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Preços de Transferência Prof. Dr. Luís Eduardo Schoueri Sumário 1. Fundamentos 2. Métodos 3. Regras brasileiras Operações Internacionais Emp. Vendedora Emp. Compradora Emp. Controladora Operações Internacionais Preço praticado Preço parâmetro COMPARAÇÃO AJUSTE Preços de transferência O padrão arm’s length • A “separate entity approach”: cada entidade do grupo é tratada como se fosse independente, perseguindo seu interesse próprio • Os contratos são o ponto de partida • Análise de comparabilidade Métodos Natureza Jurídica dos Preços de Transferência Presunção Legal Relativa • Partes independentes negociam de acordo com CUP, RPM, Cost Plus, etc. Ficção Jurídica • Transações entre partes controladas são consideradas como se independentes fossem e tributadas de maneira equivalente Como partes independentes teriam negociado? Métodos Compared Uncontrolled Prices (CUP): empresário baseia seus preços a partir da concorrência Cost Plus Method: empresário baseia seus preços com vistas à margem de lucro desejável Resale Price Method: empresário baseia seus preços com vistas à margem de lucro desejável Comparabilidade Fatores de Comparabilidade Características do produto ou serviço Cláusulas contratuais Análise funcional Circunstâncias econômicas Estratégias de mercado Transações envolvendo commodities Realidade dos países em desenvolvimento Por que não adotar, simplesmente, os preços de cotações internacionais para as commodities? Sexto Método: Difusão Métodos Similares com o nome de “Sexto Método” O método não leva em conta a comparabilidade com as transações entre partes independentes (e.g. volume de mercadorias, prazos de entrega e circunstâncias do negócio) Sexto Método Sexto Método e os Ajustes de Comparabilidade Muitas vezes não é possível qualquer ajuste Quando o é, tende a ser limitado a determinados aspectos Preocupação do seu uso obrigatório Regras brasileiras Lei 9.430/96, Exposição de Motivos. 2. As normas contidas nos arts. 18 a 24 representam significativo avanço da legislação nacional face ao ingente processo de globalização experimentado pelas economias contemporâneas. No caso específico, em conformidade com regras adotadas nos países integrantes da OCDE, são propostas normas que possibilitam o controle dos denominados “Preços de Transferência”, de forma a evitar a prática, lesiva aos interesses nacionais, de transferências de recursos para o Exterior, mediante a manipulação dos preços pactuados nas importações ou exportações de bens, serviços ou direitos, em operações com pessoas vinculadas, residentes ou domiciliadas no Exterior. (g.n.) Regras brasileiras Regras brasileiras Comparação pura Custo Revenda OCDE CUP Cost Plus Method Resale Minus Method PIC/PVEX CPL/CAP PRL/PVV/PVA TNMM BRASIL Profit SplitNão adotado Não adotado PCI/PECEX Lucratividade Lucratividade Cotações Sixth Method Regras brasileiras Lei 9.430/96 Conceito amplo de vinculação (distribuição; consórcio; parentes e cônjuges; paraísos fiscais) Limitação para royalties: dedução limitada a % fixado pelo Ministro da Fazenda Safe harbours de simplificação (preço médio exportações > 90% preço doméstico; receita exportações < 5% total receitas) Livre escolha do método: não há “best method rule” Margens de lucro predeterminadas CPL 20% CAP 15% PVA 15% PVV 30% PRL 20% (regra geral) 30% 40% Setor Margem de lucro do método PRL Regra geral 20% Produtos químicos 30% Vidros e de produtos do vidro Celulose, papel e produtos de papel Metalurgia Produtos farmoquímicos e farmacêuticos 40% Produtos do fumo Equipamentos e instrumentos ópticos, fotográficos e cinematográficos Máquinas, aparelhos e equipamentos para uso odonto-médico-hospitalar Extração de petróleo e gás natural Produtos derivados do petróleo Margens de lucro predeterminadas Perspectiva Global do MMF Diferente da visão dos membros da OCDE Carência de auditores fiscais especializados Falta de competências linguísticas para análises funcionais complexas Investimento estrangeiro direto exige segurança jurídica mais do que otimização de resultados Realidade dos países em desenvolvimento MMF e a • Não faz referência a margens predeterminadas • A OCDE já revisou as Guidelines para as safe harbours – Alvo central: reduzir os custos de conformidade para os contribuintes e reduzir as exigências administrativas sobre a administração tributária; – Admite o desenvolvimento de safe harbours regionais para regiões que compartilham características comuns; – Preocupações expressas por países em desenvolvimento quanto à qualidade e à disponibilidade das informações. MMF e a • Capítulo brasileiro i) Evita a necessidade de comparavéis específicas; ii) Reduz a necessidade de conhecimento técnico em questões específicas de preços de transferência, que é um recurso humano escasso tanto para as empresas como para as administrações tributárias dos países em desenvolvimento; iii) Garante segurança jurídica aos contribuintes, uma vez que independe de análises subjetivas; iv) Reduz os custos (autoridades fiscais e contribuintes); v) Privilegia a competição entre as empresas de um mesmo Estado, submetendo-as à mesma carga tributária. • Todavia: o sistema brasileiro não concede o direito de contestar as margens fixas MMF e a “Countries may establish different profit margins per economic sector, line of business or even more specifically according to the kind of goods or services dealt with, to calculate the parameter price (deemed arm’s length price). The more accurately these are computed and the more margins are established, the more likely it is that the use of the margins will neither distort the system nor the decisions of the players involved” Obrigado!
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