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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
No contexto atual, em que a concorrência é cada vez mais forte entre as sociedades e a busca pela competitividade é uma necessidade constante até mesmo para a continuidade do negócio, a análise das informações econômicas e financeiras torna-se fundamental para sobrevivência da sociedade. Em face desta gama de dados fornecidos pela contabilidade ao administrador financeiro, se torna fundamental interpretar a sua nomenclatura de maneira segura, a fim de que tais dados sejam entendidos por usuários internos e externos da sociedade.
Portanto, diante da complexidade e do volume dessas informações, se faz necessário à escolha de um sistema de controle que viabilize o acompanhamento da movimentação dos recursos financeiros, para proporcionar aos gestores, condições de avaliarem o desempenho da sociedade. As ferramentas de controle e análise da situação econômica e financeira em uma sociedade são imprescindíveis para acompanhar a sua evolução, mensurar seu desempenho e também alinhar estratégias adotadas à situação atual a fim de proporcionar dados concretos para auxiliar na tomada de decisão. Nesse sentido, a fim de favorecer a interpretação dos dados contábeis e gestão dos recursos será utilizado a análise dos aspectos financeiros da sociedade por meio de indicadores financeiros. 
Os índices financeiros são elaborados com base nos dados extraídos das demonstrações contábeis divulgadas pelas sociedades em geral, como exemplo, os balanços patrimoniais e os demonstrativos de resultados do exercício. A análise de balanços, como instrumento de análise econômica e financeira da sociedade, possibilita através do estudo de suas demonstrações, obterem informações aprofundadas sobre os aspectos estruturais, econômicos e financeiros em determinados períodos, tendo como objetivo fornecer informações para agregar valores necessários ao processo de gestão. As informações contábeis possuem infinitas aplicações no âmbito da sociedade, dentre as mais importantes encontra-se a análise do desempenho, da evolução, e das tendências. Além dos usuários internos, tais análises são também úteis para indivíduos e organizações externas à sociedade, incluindo acionistas, governo, clientes, fornecedores, credores e investidores em potencial.
A presente análise tem como objetivo apresentar estudos sobre situação econômico-financeira da Natura Cosméticos S/A, nos exercícios de 2010 e 2011 evidenciando, a partir de informações extraídas de seus demonstrativos contábeis, os riscos no que diz em respeito à evolução da estrutura de capital, da liquidez e da solvência da sociedade. A complexidade da tomada de decisão com relação aos aspectos financeiros obriga o gestor a conhecer profundamente todas as variáveis referentes à capacidade de pagamento, liquidez e solvência da sociedade. 
Conforme Zdanowicz (1998, p. 68), "a solvência geral é uma medida de avaliação da capacidade financeira da empresa a longo prazo para satisfazer os compromissos assumidos perante terceiros a qualquer prazo ".
O conhecimento e a compreensão destas variações favorecem a gestão da sociedade e o entendimento em relação ao risco e retorno das operações, que são os requisitos fundamentais para as decisões eficazes. A análise dos demonstrativos contábeis, que aqui se apresenta permitirá a avaliação do desempenho da sociedade, visando inferir sobre a variação da capacidade de pagamento e liquidez a partir da análise da administração do ciclo financeiro e das decisões estratégicas de investimento e financiamento. Permitirá também conhecer as proporções relativas de dívidas a curto, médio e longo prazo e mapear as participações e aplicações dos recursos, bem como a capacidade de solvência ou previsão do processo de falência e outras descontinuidades. Com base nos resultados obtidos, será possível estabelecer um diagnóstico acerca da situação financeira da sociedade. A análise será feita através do Balanço Patrimonial e Demonstração do resultado do Exercício.
Segundo Ross (2008, p. 44), "o objetivo da administração financeira é maximizar o valor de mercado do patrimônio líquido existente dos proprietários ".
Baseando-se em Brigham & Houston (2006, p. 7), podemos resumir as atribuições da área financeira em quatro atividades:
· Trabalho com os mercados financeiros: Os acontecimentos no mercado financeiro têm forte influência no andamento do negócio. É essencial que o administrador financeiro atue no gerenciamento dos seus ativos a fim de aumentar o valor da empresa.
· Decisões de investimento e financiamento: Toda e qualquer empresa tem que investir em materiais, equipamentos, instalações, cabe aos gestores financeiros auxiliar na aquisição desse ativos, assim como na tomada de decisão de financiamento dos mesmos.
· Coordenação e controle: A equipe de finanças deve estar ciente das decisões das demais equipes da organização, já que uma alteração no processo produtivo, por exemplo, pode gerar a necessidade de novos investimentos que devem ser acompanhados pela área financeira.
· Planejamento: É de suma importância para a empresa, pois ele delineia o futuro do negócio. Projeções como o fluxo de caixa, ajudam a prever a situação futura do empreendimento e que ações devem ser tomadas no presente para que o planejamento ocorra. 
De acordo com Marion (2009, p. 7 ), só teremos condições de conhecer a situação econômica financeira de uma empresa por meio de três pontos fundamentais de análise: liquidez (situação financeira ), rentabilidade (situação econômicas ) e endividamento (estrutura de capital ). 
Fonte: Análise das Demonstração Contábeis. Contabilidade Empresarial. Marion, 2009.
Índices de Liquidez
· Esse índice é usado para analisar a capacidade que a empresa tem em honrar com suas obrigações tanto de curto e longo prazo.
Índices de Rentabilidade
· Os índices de rentabilidade analisam a situação econômica da organização, pois avaliam a capacidade da empresa em gerar resultados. Consideramos retorno o lucro adquirido pela empresa e investimento todas as aplicações presentes no Ativo.
Índices de Endividamento
· Os índices de endividamento apuram o nível de endividamento da empresa, através desses indicadores também podemos avaliar quanto do Ativo está sendo financiado por capital próprio e quanto por capital de terceiros, e se os recursos de terceiros estão vencendo mais a curto prazo do que no longo prazo. É muito importante analisar o resultado desses índices, pois uma empresa com um nível de endividamento muito alto, principalmente com a maior parte de exigibilidades de curto prazo, fica suscetível a qualquer mudança no mercado. Por outro lado, um endividamento alto devido a investimentos que trarão retornos futuros positivos à empresa é totalmente aceitável, se analisar a viabilidade do projeto e utilizando-se recursos de longo prazo para o financiamentos. Em resumo, o endividamento de curto prazo deve ser utilizado para financiar o ativo Circulante da empresa, assim como dívidas de longo prazo para financiar investimentos no Ativo Permanente. 
BALANÇO PATRIMONIAL
Demonstrativo contábil no qual apresenta a posição financeira e patrimonial da empresa em determinado momento, normalmente em um período pré-determinado, suas contas subdivide-se em:
Ativo: bens e direitos da empresa que, mensuráveis em dinheiro e que representem um benefício presente ou futuro para organização.
Passivo: toda obrigação ou dívida que a empresa tem com terceiros em geral.
Patrimônio líquido: obrigações para com terceiro em especial ou os próprios proprietários da empresa.
Fato que de acordo com os componentes deste demonstrativo, possibilita sua definição como conjunto de bens, direitos e obrigações da organização.
Balanço patrimonial da empresa Natura dos anos de 2010 e 2011( valores em milhares de reais).
Fonte: http://natura.infoinvest.com.br/ptb/3912/Demonstra%E7%F5es_Financeiras_IFRS_portugu%EAs_ingl%EAs.pdf
A empresa obteve um aumento de 17,82% no ativo circulante, gerado pelo crescimento da maioria das contas dessaclasse (demonstrando um crescimento na aplicação de recursos de curto prazo), mesmo com a diminuição de 7,97% do caixa e equivalente, resultado propriamente pela maior aplicação dos recursos em curto prazo.
No ativo não circulante, a empresa obteve um aumento de 17,58%, graças ao crescimento da maioria das contas( mesmo com a diminuição de 12,29% dos depósitos judiciais e 33,41% de outros ativos não circulantes, pois seus valores não são tão expressivos), principalmente pelo aumento de 42,80% em imobilizado e 35,55% em intangível, fruto do maior investimento da Natura realizado em 2011.
No passivo circulante, a empresa obteve um crescimento razoável de 8,2%, explicado pela redução de aproximadamente 20% de empréstimos e financiamentos, salários e participações nos resultados e encargos sociais e outras obrigações. Porém houve aumento de 33,42% em fornecedores e outras contas a pagar, e 22,7% em obrigações tributárias. Pode-se afirmar que houve um equilíbrio de custos, diminuindo o financiamento e empréstimos de curto prazo e salários, e aumento de compromissos para com fornecedores.
No passivo não circulante, a empresa obteve aumento de 61,24%, devido a aplicação do maior investimento feito em toda a história da Natura, destinando R$ 350 milhões em tecnologia, logística e projetos de produção, a prova disso é o aumento de 118,81% em empréstimos e financiamentos de longo prazo.
No patrimônio líquido, houve aumento de 17,72%, podendo-se afirmar que foi gerada pelo crescimento normal da entidade de acordo com seu histórico de sucesso como empresa exemplar; com uma redução de 24,14% em outros resultados abrangentes e 0,59 % no total do patrimônio líquido dos acionistas controladores. Isso mostra que a empresa conseguiu se manter sem grandes consequências em relação ao seu ambicioso investimento, mantendo custos de curto prazo e patrimônio dos acionistas sem muitas alterações e aumento das aplicações dos recursos em curto prazo.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A demonstração do resultado do exercício é um demonstrativo contábil composto pela despesas e receitas de um determinado período, resumindo as entradas e saídas da organização.
Segundo Assaf Neto, essa demonstração tem o propósito exclusivo de apurar o resultado, ou seja, o lucro ou o prejuízo acumulado em um determinado espaço de tempo(geralmente 12 meses). Dessa forma, engloba de forma dedutiva as receitas e as despesas, os ganhos e as perdas, os ganhos e as perdas do exercício, apurados pelo regime de competência, assim, independentemente de seus pagamentos.
Demonstração do resultado do exercício dos anos de 2010 e 2011( valores em milhares de reais).
Fonte: http://natura.infoinvest.com.br/ptb/3912/Demonstra%E7%F5es_Financeiras_IFRS_portugu%EAs_ingl%EAs.pdf
A empresa obteve um aumento de 11,68%, apresentando mudanças expressivas como: diminuição de 57,11% na participação dos colaboradores nos resultados, diminuição de 34,73% na remuneração dos administradores e aumento de 260,57% em outras despesas financeiras. As receitas e despesas financeiras praticamente dobraram de tamanho( aumento de 118,91% e 93,43% respectivamente), fazendo com que gerasse pouca diferença no resultado. E finalmente, o lucro obteve aumento de 11,68%.
Pode-se afirmar que de acordo com este demonstrativo contábil deste período, a empresa se desenvolveu sem grandes valores expressivos, procurando reduzir custos e aumentar as receitas em curto prazo, gerados pela necessidade de se preparar ou de se prevenir de uma possível falha ou crise interna por causa de seu investimento realizado em 2011. Porém, além de ter conseguido se manter, obteve um maior lucro em relação ao exercício de 2010.
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Demonstrativo contábil no qual possui objetivo de apresentar a variação do capital circulante líquido de uma empresa, ocorrida um e outro período. Toda ¨origem¨ é considerado como aumento do CCL(capital circulante líquido), e toda ¨aplicação¨ como qualquer diminuição do CCL. Logo, calcula a liquidez da empresa e consequentemente sua capacidade de pagar as contas de curto prazo.
Capital circulante(CCL)= Total do Ativo Circulante(AC)-Total do Passivo Circulante(PC).
Obs: Com vigência da lei 11,638/07, a elaboração da Doar( Demonstração das Origens e Aplicações de recursos) passou a ser facultativa, sendo substituída pela DFC( Demonstração do Fluxo de Caixa) em 1/1/2008 pela lei 11,638/07, que tornou este demonstrativo obrigatório e formalizou sua substituição pela Doar por ter maior facilidade de interpretação pelos contadores.
Cálculo da CCL (valores em milhares de reais).
CCL 2010: AC-PC= 1869,9 – 1178= 691,9
CCL 2011: AC-PC= 2203,3 – 1274,7 = 928,6
Aumento de 34% do capital circulante, gerado pelo aumento das aplicações em ativo circulante( ou recursos de curto prazo) e ao mesmo tempo uma redução dos custos de curto prazo, principalmente na conta empréstimos e financiamentos do passivo circulante. Com esses resultados, além de a empresa conseguir quitar suas dívidas de curto prazo, obteve aumento de um terço da capacidade em relação ao exercício anterior.
	Os Balanços Patrimoniais padronizados deram suporte para os cálculos dos indicadores definidos conforme quadro:
Fonte: http://natura.infoinvest.com.br/ptb/3912/Demonstra%E7%F5es_Financeiras_IFRS_portugu%EAs_ingl%EAs.pdf
Analises horizontal e vertical do balanço patrimonial
ativo						2010	AV(%)	AH(%)	2011	AV(%)	AH(%)
circulante
caixa e equivalentes de caixa				560,2	17,38%	100%	515,6	13,59%	92,03%
contas a receber de clientes				570,3	17,70%	100%	641,9	16,92%	112,55	
estoques						571,5	17,73%	100%	688,7	18,15%	120,50%
impostos a recuperar				101,5	3,15%	100%	201,6	5,31% 198,62			
instrumentos financeiros derivativos			 - 	 -	 -	28,6	0,75%	 -
outros ativos circulantes				66,4 2,06%	100%	126,8	3,34%	190,96%		
total do ativo circulante				1.869,9	58,03%	100%	2.203,3	58,8%	117,82%
não circulante
realizável a longo prazo
impostos a recuperar				109,3	3,39%	100%	111,2	2,93%	101,73%	
impostos de renda e contribuição social diferidos 180,3	5,59%	100%	189,6	4,99%	105,15%		
depósitos judiciais					337,0	10,45%	100%	295,8	7,79%	87,77%	
outros ativos não circulantes				44,9	1,39%	100%	29,9	0,78%	66,59%
imobilizado					560,5	17,39%	100%	800,4	21,10%	142,80%	
intangível					120,1	3,72%	100%	126,8	3,34%	105,57
total do ativo não circulante			1.352,0	41,96	100%	1.589,8	41,91%	117,58%
total do ativo					3.221,9	100%	100%	3.793,0	100%	117,72%
*AV(%) - analise vertical em porcentagem
 AH(%)- analise horizontal em porcentagem
passivo 						2010	AV(%)	AH(%)	2011	AV(%)	AH(%)
circulante
emprestimos e financiamentos			226,6	7,03%	100%	169,0	4,45%	74,58%			
fornecedores e e outras contas a pagar 			366,5	11,37%	100%	489,0	12,89% 133,42%	
salarios, participações nos resultados e encargos sociais	162,7	5,04%	100%	132,0	3,48%	81,13%
obrigaçoes tributarias				366,0	11,35%	100%	446,8	11,77%	122,07	
instrumentos financeiros derivativos			4,1	0,12%	100%	 -	 -	 -
outras obrigações					52,1	1,61%	100%	37,9	0,99%	72,74%	
total do passivo circulante				1.178,0	36,56%	100%	1.274,7	33,60%108,20%
não circulante
empréstimos e financiamentos			465,1	14,43%	100%	1,017,7	23,83%	218,81%
obrigaçoes tributárias				215,1	6,67%	100%	140,5	3,70%	65,31%
provisão para riscos tributários, cívis e trabalhistas	73,8	2,29%	100%	65,0	1,71%	88,07%
outras provisões					32,4	1,00%	100%	44,8	1,18%	138,27%
total do passivo não circulante			786,4	24,40%	100%	1.268,0	33,43%	161,24%
patrimonio líquido
capital social					418,1	12,97%	100%	427,1	11,26%	102,15%	
reservas de capital					149,6	4,64%	100%	160,3	4,22%	107,15%
reservas de lucro 					282,9	8,78%	100%	292,5	7,71%	103,39%
ações em tesouraria				(0,0)	 -	 -	(102,8)	(2,71%)	 -
dividendo adicional proposto				430,1	13,34%	100%	490,9	12,94%	114,13%
outros resultados abrangentes			(23,2)	(0,03%)	100%	(17,6)	(0,46%)	(75,86%)
total do patrimonio líquido				1.257,5	39,02%	100%	1.250,2	32,96%	99,41%
total do passivoe patrimônio líquido			3.221,9	100%	100%	3.793,0	100%	117,75%
*AV(%) - analise vertical em porcentagem
 AH(%)- analise horizontal em porcentagem
fonte:http://natura.infoinvest.com.br/ptb/3986/Demonstra%E7%F5es_Financeiras_Completas_Ata_Comit%EA_auditoria_2011.pdf
Analise vertical e horizontal da DRE:
em milhões					2010	AV(%)	AH(%)	2011	AV(%)	AH(%)
	
receita líquida					5.136,7	100%	100%	5.901,4	100%	114,88%
custo dos produtos vendidos				(1.556,8)	30,30%	100%	(1.666,3)	28,23%	107,03%
lucro bruto					3.579,9	69,69%	100%	3.925,1	66,51%	109,64%
(despesas) receitas operacionais
com vendas					(1.704,3)	33,17%	100%	(1.952,7)	33,08%	114,57%
administrativas e gerais				(605,4)	11,78%	100%	(680,7)	11,53%	112,43%
participação dos colaboradores nos resultados		(70,4)	1,37%	100%	(30,2)	0,51%	42,89%
remuneração dos administradores			(14,4)	0,28%	100%	(9,4)	0,15%	65,27%
outras receitas(despesas) operacionais, líquidas		(17,5)	0,34%	100%	(63,1)	1,06%	360,57%
lucro operacional antes do resultado financeiro	1.167,9	22,73%	100%	1.315,1	22,28%	112,60
receitas financeiras					53,6	1,04%	100%	122,7	2,07%	228,91%
despesas financeiras				(103,4)	2,01%	100%	(200,0)	3,38%	193,42%
lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 1.118,2	21,76%	100%	1.237,7	20,97%	110,68%
imposto de renda e contribuição social			(374,1)	7,28%	100%	(406,8)	6,89%	108,74
lucro líquido					744,0	14,48%	100%	830,9	14,07%	111,68%
*AV(%) - analise vertical em porcentagem
AH(%)- analise horizontal em porcentagem
INDICE DE LÍQUIDEZ
Os Índices de Liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato (MARION, 2007, pág.83).
	DENOMINAÇÃO DO INDICADOR
	FORMULA DO INDICADOR
	2010
	2011
	TENDENCIA
	LIQUIDEZ GERAL
	AT.CIRC.+ RLP/PAS.CIRC.+ELP = ILG
	1,64
	1,49
	EQUILIBRADA
	LIQUIDEZ CORRENTE
	ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE = ILC
	1,58
	1,72
	EQUILIBRADA
	LIQUIDEZ SECA
	AT.CIRC. - ESTOQUES/PAS. CIRC = ILS
	1,10
	1,18
	EQUILIBRADA
	LIQUIDEZ IMEDIATA
	DISPONIBILIDADE / PASSIVO CIRCULANTE = ILI
	0,47
	0,40
	EQUILIBRADA
	Conforme estudamos podemos analisar os índices de liquidez da seguinte forma:
	Liquidez geral: Quanto maior a representatividade, melhor é a condição da sociedade ( Assaf Neto 2002, p.173).
	A liquidez geral é utilizada também como medida de segurança financeira da empresa alongo prazo, revelando a capacidade de saldar todos seus compromissos.
	A analise deste índice indica que a natura teve uma liquidez favorável e se manteve constante nos dois períodos em estudo. Conforme mostrado no quadro acima, em media, a liquidez geral foi de R1,56. Esse indicador revela que em 2011 para cada R$1,00 de divida a empresa apresenta R$1,49 para saldar seus compromissos.
	Liquidez corrente: Conforme Gitman (2004, p. 46), " liquidez corrente mede a capacidade da empresa de saldar suas obrigações de curto prazo"
	Observa-se que este índice também se manteve constante nos dois períodos em estudo. Em media a liquidez corrente foi de R$ 1,65 ou seja, em 2011 para cada R$ 1,00 de divida a empresa apresenta R$ 1,72 para saldar seus compromissos.
	Liquidez seca: Este índice apresenta uma situação mais adequada para a situação de liquidez, uma vez que dele são eliminados os estoques, que são considerados como fontes de incertezas.
	Para José Pereira em seu livro Análise Financeira das Empresas, “Liquidez Seca indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), Aplicações financeiras à curto prazo e duplicatas a receber, para fazer face ao seu passivo circulante”.
	Em media a liquidez seca foi de R$1,14, isso indica que tirando os estoques, para cada R$ 1,00 de divida em 2011, a empresa apresenta R$1,18 de bens e direitos de curto prazo. 
	Liquidez imediata: Este índice é usado para medir, a capacidade da empresa em honrar seus compromissos a curto prazo com o que possui de disponibilidades, ou seja, é o quanto a empresa tem imediatamente disponível para pagar suas obrigações.
	Em media a liquidez imediata foi de R$ 0,43, ou seja, para cada R$ 1,00 de divida em 2010 a empresa havia R$0,47 de disponível, e em 2011, para cada R$ 1,00 de divida a empresa havia R$ 0,40 de disponível, a empresa teve uma pequena perda entre 2010 e 2011.
INDICE DE ENDIVIDAMENTO
	O índice de endividamento representa quanto a organização tomou de recursos de terceiros para cada real de capital próprio. A análise deste indicador nos revela a forma de obtenção de recursos das empresas. Ele nos mostra se a empresa financia suas atividades com recursos próprios ou com recursos de terceiros. Destaca-se que o endividamento, por exemplo, é parte integrante da liquidez da organização e, muitas vezes, é o foco inicial da situação de rentabilidade futura. Os índices de endividamento relacionam as origens de recursos entre si, refletindo a posição entre capital próprio e capital de terceiros, e, além disso, indicam o grau de dependência da organização com relação ao capital de terceiros (RIBEIRO, 2004, p. 134).
denominação do indicador		formula do indicador		2010	2011	tendência
participação de capitais de terceiros	pas.circ. + pas. ELP / PL = PCT	1,56	2,03	aumento
composição do endividamento	pas.circ. / PL = CE			0,93	1,01	aumento
garantia do capital próprio 		PL / pas.circ + ELP = GCP		0,64	0,49	redução
Conforme estudamos podemos analisar da seguinte forma:
	Participação de capitais de terceiros: Matarazzo (1998, p.159), relata que a Participação de capitais de terceiros se dá pela relação entre capitais de terceiros e patrimônio líquido, sendo que quanto menor, melhor será a avaliação da sociedade.
	Os resultados observados acima são considerados desfavoráveis. Em relação ao exercício de 2010 a natura teve, de capital de terceiros, R$ 1,56 para cada R$1,00 de capital próprio, aumentando para R$2,03 em 2011.
	De modo geral, resultados superiores a 100% indicam maior dependência da empresa avaliada por capitais de terceiros ( ASSAF NETO, 2007).
	Composição do endividamento: Para Matarazzo (1998, p. 161), este índice indica qual o percentual de obrigações a curto prazo em relação as obrigações totais, ou seja, quanto menor, melhor. Para cada R$ 1,00 de divida total no ano de 2010 tem-se R$ 0,93 de divida a curto prazo, aumentando para R$ 1,01 em 2011.
	Garantia do capital próprio: Indica quanto a empresa tem de capital próprio para cada unidade monetária de capitais de terceiros, ou seja, quanto maior, melhor. Na natura para cada R$ 1,00 de capital de terceiros, a empresa tem R$ 0,64, diminuindo consideravelmente esse valor para R$ 0,49,o que não é favorável para a empresa.
INDICE DE ATIVIDADE
	Os índices de Atividade permitem analisar aspectos do capital de giro da organização por meio do ciclo financeiro. Permitem observar a velocidade com que a empresa recebe suas vendas, paga suas contas ou renova seus estoques. Os principais indicadores financeiros que nos possibilitaram conhecer a evolução da atividade operacional da empresa são os prazos de rotação dos estoques, recebimento das vendas, pagamentos das compras, ciclo operacional, ciclo financeiro e rotação de ativo. Esses indicadores indicam quantos dias em média a empresa leva para pagar suas compras, receber suas vendas, renovar seus estoques e recuperar seu ativo (SILVA, 2001, p. 254).
denominação do indicador		formula do indicador				2010	2011	
prazo médio de recebimento(PMR)	duplicatas a receber média/vendas brutas x 360		 -	39,02
prazo médio de pagamento(PMP)	fornecedores médios/compras x 360			 -	86,34
prazo médio de estoques(PME)	estoques médios/custos de vendas x 360 		 -	136,13
ciclo financeiro			(PMR + PME - PMP)				 -	88,99	
* duplicatas medias = 641,9 + 570,3 / 2 = 606,1
*fornecedores médios = 489,0 + 366,5 / 2 = 427,75
*estoques médios = 688,7 + 571,5 / 2 = 630,1Conforme estudamos, verificamos que a natura tem um ciclo financeiro de 88 dias, ou seja, o numero de dias que leva ate comprar (pagar) seus estoques, renová-los por vendas e receber esse montante.
INDICE DE RENTABILIDADE
	Conforme define Ribeiro (2004, p. 146), “os quocientes de rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da empresa, evidenciando o grau de êxito econômico obtido com o capital investido da empresa. São calculados com base em valores extraídos do DRE e do BP”. Já Silva (2001, p. 232), infere que “os índices de retorno indicam qual o retorno que o empreendimento está propiciando em termos de lucratividade aos empresários”. Portanto, estes índices medem a rentabilidade das empresas (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). Obviamente quanto maiores estes índices melhores serão os resultados das empresas. Segundo Marion (2007),
				
Taxa de retorno sobre o investimento
“A rentabilidade é medida em função dos investimentos. As fontes de financiamento do Ativo são Capital Próprio e Capital de Terceiros. A administração adequada do Ativo proporciona maior retorno para a empresa (MARION, 2007 P.141)”.
			
	Essa medida revela a rentabilidade, o retorno produzido (em termos percentuais) pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos.
Taxa de retorno sobre o investimento		2010	2011
 Lucro Líquido / Total Ativo Médio		0,21	0,23
Ativo total médio = 3.221,9 + 3.793,0 / 2 = 3.507,45
	Considerando a situação da Natura S/A temos que o lucro líquido representa 23% do ativo médio no ano de 2011.
Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido
	Esse índice mensura o retorno dos investimentos aplicados dos acionistas ou proprietários da empresa, ou seja, o premio do investidor pelo risco de seu negócio.
Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido 		2010	2011
Lucro Líquido / Patrimônio Líquido Médio		0,59	0,66
Patrimônio Líquido Médio = 1.257,5 + 1.250,2 = 1253,85
	Esse índice mede o poder de ganho dos proprietários da natura, ou seja, para cada R$ 1,00 investido, ha um ganho de R$ 0,66. Portanto, aproximadamente, haverá um retorno em dois anos.
· Margem Líquida
	Esse indicador e capaz de medir a eficiência de uma empresa em produzir lucro por meio de suas vendas.
Margem Líquida				2010	2011
Lucro Líquido / Receitas Líquidas x 100		14,48%	14,86%
	Esse índice mostra que a natura teve, em 2010, um lucro de 14,48%, tendo um pequeno aumento em 2011 com 14,86%.	
· Giro do Ativo
	Estabelece a capacidade dos ativos em gerar vendas; em outras palavras, e a relação entre as vendas efetuadas e os investimentos totais da empresa (SILVA, 2008).
Giro do Ativo				2010	2011
Vendas líquidas / Ativo total médio		1,46	1,59
Ativo total médio = 3.221,9 + 3.793,0 / 2 = 3.507,45
	O giro do ativo evidencia quantas unidades monetárias foram captadas pela receita de vendas para cada unidade monetária que foi investida no ativo total da empresa, ou seja, para cada R$1,00 do ativo total, a natura vendeu R$1,59 em 2011.
INDICE DE INSOLVÊNCIA
Também conhecida como “termômetro de insolvência”, essa ferramenta analítica utiliza métodos estatísticos quantitativos para auxiliar o gestor de credito justamente na concessão de créditos aos seus clientes. A técnica estatística da analise discriminante, utilizada com frequência nestes casos, incorpora os índices financeiros de lucratividade, estrutura, liquidez e atividade, para compor um modelo que, estatisticamente, tenha a capacidade de prever a probabilidade de insolvência para um período futuro previamente determinado pelo próprio modelo
 (IUDICIBUS et al., 2006).
denominação do indicador		formula do indicador			2010		2011		tendência
termômetro de insolvência de Kanitz	fator de insolvência é igual = 
				(0,05x1)+(1,65x2)+(3,55x30)-(1,06x4)-(0,33x5)						
Onde, segundo Kanitz:
FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5
FI = Fator de insolvência = Total dos pontos obtidos
X1 = Lucro liquido / Patrimônio liquido
X2 = Ativo circulante + Realizável em longo prazo / Exigível total
X3 = Ativo circulante – Estoques / Passivo circulante
X4 = Ativo circulante / Passivo circulante
X5 = Exigível total / Patrimônio liquido
Classificação:
FI inferior a -3 → Insolvente
FI entre -3 e 0 → Indefinida
FI acima de 0 → Solvente

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