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HAM 1 Esternal - delimitada pelas linhas esternais de cada lado (1) Supraesternal - (2) Supraclavicular - (3) Infraclavicular - (4) Mamária - (5) Inframamária - (6) Inspeção do tórax Pectus carinatum Pectus excarvatum TIPOS DE TÓRAX Circulação colateral - proveniente de obstrução crônica Ingurgitamento da jugular ( turgência da jugular ) “aumento de pressão na veia jugular” – estase jugular Ictus Cordis: Corresponde a ponta do ventrículo esquerdo, ao nível do 5 espaço intercostal a esquerda e da linha hemiclavicular. Ausculta Cardíaca Sistema Hemolinfopoietico Composição: Sangue Órgãos responsáveis pela hemofinfopoiese Medula óssea Baço Linfonodos Timo Composição Sangue: Elementos figurados: Eritrócitos, Leucócitos e Plaquetas Plasma (água, proteínas, glicose, etc...) Plaquetas Trombocitose: Aumento do n° de plaquetas - (leucemia) Consequências: Trombose Trombocitopenia: Diminuição do n° de plaquetas Causas Infecciosa: Coagulopatias: Diminuição da produção: Aplasia da medula óssea Policitemia (eritrocitose) - aumento do número de eritrócitos. Relativa: desidratação Absoluta: Hipóxia tecidual (eritropoetina ) e Neoplasias Renais Policitemia (eritrocitose) Consequências : Aumento da viscosidade Cianose Predisposição à formação de trombos Congestão generalizada Trombos em vasos principais Hiperplasia da medula óssea Diminuição do número de eritrócitos: Causas: Diminuição da produção Aumento da destruição (hemólise) Perda de sangue total (hemorragia) Sistema Hemolinfopoietico Função: Manutenção do volume do fluido corporal Controle térmico do organismo Transporte de hormônios Proteção através de células e de anticorpos Transporte de gases e nutrição Sistema Hemolinfopoiético ECTOSCOPIA 1. Mucosas Conjuntival/oral: se coradas, se icterícia, se petéquias 2. Fâneros Unhas: se quebradiças, se estrias longitudinais, se unhas em forma de colher (coloníquia) Cabelo: se quebradiços, escassos 3. Cavidade oral Língua: se lisa, ulcerações, glossite Gengivas: se sangramentos, se hipertrofia Lábio: se queilite 4. Pele Úlceras Petéquias, equimoses, EXAME DOS LINFONODOS Grupo ganglionar da cabeça e pescoço: auriculares anteriores e posteriores, occipitais, amigdalianos, parotídeos, submandibulares, submentonianos, cervicais superiores, cervicais posteriores, supraclaviculares, jugulodigástrico, juguloomoióideo Grupo ganglionar das axilas: supraclaviculares, infraclaviculares, axilares, epitrocleares Grupo ganglionar das virilhas: inguinal superficial, inguinal profundo, poplíteos 1. Localização: utilizando termos anatômicos próximos 2. Tamanho: se possível estimar em cm 3. Bordas: se nítidas, se irregulares 4. Consistência: endurecido, fibroelástico, mole 5. Mobilidade: verificar deslizamento, se móvel, aderido 6. Sensibilidade: se doloroso ou não. 7. Cor e lesões na pele local ◗ Localização: ◗ Tamanho ou volume: descreve-se esta característica estimando o seu diâmetro em centímetros. Normalmente, os linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro. ◗ Coalescência: é a junção de dois ou mais linfonodos, formando massa de limites imprecisos. A coalescência é determinada por processo inflamatório ou neoplásico... ◗ Consistência: o linfonodo pode estar endurecido ( neoplasias/inflamação com fibroses ) ou amolecido ( inflamação ou infecção com purulência ). ◗ Sensibilidade: o linfonodo pode estar doloroso ou não. Petéquias São pequenas manchas ou pontos vermelhos, roxos ou marrom que surgem geralmente aglomeradas, como resultado do sangramento sob a pele ou mucosas, sendo mais frequente nos braços, pernas ou barriga, podendo também surgir na boca ou nos olhos. 28 Equimoses Extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos da pele que se rompem formando uma área de cor roxa e, normalmente, está relacionada a traumas, contusões ou efeito colateral de alguns medicamentos 29 Púrpura problema raro caracterizado pelo surgimento de manchas vermelhas ou roxas na pele e que não desaparecem quando pressionadas, sendo causadas pelo acúmulo de sangue debaixo da pele devido à inflamação dos vasos sanguíneos 30 Hematomas é um acúmulo de sangue fora dos vasos sanguíneos, podendo acontecer em qualquer lugar do corpo 31 Edema Inchaço causado pelo acúmulo de líquidos entre os diversos tecidos e cavidades que compõem o corpo humano 32 Temperatura corporal A temperatura do interior do corpo permanece quase constante, com uma variação de no máximo 0,6°C, mesmo quando se fica exposto a extremos de frio ou de calor, graças ao aparelho termorregulador. Locais de verificação da temperatura e valores normais A temperatura corporal é verificada por intermédio do termômetro clínico, que no Brasil é graduado em graus Celsius(°C). Os termômetros clínicos registram temperaturas entre 35°C e 42°C. Os termômetros eletrônicos têm como limites 32°C e 43°C. A temperatura corporal pode apresentar variações na dependência do local em que seja procedida sua mensuração. Pode ser: axilar, oral, retal, timpânico, arterial pulmonar, esofágico, nasofaringiano e vesical. No Brasil, o local habitual é o oco axilar. Para utilização correta desse método é necessária a higiene da axila e do termômetro, evitando-se a presença de umidade no local. A mensuração da temperatura na cavidade oral, bastante comum em outros países, é feita pela colocação do termômetro na região sublingual. Para isso, são necessários termômetros individuais. A temperatura retal é feita pela aplicação do termômetro na ampola retal. Nesse caso, além do uso de termômetros individuais, há uma diferença no modelo de termômetro, visto que seu bulbo é redondo. ◗ Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 36,5°C ◗ Temperatura bucal: 36 a 37,4°C ◗ Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C maior que a axilar. Febre Significa temperatura corporal acima da faixa da normalidade. Muitas proteínas ou seus produtos de hidrólise, além de outras substâncias tóxicas, como toxinas bacterianas, podem provocar elevação do ponto de ajuste do termostato hipotalâmico. A regulação da temperatura corporal requer um equilíbrio entre produção e perda de calor, cabendo ao hipotálamo regular o nível em que a temperatura deve ser mantida. Na febre, este ponto está elevado. A febre pode ser resultado de infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios e neoplasias malignas, além de outras condições. Sintomas subjetivos da febre Varia muito entre as pessoas a percepção do estado febril. Muitos pacientes são capazes de avaliar com precisão as elevações térmicas de seu organismo, enquanto outros, com temperaturas elevadas, nada sentem. Quando a temperatura se eleva subitamente, o paciente pode mesmo sentir frio ou, mais frequentemente, calafrios. Por vezes, ele não se dá conta de que está febril porque outros sintomas dominam o quadro clínico. Sindrome febril A febre não é apenas um sinal, constitui-se, na verdade, parte de uma síndrome (sindrome febril) na qual, além de elevação da temperatura, ocorrem vários outros sintomas e sinais: astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e até convulsões, principalmente em recém-nascidos e crianças. Características semiológicas da febre ◗ Início: súbito ou gradual ◗ Intensidade: aplica-se a seguinte classificação, tomando por referência o nível da temperatura axilar: ◗ Febre leve ou febrícula: até 37,5°C ◗ Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C ◗ Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. ◗ Duração: prolongada... Irregular... Intermitente... ◗ Modo de evolução: ver quadro térmico... ◗ Término: Crise: quando a febre desaparece subitamente. Lise: significa que a hipertermia vai desaparecendo gradualmente Hipotermia Consiste na diminuiçãoda temperatura corporal abaixo de 35,5°C na região axilar ou de 36°C no reto. Pode ser induzida artificialmente quando se vai submeter o paciente a determinados tipos de cirurgia ou pode ser consequente a congelamento acidental, choque, sincope, doenças consuntivas, hemorragias graves e súbitas, coma diabético e nos estágios terminais de muitas doenças. Ritmo respiratório Para a análise do ritmo da respiração, é necessário observar durante dois minutos... a forma e a amplitude das incursões respiratórias. O ritmo da respiração é determinado pela sucessão regular de movimentos respiratórios, de profundidade mais ou menos igual. Recebe a designação de ritmo respiratório normal. Alterações na sequência, na forma ou na amplitude dos movimentos respiratórios ocasionam os ritmos respiratórios anormais. Respiração dispneica: Caracteriza-se pela sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente. Em alguns casos, o paciente não tem a sensação subjetiva de dificuldade para respirar... Platipnéia: é a dificuldade para respirar em posição ereta, que se alivia na posição deitada. Ortopnéia: é a dificuldade para respirar na posição deitada Trepopnéia: é a dificuldade para respirar em decúbito lateral. Respiração de Cheyne Stokes: incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apneia. Respiração de Biot: caracteriza-se pela ocorrência de períodos de apnéia que interrompem a sequência das incursões respiratórias. Respiração de Kussmaul: a principal característica deste ritmo respiratório são as amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apnéia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apnéia. Respiração suspirosa: é aquela na qual, vez por outra, interrompendo a sequência regular das incursões respiratórias, surge uma inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada. Em outras palavras, suspiros passam a interromper o ritmo respiratório normal. Frequência respiratória Tiragem: nas regiões axilares e infraaxilares, os espaços intercostais apresentam ligeira depressão durante a inspiração. Expansibilidade dos pulmões: a expansibilidade dos pulmões pode ser avaliada pela inspeção. Palpação Durante a palpação, investigam-se três parâmetros: estrutura da parede torácica expansibilidade ou mobilidade frêmitotoracovocal. Expansibilidade ou mobilidade Avaliam-se separadamente a expansibilidade dos ápices e das bases. A diminuição da expansibilidade pode ser: Unilateral: ex. derrame pleural, pneumotórax, atelectasia e no traumatismo torácico. Bilateral: ex. gravidez, ascite, obesidade grave e derrame pleural bilateral, enfisema pulmonar e senilidade. Frêmito toracovocal As vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite algum som denominam-se frêmito tóracovocal. Semiotécnica: O examinador pousa a mão sobre as regiões do tórax, ao mesmo tempo que o paciente pronuncia, seguidamente, as palavras “trinta e três”. As modificações possíveis de serem encontradas são: hipersonoridade pulmonar, submacicez, macicez e som timpânico. Hipersonoridade pulmonar: significa que a nota de percussão está mais clara e mais intensa. Não confundi-la com som timpânico. Hipersonoridade: indica aumento de ar nos alvéolos pulmonares... Percussão: Tórax normal vibrações lentas, com baixa tonalidade “som claro pulmonar” (Timpanismo) Hipersonoridade DPOC, pneumotórax (hipertimpanismo) Hiposonoridade derrame pleural e pneumonias (Macicez ou submacicez) Alterações na percussão do tórax: Excetuadas as áreas de projeção do fígado, coração, baço e fundo do estômago, no resto do tórax encontra-se sonoridade pulmonar ou som claro pulmonar. Ausculta Traqueal: audível na região de projeção da traquéia, no pescoço e na região esternal, origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traquéia. Respiração brônquica: corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. Murmúrio vesicular. Os ruídos respiratórios são produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes... Respiração broncovesicular: Neste tipo de respiração, somam-se as características da respiração brônquica com as do murmúrio vesicular. Sons ou ruídos anormais descontínuos: São representados pelos estertores que podem ser audíveis na inspiração ou na expiração. Os estertores finos ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta, são agudos e tem duração curta. não se modificam com a tosse e são comparados ao ruído pelo atrito de um punhado de cabelos. Os estertores finos são produzidos pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar... Os estertores grossos têm frequência menor e duração maior que os finos. Sofrem alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax e são audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. São comuns nas bronquites e nas bronquiectasias. Sons ou ruídos anormais contínuos. Os sons anormais contínuos são representados pelos roncos, sibilos e estridor. Roncos : Os roncos são constituídos por sons graves, de baixa frequência Os roncos originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos, seja por espasmo ou edema da parede ou presença de secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. Ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração Sons ou ruídos anormais contínuos. Os sons anormais contínuos são representados pelos roncos, sibilos e estridor. Sibilos : os sibilos por sons agudos de alta frequência. Os sibilos também se originam de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, ocorrendo na inspiração e na expiração. São múltiplos e disseminados por todo o tórax quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica toda, como acontece na asma e na bronquite. Quando os sibilos são localizados em uma determinada região, indicam a presença de uma obstrução por neoplasia ou corpo estranho. Sons ou ruídos anormais contínuos. Os sons anormais contínuos são representados pelos roncos, sibilos e estridor. Estridor: É um ruído inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia, fato que pode ser provocado por laringite aguda, câncer da laringe e estenose da traqueia. Som anormal de origem pleural Atrito pleural: Em condições normais, os folhetos visceral e parietal da pleura deslizam um sobre o outro durante os movimentos respiratórios sem produzir qualquer ruído. Nos casos de pleurite, por se recobrirem de exsudato, passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparado ao ranger de couro atritado. Avaliação Antropométrica: Existem várias medidas antropométricas de utilidade prática: Altura ou estatura Peso Circunferências Dobras cutâneas Índice de massa corporal (IMC). Altura/estatura Posição ortostática, a altura deve ser aferida em balança com estadiômetro ou com fita métrica inextensível com precisão de 0,1 cm. Para uma medida precisa é importante que cinco pontos anatômicos estejam próximos à parede ou ao estadiômetro: calcanhares, panturrilha, glúteos, escápulas e ombros. Em crianças até 2 anos de idade, recomenda-se medir a altura (comprimento) com ela deitada, utilizando uma régua antropométrica que possui uma base fixa no zero e um cursor. “mede-se a altura (estatura) da criança em pé, comparando-se a altura obtida com tabelas pediátricas para a idade e sexo” Medida da altura do idoso Há algumasequações para estimar a altura a partir de medidas de segmentos corporais, tais como altura do joelho, da envergadura ou semi envergadura. Para a envergadura, mede-se toda a extensão de uma ponta a outra da falange distal. A medida da envergadura é similar à altura real. Peso O peso corporal é a soma de todos os componentes da composição corporal: água e tecidos adiposo, muscular e ósseo. Sua avaliação é útil para determinar e monitorar o estado nutricional. Peso atual. Utiliza-se uma balança mecânica tipo plataforma ou digital. Peso ideal/desejável/teórico. É o peso definido de acordo com alguns parâmetros, tais como idade, biótipo, sexo e altura. Devido a variações individuais no adulto, o peso ideal pode variar 10% para abaixo ou para cima do peso teórico Em relação à criança... ◗ A linha verde significa a média ◗ Se a criança estiver entre a linha vermelha e a preta abaixo da média, está com baixo peso ◗ Se estiver entre a linha vermelha e a preta acima da média, está com sobrepeso Índice de massa corporal O índice de massa corporal (IMC) é amplamente utilizado como indicador do estado nutricional, por ser obtido de forma rápida e de fácil interpretação É expresso pela fórmula: IMC = peso atual (kg)/altura2 (m). Exemplo: se uma pessoa pesa 70Kg e mede 1.60m, seu IMC será: IMC = 70 Kg / (1,60)² = 70 / 2,56 = 27,3. Circunferência da cintura A circunferência da cintura (CC) é utilizada para o diagnóstico de obesidade abdominal e reflete o conteúdo de gordura visceral, ou seja, aquela aderida aos órgãos internos, como intestinos e fígado. Essa gordura apresenta grande associação com a gordura corporal total, sendo o tipo de obesidade mais comumente associada à síndrome metabólica e às doenças cardiovasculares. Semiotécnica. A medida da CC é determinada com uma fita métrica inextensível, em centímetros, posicionada no ponto entre a última costela e a crista ilíaca. Perímetro cefálico O perímetro cefálico (PC) é outra importante medida antropométrica, realizada logo após o nascimento, e importante para acompanhamento da criança até 2 anos de idade. É um dado importante para o diagnóstico de algumas condições clínicas (microcefalia e macrocefalia). Para diagnóstico da microcefalia, o valor do PC deve ser inferior a 33 cm na criança a termo. 85 À inspeção abdominal, os seguintes parâmetros devem ser investigados: forma e volume do abdome, cicatriz umbilical, abaulamentos ou retrações localizadas, veias superficiais, cicatrizes da parede abdominal e movimentos. Hérnia umbilical Diástase muscular O abaulamento ou a retração, em uma determinada região, torna o abdome assimétrico e irregular, indicando alguma anormalidade cuja identificação depende dos dados fornecidos pela inspeção, que se somam aos da palpação (localização, forma, tamanho, mobilidade e pulsatilidade). As principais causas são: hepatomegalia, esplenomegalia, útero grávido, tumores do ovário e do útero, retenção urinária, tumores renais, tumores pancreáticos, linfomas... Movimentos respiratórios Em condições normais, observam-se movimentos respiratórios no andar superior do abdome, caracterizando a respiração toracoabdominal. Pulsações Podem ser observadas (e palpadas) no abdome de pessoas magras e quase sempre refletem as pulsações da aorta abdominal. Quando há hipertrofia do ventrículo direito, podem surgir pulsações na região epigástrica. Os aneurismas da aorta abdominal provocam pulsações na área correspondente à dilatação. Movimentos peristálticos visíveis São também designados “ondas peristálticas” Faz-se a diferenciação entre peristaltismo normal e ondas peristálticas anormais correlacionando-se o achado com o quadro clínico do paciente Movimentos peristálticos visíveis indicam obstrução em algum segmento do tubo digestivo Como norma básica, efetua-se a palpação do abdome com o paciente em decúbito dorsal, usando-se a técnica da palpação com a mão espalmada. Nas pessoas magras, se a parede abdominal estiver bem relaxada, é possível reconhecer o fígado, os rins, a aorta abdominal, o ceco, o cólon transverso e o sigmoide. A palpação do abdome compreende quatro etapas: palpação superficial palpação profunda palpação do fígado palpação do baço e de outros órgãos, além de manobras especiais. O ponto xifoidiano : a presença da dor é observada na cólica biliar e nas afecções do esôfago, do estômago e do duodeno que incluem esofagites, as úlceras e as neoplasias. O ponto epigástrico : é sensível nos processos inflamatórios do estômago (gastrite), nos processos ulcerosos e tumorais. O ponto biliar ou ponto cístico: situa-se no ângulo formado pela reborda costal direita e a borda externa do músculo reto abdominal. O ponto apendicular : situa-se na extremidade dos dois terços da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior direita ao umbigo. ponto apendicular denominase, também, ponto de McBurney. O ponto esplênico: infarto do baço Os pontos uretrais: litíases renais O ponto apendicular situa-se na extremidade dos dois terços da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior direita ao umbigo. Denomina-se também, ponto de McBurney. Na percussão do abdome, a posição fundamental do paciente é o decúbito dorsal Tipos de sons no abdome: timpanismo, hipertimpanismo, submacicez e macicez. O som timpânico indica a presença de ar dentro de uma víscera oca. A ausência de ar origina o som maciço, como se observa nas áreas de projeção do fígado, baço e útero gravídico. Ascite, tumores e cistos contendo líquido originam som maciço. A ausculta do abdome fornece informações importantes da movimentação de gases e líquidos no trato intestinal. Deve-se auscultar o abdome antes de se realizar a percussão e a palpação, pois estas podem estimular o peristaltismo e encobrir uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos. Em condições normais, ocorrem mais ou menos a cada 5 a 10s ruídos de timbre agudo decorrentes da movimentação dos líquidos e gases contidos no trato gastrintestinal. Nos casos de diarreia e de oclusão intestinal, os ruídos hidroaéreos tornam-se mais intensos em função do aumento do peristaltismo e são denominados borborigmos. O contrário ocorre no íleo paralítico, síndrome caracterizada pelo desaparecimento do peristaltismo intestinal. HAM 2 Aspectos Fundamentais do SBV no Adulto Incluem: reconhecimento imediato da PCR, contato com o sistema de emergência, início da RCP de alta qualidade e uso do DEA, assim que disponível. 105 Ver o vídeo: AHA para leigos https://www.youtube.com/watch?v=3MDp487I7h4 AHA para profissionais da saúde https://www.youtube.com/watch?v=WvS-aE71zEE Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como uma das emergências cardiovasculares de grande prevalência e com morbidade e mortalidade elevadas... O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, orientando a intervenção para cada cenário clínico, com ênfase nos cuidados após o retorno à circulação espontânea, trouxe melhorias nos resultados, contribuído ao prognóstico dos pacientes. O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar é a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), chegando a quase 80% dos eventos, com bom índice de sucesso na reversão, se prontamente tratados. Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%. Em contrapartida, em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de PCR mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) ou assistolia, com pior prognóstico e baixas taxas de sobrevida, inferiores a 17%. Suporte Básico de Vida no Adulto Compressões Torácicas: Os aspectos principais a serem observados nas compressões são: frequência, profundidade, retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima. Para a oxigenação adequada dos tecidos, é essencial minimizar as interrupções dascompressões torácicas e maximizar a quantidade de tempo em que as compressões torácicas geram fluxo de sangue... Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro, para que tenha melhor estabilidade. Afaste ou corte a roupa da vítima, para deixar o tórax desnudo. Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da vítima. Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/ minuto. Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando compressões com profundidade maior que 6 cm). Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima. Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para realização de duas ventilações. Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e compressões de má qualidade. Ventilações: As ventilações são aplicadas após 30 compressões torácicas durante a RCP, seguindo a sequência C-A-B. A prioridade para as compressões torácicas deve-se ao fato da necessidade em gerar fluxo de sangue e também evitar os atrasos práticos inerentes às tentativas de ventilações adequadas. Além disso, se a vítima possui uma via aérea patente, ocorre a chamada ventilação passiva durante as compressões torácicas. Abertura das Vias Aéreas Independentemente da técnica utilizada para aplicar ventilações, é necessária a abertura de via aérea, que pode ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo e, se houver suspeita de trauma, a manobra de elevação do ângulo da mandíbula. Realização de Ventilações Devem ser realizadas 30 compressões para duas ventilações, com duração de apenas 1 segundo cada, fornecendo quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax. A hiperventilação é contraindicada, pois pode aumentar a pressão intra-torácica, diminuindo a pré-carga e o Débito Cardíaco (DC), e comprometendo a sobrevida. Há ainda o risco de hiperinsuflação gástrica, podendo desencadear vômitos, broncoaspiração e limitação da mobilidade do diafragma. Evidências de contaminação com a realização de ventilação boca a boca são mínimas, mas é indicado que o socorrista utilize mecanismos de barreira por exemplo, máscara de bolso (pocket mask) Ventilação com a Máscara de Bolso: a Pocket Mask Ventilação com Bolsa-Válvula-Máscara Ventilação com Via Aérea Avançada Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação endotraqueal, Combitube®, Máscara Laríngea) estiver instalada, o primeiro socorrista deve administrar compressões torácicas contínuas e o segundo socorrista, aplicar uma ventilação a cada 6 segundos − cerca de 10 ventilações por minuto. RCP EM PEDIATRIA BLS Classe de Recomendação e Nível de Evidência 125 Suporte básico e avançado de vida pediátrico (SBVP) e SAVP Resumo dos principais pontos de discussão e alterações Tx de sobrevivência em PCRIH > PCREH Causas de PCR em crianças difere de adultos 1 ventilação a cada 2-3 seg (20 a 30 min) Sugestão de TETs para reduzir o vazamento Uso rotineiro de pressão cricóide na intubação não é mais recomendado Epinefrina pose ser administrada em até 5 min pós PCR não chocável (assistolia e AESP) maximiza bons resultados Melhora a qualidade da RCP em crianças com acesso arterial Depois da RCE (restauração da circulação espontânea) avaliar e tratar convulsões/epilepsia Avaliação e suporte formais para as necessidades físicas, cognitivas e psicossociais após a RCP/hospitalização Na ressuscitação de choque séptico utilizar ou não epinefrina e vasopressores para controle de fluidos A ressuscitação com derivados de sangue é aceitável de forma equilibrada em crianças e bebês com choque hemorrágico O tratamento da overdose de opióides (ex: codeína, tramadol, fentanil, morfina, heroína) inclui RCP e naloxona (narcan) por socorristas leigos ou treinados Crianças com miocardite aguda acompanhadas de arritmias, bloqueios, alterações no ST ou baixo débito tem maior chance de PCR o que demanda transferência rápida para a UTI, suporte circulatório mecânico ou suporte de vida extracorpórea (SVE) Crianças e bebês com cardiopatia congênita ou ventrículo único em estadiamento para reconstrução requerem considerações especiais no SAVP O tratamento da HAP pode incluir o uso de óxido nítrico inalatório, prostaciclina (vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária), analgesia, sedação, BNM, alcalemia e SVE. 126 Criação de uma NOVA cadeia de sobrevivência pediátrica para PCRIH em bebês, crianças e adolescentes Um sexto elo (RECUPERAÇÃO), foi adicionado à cadeia de sobrevivência em PCREH pediátrica e está incluído na nova PCRIH 127 Algoritmo de PCR em PEDIATRIA 128 Algoritmo de bradicardia com pulso em PEDIATRIA 129 Algoritmo de taquicardia com pulso em PEDIATRIA 130 Lista de verificação de cuidados pós-PCR pediátrica 131 Novas principais recomendações atualizadas BLS 132 NOVAS principais recomendações ATUALIZADAS MÚSICAS UTILIZADAS EM RCP https://www.youtube.com/watch?v=rY0WxgSXdEE https://www.youtube.com/watch?v=I_izvAbhExY https://www.youtube.com/watch?v=ru0K8uYEZWw https://www.youtube.com/watch?v=1yeXA2eJjUo https://www.youtube.com/watch?v=OPf0YbXqDm0 https://www.youtube.com/watch?v=bESGLojNYSo 133