dois canais que se convergem 
na porção apical, o canal palatino é o que 
normalmente apresenta acesso direto ao ápice, 
devendo ser o canal de escolha para o início 
dos procedimentos tanto de preparo quanto de 
obturação. 
PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR 
 É o mais volumoso dos molares superiores e 
em geral apresenta três raízes divergentes 
(mesio-vestibular, disto-vestibular e palatina) 
com um total de três ou quatro canais. 
 Apresenta o maior índice de presença de 
quatro canais radiculares. 
 Segundo De Deus (1992), o 1º molar 
superior possui três raízes diferenciadas, 
geralmente divergentese raramente 
fusionadas completamente. 
 A raiz mesio-vestibular apresenta dois 
canais (mesio-vestibular e mesio-
palatino ou MV2) que se interconectam 
por istmos em mais de 90% dos casos, 
podendo se unir na porção apical ou 
terem saídas foraminais independentes. 
 Raramente apresenta dois canais na raiz 
disto-vestibular. 
 A raiz palatina apresenta maior volume, 
acesso mais fácil e raramente tem 2 
saídas foraminais. 
 A raiz disto-vestibular é cônica, em geral 
reta e com apenas um canal. 
 Comprimento médio: 22,3 mm. 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 
SEGUNDO MOLAR SUPERIOR 
 Com morfologia externa similar ao primeiro 
molar, este dente geralmente apresenta três 
raízes (mesio-vestibular, disto-vestibular e 
palatina) com três ou quatro canais. 
 Apresentam grande índice de presença 
do quarto canal radicular. 
 A cavidade pulpar apresenta forma 
semelhante ao exterior do dente. A 
câmara pulpar é ampla, apesar de um 
pouco mais reduzida que a do 1º molar 
superior. 
 Apresenta sempre três ou quatro 
divertículos relacionados com as 
cúspides. 
 Quando apresentar três canais 
radiculares, terá um canal para cada raiz 
(canal mesio-vestibular, canal disto-
vestibular e canal palatino). O canal 
maior e mais amplo é o da raiz palatina e 
o mais estreito é o da raiz disto-
vestibular. 
 Quando apresentar quatro canais 
radiculares, terá dois canais na raiz 
mesio-vestibular, um na raiz disto-
vestibular e um na raiz palatina (canal 
vestibular da raiz mesio-vestibular ou 
MV1, canal palatino da raiz mesio-
vestibular/mesio-palatino/MV2, canal 
disto-vestibular e canal palatino. 
 Raramente irá apresentar dois canais na 
raiz disto-vestibular. 
 Raiz mais curtas, menos divergentes e 
curvas. 
 Comprimento médio: 22,2 mm. 
 
 
 
 
 
Anatomia radicular dos dentes 
inferiores 
INCISIVO CENTRAL INFERIOR 
 São dentes permanentes com as menores 
dimensões. É comum encontrar apenas um 
canal, porém pode haver um segundo canal. 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 Normalmente possui uma raiz com um 
canal achatado ou oval, que se estende 
da câmara pulpar até o ápice. 
 De modo geral, a câmara apresenta-se 
com três divertículos não muito nítidos. 
 Comprimento médio: 21,8 mm. 
 
CANINO INFERIOR 
 Menor que o canino superior em todas as 
dimensões. Normalmente apresenta uma raiz 
única com um canal. Porém, pode acontecer 
de ter dois canais. 
 Possui a raiz achatada na direção 
mesio-distal e mais alongada na 
direção vestíbulo-lingual. 
 O canal, geralmente, é oval ou 
achatado e com maior diâmetro na 
direção vestíbulo-lingual. 
 A cavidade pulpar segue mais ou 
menos o formato exterior do dente. 
 Sua câmara pulpar é alta e, 
geralmente, não apresenta limite entre 
a câmara pulpar e o canal radicular. 
 Comprimento médio: 25 mm. 
 
 
 
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR INFERIOR 
 Apresenta uma grande variabilidade e 
complexidade em seu sistema de canais 
radiculares. 
 Apresenta normalmente uma raiz única 
com um canal amplo de secção 
transversal ovalada na direção vestíbulo-
lingual. 
 O forame mentual pode estar localizado 
na distal da sua porção apical ou entre 
ele e o segundo pré-molar inferior, 
exigindo cuidado na hora da realização 
de procedimentos cirúrgicos 
perirradiculares. 
 A sua cavidade pulpar é quase sempre 
do mesmo formato que o exterior do 
dente. 
 A câmara pulpar é geralmente ampla, 
com dois divertículos no teto (um 
vestibular – mais volumoso e outro 
lingual – menor). 
 De maneira geral, não possui um limite 
preciso entre a câmara pulpar e o canal. 
 Comprimento médio: 21,9 mm. 
 
SEGUNDO PRÉ-MOLAR INFERIOR 
 Geralmente apresenta uma raiz única, quase 
sempre cônica, com um canal. 
 A secção transversal do canal é 
geralmente oval com seu diâmetro maior 
no sentido vestíbulo-lingual, 
principalmente até seu terço médio. 
 A câmara pulpar, geralmente, segue o 
formato do exterior do dente. 
 A câmara pulpar é espaçosa e 
apresenta-se levemente estreita no 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
sentido mesio-distal, com o contorno 
mais ou menos triangular. 
 Possui dois ou três divertículos no teto 
que correspondem às três cúspides e 
com suas dimensões proporcionais as 
cúspides. 
 Comprimento médio: 22,3 mm. 
 
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 
 É o maior dos molares inferiores. São dentes 
que apresentam três canais e duas raízes, 
podendo apresentar quatro canais e até mesmo 
três raízes. É muito comum que tenha a 
comunicação entre os canais de uma mesma 
raiz (interconduto). 
 Em geral, apresenta duas raízes (mesial 
e distal). 
 Ocasionalmente, podem haver três 
raízes, com dois ou três canais na raiz 
mesial e até três canais na raiz distal. 
 A cavidade pulpar segue o formato 
externo do dente. 
 A câmara pulpar é ampla e na maioria 
das vezes cuboide. Apresenta, no teto, 
os divertículos relacionados com suas 
cinco cúspides. 
 Na maioria dos casos, há nitidez nos 
limites da câmara pulpar e os canais 
radiculares. 
 Comprimento médio: 22 mm. 
1. A raiz distal pode apresentar dois 
canais, que em geral são mais 
amplos que os canais mesiais, em 
cerca de 25% dos dentes. 
2. Quando há um canal na raiz distal, 
ele normalmente é oval e sua saída 
foraminal ocorre lateralmente ao 
ápice anatômico. 
3. A raiz mesial é, geralmente, curva no 
sentido distal. 
4. Os canais mesiais podem convergir 
apicalmente, apresentando forame 
único em 45% dos casos. 
 
SEGUNDO MOLAR INFERIOR 
 A morfologia externa é semelhante à do 
primeiro molar inferior, apresentando 
normalmente duas raízes (mesial e distal) com 
três ou quatro canais. As raízes são mais 
curtas, com os ápices mais próximos, os canais 
mais curvos e os dois orifícios mesiais estão 
mais próximos. 
 A cavidade pulpar geralmente apresenta 
o formato exterior do dente. 
 A câmara pulpar é, quase sempre, 
menor que a do primeiro molar inferior e 
seu teto apresenta quatro divertículos. 
 Pode apresentar de dois até cinco 
canais. 
 Comprimento médio: 22,4 mm. 
 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 
 
Acesso dos dentes superiores e 
inferiores 
 Procedimento realizado com o objetivo de 
acessar o sistema de canais radiculares. 
Todas as fases do tratamento dependem 
primeiramente da localização dos canais 
radiculares e do acesso. 
 As aberturas coronárias para acesso 
endodôntico são baseadas na anatomia e 
morfologia de cada grupamento dentário. 
Geralmente, a morfologia da câmara pulpar 
determina o desenho da cavidade de 
acesso. A anatomia interna é projetada para 
a superfície externa. 
OBJETIVOS DA ABERTURA CORONÁRIA 
1. Remover todas as cáries; 
2. Preservar a estrutura sadia do dente; 
3. Remover integralmente o teto da 
câmara pulpar; 
4. Remover todos os tecidos pulpares 
coronais (vitais ou necrosados); 
5. Localizar todos os orifícios do canal 
radicular; 
6. Alcançar direta e corretamente o 
acesso ao forame apical ou à 
curvatura inicial do canal; 
7. Um acesso cavitário bem feito 
proporciona um caminho livre e direto 
ao sistema de canais e, 
consequentemente, ao ápice ou à 
posição da primeira curvatura; 
8. O acesso em linha reta proporciona a 
melhor chance de debridamento de 
todo o espaço do canal e reduz o 
risco da lima quebrar. 
FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS 
EM CONSIDERAÇÃO 
 Exame clínico e radiográfico; 
 Angulação, posição de cúspides e 
anatomia externa; 
 Mudança na anatomia externa 
ocasionada por restaurações/coroas; 
 Palpação da gengiva inserida e 
mucosa vestibular; 
 Em intervenções ou em tratamentos 
previamente iniciados por outro 
profissional, observar a situação do 
canal; 
 Remoção de toda cárie; 
 Remoção total da restauração 
permanente. 
FORMA DE CONTORNO 
 É a configuraçãorecomendada para a 
cavidade de acesso de um dente normal 
com evidência radiográfica da câmara 
pulpar e do canal radicular. A forma de 
contorno assegura a configuração correta, a 
localização, e proporciona o acesso em 
linha reta à porção apical do canal ou até a 
primeira curvatura. 
 O preparo da cavidade de acesso exige a 
remoção da estrutura dentária que impeça 
ou dificulte o saneamento e o preparo dos 
canais radiculares. 
 
 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
FORMA DE CONVENIÊNCIA 
 Permite a modificação do contorno ideal 
para facilitar a colocação e manipulação dos 
instrumentos endodônticos sem exercer 
pressão. Por exemplo o pré-molar que 
apresenta três raízes. Nesse caso, a forma 
de conveniência deve ser mais triangular 
para facilitar a localização dos canais. 
 
REMOÇÃO DE CÁRIE 
 A remoção da cárie permite a criação de 
um ambiente asséptico após a penetração 
na câmara pulpar e no espaço do canal 
radicular. Propicia estrutura dentária sadia 
para que uma restauração provisória seja 
realizada de forma adequada. 
 A estrutura dentária sem suporte é 
removida para garantir o selamento 
coronário durante e após o tratamento, de 
forma que os pontos de referência para 
determinação do comprimento de trabalho 
não sejam alterados pela ocorrência de 
fraturas. 
TOALETE DA CAVIDADE 
 Tem como objetivo prevenir a entrada de 
objetos e materiais na câmara pulpar e no 
próprio canal radicular. Um erro comum é 
penetrar na câmara pulpar sem que a 
estrutura coronária e materiais 
restauradores tenham sido adequadamente 
removidos. Em consequência, esses 
materiais entram no canal radicular, 
podendo bloquear a porção apical do canal. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
O êxito na localização do canal: 
 Conhecimento da anatomia e 
morfologia pulpar. 
 Radiografias ortorradiais e/ou 
anguladas. 
 Uso de exploradores endodônticos 
com pontas agudas. 
 Intercalar o uso de radiografias. 
 Brocas de baixa velocidade de 
pescoço longo. 
 Instrumentos ultrassônicos para 
remoção de mineralizações. 
 Boa iluminação. 
Acesso em dentes superiores 
INCISIVOS SUPERIORES 
 Ponto de eleição: parte mais central 
da face palatina. 
 Forma de contorno inicial: forma 
triangula, com base voltada para a 
borda incisal. A broca corta 
perpendicularmente à superfície do 
esmalte. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração do interior 
para a superfície do dente até que 
todo o teto tenha sido removido. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: faz o desgaste 
compensatório pela remoção do 
ombro lingual. 
 
 Como o canal é centrado na raiz na junção 
cemento-esmalte (JCE), e quando a 
inspeção visual seguir a orientação mesial 
para a distal, é evidente que a coroa não 
está alinhada com o longo eixo da raiz. Por 
esse motivo, o estabelecimento de uma 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
forma de contorno e a penetração inicial em 
esmalte são feitos com a broca 
perpendicularmente à face lingual do dente. 
 Após a penetração até a profundidade de 
2 até 3 mm, a broca é reorientada para 
coincidir com o longo eixo e a orientação 
lingual da raiz. O canal é localizado com 
uma sonda endodôntica com ponta bem 
aguda. O acesso para o incisivo lateral 
superior é similar ao do incisivo central 
superior. 
CANINOS SUPERIORES 
 Ponto de eleição: parte mais central 
da face palatina, semelhante aos 
incisivos. 
 Forma de contorno inicial: forma 
losangular, devido ao divertículo 
central correspondente à cúspide 
perfurante desses dentes, que 
principalmente nos jovens apresenta-
se bastante pronunciada. A broca 
corta perpendicularmente à 
superfície do esmalte. 
 Direção de trepanação: paralela ao 
longo eixo do dente até penetrar na 
cavidade pulpar. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração do interior 
para a superfície do dente, até que 
todo o teto tenha sido removido. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: desgaste 
compensatório pela remoção do 
ombro lingual. 
 
 Os caninos superiores possuem um canal 
em uma raiz única. Geralmente, os cornos 
pulpares estão ausentes, então a forma de 
contorno é ovoide no terço médio da face 
lingual. 
PRÉ-MOLARES SUPERIORES 
 Ponto de eleição: área central da 
face oclusal. 
 Forma de contorno inicial: forma 
elíptica para o 1ºPMS, por apresentar 
dois canais, ou ovoide, com mais 
dimensão no sentido vestíbulo-
palatino, de acordo com a anatomia 
interna da cavidade pulpar. 
 Direção de trepanação: inicia-se 
paralela ao longo eixo do dente, até 
as imediações da cavidade pulpar, 
depois progride-se com uma leve 
inclinação em direção ao canal 
palatino (porção mais volumosa da 
cavidade pulpar) até atingir a 
cavidade pulpar. 
 Preparo da câmara pulpar: remoção 
de todo o teto da câmara pulpar. 
Completa-se a forma ovoide da 
cavidade deixando-a levemente 
expulsiva. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: sondagem dos 
orifícios de entrada dos canais para 
observação de suas direções e 
analise da necessidade de desgaste 
adicional, a fim de facilitar o acesso 
direto das limas endodônticas em 
todas as paredes dos canais. 
 
 A cavidade está centrada na coroa e 
apresenta uma forma ovoide em direção à 
face vestíbulo-lingual. Quando dois canais 
estão presentes, os orifícios dos canais são 
localizados abaixo das pontas das cúspides 
vestibulares e palatinas e estão na mesma 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
distância de uma linha imaginária do centro 
da câmara em direção mesial a distal. 
MOLARES SUPERIORES 
 Ponto de eleição: na superfície 
oclusal, no centro da fossa mesial. 
 Forma de contorno inicial: a abertura 
deve ser estendida do centro da 
fossa mesial em direção distal, até 
ultrapassar o sulco ocluso-vestibular. 
Configura-se a parede vestibular 
paralela à face do dente. Desse 
ponto distal, segue-se em direção 
palatina, atravessando a fossa 
central, para daí se unir ao ponto 
inicial, conferindo à cavidade uma 
forma triangular de base voltada para 
vestibular. 
 Direção de trepanação: inicia-se 
paralelamente ao longo eixo do dente 
até as imediações da câmara pulpar, 
a seguir utiliza-se uma broca 
esférica, de tamanho compatível, 
ligeiramente inclinada em direção ao 
canal palatino. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração para remoção 
do teto da câmara pulpar e preparo 
das paredes laterais. Verificar a 
presença de convexidade na parede 
mesial da câmara pulpar que pode 
formar um istmo próximo ao assoalho 
encobrindo o canal MV2. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: mais ampla e 
mesializada no 1ºMS. Um pouco 
mais centralizada no 2ºMS. 
 
 A forma de contorno é triangular e 
localizada na metade da face mesial, com 
base voltada para a vestibular e o vértice 
para a lingual. A referência externa para a 
localização dos canais serve como guia 
para a conformação da forma de contorno. 
Acesso em dentes inferiores 
INCISIVOS INFERIORES 
 Ponto de eleição: parte mais central 
da face palatina. 
 Forma de contorno inicial: forma 
triangular, com base voltada para a 
borda incisal. A broca corta 
perpendicularmente à superfície do 
esmalte. 
 Direção de trepanação: paralela ao 
longo eixo do dente até penetrar na 
cavidade pulpar. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração do interior 
para a superfície do dente, até que 
todo o teto tenha sido removido. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: desgaste 
compensatório pela remoção do 
ombro lingual. 
 
 Os incisivos inferiores são estreitos na sua 
dimensão mésio-distal e amplos na 
vestíbulo-lingual. Podem apresentar um 
canal com forma ovoide ou em forma de fita 
ou podem ter dois canais. Quando existem 
dois canais, o canal vestibular é mais fácilde ser localizado e frequentemente está 
coberto pela projeção lingual. 
 A dimensão mésio-distal estreita desses 
dentes faz com que o acesso e a 
localização dos canais sejam dificultados. 
Conforme a polpa se retrai com o tempo e 
os cornos pulpares desaparecem, a forma 
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torna-se ovoide. O acesso é posicionado no 
terço médio da face lingual. 
 A forma de contorno inicial pe estabelecida 
na dentina com a broca perpendicular à 
face lingual. Quando a profundidade de 2 a 
3 mm é alcançada, a broca tem sua 
orientação modificada para o longo eixo da 
raiz. 
CANINOS INFERIORES 
 Ponto de eleição: parte mais central 
da face lingual, semelhante aos 
incisivos. 
 Forma de contorno incisal: forma 
ligeiramente ovalada, em função do 
seu achatamento mésio-distal, 
extensão cérvico incisal e o 
divertículo incisal mediano. A broca 
corta perpendicularmente à 
superfície do esmalte. 
 Direção de trepanação: paralela ao 
longo eixo do dente até penetrar na 
cavidade pulpar. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração do interior 
para a superfície do dente, até que 
todo o teto tenha sido removido. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: desgaste 
compensatório pela remoção do 
ombro lingual. 
 
 Os caninos inferiores normalmente 
apresentam uma coroa mais longa e 
delgada quando comparados aos caninos 
superiores, que são mais curtos e mais 
largos no sentido mésio-distal. 
 A forma de contorno é ovoide e 
posicionada no terço médio da face lingual 
da coroa. Na abertura coronária para a 
câmara, a superfície lingual deve ser 
explorada para verificar a presença de uma 
canal lingual (pode haver mais de um 
canal). 
PRÉ-MOLARES INFERIORES 
 Ponto de eleição: posicionado para 
vestibular do sulco central no sentido 
vestíbulo-lingual, e ligeiramente para 
mesial da face oclusal no sentido 
mésio-distal. 
 Forma de contorno inicial: ovoide no 
sentido vestíbulo-lingual, ficando 
mais próxima à cúspide vestibular, 
devido à inclinação para a lingual que 
estes dentes possuem. 
 Direção de trepanação: paralela ao 
longo eixo do dente até penetrar na 
cavidade pulpar. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração do interior 
para a superfície do dentel, de 
acordo com a exigência da anatomia 
pulpar. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: pode ser necessário 
remover a cúspide vestibular quando 
a inclinação da coroa para a lingual 
for muito acentuada. 
 
 Os pré-molares inferiores parecem ser os 
dente mais fáceis de serem tratados 
endodonticamente, mas a anatomia pode 
ser complexa. Uma, duas ou três raízes são 
possíveis, e os canais frequentemente 
dividem profundamente a raiz, resultando 
nesses casos em uma configuração 
morfológica complexa. É importante pré 
curvar o instrumento endodôntico. 
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 A coroa do primeiro pré-molar apresenta 
uma cúspide vestibular proeminente e 
vestígios da cúspide lingual. Projeções 
mésio-distais revelam que a câmara e o 
canal são posicionados vestibularmente. 
Portanto, o acesso é ovoide, posicionado 
para a vestibular do sulco central no sentido 
vestíbulo-lingual. 
 O 2ºPMI tem uma cúspide vestibular 
proeminente, mas a cúspide lingual pode 
ser mais proeminente que a do primeiro pré-
molar. Existe, também, uma constrição 
lingual; então a forma de contorno é ovoide 
no sentido vestíbulo-lingual e sua posição 
central. 
MOLARES INFERIORES 
 Ponto de eleição: centro da 
superfície oclusal, no sulco central, 
ligeiramente deslocado para a 
mesial. 
 Forma de contorno incisal: forma 
trapezoidal com base maior para 
mesial, quando apresente apenas um 
canal na raiz distal. Quando 
apresenta dois canais na raiz distal a 
parede distal fica mais próxima do 
tamanho da mesial. 
 Direção de trepanação: paralela ao 
longo eixo do dente até penetrar na 
cavidade pulpar. 
 Preparo da câmara pulpar: 
movimentos de tração do interior 
para a superfície do dente, de acordo 
com a exigência da anatomia pulpar. 
 Configuração final da cavidade 
intracoronária: desgaste 
compensatório na parede mesial, no 
sentido dos canais mesiais. Observar 
a linha que une os dois canais 
mesiais, secando o assoalho e 
explorando-a em busca do canal 
mésio-mesial que pode estar 
presente neste local. 
 
 Os molares inferiores têm um aspecto 
anatômico similar, entretanto, existem 
diferenças sutis. 
 A configuração mais comum do primeiro 
molar inferior é apresentar dois canais na 
raiz mesial, apesar da presença de três 
canais já ter sido relatada, e um canal na 
raiz distal. A presença do segundo canal na 
raiz distal é de 30% a 35%. 
 A configuração mais comum do segundo 
molar inferior é apresentar dois canais na 
raiz mesial e um na raiz distal. A incidência 
do quarto canal é baixa. 
 O orifício do canal mésio-vestibular está 
localizado ligeiramente para a distal da 
ponta da cúspide mésio-vestibular. O orifício 
mésio-lingual está na área do sulco central 
e ligeiramente para a vestibular, quando 
comparado com o canal mésio-vestibular. 
 O canal distal (mais centralizado) está 
localizado próximo da interseção dos sulcos 
vestibular, lingual e central (o acesso é feito 
na parte central da coroa). Quando o canal 
disto-vestibular (geralmente mais amplo) 
está presente, o orifício pode ser 
encontrado na vestibular do canal distal 
principal e frequentemente está próximo da 
mesial (quando apresenta dois canais 
distais). 
 Pela relação anatômica, a forma de 
contorno do acesso é retangular ou 
trapezoidal e posicionada na porção mésio-
vestibular da coroa (meio da coroa). 
Obs – A anatomia pode variar de acordo 
com a etnia. 
 
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Erros comuns na abertura coronária 
PREPARO INADEQUADO 
 Os erros no preparo do acesso são 
variados. 
 O mais comum é o preparo 
inadequado (desgaste demais do 
dente), que pode ter consequências 
drásticas. 
 Os efeitos diretos são a diminuição 
do acesso e da sua visibilidade, que 
impede a localização dos canais. 
 A possibilidade de remoção do tecido 
pulpar coronário e de materiais 
obturadores subsequentemente é 
limitada, além de o acesso em linha 
reta não pode ser obtido. 
REMOÇÃO EXCESSIVA DA COROA 
DENTÁRIA 
 A remoção excessiva da estrutura 
dentária tem uma consequência 
direta e, ao contrário do preparo da 
abertura inadequado, é irreversível e 
não pode ser corrigida. 
 A consequência mínima é a 
fragilização do dente e subsequente 
fratura coronária. 
 As evidências demonstram que o 
acesso adequado, com a remoção 
meticulosa da estrutura dentária sem 
que as cristas marginais sejam 
envolvidas, não fragiliza 
necessariamente a estrutura 
coronária remanescente. 
 As cristas marginais proporcionam 
resistência vestíbulo-lingual para a 
coroa, a abertura coronária não 
requer a remoção de estrutura 
dentária nessa área. 
 
 
 
 
Instrumentos Endodônticos 
 
EXPLORADORES 
 São instrumentos com pontas pontiagudas 
e cônicas e ângulo obtuso em ambas as 
extremidades. Este formato facilita a 
localização dos orifícios de entrada dos 
canais. 
 Esses instrumentos são rígidos e não 
devem ser introduzidos no interior dos 
canais ou utilizados para a condensação de 
gutta-percha. 
COLHER DE DENTINA 
 É utilizado para remoção de cáries, 
cimentos temporários em cavidade 
profundas e restos de tecido pulpar 
coronário. Os escavadores apresentam 
orientação à direita e à esquerda. 
ESPÁTULA Nº1 
 É um instrumento utilizado para colocação 
de restaurações temporárias e remoção dos 
excessos da gutta-percha que foi aquecida 
no final da obturação. 
EMERGÊNCIAS 
 O instrumental básico necessário para a 
maioria dos procedimentos de emergência 
são: Kit clínico de exame; 
 Material e instrumental para 
anestesia; 
 Sistema para preparo de canal 
(limpeza e modelagem); 
 Kit para incisão e drenagem. 
 
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INCISÃO E DRENAGEM 
 Os instrumentais para incisão e drenagem 
são: 
 Bisturi e lâmina; 
 Destaca-periósteo; 
 Dreno de borracha; 
 Porta agulha; 
 Seringa para irrigação com agulha 18 
G; 
 Soro fisiológico; 
 Ponta de sucção. 
 
LIMPEZA E MODELAGEM 
 Os instrumentos utilizados para o acesso, 
limpeza e modelagem são: 
 Seringa (ultradent) com agulha Endo-
Eze; 
 Pinça para algodão; 
 Instrumentos rotatórios; 
 Espátula nº1 para colocação de 
cimento temporário; 
 Limas e instrumentos para extirpação 
pulpar; 
 Espiral de Lentulo; 
 Régua milimetrada. 
INSTRUMENTOS MANUAIS 
 Alargadores; 
 Limas tipo K; 
 Instrumentos para extirpação pulpar; 
 Limas tipo Hedstrom. 
 
INSTRUMENTOS ACIONADOS A MOTOR 
 Semelhantes aos manuais que 
apresentam uma haste que é fixada no 
contra ângulo da baixa rotação. 
 Estes são representados por: 
 Gates-Glidden; 
 Peeso; 
 Alargadores e limas acionadas a 
motos semelhante aos manuais. 
 
INSTRUMENTOS ULTRASSÔNICOS E 
SÔNICOS 
 Apresentam diversas formas. Alguns se 
assemelham aos instrumentos farpados, 
limas e outros são pontas diamantadas 
(coated wire). Todos os insertos são 
acoplados a uma peça de mão vibratória 
que irá energizar esses instrumentos. 
INSTRUMENTOS DE NÍQUEL-TITÂNIO 
 Representam a transição dos instrumentos 
que foram adaptados tanto para os 
preparos manuais como para os rotatórios. 
Diversos designs e configurações têm sido 
desenvolvidos tanto para os preparos 
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manuais quanto para os acionados a motor. 
A secção transversal destes instrumentos 
apresenta formatos diferenciados. 
 
FABRICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 
 Os instrumentos manuais são fabricados a 
partir de uma haste metálica de formato 
circular e têm a sua forma modificada para 
tornarem-se instrumentos cônicos com 
lâminas cortantes. 
 Eles são usados com movimento de 
rotação (alargamento) ou tração (limagem) 
para promoverem a limpeza e o alisamento 
simétrico das paredes do canal. 
INSTRUMENTOS MANUAIS 
 Diversos formatos de limas com secção 
transversal estão disponíveis 
comercialmente. 
 Foram desenvolvidas duas técnicas de 
fabricação desses instrumentos: 
 Usinagem: nessa técnica as hastes 
são usinadas diretamente num torno. 
Todos os instrumentos de níquel-
titânio também são fabricados por 
usinagem. A mudança dos processos 
de fabricação por usinagem e torção 
resulta em diferentes propriedades 
físicas e de trabalho. 
 Torção: essa técnica é empregada 
na confecção de limas tipo K e 
alargadores. Consiste inicialmente 
em usinar e, em seguida, realizar a 
torção. A haste base, em seu estado 
bruto, é usinada em três formas 
geométricas cônicas – quadrada, 
triangular e romboide. Essas hastes 
então são torcidas no sentido anti-
horário, produzindo assim lâminas 
helicoidais de corte. As limas do tipo 
K apresentam mais espirar por 
milímetro de comprimento quando 
comparadas com os alargadores de 
calibre correspondente. 
Altera a resistência entre elas. 
 
UTILIZAÇÃO CLÍNICA 
 Limas (K e Flex) são utilizadas para 
movimentos de raspagem ou penetração e 
tração. Esse movimento é mais eficiente 
quanto maior for o contato das lâminas com 
as paredes do canal, quando as lâminas 
estão no ângulo correto em relação ao 
longo eixo. Possui ponta inativa. 
 
 Os alargadores são torcidos por essa 
razão, o corte ocorre durante a rotação. A 
configuração dos alargadores foi 
desenvolvida para promover um menor 
número de torções, resultando em um maior 
espaço entre as espiras, prevenindo o 
travamento da lâmina de corte. 
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 Ao contrário das limas tipo K e dos 
alargadores, as limas H não tem secção 
transversal nem quadrangular nem 
triangular. Sua parte ativa caracteriza-se por 
uma espiral sob a forma de pequenos cones 
superpostos e ligeiramente inclinados, 
sendo a base desses cones a porção 
cortante. Possui excelente capacidade de 
corte. 
 As limas podem ser utilizadas tanto em 
movimento de limagem como de 
alargamento, enquanto os alargadores só 
podem ser utilizados em movimentos de 
alargamento. 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
 Os padrões de limas tipo K e alargadores 
foram primeiramente publicados em 1976 
pela American Dental Association (ADA), 
especificação nº28. Esses padrões foram 
desenvolvidos especificamente para 
instrumentos manuais utilizados no canal 
radicular. 
 A especificação nº28 da ADA, estabeleceu 
padrões para a conicidade, geometria da 
ponta e estabeleceu a tolerância para erros 
de fabricação. Estabeleceu também a 
codificação de cores dos instrumentos 
manuais para suas identificações e a 
criação de um novo instrumento (n06). Em 
1982, a especificação nº58 da ADA 
padronizou e estabeleceu critérios físicos 
mínimos para as limas tipo Hedstrom. 
COMPRIMENTOS 
As limas e alargadores estão disponíveis 
em três comprimentos de haste: 21, 25 e 31 
mm. Os instrumentos mais curtos 
proporcionam ao operador controle mais 
fácil e melhor acesso aos dentes 
posteriores. Os instrumentos de 25 e 31 mm 
são utilizados para o preparo dos canais 
radiculares e dentes com raízes mais 
longas. 
CALIBRE (DIMENSÃO) 
 As dimensões das limas tipo K e 
alargadores são determinadas de acordo 
com o diâmetro específico do instrumento 
em posições específicas ao longo do seu 
comprimento (como determinado pela 
especificação nº28 da ADA). 
 O diâmetro na ponta do instrumento é 
conhecido como D0. A haste helicoidal de 
corte dos instrumentos deve ser de, pelo 
menos, 16 mm de comprimento, e o 
diâmetro neste ponto é conhecido como 
D16. O diâmetro da lima ao longo de seu 
comprimento aumenta a uma taxa de 0,02 
mm a cada milímetro. 
 
 O diâmetro da ponta dos instrumentos 
aumenta em incrementos de 0,05 mm. Nas 
limas mais calibrosas que a de n60 (0,60 
mm na ponta) a partir desse instrumento, o 
aumento é de 0,10 mm até a lima calibre 
140. 
 
LIMITES TORCIONAIS 
 Limite torsional é a quantidade de torque 
rotacional que pode ser aplicada a um 
instrumento “travado” no ponto de fratura. 
Obviamente, um instrumento deveria ter 
resistência suficiente para trabalhar 
vigorosamente e sofrer rotação sem a 
ocorrência de fratura. 
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 Padronizações para instrumentos manuais 
de aço foram estabelecidas visando 
determinar o limite torsional (ponto de 
fratura) sob várias forças. Os instrumentos 
menor calibre (menores do que o n20) 
podem ser mais resistentes à rotação sem a 
ocorrência de fratura do que os de maior 
calibre (maiores do que o n40). Sob 
condições de teste, as limas de níquel-
titânio (todas são usinadas) possuem maior 
resistência à fratura quando comparadas às 
limas de aço inoxidável. 
 
CODIFICAÇÃO DE CORES 
 A codificação das cores nos cabos dos 
instrumentos manuais indica o calibre dos 
mesmos. A codificação de cores de 
instrumentos mais novos, não tradicionais, 
varia de acordo com o fabricante. 
 
EXTIRPA NERVOS 
 Os instrumentos farpados (extirpa-nervos 
e limas rabo de rato) são instrumentos de 
aço inoxidável com cabos plásticos. As 
farpas se enredam e removem o conteúdo 
do canal. 
 Este instrumento deve ser introduzido no 
canal delicadamente e seu emprego deve 
ser limitado pela curvatura do canal. 
 
ESPIRAIS DE LENTULO 
 As espirais de Lentulo são instrumentos de 
haste torcida utilizados em baixa rotação. 
São utilizadas para aplicar pastas, cimentos 
ou hidróxido de cálcio no canal. Devemser 
utilizadas com cuidado para evitar o 
extravasamento de material para a região 
periapical. 
 
INSTRUMENTOS ACIONADOS A MOTOR 
GATES-GLIDDEN 
 Forma elíptica, sendo utilizadas para 
ampliação de orifícios. Também podem ser 
utilizadas para obter acesso em linha reta, 
removendo projeção dentinária, ampliando 
rapidamente o terço coronário e médio dos 
canais. 
ALARGADORES PEESO 
 Utilizados também como coadjuvantes no 
preparo dos canais. Eles são basicamente 
similares às freses de Gates-Glidden, 
porém apresentam lâminas de corte 
paralelas de formato elíptico. Esses 
instrumentos estão disponíveis tanto com 
ponta inativa como ativa. 
 
 
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UTILIZAÇÃO INTRACANAL 
INSTRUMENTOS FARPADOS 
 Estes instrumentos são empregados para 
a remoção da polpa radicular, necessitando 
para isso que suas farpas nela se 
enrosquem. Esse instrumento deve ser 
usado com cautela devido à possibilidade 
de fratura durante a extirpação pulpar. 
 
ALARGADORES E LIMAS 
 Dois tipos de movimentos são mais 
comuns no preparo dos canais radiculares: 
alargamento e limagem. 
 O movimento de alargamento consiste na 
rotação do instrumento no sentido horário, 
descrevendo um arco na aresta de corte. 
 
 
 A limagem necessita de uma série de 
movimentos repetitivos. Primeiro, o 
instrumento é introduzido no comprimento 
do canal de forma passiva, girando 
“lentamente”. 
 Em seguida, a lima é girada (1/4 de volta 
ou mais) e removida do canal enquanto a 
ponta é empurrada firmemente contra as 
paredes do canal, como um pincel que é 
aplicado para pintar uma parede. 
 
EVITANDO A FRATURA DO 
INSTRUMENTO 
 A fratura dos instrumentos manuais no 
interior do canal radicular pode ser 
prevenida pela inspeção rotineira em busca 
de deformações, como distorção das 
lâminas, “enrolamento” das lâminas, 
distorção da ponta e corrosão. 
 Se um instrumento apresentar qualquer 
uma dessas deformidades, deve ser 
imediatamente descartado. A prevenção é a 
chave para evitar a fratura dos 
instrumentos. 
INSTRUMENTOS PARA OBTURAÇÃO 
 Os instrumentos para obturação são: 
 Espaçadores ou calcadores; 
 Espátula nº1 para transferência de 
calor e colocação do cimento 
temporário; 
 Pinças para algodão com trava; 
 Calcadores para a condensação 
vertical. 
 
 
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Odontometria 
OBJETIVO 
Determinar o comprimento de trabalho. 
COMPRIMENTO DE TRABALHO 
 Definido como a distância de um ponto de 
referência coronário predeterminado 
(usualmente, a borda incisal em dentes 
anteriores e a ponta de cúspide em dentes 
posteriores) de forma que a limpeza e 
modelagem e a obturação possam ser 
realizadas. 
 
 O ponto de referência deve ser fixo e 
estável de modo que não ocorram fraturas 
entre as consultas. As cúspides sem 
suporte e enfraquecidas por cáries ou 
restaurações devem ser reduzidas por 
desgaste utilizando-se brocas de 
acabamento ou pontas diamantadas. 
LIMITE APICAL 
 O limite apical é empírico, e com base em 
estudos anatômicos, deve ficar 1 mm 
aquém do ápice radiográfico. 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE 
TRABALHO 
 Previamente à abertura coronária, 
devemos calcular uma estimativa do 
comprimento de trabalho, que é feita 
medindo-se o comprimento total do dente 
em uma radiografia diagnóstica utilizando-
se a técnica do paralelismo. 
 
 Em casos de canais curvos, o 
comprimento deve ser mensurado 
colocando-se uma lima que esteja curvada 
para replicar a morfologia do canal contra a 
película. 
 
 O cursor (ou limitador de penetração) pode 
ser ajustado para coincidir com o ponto de 
referência, enquanto a ponta da lima é 
alinhada com o ápice radiográfico. 
 Após o ajuste do cursor, a lima é retificada 
e o comprimento, medido. De uma 
perspectiva prática, um cálculo com a 
aproximação de 0,5 mm deve ser realizado. 
Então, 2 mm são subtraídos para dar conta 
da distância do forame (1 mm) e da 
distorção da imagem radiográfica (1 mm). 
 Essa manobra é um procedimento de 
segurança para que os instrumentos não 
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ultrapassem o forame apical. Depois do 
preparo da abertura coronária, uma lima de 
pequeno calibre é empregada para explorar 
o canal e estabelecer a patência para o 
comprimento de trabalho estimado. 
 Uma lima mais calibrosa é então inserida 
para a estimativa do comprimento, já que a 
lima inicial, que está frouxa no canal, pode 
ser deslocada durante a exposição à 
radiografia ou forçada além do ápice se o 
paciente morder acidentalmente. A 
marcação do comprimento é feita em 
milímetros com cursores de borracha 
colocados na haste da lima para realizar o 
controle de sua penetração. 
 
 Uma régua milimetrada estéril ou o 
dispositivo de medição podem ser usados 
para ajustar os cursores na lima. 
 
 Para assegurar uma mensuração exata e 
o controle do comprimento durante a 
preparação do canal, o cursor deve guardar 
contato físico com o ponto de referência 
coronário. Em dentes multirradiculares, as 
limas devem ser colocadas em todos os 
canais antes da exposição radiográfica. 
 São necessárias radiografias anguladas 
para dissociar limas e estruturas 
sobrepostas, para propiciar um método 
eficiente de determinação do comprimento 
de trabalho e reduzir a radiação para o 
paciente. 
 É necessário que o dique de borracha 
esteja no lugar durante a determinação do 
comprimento de trabalho para assegurar um 
ambiente asséptico e proteger o paciente da 
deglutição e aspiração dos instrumentos. 
 Outro fator clínico que deve ser 
considerado é o estabelecimento correto do 
comprimento de trabalho, e isso inclui 
sensibilidade tátil, resposta do paciente e a 
presença de sangramento. 
 Depois da exposição do filme ou sensor, a 
correção do comprimento de trabalho é 
calculada. A distância entre a ponta da lima 
e o ápice radiográfico é então determinada. 
 Quando essa distância é superior a 1 mm, 
um cálculo (somando-se ou subtraindo-se 
do comprimento) é feito então com a ponta 
da lima sendo posicionada a 1 mm do ápice 
radiográfico. 
 
 Quando a correção é superior a 3 mm, é 
aconselhável fazer uma segunda radiografia 
para obtenção do comprimento de trabalho. 
Pelos fato de os dentes anterossuperiores 
possuírem apenas um canal, a angulação 
das tomadas radiográficas não é 
necessária. 
 As angulações mesiais são recomendadas 
para pré-molares e molares superiores. 
 
 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
 A angulação distal é recomendada para 
incisivos e molares inferiores. 
 
Preparo químico-mecânico dos 
canais radiculares 
“O tratamento bem-sucedido do canal 
radicular é baseado no estabelecimento de 
um diagnóstico exato e no desenvolvimento 
de um plano de tratamento apropriado; na 
aplicação do conhecimento da anatomia e 
morfologia dentária; e na realização do 
desbridamento, desinfecção e obturação de 
todo o sistema de canal radicular.” 
PRINCÍPIOS DE LIMPEZA 
 O tratamento não cirúrgico do canal 
radicular é um método previsível de manter 
um dente que, de outro modo, iria requerer 
extração. 
 O sucesso do tratamento do canal 
radicular em um dente com polpa vital é 
maior do que o de um dente com polpa 
necrótica com lesão perirradicular. 
Obs: o implante nunca irá ser melhor que 
um dente natural. 
 Os fatores mais significativos que afetam 
esse processo são a anatomia e morfologia 
dentárias e os instrumentos e soluções 
irrigadoras disponíveis para o tratamento. 
Qualquer tipo de agitação de solução 
irrigadora melhora a limpeza do canal. 
 
 Os instrumentos precisam contactare 
aplainar as paredes do canal radicular para 
desbridar o canal. 
 Fatores morfológicos incluem canais 
laterais e acessórios, curvaturas do canal, 
irregularidades da parede do canal e istmos. 
Essas anomalias tornam um desbridamento 
total virtualmente impossível. 
PRINCÍPIOS DE MODELAGEM 
 A limpeza eficiente depende de uma 
modelagem bem feita. O propósito da 
modelagem é facilitar a limpeza e promover 
espaço para a colocação do material 
obturador. 
 O objetivo principal da modelagem é 
manter ou desenvolver uma conicidade 
contínua afunilada da entrada do canal até 
o ápice. 
Quanto alargar o canal? 
 O grau de modelagem é determinado pela 
dimensão radicular pré-operatória, pela 
técnica de obturação e pelo plano de 
tratamento restaurador. 
 Raízes finas e estreitas, como as de 
incisivos inferiores, não podem ser 
alargadas no mesmo grau que raízes 
volumosas, como as de incisivos centrais 
superiores – diâmetro anatômico. 
 
 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
PREPARO APICAL 
 Embora o conceito de limpeza e 
modelagem do espaço do canal radicular 
seja simples, existem áreas onde não há 
consenso. A primeira é a extensão do 
preparo apical. 
 Estudos recentes identificaram a junção 
cemento-dentinária como a área onde a 
polpa termina e o ligamento periodontal 
começa (depois da constrição apical). 
 
 Infelizmente, isso é uma característica 
histológica e a posição (que é irregular 
dentro do canal) não pode ser determinada 
clinicamente (pode ser localizada com 
localizador apical). 
 Tradicionalmente, o limite apical estava a 1 
mm do ápice radiográfico. A constrição 
apical é definida como a porção mais 
estreita do canal, e a distância média do 
forame à constrição é de 0,5 mm. 
 Um estudo descobriu que a constrição 
apical clássica estava presente em apenas 
46% dos dentes e, quando presente, 
variava em forma e em relação ao forame 
apical – não é uma regra, pode variar. 
 Em um estudo prospectivo avaliando 
prognósticos, fatores adversos significativos 
que influenciaram o sucesso e o fracasso 
foram perfuração, doença perirradicular pré-
operatória, e comprimento incorreto da 
obturação do canal radicular. 
 Enquanto a referência de 1 a 3 mm 
do ápice radiográfico permanece 
racional, o limite apical da 
instrumentação e obturação 
permanece empírico. 
 A necessidade de compactar a guta-
percha (não é biocompatível – não 
pode sair do canal) e o cimento 
(biocompatível) contra a matriz de 
dentina apical (constrição apical) é 
importante para o sucesso. 
 A decisão de onde terminar o 
preparo é baseada no conhecimento 
da anatomia apical, na sensação tátil, 
na interpretação radiográfica, nos 
localizadores apicais, no 
sangramento apical e na reação do 
paciente (ai – 1 mm). 
GRAU DE ALARGAMENTO APICAL 
 Devido à morfologia ser variável, não 
existe um tamanho padronizado para o 
ápice. Segundo estudos, os irrigantes não 
conseguem atingir a porção apical da raiz 
se o canal não estive alargado por uma lima 
no 35 ou 40 (não adianta instrumentar até 
uma lima 20/25 mm). 
ELIMINAÇÃO DA ETIOLOGIA 
 O alargamento mecânico do espaço do 
canal radicular diminui dramaticamente a 
presença de microrganismos existentes no 
canal, mas não torna o canal estéril. 
 Não existe consenso quanto ao irrigante 
mais apropriado ou quanto à concentração 
da solução, embora o hipoclorito de sódio 
(NaOCl) seja o irrigante mais largamente 
utilizado. 
PATÊNCIA PERIAPICAL 
 É uma técnica pela qual pequenas limas 
manuais são frequentemente inseridas até 
um pouquinho além do forame apical 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar 
 
 
 
 
durante o preparo do canal. Geralmente é 
usado em casos de necrose pulpar – é feita 
com limas mais finas e não deve passar 
mais de 1 mm do forame apical. 
 Essa técnica, durante os procedimentos de 
limpeza e modelagem, assegura que o 
comprimento de trabalho não seja perdido e 
que a porção apical da raiz não fique 
obstruída por tecido, restos dentinários e 
bactérias. 
RECAPTULAR 
 Usado para evitar a compactação da 
dentina – usado em polpa viva. A 
recapitulação é realizada usando-se uma 
lima fina no comprimento de trabalho 
correto para soltar detritos acumulados e 
então lavá-los com 1 a 2 mL de irrigante. 
 A recapitulação é realizada entre cada 
sucessivo instrumento de alargamento, não 
importa qual seja a técnica de limpeza e 
modelagem. 
PRINCÍPIOS DE LIMPEZA E TÉCNICAS 
DE MODELAGEM 
 Os critérios de preparação do canal 
incluem o desenvolvimento cônico 
progressivo, mantendo a forma original do 
canal, mantendo o forame apical em sua 
posição original, mantendo a abertura apical 
tão pequena quanto possível e 
desenvolvendo paredes lisas e polidas. 
TÉCNICAS DE PREPARO DO CANAL 
RADICULAR 
Preparo do terço cervical: 
 Caso não queira usar a gates ou a gates 
não vai, utiliza-se as limas para abrir o 
canal. 
 
Movimentos: 
 Oscilação: oscilar é fazer uma 
rotação para trás e para frente 
(sentido horário/sentido anti-horário) 
com o instrumento em um arco que é 
usado para abrir canais e trabalhar 
as limas no lugar. É aplicada leve 
pressão apical (fazendo a oscilação 
ao mesmo tempo) para introduzir a 
lima mais profundamente dentro do 
canal. 
 Alargamento: alargamento é definido 
como o corte rotacional, no sentido 
horário, da lima. Geralmente, os 
instrumentos são colocados dentro 
do canal até que seja encontrado um 
obstáculo. O instrumento é então 
girado no sentido horário 180 a 360 
graus (geralmente 180º) para 
aplainar as paredes e alargar o 
espaço do canal. 
 Limagem: limagem é definida como 
colocar a lima dentro do canal e 
pressioná-la lateralmente enquanto a 
retira ao longo do caminho de 
inserção para aplainar a parede. Há 
muito pouca rotação no impacto 
cortante para fora. A ação 
arranhadora ou raspadora remove o 
tecido e corta a dentina superficial da 
parede do canal. 
INSTRUMENTAÇÃO ANTICURVATURA 
 É definida durante procedimentos para 
alargamento coronário a fim de preservar a 
parede da furca no tratamento de molares. 
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O movimento deve ser direcionado para 
fora. 
 As brocas Gates-Glidden também podem 
ser usadas direcionalmente de um modo 
anticurvatura para remover seletivamente a 
dentina da parede espessa (zona de 
segurança) em direção ao ângulo linear, 
protegendo o interior ou parede da furca 
(zona de perigo) coronária à curva. 
 
FORÇA BALANCEADA 
 As limas cortarão em uma rotação em 
ambos os sentidos (horário e anti-horário), o 
conceito de força balanceada de 
instrumentação consiste em colocar a lima 
no comprimento e então uma rotação no 
sentido horário (menos de 180º) imbrica na 
dentina. 
 Isto é seguido por uma rotação no sentido 
anti-horário (no mínimo 120º) com pressão 
apical para cortar a alargar o canal. A 
rotação no sentido horário puxa o 
instrumento para dentro numa direção 
apical. 
 A rotação cortante no sentido anti-horário 
força a lima numa direção coronária 
enquanto corta circunferencialmente. 
TÉCNICAS DE PREPARO (COROA-
ÁPICE) 
 Essa técnica foi desenvolvida na 
Universidade de Oregon, pelo Prof. Dr. J. B. 
Pappin (1978). 
 A técnica coroa-ápice é defendida para 
procedimentos de limpeza e modelagem, 
pois ela remove interferências coronárias e 
promove conicidade coronária. 
 Com a câmara pulpar preenchida com 
irrigante ou lubrificante, o canal é explorado 
com um instrumento fino para determinar a 
patência e a morfologia (curvatura). O 
comprimento de trabalho pode então ser 
estabelecido – a odontometria pode ser feita 
antes ou depois do preparo do terço 
coronário. 
 O terço coronário do canal é então 
alargado com brocas Gates-Glidden. Uma 
lima calibrosa (como a n50) é então 
colocada no canal, e um movimentooscilatório é usado até que uma resistência 
seja encontrada. 
 O processo é repetido com limas menores, 
sequencialmente, até que se atinja a porção 
apical do canal. O comprimento de trabalho 
pode ser determinado, se isso não foi 
conseguido inicialmente. 
 
TÉCNICA DE PREPARO ESCANOLADA 
 Após o alargamento coronário, o diâmetro 
apical é determinado com uma lima apical 
inicial (LAI: a lima inicial que se adapta 
levemente ao comprimento de trabalho 
correto). 
RADIOLOGIA EM ENDODONTIA 
 A técnica mais utilizada em endodontia é a 
periapical, podendo ser realizada com 
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filmes convencionais, sensores 
radiográficos e placas de fósforo. 
 Para obter qualidade é necessário 
observar, principalmente: 
 Tempo de exposição; 
 Filme; 
 Processamento; 
 Angulação e posicionamento 
adequados. 
PRINCIPAIS CAUSAS DE REPETIÇÕES 
DE IRRADIAÇÕES 
 Contraste e/ou densidade ótica 
incorretos: tempo de revelação muito 
curto, temperatura muito baixa. 
Dificulta detecção de pequenos 
detalhes. 
 Superposição: angulação incorreta. 
 Distorção: angulação vertical e/ou 
horizontal errada. 
 Exposição: superposição ou 
subexposição. 
 Velamento do filme: entrada de luz 
na câmara escura. 
Diagnóstico e tratamento 
Primeiro deve ser tratada a dor! 
DIAGNÓSTICO 
 A chave para um tratamento eficaz é 
um diagnóstico preciso. 
 A chave para o diagnóstico preciso 
consiste no conhecimento dos 
processos patológicos que ocorrem 
no tecido afetado. 
PATOLOGIAS PULPARES E 
PERIAPICAIS 
 Diante das agressões a polpa responderá 
de 3 modos: 
1- Estimulará a formação da esclerose 
dentinária (obliteração dos túbulos) 
por deposição de material 
mineralizado. Como consequência, 
diminui a permeabilidade dentinária e 
a agressão ao tecido pulpar. 
2- Induzirá a formação da dentina 
terciária, seja ela reacional ou 
reparadora. 
3- Desencadeará resposta inflamatória 
no tecido pulpar, que será 
influenciada pelo tipo de agressor e 
pela intensidade da agressão. 
AGENTES IRRITANTES 
 A irritação dos tecidos pulpares ou 
periapicais pode resultar em inflamação. 
Os principais irritantes desses tecidos 
podem ser divididos em dois grupos: 
 Vivos: vários microrganismos e vírus. 
 Inanimados: irritantes mecânicos, 
térmicos e químicos. 
Irritantes microbianos 
 Os microrganismos presentes nas lesões 
cariosas representam a principal fonte de 
irritação dos tecidos pulpares e periapicais. 
A lesão cariosa de dentina e de esmalte 
contém várias espécies de bactérias, como 
Streptococcus mutans, lactobacilos e 
Actinomyces. 
 Em resposta à presença de 
microrganismos e seus subprodutos na 
dentina, a polpa é localmente infiltrada (na 
base dos túbulos envolvidos na lesão 
cariosa) primariamente por células 
inflamatórias crônicas como macrófagos, 
linfócitos e plasmócitos. 
 Quando uma exposição pulpar real 
acontece, o tecido pulpar é infiltrado 
localmente por leucócitos 
polimorfonucleares (PMN) para formar uma 
área de necrose liquefativa no local da 
exposição. 
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 Após a exposição pulpar, as bactérias 
colonizam e persistem na área da necrose. 
O tecido pulpar pode permanecer inflamado 
por longos períodos de tempo e pode 
experimentar uma necrose eventual ou 
rápida. Como consequência da exposição 
pulpar à cavidade oral e às cáries, a polpa 
então abriga bactérias e seus subprodutos. 
 Geralmente, a polpa não consegue 
eliminar essas bactérias agressoras. No 
máximo, ela se defende temporariamente 
ou reduz a velocidade da disseminação da 
infecção e da destruição tecidual. Se os 
agentes irritantes persistem, os danos irão 
se tornar mais extensos e se espalharão por 
toda a polpa. 
 
 Então, as bactérias ou seus subprodutos, 
e outros agentes irritantes oriundos da 
polpa necrótica, irão se difundir do canal no 
sentido periapical, resultando no 
desenvolvimento de lesões inflamatórias. 
 
Irritantes mecânicos 
 Preparos cavitário profundos. 
 Remoção da estrutura dentária sem 
irrigação adequada. 
 Trauma gerado por impacto. 
 Trauma oclusal. 
 Curetagem periodontal profunda. 
 Movimento ortodôntico. 
 Dentes que são submetidos a 
procedimentos restauradores extensos, a 
polpa apresenta-se inflamada. O número de 
túbulos dentinários por unidade de 
superfície de área e seu diâmetro tendem a 
aumentar conforme vão se aproximando da 
polpa. 
 Portanto, o potencial de irritação pulpar 
tende a aumentar conforme maior 
quantidade de dentina é removida. Os 
procedimentos restauradores sem 
refrigeração por água causam mais irritação 
que aqueles realizados sob aerossol com 
água. 
Trauma 
 Os dentes submetidos a traumatismo leve 
a moderado e aqueles com ápices 
incompletos (pacientes jovens) possuem 
uma maior chance de sobrevivência pulpar 
quando comparados àqueles submetidos a 
lesões graves ou com ápices completos 
(pacientes adultos com rizogênese 
completa). 
 A aplicação de forças acima da tolerância 
fisiológica do ligamento periodontal durante 
o movimento ortodôntico resulta em 
distúrbios da irrigação sanguínea e 
inervação do tecido pulpar. 
 Os tecidos periapicais podem ser 
mecanicamente irritados e inflamados: 
 Trauma. 
 Sobrecontato oclusal. 
 Procedimentos e acidentes 
endodônticos. 
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 Extirpação pulpar. 
 Sobreinstrumentação dos canais 
radiculares. 
 Perfuração radicular e 
sobreobturação radicular. 
 A irritação mecânica por instrumentos 
pode ocorrer durante o preparo do canal – 
quando o tratamento do canal deveria ter 
acabado ante do ápice. 
 A determinação incorreta do comprimento 
do canal radicular pode causar uma 
sobreinstrumentação e subsequente 
inflamação. 
Irritantes químicos 
 Agentes de limpeza. 
 Dessensibilizantes. 
 Substâncias presentes nos materiais 
restauradores provisórios e 
definitivos. 
 Vernizes cavitários. 
PATOLOGIAS PULPARES 
 Além da configuração anatômica e da 
diversidade de irritantes envolvidos, a polpa 
reage a esses irritantes da mesma maneira 
que qualquer outro tecido conjuntivo. A 
lesão pulpar resulta em inflamação e morte 
tecidual. O grau de inflamação é 
proporcional à intensidade e gravidade do 
dano tecidual. 
Testes de vitalidade pulpar: 
 Guta percha em bastão. 
 Endo – ice. 
 Teste de percussão com o cabo do 
espelho. 
Polpa normal 
 Um dente com polpa normal não 
apresenta sintomas clínicos e responde 
normalmente ao teste de vitalidade. Tal 
dente não apresenta nenhum sinal 
radiográfico de lesão. 
Pulpite aguda reversível 
→ Remoção do agente agressor e 
restauração. 
 Clinicamente, o paciente relata dor 
leve a moderada. 
 No exame clínico, observam-se 
alterações dentárias. 
 Ao realizar o teste de vitalidade (pois 
precisa de um estímulo para doer), o 
paciente responde positivamente, 
porém a dor cessa poucos segundos 
após a remoção do estímulo – polpa 
normal. 
 Em exames radiográficos, notam-se 
lesões cariosas ou restaurações 
extensas e/ou defeituosas próximas 
à câmara pulpar. 
 
Pulpite aguda irreversível 
→ Remoção do agente agressor + 
tratamento endodôntico e restauração 
provisória. 
 A sintomatologia tende a intensificar-
se, principalmente o quadro doloroso 
– geralmente é a evolução de uma 
pulpite aguda reversível. 
 Dor intensa, pulsátil, constante e 
espontânea. 
 Ao teste de vitalidade poderá 
responder ou não. 
 
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Pulpite crônica 
 Dores leves e intermitente por 
semanas ou meses. 
 Normalmente apresentam lesões 
cariosas extensas com comunicação 
da câmara pulpar ou restaurações 
extensas fraturadas e defeituosas. 
No teste de vitalidade, o frio não 
induz aumento de dor. 
 No entanto, à medida que a 
inflamação e a necrose do tecido 
pulpar progredirem, haverá redução 
nos estímulos termoelétricos. 
 
 
 
LESÕES PERIAPICAIS 
As lesões periapicais foram classificadas 
com base em seus achados clínicos e 
histológicos. 
Periodontite apical sintomática 
 A primeira extensão da inflamação 
pulpar para os tecidos periapicais é 
chamada de periodontite apical 
sintomática (PAS). 
 A polpa pode estar com inflamação 
irreversível ou necrosada. 
Sinais e sintomas: 
 As características clínicas da PAS 
são desconforto espontâneo de 
moderado a severo, assim como dor 
à mastigação ou à percussão. 
 Casos de PAS causados por necrose 
não respondem aos testes de 
vitalidade pulpar. 
 A aplicação de pressão digital ou a 
percussão com o cabo de um 
espelho clínico podem causar uma 
exacerbação da dor. 
Tratamento: 
 O ajuste da oclusão (quando existe 
evidência de supraoclusão), a remoção de 
irritantes ou de uma polpa patológica, ou a 
liberação de exsudato periapical geralmente 
resultam em alívio. 
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Periodontite apical assintomática 
 É uma condição clínica assintomática 
de origem pulpar que está associada 
à inflamação e destruição dos tecidos 
periapicais. 
 A percussão produz pouca ou 
nenhuma dor. 
 Pode haver uma sensibilidade leve à 
palpação, indicando uma alteração 
das tábuas ósseas corticais e 
extensão da PAA para os tecidos 
moles. 
Tratamento: 
 A remoção de agentes irritantes 
desencadeadores (polpa necrosada) e a 
obturação completa do sistema de canais 
radiculares geralmente resultam na 
resolução da PAA. 
 Não existem evidências de que os cistos 
periapicais resistam à resolução após um 
tratamento endodôntico adequado ou a 
exodontia. 
Osteíte condensante 
 Uma variante da periodontite apical 
assintomática, representa um aumento no 
osso trabecular em resposta a uma irritação 
persistente. 
 O irritante difundindo-se a partir do canal 
radicular para os tecidos periapicais é a 
principal causa da osteíte condensante. 
 
 
Abscesso dento-alveolar agudo 
→ Evolução de uma periodontite apical 
sintomática. 
 Lesão liquefativa localizada ou difusa de 
origem pulpar que destrói os tecidos 
periapicais e é uma resposta inflamatória 
acentuada aos irritantes microbianos e não 
bacterianos oriundos da polpa necrosada 
(não tratada). 
 
Sinais e sintomas: 
 O abscesso dento-alveolar agudo é 
caracterizado por aparecimento 
rápido e dor espontânea. 
 Dependendo da gravidade da 
reação, os pacientes geralmente 
apresentam um desconforto 
moderado à grave e/ou aumento de 
volume. 
 Esses dentes geralmente são 
dolorosos à percussão e à palpação. 
Tratamento: 
 A remoção das causas subjacentes, a 
liberação da pressão (drenagem, quando 
possível) e o tratamento endodôntico de 
rotina levam à resolução da maior parte dos 
casos de ADAA. 
Abscesso dento-alveolar crônico 
 O abscesso apical crônico é uma lesão 
inflamatória de origem pulpar que é 
caracterizada pela presença de uma lesão 
de longa duração que resultou em um 
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abscesso que está drenando para a 
superfície mucosa (fístula) ou cutânea. 
 
Sinais e sintomas: 
 Quando a drenagem ocorre, o ADAC é 
geralmente assintomático, exceto quando 
existe um fechamento do trajeto fistuloso, o 
que pode causar dor. 
Tratamento: 
 A remoção das causas subjacentes, a 
liberação da pressão (drenagem, quando 
possível) e o tratamento endodôntico de 
rotina levam à resolução da maior parte dos 
casos. A fístula nem sempre vai estar sobre 
o dente causador. 
 
 
 
Pulpite hiperplásica 
 A pulpite hiperplásica (pólipo pulpar) é 
uma forma de pulpite irreversível que se 
origina do supercrescimento de polpas 
jovens com inflamação crônica em direção à 
superfície oclusal. 
 Supercrescimento da polpa. 
 Pacientes jovens. 
 Dentes previamente abertos. 
 Muitas das vezes com ausência de 
dor. 
Calcificação pulpar 
 Consiste na formação extensa de tecido 
duro nas paredes dentinárias, geralmente 
como resposta à irritação ou morte e 
substituição dos odontoblastos. Dificuldade 
em localizar o canal. 
 Rafaela Lorena Boot – Odontologia Unicesumar

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