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METODOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Iniciamos a disciplina dizendo o que esperávamos de tal, questionando, o que seria geografia, por que a estudar, pra que serviria. Em seguida com as explicações estas perguntas foram sendo respondidas. Foi realizada uma análise histórica, desde a pré-história, até os dias atuais, mostrando como esta ciência funcionava diante os povos.
A origem do conhecimento geográfico se deu na Grécia antiga, onde está se desenvolveu como ciência e método de pensamento filosófico. Como maiores contribuintes no início do desenvolvimento desta disciplina, podemos citar: Heródoto, Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles, Estrabão, Ptolomeu, etc. Com a expansão grega promovida por Alexandre, o Grande, o interesse pelo estudo das novas terras colonizadas aumenta consideravelmente. Os gregos reconheceram o litoral do mediterrâneo, foram para o interior da Ásia e Europa, criaram a palavra geografia, entre outras coisas.
Com a queda do Império Romano do Ocidente, os árabes irão se destacar no conhecimento geográfico, através da tradução de muitas das obras chaves da geografia grega, bem como obras originais de Al Idrisi ou Ibn Batutta, que percorreu todo o norte da África e Ásia.
As explorações realizadas pelos portugueses no século XVI irão dar novo impulso à exploração e conhecimento de diferentes regiões do globo. Elas foram em grande parte inspiradas por obras de viajantes como Marco Polo que conheceu boa parte do Oriente Médio e Extremo.
O que denominamos de Geografia clássica foi aquela concebida no início como sendo a ciência que estudava as relações entre o mundo da natureza e aquele das sociedades humanas, no contexto darwinista e da cartografia temática dos dados naturais e humanos. 
Considera-se que esta Geografia clássica tenha surgido na Alemanha, com os ensinamentos de Kant, Ritter, Ratzel e Humboldt. Na França, esta geografia foi fundada por Paul Vidal de la Blache. 
Alexander Von Humboldt e Carl Ritter, impulsionaram o desenvolvimento da geografia moderna. Humboldt inaugura a noção de meio, para ele, o meio é um produto de relações estabelecidas, conexões entre clima e vegetação. Para Ritter, os estudos das regiões basearam-se na comparação das relações causais e na afirmação da importância dos métodos empíricos. La Blache, foi o grande pensador da geografia reoginal.
Tentamos discutir o que seria o espaço geográfico, delimitando outras interpretações primeiro, como tentar definir lugar, paisagem, território, região, para depois tentar responder o que seria o espaço geográfico. Através disso discutimos um pouco o que seria territorialidade e falamos também sobre a questão de paisagem.
No artigo: “Geografia e interdisciplinaridade. Espaço geográfico: interface e sociedade”, de Dirce Suertegaray, a autora traz como se deu a construção da geografia e o significado do espaço geográfico, ela conta que é no final do século XIX, a geografia se torna uma disciplina autônoma. Ela também traz a discussão da interdisciplinaridade que busca que investigadores de diferentes áreas busquem a explicação de um determinado problema, por exemplo.
Seguindo, tivemos uma aula sobre o que seria a Abordagem Sistêmica e a Teoria Geral dos Sistemas, através da proposta de Bertalanffy, e a seguir vimos como algumas áreas do conhecimento se apropriaram e formularam sua própria avaliação.
O enfoque geossistêmico está baseado Teoria Geral dos Sistemas. A partir dos anos 1960, muitos autores de diferentes escolas contribuíram para o desenvolvimento de conceitos e pesquisas sobre o geossistema como: Sotchava, Strahler, Bertrand, Tricart, Chorley, entre outros. Os geossistemas são a representação da organização espacial resultante da interação dos componentes físicos da natureza, aí incluídos clima, topografia, rochas, águas, vegetação e solos, dentre outros, podendo ou não estarem todos esses componentes presentes. 
Os principais nomes estrangeiros que estudamos para estudar geosistemas no Brasil são: Victor Sotchava e Georges Bertrand.
O soviético, Sotchava definiu que geossistema inclui todos os elementos da paisagem como um modelo global, territorial e dinâmico, aplicável a qualquer paisagem concreta. O geossistema é o “potencial ecológico de determinado espaço no qual há uma exploração biológica, podendo influir fatores sociais e econômicos na estrutura e expressão espacial”. Também se preocupou com a classificação das paisagens em três escalas de geossistemas: global ou terrestre, regional de grande extensão e topológico. Sotchava também propôs três conceitos: meio: onde vive o homem e definido por ele; natureza: o natural, sem a intervenção do homem; paisagem: engloba o todo, o meio e a natureza.
Também vimos o francês Georges Bertrand. Bertrand incorporou de forma clara e direta o elemento antrópico em sua definição de geossistema. Esboçou uma definição teórica de geossistema considerando-o como o resultado de relações entre o potencial ecológico, a exploração biológica e a ação antrópica. Bertrand define de forma diferente o geossistema definido por Sotchava. O geossistema é uma unidade ou um nível taxonômico na categorização da paisagem.
Bertrand dá uma maior atenção para o geossistema, unidade compreendida entre alguns quilômetros quadrados e algumas centenas de quilômetros quadrados, afirmando ser esta escala a que guarda a maior parte dos fenômenos mais interessantes para o geógrafo, constituindo também em uma boa base para os estudos de organização por ser compatível com a escala humana. O geofácies e o geótopo são unidades de análise. Ressalta a importância da dinâmica das diferentes unidades da paisagem do ponto de vista fisionômico. Também a cartografia exerce papel importante. Considera a vegetação como principal elemento integrador.
O geossistemas na concepção do Brasil vai ser um espaço que se originou da abrangência dos ecossistemas. A diferenciação dos outros geossistemas, se dará justamente pela acentuada descontinuidade ecológica, vista por Aziz Ab'Saber, esta relacionada com a contribuição que ele fez sobre os domínios morfoclimáticos do Brasil, que ele consegue inclusive com a visão geossitemica trabalhar de forma integrada, relevo, clima e outros aspectos ambientais pra formar esse mapeamento morfoclimático que ele fez. Ele trabalha os biomas brasileiros de uma forma que considera as áreas de transição. 
TEXTO-SÍNTESE DA DISCIPLINA GB801

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