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7-Atenção domiciliar ao idoso com dor precordial

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Você já respondeu todas as 5 questões deste caso.
Sua média de acertos final foi de 100,00%.
Caso
 
 Voltar para o índice de Casos Interativos
Atenção domiciliar ao idoso com
dor precordial
Familiar de V.H.F. solicita à equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF)
acompanhamento para o idoso pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) no
domicílio.
Publicado em 26 de Março de 2014

Autores: Patrícia Mirapalheta Pereira, Fernanda dos Santos, Celmira Lange
Editores: Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini
Editores Associados: Everton José Fantinel, Samanta Bastos Maagh, Deisi Cardoso Soares, Adriana
Roese, Rogério da Silva Linhares, Thiago Marchi Martins, Marília Leão Goettems
RECOMEÇAR
 V.H.F.
65 anos
Aposentado
Dor no peito
Anamnese
Queixa principal
Familiar necessita de orientações para conduzir o cuidado no domicilio.
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Histórico do problema atual
Equipe de ESF visita o Sr V.H.F. em seu domicilio, por solicitação de seu familiar. 
Familiar relata que paciente apresentou forte dor precordial há 8 dias, quando chamou 
o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e paciente foi levado para o 
Serviço de Emergência. Neste serviço foi admitido e recebeu o diagnóstico médico de 
IAM. O eletrocardiograma do momento da internação apresentou-se com 
supradesnivelamento do segmento ST. O idoso foi então submetido à angioplastia 
primária com implante de stent na artéria coronária direita. Não teve intercorrências 
durante os seis dias de internação hospitalar e, após a alta, foi orientado a procurar a 
Unidade Básica de Saúde (UBS) para acompanhamento da equipe da ESF.
Na chegada da equipe de ESF ao domicilio, o idoso encontra-se sentado na sala, com 
sua família. Quando questionado sobre seu estado atual, relata ausência de dor ou de 
falta de ar, sentindo-se ansioso e apresentando tremores após a alta hospitalar. Refere 
não estar fazendo uso de álcool e tabaco, alimenta-se sem dificuldade e deambula sem 
auxilio. Gostaria de receber algumas orientações a respeito dos cuidados com sua 
saúde atual, como, por exemplo, atividade sexual, atividade física, alimentação e retorno 
às atividades laborais.
Revisão de sistemas
Sistema genitourinário: Eliminações fisiológicas vesicais presentes, em bom volume.
Histórico
História social
V.H.F. mora com sua esposa e a neta de dezessete anos em uma residência na área de 
abrangência da ESF de um bairro periférico da cidade, a casa é de alvenaria, possui 
sala, cozinha, dois quartos e banheiro com bom aspecto de higiene. A renda mensal da 
família é proveniente da aposentadoria do idoso e, anteriormente, dos serviços 
eventuais de pedreiro, com a qual auxilia nos custos da casa e nos estudos da neta. Sr 
V.H.F. tem dois filhos que moram no interior do município, os quais visitam os pais, 
aproximadamente, uma vez ao mês. Seu meio de transporte para realizar a atividade de 
pedreiro é uma bicicleta, na qual carrega suas ferramentas de serviço.
Antecedentes pessoais
Hipertenso há seis anos, em tratamento, dislipidêmico, tabagista (fuma 
aproximadamente 20 cigarros/dia, há 26 anos) e etilista (meia garrafa de cachaça/dia). 
Desde o retorno ao domicílio não fumou ou bebeu. Não possui alergias.
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Dorme cerca de seis horas por dia, possui hábitos alimentares irregulares, baixa 
ingesta de frutas e legumes e alta ingesta de gordura e sal. Não realiza exercícios 
físicos, sua única atividade física é proveniente de seu serviço braçal. Revisada 
Caderneta do Idoso, apresenta três doses da Vacina Dupla Tipo Adulto
(dT), sendo a última dose em 2009 e realiza Vacina influenza sazonal anualmente.
Medicações em uso
Captopril 12,5 mg, 01 comprimido de manhã e a noite;
Atenolol 25 mg, 01 comprimido às 08h;
Sinvastatina 20 mg, 01 comprimido às 20h;
AAS 100 mg, 02 comprimidos no almoço.
Antecedentes familiares
Pai faleceu de AVC (Acidente Vascular Cerebral) com 70 anos e mãe por infarto 
agudo do miocárdio com 84 anos.
Exame Físico
Sintomas gerais: Lúcido, orientado, comunicativo e com períodos de agitação e 
presença de tremores de extremidades.
Mucosas úmidas e coradas, hidratado e afebril.
Frequência cardíaca: 84 bpm
Frequência respiratória: 20 mrpm
Pressão arterial: 150/90 mmHg
Temperatura: 36,8ºC
Peso: 85kg
Estatura: 1,68 cm
IMC: 30,1 kg/m²
Ausculta pulmonar: com murmúrios vesiculares presentes em ápice e base 
bilaterais, sem ruídos adventícios, eupneico. Ausculta cardíaca com ritmo regular, 
bulhas cardíacas normofonéticas, sem sopros.
Abdome: ruídos hidroaéreos presentes, indolor e com presença de hepatomegalia à 
palpação.
Coluna vertebral e extremidades: extremidades aquecidas, perfundidas e sem 
edemas, pulsos periféricos cheios e simétricos.
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Diante do caso do Sr V.H.F., quais os problemas
levantados durante a visita domiciliar?
100 / 100 acerto
Tabagismo, etilismo, hábitos alimentares irregulares, índice de massa corporal
elevado e falta de informação sobre seu autocuidado influenciam
negativamente no cuidado ao paciente pós-IAM. Outro problema nesse caso é
a abstinência ao álcool e tabaco percebido pela presença de tremores e
agitação.
Saiba mais
 Falta de informação sobre seu autocuidado
 Hábitos alimentares irregulares
 Presença de tremores e agitação
 Atividade física exacerbada
 Tabagista e etilista

Nos procedimentos de diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de
idosos, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), utiliza como
critério prioritário a classificação do Índice de Massa Corporal (IMC), descrito abaixo,
recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), considerando os pontos
de corte diferentes daqueles utilizados para adultos (BRASIL, 2006).
Quadro 1 – Índice de Massa Corporal para idosos recomendado pela OMS
IMC Diagnóstico nutricional
Menor ou igual que 22 Baixo peso
Maior 22 e menor que 27Adequado ou eutrófico
Maior ou igual que 27 Sobrepeso
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Escolha múltiplaQuestão 1
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Escolha múltiplaQuestão 2
Quais são os fatores de risco para Síndrome
Coronariana Aguda (SCA) presentes na história
pregressa do Sr. V.H.F.?
100 / 100 acerto
O termo SCA é empregado aos pacientes com evidências clínicas ou
laboratoriais de isquemia aguda, produzida por desequilíbrio entre suprimento
e demanda de oxigênio para o miocárdio, sendo, na maioria das vezes,
causada por instabilização de uma placa aterosclerótica.Cirurgia prévia não é
considerada fator de risco para síndrome coronariana aguda de acordo com
os protocolos de SCA, pois não levam a uma isquemia coronariana aguda.
Fonte: BRASIL, 2006, p. 33.
Com o envelhecimento ocorre declínio da massa corporal magra, especialmente após os 65
anos para homens e 75 para mulheres, sendo mais evidente no sexo masculino. Tal fato está
relacionado à redução do conteúdo da água corporal e da massa muscular.
(BRASIL, 2006).
 Etilismo
 Dislipidemia
 Cirurgia prévia
 Tabagismo
 Hipertensão
 Sedentarismo
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Escolha múltipla
Saiba mais
Questão 3
Dentro do plano de cuidados da atenção primária ao
paciente após infarto agudo do miocárdio, quais
orientações devem ser dadas ao Sr. V.H.F. e seus
cuidadores?
Fatores de risco para doença arterial coronariana
O risco de doença arterial coronariana (DAC) aumenta progressivamente após cada
década acima de 40 anos. O sexo masculino é fator de risco adicional. Em pacientes
mais jovens ou com poucos fatores de risco, o uso de cocaína ou metanfetaminas
deve ser investigado. O diagnóstico de SCA é fundamentado na história típica,
alterações de ECG e marcadores de necrose miocárdica. A presença de três ou mais
fatores de risco para DAC são marcadores de pior evolução.
Fatores de risco para DAC:
- Tabagismo;
- Hipertensão arterial;
- Dislipidemia;
- História familiar para DAC precoce (homem <55 anos e mulher <65 anos);
- Diabetes Mellitus.
(BRASIL, [2014], p. 11).
 Reduzir a ingesta de sal, gordura saturada, gorduras trans e colesterol.
 A direção de veículopode ser permitida aos pacientes após seis meses da
ocorrência do infarto agudo miocárdico.
 Aumentar a ingesta de frutas, legumes e peixes.
 Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe de saúde.
 Comunicar à equipe as mudanças no estado de saúde da pessoa cuidada.
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100 / 100 acerto
Faz parte do plano de cuidados da atenção primária do paciente no pós infarto
agudo miocárdico atentar para o uso correto das medicações, comunicar a
equipe de saúde quanto às mudanças no estado de saúde da pessoa cuidada,
retornar às atividades físicas e profissionais em tempo adequado e manter
hábitos alimentares regulares. A direção de veículos pode ser permitida após
uma semana nos pacientes sem complicações e 2 a 3 semanas em pacientes
com infarto agudo miocárdico complicado.
Saiba mais
 Pacientes após infarto agudo miocárdico podem retornar suas atividades
físicas após uma semana da alta hospitalar.

Orientações pós-infarto agudo do miocárdio
Conforme dados do Ministério da Saúde (BRASIL, [2014], p. 43), o retorno às
atividades sexuais em pacientes de baixo risco, estáveis, deve ser em 7-10 dias após
a alta hospitalar. O retorno as atividades físicas em pacientes que estejam
assintomáticos após IAM não complicado pode ser após 2-4 semanas, com
avaliação cardiológica. Recomendado teste ergométrico para orientar prescrição do
exercício. Todos pacientes devem ser encorajados a realizar 30 a 60 min de
atividade aeróbica em intensidade moderada, no mínimo, 5 vezes por semana.
Plano de cuidados – segmento da atenção primária.
Reabilitação cardíaca: O principal foco de reabilitação é o exercício físico de caráter
educacional, mais complexo que um condicionamento físico.
Recomendada a reabilitação supervisionada por médico. Recomendado teste
ergométrico para orientar prescrição do exercício.
Atividade física: Todos os pacientes deverão ser encorajados a realizar de 30 a 60
min de atividade aeróbica, em intensidade moderada, cinco vezes por semana, além
de aumentar o gasto energético diário (ex: atividades domésticas e jardinagem).
Retorno ao trabalho: Na maioria das vezes o estresse sofrido no trabalho é menor
que o medido no teste de esforço, reforçando que o retorno ao trabalho deve ser
encorajado.
Outras atividades: Atividade sexual com parceiro habitual pode ser reassumida de 7
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a 10 dias em pacientes sem complicações durante a internação. A direção de veículos 
pode ser permitida em uma semana para pacientes sem complicações e de duas a 
três semanas em pacientes com IAM complicado (insuficiência cardíaca, arritmia).
Dieta: Pacientes podem ser encorajados a diminuir a ingesta diária de sal, gordura 
saturada, gorduras trans e colesterol, e estimular a ingesta de frutas, vegetais e peixe.
Peso: o peso corporal e a circunferência abdominal devem ser medidos em todas as 
consultas. Os pacientes idosos devem ser encorajados a manterem um IMC entre 22 e 
27 kg/m2 e a circunferência abdominal menor que 102 cm em homens e, 88 cm em 
mulheres
Paciente diabético: Mudança no estilo de vida, controle dos demais fatores de risco 
(HAS, obesidade, dislipidemia) e medicação visando glicohemoglobina menor ou igual 
a 7%.
Portadores de HAS: Modificação do estilo de vida e medicação objetivando pressão 
arterial menor ou igual a 130/80 mm/Hg
Vacina influenza: Todos os pacientes devem ser vacinados contra o influenza 
anualmente.
Terapia de reposição hormonal: Não deve ser prescrita.
Evitar o uso de anti-inflamatórios não esteroides: Dores musculoesqueléticas devem 
ser tratadas com analgésico como paracetamol e narcótico de curta ação em 
pequenas doses. Se não houver melhora pode utilizar AINE não seletivo
(Naproxeno).
(BRASIL, [2014], p. 44)
Tratamento farmacológico após IAM
Antiagregantes plaquetários
O ácido acetilsalicílico proporciona redução da mortalidade vascular e da mortalidade 
total. Recomenda-se 81 a 325 mg por dia. Está contraindicado quando há história de 
hipersensibilidade a salicilatos, hemorragia digestiva e diátese hemorrágica e devendo 
ser usado com cautela em pacientes com úlcera gastroduodenal ou gastrite.
O clopidogrel é usado na dose de 75 mg por dia. Atualmente é recomendado por, pelo 
menos, duas semanas mesmo nos casos em que não houve fibrinólise. Os pacientes 
que se submeteram a implante de stent, seja em caráter de resgate ou eletivo pós-IAM, 
devem usar ácido acetilsalicílico por um mínimo de 30 dias. Para prevenir a ocorrência 
de trombose intra-stent, a associação destes dois medicamentos pode ser mantida 
por um ano.
Betabloqueadores
Devem ser usados em todos os pacientes com IAM, salvo se houver alguma
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Escolha múltiplaQuestão 4
contraindicação para tal. Algumas das contraindicações são frequência cardíava
inferior a 60 bpm, intervalo PR acima de 0,24 s, pressão sistólica inferior a 100
mmHg, insuficiência cardíaca descompensada grave, bloqueio atrioventricular de 2º
ou 3º graus, doença pulmonar obstrutiva grave e doença arterial periférica com
sintomatologia grave.
Inibidores da enzima conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores
AT1
Os benefícios das suas ações anti-isquêmica e anti-aterosclerótica são suficientes
para que os inibidores da enzima conversora da angiotensina e os bloqueadores dos
receptores AT1 sejam precritos para todos os pacientes após o IAM. Nos casos com
disfunção do ventrículo esquerdo ou da parede anterior, nos hipertensos, diabéticos
e nos portadores de nefropatia crônica estável tem indicação forma de uso por
tempo indeterminado.
Hipolipemiantes
O uso de estatinas está indicado sempre que o LDL-colesterol for superior a 130
mg/dl ou quando estiver entre 100 e 130 mg/dl conforme o critério do médico.
Antagonistas dos canais de cálcio
Não existem evidências favoráveis ao seu uso rotineiro após o IAM. Entretanto,
podem estar indicados como uma alternativa aos betabloqueadores quando houver
doença pulmonar obstrutiva crônica, broncoespasmo ou doença arterial periférica.
Neste contexto, a preferência de uso recai sobre diltiazem e verapamil, pela
similaridade da ação em comparação aos betabloqueadores.
Antiarrítmicos
O único medicamento deste grupo que tem seu uso reconhecido é a amiodarona
nos casos em que há disfunção ventricular esquerda associada a arritmias
ventriculares frequentes. Pacientes com fração de ejeção inferior a 40%, taquicardia
ventricular sustentada ou não sustentada devem ser encaminhados para avaliação
eletrofisiológica pelo benefício potencialmente maior com o uso de cardioversor-
desfibrilador implantável.
Nitratos
Não são usados rotineiramente após o IAM, exceto no caso de angina ou isquemia
miocárdica persistentes ou insuficiência cardíaca.
(PIEGAS et al., 2009)
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Quais sinais e sintomas de possíveis complicações
do IAM o profissional de saúde deve atentar ao
realizar a visita domiciliar?
100 / 100 acerto
Palpitações, dor torácica, falta de ar, diminuição da perfusão periférica e sinais
vitais alterados podem ser sinais e sintomas de algumas complicações do pós
IAM, tais como taquiarritmias, angina, pericardite, insuficiência cardíaca, entre
outros.
Saiba mais
 Disúria
 Palpitações
 Dor torácica
 Diminuição da perfusão periférica
 Falta de ar
 Sinais vitais alterados

Após o infarto do miocárdio, o paciente ainda persiste com risco de complicações
associadas resultantes deste evento agudo. A angina pós-infarto indica a ocorrência
de novos episódios isquêmicos e ocorre em 20 a 30% dos casos. Para controle
desta complicação é necessária otimização da terapia anti-isquêmica através do
beta bloqueio efetivo, além do controle dos níveis pressóricos.
O infarto do ventrículo direito é uma complicação que pode ser demonstrada em
50% dos infartos do miocárdio de região inferior e em aproximadamente 10% dos
pacientes existem alterações hemodinâmicas como hipotensão arterial, sinais de
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Escolha múltiplaQuestão 5
Nesse caso, seo paciente ao invés de ter chamado o
SAMU chamasse a equipe de saúde da ESF em seu
domicílio para atendê-lo, qual a conduta da equipe
frente a esse paciente com dor no peito em
agudização?
baixo débito. É uma patologia de elevada mortalidade e outras alterações
eletrocardiográficas como bloqueio atrioventricular são observados em metade dos
casos. Esta situação requer reposição volêmica para manter o nível pressórico e
melhorar o débito cardíaco além de suporte inotrópico.
A pericardite precoce pós infarto agudo do miocárdio se apresenta em até 24 horas
após o evento. Alguns pacientes apresentam dor torácica ventilatório-dependente
que piora com a inspiração profunda, tosse e deglutição e que é aliviada com a
flexão do tórax anteriormente. Ocasionalmente pode haver febre baixa, mas a
ausculta do atrito pericárdico é frequente e, geralmente, direciona o diagnóstico
definitivo. Ao eletrocardiograma, a elevação do segmento ST nas derivações
precordiais esquerdas, com concavidade superior preservada leva a suspeita desta
complicação. O tratamento deve ser realizado com aspirina, 500mg de 4 em 4 horas,
com redução da dose assim que os sintomas melhorarem.
O edema agudo de pulmão é mais uma complicação pós infarto agudo do
miocárdio, que está associado a uma mortalidade tão elevada quanto 40% nos
primeiros 30 dias após o infarto do miocárdio. O edema pode ser consequência de,
por exemplo, disfunção do miocárdio ou ruptura do septo interventricular. A conduta
imediata inclui a oxigenação e administração de furosemida, morfina e nitrato, além
da ventilação não invasiva.
O choque cardiogênico ocorre em alguns pacientes pode se desenvolver um estado
de hipoperfusão tecidual com pressão sistólica inferior a 90 mmHg associado a
pressões de enchimento elevadas. Das causas de choque, a mais frequente é a
insuficiência ventricular esquerda que corresponde a aproximadamente 75% dos
pacientes. O manejo do choque cardiogênico demanda unidade de tratamento
intensivo e inclui monitorização invasiva da pressão arterial, aminas vasoativas e
balão intra-aórtico.
 Encaminhar o paciente a um serviço de urgência a fim de realizar o
tratamento adequado
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100 / 100 acerto
Questionar o paciente quanto ao início, localização, intensidade, irradiação,
aparecimento, duração e alívio da dor, verificar sinais vitais e realizar ECG
quando disponível e encaminhar o paciente a um serviço de urgência, são
condutas a serem realizadas pela equipe de saúde na abordagem do paciente
com síndrome coronariana aguda.
Saiba mais
 Levar o usuário de saúde à UBS e deixá-lo em observação até estabilizar o
quadro agudo e após encaminhá-lo a um setor de urgência
 Realizar ECG, se possível
 Questionar paciente quanto ao início, localização, intensidade, irradiação,
aparecimento, duração e alívio da dor
 Verificar sinais vitais

Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio
O Ministério da Saúde instituiu a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio no
âmbito do Sistema Único de Saúde e Protocolo Clínico sobre Síndrome Coronariana
que apresenta uma rede de atenção com objetivo de garantir que o paciente com
IAM receba a terapia de reperfusão em tempo adequado, com acesso à terapia
intensiva e ao tratamento e estratificação complementares à reperfusão. Considera-
se que o tempo total de isquemia (entre o início dos sintomas e o início da terapia de
reperfusão) deve ser idealmente até 120 minutos. Desse modo, o paciente deve ser
transferido o mais rápido possível para um serviço de emergência com estrutura
para administração de agentes fibrinolíticos ou a realização de angioplastia primária
conforme for mais adequado para o caso.
É essencial que os protocolos de atenção do IAM sejam definidos e pactuados pelos
diferentes componentes da Linha do Cuidado, de forma a uniformizar o cuidado e
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permitir o acesso de todos os pacientes às terapias estabelecidas, conforme as 
diretrizes internacionais.
O atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser prestado por todas as portas 
de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a resolução integral da 
demanda ou transferindo-o, responsavelmente, para um serviço de maior complexidade, 
dentro de um sistema hierarquizado e regulado, integrando a Linha do Cuidado do IAM.
Definem-se como constituintes da Linha do Cuidado do IAM os seguintes componentes:
Componentes da Linha do Cuidado do infarto agudo do miocárdio:
- Unidades de Atenção Primária à Saúde;
- Unidades de Atenção Especializada;
- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU);
- Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e pronto-socorros de hospitais gerais;
- Hospitais com credenciamento especializado para Atenção Cardiovascular de
AltaComplexidade, com habilitação em cardiologia intervencionista e leitos de
UnidadeCoronariana dedicada à rede de IAM;
- Atenção Domiciliar;
- Serviços de Reabilitação;
- Centrais de regulação municipais e estaduais.
Quanto à característica da dor e sintomas associados à Síndrome coronariana 
aguda (SCA):
Característica da dor e sintomas associados à Síndrome Coronariana Aguda (SCA)
A dor torácica é a forma clínica mais comum da isquemia miocárdica ocorrendo em 
aproximadamente 80% dos casos.
Características básicas da angina estável típica:
1. Desconforto difuso, retroesternal, não afetado por posição, movimento ou
palpação, podendo irradiar para ombros, braço esquerdo, braço direito, pescoço ou
mandíbula;
2. É reproduzida pelo esforço ou estresse emocional;
3. É prontamente aliviada pelo repouso ou pelo uso de nitrato sublingual.
A dor dos pacientes com SCA tem características semelhantes à da angina estável.
Entretanto, os episódios são mais intensos e prolongados e, normalmente, ocorrem
em repouso. Com frequência, vem acompanhada de sudorese, náuseas, vômitos, ou
dispneia. Não rara é a apresentação atípica, com queixas como mal estar,
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1. BRASIL. Consulta pública n.6, de 20 de setembro de 2011. O Ministro de Estado da Saúde
torna pública, nos termos do artigo 34, inciso II, e art. 59 do Decreto n. 4.176 de 28 de
março de 2002, minuta de portaria que institui a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o Protocolo
Clínico sobre Síndrome Coronariana Aguda. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 21 set. 2011. Seção 1, p. 89. Disponível em: <http://ww
w.jusbrasil.com.br/diarios/30750238/pg-89-secao-1-diario-oficia...> (http://www.jusbrasil.co
m.br/diarios/30750238/pg-89-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-21-09-2011#). 
Cópia local (/static/bib/pg-89-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-21-09-2011) Acesso
em 2014.
2. BRASIL. Consulta pública n.6, de 20 de setembro de 2011. O Ministro de Estado da Saúde
torna pública, nos termos do artigo 34, inciso II, e art. 59 do Decreto n. 4.176 de 28 de
março de 2002, minuta de portaria que institui a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o Protocolo
Clínico sobre Síndrome Coronariana Aguda. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da
Saúde. Anexos I e II, resumos do Ministério da Saúde dos princípios que norteiam a
construção da Linha de Cuidados do IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) na Rede de
indigestão, dor epigástrica, sudorese, inclusive sem dor torácica associada,
principalmente em idosos e diabéticos.
Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações
principais que sugerem o surgimento de uma SCA:
1. Angina de repouso com geralmente mais de 20 minutos de duração;
2. Angina de início recente que limita a atividade;
3. Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor
esforço que em eventos anginosos prévios).
(BRASIL, [2014])
Fechamento do acompanhamento
Após orientações gerais e pela boa evolução do paciente, a equipe da ESF esclarece que o 
paciente não necessita mais de acompanhamento domiciliar, podendo manter o 
acompanhamentona unidade básica de saúde.
Objetivos do Caso
Revisar os cuidados necessários ao paciente após IAM e as orientações a serem dadas a seus 
cuidadores quanto aos cuidados no domicílio. Rever o protocolo clínico das síndromes 
coronarianas agudas e a linha de cuidado do infarto agudo do miocárdio.
Referências

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gr
es
so
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http://www.jusbrasil.com.br/diarios/30750238/pg-89-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-21-09-2011#
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Atenção às Urgências no SUS. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde, [2014]. 49 p. Disponível
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192 p. (Cadernos de Atenção Básica - n.º 19. Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf>
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Coordenação: Anaclaudia Gastal Fassa e Luiz Augusto Facchini
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