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Exemplo prático Uma fotografia adquirida com câmara métrica convencional foi digitalizada e seu sistema referencial é o sistema de imagem (C, L). O que é necessário fazer para que a imagem seja útil no cálculo e análise de coordenadas e esteja numa unidade de medida métrica? , é necessário materializar o sistema referencial fiducial, isto é, realizar a orientação interior da imagem. Transformações matemáticas podem ser utilizadas e a escolha adequada depende dos parâmetros envolvidos na relação entre os sistemas de medida e de referência. Neste exemplo, considere que 4 pontos com coordenadas no sistema de referência são utilizados como apoio para o cálculo dos parâmetros de transformação. Esses pontos são chamados de marcas fiduciais calibradas (Tabela 2.1). Um monocomparador digital foi implementado em linguagem de programação C++ Builder 5.0 compilador Borland para coletar monoscopicamente as marcas fiduciais (Figura abaixo) extraindo coordenadas (C, L) referenciadas ao sistema digital. As primeiras quatro coordenadas a serem medidas (ou observadas) são as marcas fiduciais, respeitando a seqüência indicada no certificado de calibração da câmara. A Tabela 2.1 apresenta as marcas fiduciais calibradas e as coordenadas C, L no sistema digital observadas na imagem digital. Tabela 2.1 - Marcas fiduciais calibradas e as coordenadas C, L no sistema digital observadas na imagem digital. Nº ponto Marcas fiduciais calibradas Marcas fiduciais observadas no sistema digital (C, L) xC (mm) yC (mm) C (pixel) L (pixel) 1 -106.00 106.00 122 119 2 106.00 106.00 2649 118 3 106.00 -106.00 2648 2641 4 -106.00 -106.00 122 2643 Seja a Equação abaixo agora escrita de forma a representar os elementos a serem considerados, dada por ydycxL xbyaxC cc cc Se aplicarmos o Método Paramétrico linear de ajustamento, teremos os seguintes vetores e matrizes: TbL 2643122264126481182649199122 1106106000 0001106106 1106106000 0001106106 1106106000 0001106106 1106106000 0001106106 1000 0001 1000 0001 1000 0001 1000 0001 44 44 33 33 22 22 11 11 cc cc cc cc cc cc cc cc yx yx yx yx yx yx yx yx A Montados o vetor das obervações e a matriz das derivadas parciais, pode-se calcular o vetor dos parâmetros ajustados (Eq. 2.47) e sua M.V.C. (Eq. 2.48). Com isto, obtém-se os parâmetros a, b, x, c, d, y da transformação afim geral no plano. Calculados os respectivos parâmetros pode-se aplicar a transformação afim geral no plano inversa (2.21) e transformar as coordenadas C, L das marcas fiduciais (observadas na imagem digital) para o sistema de referência fiducial (x’, y’, definido na seção 1.2.1). Desta forma, temos: y x L C ac bd cbady x i i1 ' ' Onde, i= 1...4; e x’, y’: coordenadas referenciadas ao sistema de referência fiducial. A Tabela 2.2 mostra as coordenadas fiduciais observadas no sistema digital (C, L) transformadas para o sistema de referência fiducial. Tabela 2.2 – Coordenadas transformadas, discrepância entre as marcas fiduciais calculadas com a Equação (2.21) e as marcas fiduciais calibradas. Nº ponto Marcas fiduciais calibradas Marcas fiduciais calculadas xC (mm) yC (mm) x’ (mm) y’ (mm) 1 -106.00 106.00 -106.0209 106.0210 2 106.00 106.00 106.0209 105.9789 3 106.00 -106.00 105.9790 -105.9789 4 -106.00 -106.00 -105.9790 -106.0210 Discrepância (mm) (x’-xC) (y’-yC) 1 -0.020982 0.021015 2 0.020982 -0.021015 3 -0.020982 0.021015 4 0.020982 -0.021015
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