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Gustavo Moreno T19 AULA11: HIV NA Gestação: Consideração inicial Protocolo 076 (MS) à Uso de zidovudina (ZDV/AZT) na gestação, parto e para o RN pós parto Redução significativa materna fetal Combinação de esquemas antiretrovirais – TARV Ainda mais efetivo Países desenvolvidos a transmissão < 1% Brasil, guias de recomendação publicados e atualizados ao longo dos anos Principais fatores de risco para a transmissão materno – infantil do HIV *** Carga viral aumentada (o mais importante)*** [acompanhar ao decorrer na gestação] Tempo de bolsa rota Tempo de trabalho de parto Obs – recomendações para a paciente com parto vagina com HIV – ideal não bolsa rota, não usar instrumental [risco de contato com o sangue materno -- bebê] Hemorragia intraparto Parto instrumentado Presença ISTs, coinfecções; uso de drogas ilícitas Terceiro trimestre Parto vaginal [contato com as secreções] Aleitamento materno [contraindicado – independente da carga viral!!] Amniocentese Obs – ideal diminuir o tempo de exposição a fluidos no parto normal/cesariana para o bebê Aumento da taxa de detecção nas gestantes nos últimos 10 anos Maior no sul do Brasil – 2,1x maior que taxa nacional Taxa de detecção da SIDA em indivíduos menores de 5 anos está em queda Diagnóstico: *** TR HIV = 1 consulta de PN Confirmação è 2 testes rápidos positivos*** -- marcas diferentes*** Importante: TR2 deve ter maior sensibilidade e especificidade Os testes moleculares são mais sensíveis que os testes confirmatórios convencionais ** (Western blot, imunoblot ou imunoblot rápido) – detecção antígeno e anticorpo. Por esse motivo são adequado como testes confirmatórios Obs – moleculares (é por avaliação sanguínea, pesquisa de antígeno e anticorpos [é melhor]; mas, só o molecular não faz o diagnóstico, sempre fazer 2 testes) Obs – controladores de elite – aparece apenas nos testes convencionais positivo, nos testes moleculares não é detectável, é raro E por que não fazer somente estes, moleculares: Indivíduos chamados controladores de elite (<1%) Mantém viremia indetectável em testes moleculares Exame de carga viral (CV) – sempre que confirmada infecção Se CV >1.000 cópias / ml = teste genotipagem Iniciar TARV Não retardar início da TARV na espera dos exames. “Obs – genotipagem é tipo um antibiograma do gene “ Hoje recomendação do ministério da saúde – MS TR imunoensaio de 4 geração (IE4G) como teste inicial*** “É considerado o melhor” Se positivo, teste molecular complementar. (molecular) (Falso negativo – raro) Manejo Pré Natal: Notificação compulsória**** PN de alto risco**** Objetivo = prevenir TMIHIV, escolha da melhor via de parto, preparar para não amamentação*** –Importante no tempo de diagnóstico* (Troca de parceiros? Outros partos? ...) –Infecções oportunista (cognição, avaliação cabeça e pescoço [infecção fúngica], palpação –abdominal, propedêutica dos linfonodos - linfoadenopatia?) –Adesão ao tratamento –Hiperemese Gravídica*** Órgão e sistemas comumente associados a infecções em pacientes com HIV Órgãos e sistemas Sinais clínicos a serem pesquisados SNC Pesquisar sinais focais e perda de cognição Cabeça e pescoço Pesquisar sinais de candidíase oral e leucoplasia oral pilosa Abdome Pesquisar hepatoesplenomegalia e massas palpáveis Pele Pesquisar dermatite seborreica, sarcoma de Kaposi, foliculite, máculas e pápulas Linfonodos Pesquisar linfadenopatias Avaliação laboratorial: Avaliar infecção pelo HIV, comorbidades e fatores de risco para complicações: –TCD4 +: riscos de infecções oportunistas – trimestral *** (infecção pulmonar? exames?) –Carga viral: variável mais importante da TMIHIV – mensal. Avaliação após 34 sem à definir via de parto*** (dependendo da carga viral, não pode parto, assim indicando cesariana) *** –Genotipagem: ideal antes da TARV ou se falha no tratamento clínico Tratamento: Esquemas de terapia antirretroviral em gestantes preconizados no Brasil Primeira linha de tratamento Medicamento alternativos Tenofovir (TDF) + lamivudina (3TC) + efavirenz (EFZ) Contraindicação ao TDF: zidovudina (ZDV) Contraindicação ao TDF e ZDV: abacavir (ABC) Segunda linha de tratamento Medicamentos alternativos Contraindicação aos IRTNNs Contraindicação ao LPV/r Lopinavir / ritonavir (LPV/r) Atazanavir / ritonavir (ATV/r) Ministério da Saúde: Esquema inicial preferencial para 1º trimestre (até 12 semanas): não há estudos suficientes que garantam segurança total da exposição fetal à Tarv. Deve-se pensar risco benefício para iniciar a Tarv nesse período. Se essa for a decisão, a recomendação é o esquema associando os inibidores da transcriptase reversa nucleósidos (ITRN) tenofovir + lamivudina (TDF + 3TC) associado ao inibidor da integrase (II) dolutegravir (DTG). Sendo assim, a recomendação da dupla ITRN segue mantida, sendo o esquema preferencial aquele com a coformulação tenofovir com lamivudina (TDF 300mg + 3TC 300mg) 1 comprimido (cp)/dia em associação com 50 mg de DTG 1 cp/dia7 Quadro de orientação do Ministério da Saúde Atualizado: Esquema preferencial para início de Tarv na gestante Considerações TDF + 3 TC + DTG - Iniciar DTG após 12 semanas de gestação - Contraindicação ao TDF, A ... Esquema alternativo para início de Tarv na gestante TDF + 3TC + ATVr Pode ser prescrito na impossibilidade do uso do DTG na gestante. Contraindicação ao ATVr usar DRVr TDF + 3TC + DRVr (dose do DRV 600mg 12/12 horas) Esquema alternativo na gestante na impossibilidade do uso de ATVr TDF + 3TC+ RAL Pode ser preferencial na gestante apresentadora tardia (início da Tarv no 3º trimestre de gestação) Deve ser programada ainda no pré-natal a troca do RAL para o DTG após o parto Momento e Via de Parto (P)*** Carga viral após 34 semanas: > 1.000 cópias/ml ou desconhecida: cesariana a partir de 38 semanas – profilaxia Zidovudina EV** < 1.000 cópias/ml porém detectável: via obstétrica + profilaxia com Zifovudina EV Se história de má adesão ao tratamento independente da CV, equipe define se profilaxia (AZT) intraparto. ** (Geralmente esse dá problema!!) Se história de má adesão ao tratamento independente da CV, equipe define se profilaxia (AZT) intraparto. Particularidades do trabalho de parto: Acompanhar evolução (com indicação para Parto [<1.000 cópias/ml]) Se sinais de oati distócico – considerar cesariana Preferir nascimento empelicado Evitar tempo prolongado de Bolsa Rota Procedimentos invasivos durante TP não são recomendados Ocitocina está contraindicada Ligadura cordão umbilical***, sem realizar ordenha *** Profilazia Zidovudina (não precisa decorar): Peso da paciente Quantidade de zidovudina Número de gotas/min Dose de Ataque 2 mg/kg na primeira hora*** 40kg 8ml 36 50kg 10ml 37 60kg 12ml 37 70kg 14ml 38 80kg 16ml 39 90kg 18ml 39 Manutenção(1 mg/kg/hora) em infusão contínua 40kg 4ml 35 50kg 5ml 35 60kg 6ml 35 70kg 7ml 36 80kg 8ml 36 90 kg 9ml 36 Saber: dose de ataque 1 H – 2 mg/Kg/*materno durante 1 hora (P)**** Cuidados Pós Parto: Zidovudina VO após nasicmento para RN – por 4 semanas Inibir lactação: cabergolina 0,5 mg 2 cp VO dose única** (agonista dopaminérgico à inibição da lactação) Seguimento habitual infectologia Orientações
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