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Slides - Tributação de Instrumentos Financeiros (2)

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Seminário - Planejamento Tributário
Tema: Tributação de Instrumentos Financeiros
	Grupo 01:	
		
		Danilo Canesin Viel
		Guilherme Vicente Aguerri
		Ana Flávia Pellarin Alves
		Pedro Vitor Rodrigues Brabo
Sumário
A apresentação a seguir está dividida da seguinte forma:
Conceito de Mercados
Tributação aplicáveis sobre o Mercado Financeiro
Imposto de Renda e seus aspectos
IOF e seus aspectos
Mercado Financeiro
Ambiente onde ocorre a troca de recursos entre Agentes Doadores, que transferem recursos para Agentes Tomadores, mediante certa remuneração.
Essa troca ocorre com o auxílio de um agente intermediador, autorizado e regulado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e/ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O mercado financeiro é dividido em 4 grupos:
Mercado Monetário
Mercado Câmbio
Mercado de Crédito
Mercado de Capitais
Mercado Monetário
Trocas de Recursos em Curto Prazo.
Entre Instituições Financeiras (bancos) ou entre Bancos e o Bacen.
A Liquidez de Mercado é medida e regulada pelos Depósitos Interbancários.
Como o governo atua nesse mercado?
	Exemplo: Se a ideia é aquecer a economia, o Bacen diminui a taxa cobradas 	por esses empréstimos (“taxa de redesconto”), incentivando as instituições 	financeiras a tomarem esses empréstimos, podendo assim oferecer mais 	crédito no mercado
Mercado de Câmbio 
Mercado de troca de moedas.
Realizada por Instituições Financeiras autorizadas pelo Bacen.
Os fluxos de entrada ou saída no/do Brasil são monitorados para possibilitar o ajuste cambial, com esse artificio, o Bacen pode controlar o preço relativo da moeda corrente nacional a outras moedas correntes.
Mercado de Crédito
Também conhecido como Mercado Financeiro, é onde ocorrem as intermediações entre agentes superavitários e agentes deficitários, realizadas por Instituições financeiras.
Operações de Curto ou Médio Prazo.
Spread : Remuneração da Instituição Financeira.
Como ocorre :
Agente Doador
Agentes Tomadores 
Instituição Financeira
Recursos
Spread : i² - i¹ 
i¹
Recursos
 Taxa: i²
Mercado de Capitais
Transferência de recursos entre agentes superavitários e deficitários porém SEM intermediação de Instituições Financeiras. 
As instituições financeiras passam a atuar prestando serviços às partes envolvidas, ou seja, sua atuação não é mais remunerada por um spreads, e sim por pagamento pelos serviços realizados.
Tributação Aplicável nos Mercados Financeiros
Existem basicamente dois imposto incidentes sobre operações nos mercados financeiros: 
Imposto de Renda (IR): O imposto de renda sobre as operações, tem como suporte legal uma série de referências entre leis, decretos e instruções normativas. Para fins práticos, tomaremos por base: (i) o Decreto nº 3.000/99, também conhecido como Regulamento do Imposto de Renda (RIR), em especial o Livro III (artigos 620 e seguintes); e (ii) a Instrução Normativa nº 1.585/15, emitida pela Receita Federal do Brasil. 
Imposto sobre operações financeiras (IOF): Com relação ao IOF, trata-se de um tributo um pouco mais complexo, pois, o IOF tem um arcabouço jurídico formado por leis, decretos e instruções normativas, com inúmeras alterações. Para fins de referência, vamos analisar o Decreto nº 6.306/07, bem como na Instrução Normativa nº 907/09, emitida pela Receita Federal do Brasil.
DECRETO Nº 3.000, DE 26 DE MARÇO DE 1999
O Decreto N° 3.000, emitido pela Casa Civil, regulamenta o Imposto de Renda proventos de qualquer natureza, fazendo referencia a tributação sobre operações financeiras no seu Livro III, sendo seus principais pontos:
A incidência, classifica cada tipo de operações para incidência de IR.
Segregação das operações com tributação na fonte (aplicação da tabela progressiva, alíquotas específicas, alíquota incidente participações societárias, rendimentos diversos e domiciliados no exterior), tributação das operações financeiras (mercado de renda fica e renda variável), tributação das operações financeiras realizadas por residentes ou domiciliados no exterior. 
Aspectos gerais como administração do imposto, lançamentos e retificações, crédito tributário, controle dos rendimentos, fiscalização do IR, penalidades, acréscimos moratórios, multas, infrações, mas principalmente, dá competência a Secretaria da Receita Federal para edição de atos necessários para a execução do Decreto.
Mudança na Legislação do IR sobre Operações Financeira
A Receita Federal consolidou em um único ato normativo todas as regras do imposto de renda incidente sobre os rendimentos auferidos nos mercados financeiro e de capitais. De acordo com o Subsecretário de Tributação e Contencioso, Paulo Ricardo De Souza Cardoso, um dos objetivos da Receita Federal é exatamente impulsionar a simplificação do Sistema Tributário. 
"E com esta medida estamos caminhando nesta direção, contribuindo para a melhoria do ambiente de negócios", explica.
A consolidação está na Instrução Normativa RFB nº 1585, publicada no Diário Oficial de 02/09/2015, que atualiza as normas tributárias sobre a incidência de imposto de renda nas aplicações financeiras, inclusive bolsa de valores. Ela revoga a IN RFB nº 1.022, de 2010, que se encontrava desatualizada e que, desde sua edição, vinha passando por modificações e inclusões em sua redação, vale ressaltar que a IN passa a ser uma espécie de manual para quem atua na área financeira.
Mudança na Legislação do IR sobre Operações Financeira
O ato normativo está dividido em três capítulos
Tributação das aplicações em fundos de investimento de residentes ou domiciliados no País;
Tributação das aplicações em títulos ou valores mobiliários de renda fixa ou de renda variável de residentes ou domiciliados no País;
Tributação das aplicações em fundos de investimento e em títulos e valores mobiliários de renda fixa ou de renda variável de residentes ou domiciliados no exterior.
IR (Imposto de Renda)
O Fato Gerador do IR é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou de qualquer acréscimo no patrimônio dos indivíduos e das empresas. 
Acréscimo de patrimônio: rendimento (remuneração do capital aplicado) ou ganho de capital (alienação da aplicação).
Incidente sobre operações realizadas no Sistema financeiro (juros e valorização dos títulos de renda fixa, variação monetária, rendimento auferido em um fundo de investimento, o ganho em uma operação de bolsa) ou fora do Sistema financeiro, equiparada (ex: juros s/mútuo de pessoas jurídicas).
Alíquota: 15% + adicional de 10% valor que exceder R$ 240 mil anuais.
IR – Mercado Financeiro Características X Tributação
Tipo de Rendimento: 
Renda Fixa
Renda Variável
Retenção:
Na fonte (IRRF)
Recolhido pelo beneficiário
Natureza do beneficiário: 
Pessoa Física (Definitivo)
Pessoa Jurídica (Lucro Real =Antecipação).
IR – Mercado Financeiro Características X Tributação
Natureza do investidor: 
Residentes ou domiciliados no país (tributação que o contribuinte está sujeito)
Residentes ou domiciliados no exterior (tratamento tributário no país de origem)
Operação: 
Fundos de investimento 
Poupança
Prazo da operação: 
Curto
Longo
Day Trade
Mercado de Renda Fixa
Renda fixa é um tipo de investimento que possui uma remuneração determinável no momento da aplicação. Portanto, o investidor sabe desde o início quanto vai ganhar no final do prazo.
Os investimentos em renda fixa são classificados de duas maneiras:
Quanto ao emissor: Público ou privado
Quanto à definição de remuneração: Pré-fixada ou pós-fixada.
A “Regra Geral” de alíquota de IR decresce conforme o tempo em que o investimento é mantido, conforme segue a tabela abaixo:
Produtos de Renda Fixa
Títulos públicos, renda pré-fixada:
Emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar atividades estatais.
Tesouro pré-fixado: quando remunera o investimento no final do prazo ou no resgate.
Tesouro pré-fixado com juros semestrais: Remunera semestralmente.
Títulos públicos, renda pós-fixada:
Emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar atividades estatais.
Tesouro SELIC: rendimentos calculados com o indexador, no caso a taxa SELIC.
Tesouro IPCA:rendimento em que o indexador é o índice IPCA (pagamento semestral ou não).
Títulos com renda pós fixada protegem melhor o capital investido da erosão inflacionária.
Produtos de Renda Fixa
Títulos privados emitidos por instituições financeiras, renda pré ou pós fixada:
Instituições financeiras que buscam financiamento de suas atividades mediante pagamento de certa remuneração.
Certificado de depósito bancário (CDB); Letras Financeiras (LFs); Letras de Câmbio Financeiras (LCs); Letra Hipotecária (LH); Letra Imobiliária Garantida (LIG); Letra de Crédito Imobiliário (LCI); Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI); Certificado de Operações Estruturadas (COE)
Títulos privados emitidos por instituições não financeiras, renda pré ou pós fixada:
Agentes deficitários que buscam financiamento de suas atividades.
Debêntures; Bônus de subscrição; Commercial Papers. Títulos agrícolas.
Os contratos de Swap também são tributados como se fossem instrumentos de renda fixa.
Mercado de Renda Variável
Ao contrário dos investimentos de renda fixa, a remuneração do capital investido não pode ser dimensionada no início, podendo variar positiva ou negativamente.
São divididos em dois tipos:
Mercado à vista
Mercado de liquidação futura
Mercado à Vista e Mercado de Liquidação Futura
Mercado à vista: em que a liquidação é praticamente imediata.
Os instrumentos são as ações.
A alíquota de IR é de 15%, calculada sobre os ganhos líquidos.
Pessoas físicas que não excedem R$20mil/mês são isentas. 
Operações iniciadas e terminadas no mesmo dia (day-trade) tem alíquota de 20%.
Mercado de Liquidação Futura: Os instrumentos negociados nesse ambiente têm o potencial de gerar ganho (ou perdas) que serão conhecidos somente quando da sua liquidação/resgate.
As variáveis que compões o preço desse instrumento são sensíveis às variações do mercado.
Os instrumentos mais comuns são os derivativos: contratos a termo; contratos futuros; opções e swaps.
Mercado de Liquidação Futura
Contrato a termo: Trata-se da negociação de contratos que definem a compra e venda de ativos em data futura ajustada, por valor definido;
O ganho líquido é composto pela diferença entre o valor do ativo e o valor do contrato negociado, que é a base tributável de IR, com alíquota de 15%.
Contratos futuros: Parecidos com os contratos a termo, mas estabelecem ajustes diários entre as partes (como se fossem pequenas “liquidações financeiras”)
A tributação é a mesma, IR de 15%.
Opções: São contratos que representam direitos de compra ou venda de um determinado ativo, no futuro, por um valor predeterminado. Esses direitos podem ser exercidos ou não, o que cria duas situações de ganho potencial: (i) quem compra o direito (titular) não o exerce, o emissor do título (lançador) tem um ganho, ou (ii) o titular do direito resolve exercê-lo, para potencialmente realizar um ganho.
Em ambos os casos, o ganho também estará sujeito a IR de 15%.
Mercado de Liquidação Futura
Operações com Ouro:
O ouro é considerado ativo financeiro.
Os ganhos nesse mercado estão sujeitos ao IR à alíquota de 15%.
A legislação própria faz referência a essa operação como operação de renda fixa, mas designa tratamento fiscal normalmente aplicável a operações de renda variável.
Compensação de perdas incorridas nos mercados de renda variável
A regulamentação fiscal prevê situações e condições a fim de que perdas possam ser utilizadas para abater ganhos futuros, reduzindo assim a base líquida sujeita à tributação.
As perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, inclusive nos anos-calendário seguintes, em outras operações realizadas com quaisquer desses mesmos instrumentos. A exceção é feita para operações day-trade.
Clubes de Investimento
São formados condomínios de 3 a 50 pessoas físicas, para investimento em títulos e valores mobiliários
Nenhum dos membros pode ter mais de 40% do total de cotas do Clube.
Devem ser administrados por uma entidade autorizada (uma corretora, distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo com carteira de investimento).
O Clube deve manter no mínimo 67% de seu portfólio aplicado em ações, bônus de subscrição, debêntures conversíveis em ações de emissão de companhias abertas, recibos de subscrição, cotas de fundos de índices de ações negociados em mercado organizado e certificados de depósitos de ações.
A alíquota de tributação de IR é também de 15%.
Planos de Previdência Complementar
Aportes para a previdência complementar têm um fim muito específico: o de complementar a renda (ou mesmo uma aposentadoria pelo sistema público de Seguridade Social) após determinado período. Os planos de previdência complementar podem ser negociados por dois tipos de entidade:
Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPCs): São entidades com fins lucrativos, constituídas sob a forma de sociedade por ações e que negociam planos de previdência complementar para qualquer pessoa física. Os benefícios concedidos por esses planos podem vir na forma de renda continuada ou de pagamento único. Tais entidades são reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs): Também conhecidas por fundos de pensão, são entidades sem fins lucrativos, que instituem e operam planos voltados somente a determinado grupo de empregados de uma empresa. Elas podem ser constituídas sob a forma de fundação, por exemplo. Tais entidades são reguladas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). 
Produtos das EAPCs - Acumulação
Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP): os benefícios serão corrigidos por uma taxa de juros e índice de inflação determinados.
Plano com Atualização Garantida e Performance (PAGP): os benefícios serão corrigidos somente por um índice de inflação determinado.
Plano com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização (PRSA): os benefícios serão corrigidos somente por uma taxa de juros determinada.
Plano de Renda Imediata (PRI): única contribuição para lastrear pagamento de benefício por sobrevivência de forma imediata.
Plano Gerador de Benefícios Livre (PGBL): é um dos produtos mais comuns. Os benefícios não têm remuneração predeterminada; os recursos acumulados serão investidos em um fundo (de renda fixa ou misto), de acordo com a escolha do participante.
Produtos das EAPCs - Seguros
Vida com Atualização Garantida e Performance (VAGP).
Vida com Remuneração Garantida e Performance (VRGP).
Vida com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização (VRSA).
Vida com Renda Imediata (VRI).
Vida Gerador de Benefícios Livre (VGBL).
Comparação PGBL x VGBL
São os dois produtos mais conhecidos do mercado, e atendem basicamente o mesmo objetivo no final, mas existem pequenas diferenças entre eles.
PGBL: as contribuições feitas no período de acumulação podem ser deduzidas do IRPF (até o limite de 12% da receita bruta anual do participante). No futuro, quando houver pagamento do benefício ou resgate do montante acumulado, o IR será cobrado sobre todo o valor recebido, ou seja, contribuições feitas + rendimentos. 
VGBL: as contribuições feitas no período de acumulação não podem ser deduzidas do IRPF. No futuro, quando houver pagamento do benefício ou resgate do montante acumulado, o IR será cobrado somente sobre os rendimentos, e não sobre todo o valor recebido.
A regra geral para tributação desses produtos é prevista na Lei nº 11.053/04 e segue a mesma lógica: IRRF à alíquota de 15%, seguido de um potencial adicional cuja alíquota será calculada com base na tabela progressiva do IRPF, que varia entre 7,5% e 27,5% em função dos montantes de rendimentos brutos recebidos pela pessoa física em determinado ano.
Alíquotas regressivas em função do período de acumulação
Abaixo de 2 anos, alíquota de IRRF em 35%;
Entre 2 e 4 anos, alíquota de IRRF em 30%;
Entre 4 e 6 anos, alíquota de IRRF em 25%;
Entre 6 e 8 anos, alíquota de IRRF em 20%;
Entre 8 e 10 anos, alíquota de IRRF em 15%;
Acima de 10 anos, alíquotade IRRF 10%.
O IOF é cobrado sobre operações financeiras em geral, calculado em função do prazo pelo qual o recurso permaneceu à disposição do tomador. Para fins legais, é segregado em cinco hipóteses de incidência:
Operações de crédito;
Operações de câmbio; 
Operações de seguro;
Operações relativas a títulos ou valores mobiliários;
Operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial. 
Fato Gerador: é a disponibilização dos recursos decorrentes dessas operações.
Contribuintes: Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas que efetuarem as operações.
IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros)
Responsável Tributário: Serão efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento-matriz da pessoa jurídica os recolhimentos do imposto, sendo elas:
Pessoa jurídica que conceder o crédito;
Instituições autorizadas a operar em câmbio;
Seguradoras ou as instituições financeiras a quem estas encarregarem da cobrança do prêmio de seguro; 
Instituições autorizadas a operar na compra e venda de títulos ou valores mobiliários.
Não se submetem à incidência de IOF as operações realizadas por órgãos da administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e, desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades: autarquias e fundações mantidas pelo Poder Público, templos e partidos políticos, sindicatos, instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos.
IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros)
O IOF também tem 2 características que nos expõe a sua importância para a gestão econômica:
É um imposto extrafiscal, ou seja, tem a finalidade reguladora (ou 	regulatória) de mercado ou da economia, o que demonstra a sua importância no incentivo/desincentivo nas atividades financeiras;
Não observa o Princípio da Anterioridade (esse princípio prevê que a lei que crie ou aumente o tributo seja anterior ao exercício financeiro em 	que o tributo será cobrado).
Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil a administração do IOF, incluídas as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização
O IOF deve ser recolhido ao Tesouro Nacional até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio da cobrança ou do registro contábil do imposto.
IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros)
Decreto Nº 6.306, de14 de dezembro de 2007
O Decreto N° 6.306, emitido pela Casa Civil, regulamenta o IOF, sendo seus principais pontos:
A incidência, classifica cada tipo de operações para incidência de IOF.
Segregação das operações e, consequentemente, as suas referencias ao fato gerador, contribuintes, responsáveis, base calculo, alíquota, alíquotas reduzidas (alíquota zero), isenção, cobrança e recolhimento
Aspectos gerais como obrigações acessórias, Registro contábil, obrigações do responsável, penalidades, acréscimos moratórios, fiscalização do IOF, compensação e restituição, e, principalmente, dá competência a Secretaria da Receita Federal para edição de atos necessários para a execução do Decreto.
Histórico das Instruções Normativas vinculadas ao IOF
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 907, DE 09 DE JANEIRO DE 2009;
	Disposto no art. 66 do Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, compete 	à Secretaria da Receita Federal do Brasil editar os atos necessários à 	execução do disposto no decreto, assim, a RFB dispõe sobre o IOF.
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1402, DE 22 DE OUTUBRO DE 2013;
	Altera a IN N° 907, acrescendo informações sobre o gozo da Alíquota zero
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1537, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014;
	Altera a IN N° 907, acrescendo incentivos aos projetos de infraestrutura 	em rodovias e ferrovias.
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1543, DE 22 DE JANEIRO DE 2015;
	Altera a IN N° 907, alteração da incidência de IOF sobre operações de 	Factoring e operações de Mutuo.
Histórico das Instruções Normativas vinculadas ao IOF
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1609, DE 19 DE JANEIRO DE 2016;
	 Altera a IN N° 907, no calculo de imposto complementar
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1649, DE 07 DE JUNHO DE 2016;
	 Altera a IN N° 907, na cobrança de IOF em operações de câmbio e 	operações relativas a títulos e valores mobiliários
IOF sobre Operações de Crédito
A expressão “operações de crédito” compreende as operações de:
Empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos;
Alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo;
Mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado
Alíquota: 1,5 % ao dia + 0,38% ( alíquota adicional) 
De acordo com a Lei, o Imposto incidente nas operações de Crédito, quando os recursos forem liberados em parcelas para pagamento também parcelado, deverá ser calculado considerando-se que os valores de principal das primeiras prestações amortizam os valores de principal das primeiras liberações.
Cobrado sobre operações de troca de moeda estrangeira por moeda nacional
Contribuinte: aquele que compra ou vende a moeda estrangeira
Previsão de Alíquota: Máxima de 25%, porém atualmente a máxima é de 6,38%, previsto atualmente pelo Decreto nº 6.306/07
Variação da Alíquota :
Exportação, dividendos, JCP, entrada e saída de investimentos, operações interbancárias, empréstimos exterior > 180 dias : ZERO
Empréstimos feitos no exterior até 180 dias : 6%
Gastos no exterior – cartão de débito / Crédito : 6,38%
Demais Operações: 0,38%
IOF sobre Operações de Câmbio
Segundo o Art 18, § 1o  - A expressão “operações de seguro” compreende seguros de vida e congêneres, seguro de acidentes pessoais e do trabalho, seguros de bens, valores, coisas e outros não especificados
O fato gerador do IOF é o recebimento do prêmio(total ou parcial)
A alíquota varia em função do tipo de seguro em cada apólice, sendo elas listadas abaixo:
Seguro Obrigatório imóvel financiado, exportação, aeronáutico, resseguro: zero
Vida, acidentes pessoais, obrigatório veículos : 0,38 %
Seguros de Assistência à saúde : 2,38%
Demais Operações : 7,38%
IOF sobre Operações de Seguros
De acordo com o Art.12, o IOF sobre operações de títulos ou valores mobiliários:
Não Incide Sobre: (i) depósito em caderneta de poupança e depósito judicial; (ii) transferência de dívidas; (iii) empréstimo de títulos ou valores mobiliários por entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários;
Incide sobre: (i) entidade fechada de previdência complementar; (ii) investidor estrangeiro, inclusive no caso de investimentos disciplinados por normas do Conselho Monetário Nacional (CMN);
Incide à alíquota de 0% (zero por cento) nas operações de mercado de renda variável, inclusive swap e contratos de futuros agropecuários.
O fato gerador do IOF é a aquisição, cessão, resgate, repactuação do pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários
Alíquota Máxima : 1,5 % ao dia.
Alíquota de 0,5% ao dia, cobrada se/quando houver resgate antecipado de cotas emitidas por fundos que preiam prazo mínimo de carência
IOF sobre Operações relativas a títulos ou valores mobiliários (TVM)
O fato gerador do IOF é a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial, efetuada por instituição autorizada integrante do Sistema Financeiro Nacional.
Contribuintes do IOF são as instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil que efetuarem a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial.
Art. 38.  A base de cálculo do IOF é o preço de aquisição do ouro, desde que dentro dos limites de variação da cotação vigente no mercado doméstico, no dia da operação.
A alíquota do IOF é de um por cento sobre o preço de aquisição.
IOF sobre operações com ouro (como ativo financeiro)
AlíquotaPrazo do Investimento
22,50%Até 6 meses
20%Entre 6 a 12 meses
17,50%Entre 12 a 24 meses
15%24 meses ou mais

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