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Fábio Roberto Iori Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos E-Book 1 NESTE E-BOOK: Introdução ������������������������3 Introdução à análIse de InvestImentos ����������������������6 Valor do dinheiro no tempo ��������������� 10 ConsIderações fInaIs ������������� 24 síntese �������������������������� 25 Introdução Caro estudante, Ao iniciar os estudos da disciplina Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos, algumas dúvidas podem surgir, por exemplo: • Qual é a sua aplicação prática? • Qual utilidade esta disciplina terá em minha vida? Nesse sentido, antes de mais nada, devemos considerar a importância da ampliação de seus conhecimentos nas diferentes áreas de gestão de um negócio, seja ele de micro, pequeno ou grande porte. A capacidade de avaliar diferentes cenários, aliada a uma visão crítica por parte do gestor de empresas, é cada vez mais requerida no universo empresarial, nos dias de hoje. O maior número de informações disponíveis para o agente decisor proporciona a ele um enorme desafio: selecionar quais serão os dados mais úteis e realizar diversas análises para a melhor tomada de decisão possível. Parece fácil? Depende. 3 Vamos considerar um jovem empreendedor que tenha à sua disposição uma grande quantidade de informações e dados para decidir sobre a criação de uma startup na área de e-commerce. A primeira pergunta que deve vir à sua mente é: qual é a viabilidade deste negócio? Esse questionamento deve fazer parte do dia a dia de um gestor de empresas. Seja ele o pro- prietário ou o executivo financeiro principal de uma empresa. A resposta correta para essa pergunta pode representar a distância entre o sucesso e o fracasso de uma empresa ou negócio, indepen- dentemente de seu porte. “O processo de elaboração, análise e avaliação de projetos envolve um com- plexo elenco de fatores socioculturais, econômicos e políticos que influenciam os decisores na escolha dos objetivos e dos métodos.” (RAUPP, PORTON e BEU- REN, 2002) Mas o que realmente irá determinar se aquela ideia inicial de negócio pode ser colocada em prática é sua análise de viabilidade econômico e financeira. Dessa forma, este material pretende ajudá-lo a conhecer essas técnicas, de modo que você 4 possa gerenciar os seus interesses financeiros e de sua empresa de maneira mais eficiente. Primeiramente, vamos nos dedicar à análise de investimentos, em que serão abordados os principais conceitos e tipos de investimentos, assim como os componentes de um projeto de investimento. Em seguida, trataremos da teoria de risco e retor- no, cujos aspectos são essenciais para a tomada de decisão financeira no dia a dia empresarial. Finalmente, estudaremos os critérios utilizados para a análise econômica e financeira de pro- jetos de investimentos, com atenção especial para o custo de oportunidade de um projeto e a otimização da relação custo-benefício. Desejo a você uma ótima jornada de estudos e sucesso nesta disciplina! 5 Introdução à análIse de InvestImentos Neste capítulo introdutório, você terá acesso aos principais conceitos relacionados à análise de investimentos, tipos e formas de investimento e os elementos que fazem parte de um projeto de investimento, com ênfase para o relatório de fluxo de caixa. Vamos lá? O crescimento econômico mundial, cada vez mais acelerado pela globalização da economia, fez com que as empresas busquem desenvolver e aprimorar novas tecnologias e processos, com o objetivo de se manterem atualizadas para a oferta de novos produtos e serviços que visam a aumentar a rentabilidade de seus negócios. Vale a pena a leitura deste artigo, que abor- da a globalização financeira no processo da mundialização da economia. Disponível em: http://www.convibra.org/upload/paper/adm/ adm�1694.pdf Entretanto, os investimentos necessários para este desenvolvimento requerem planejamento para que as metas estipuladas sejam alcançadas durante a execução do novo negócio. SAIBA MAIS 6 http://www.convibra.org/upload/paper/adm/adm_1694.pdf http://www.convibra.org/upload/paper/adm/adm_1694.pdf Nessa direção, a análise da viabilidade econômico- -financeira para a criação e/ou implantação de um determinado produto ou serviço representa estimar e analisar as perspectivas de desempenho financeiro de diversos elementos envolvidos em um projeto (RODRIGUES e ROZENFELD, 2008). A análise de investimentos se faz importante por diversos motivos e o principal deles consiste na importância em se realizar um planejamento financeiro adequado, antes da implementação do novo negócio, pois, só por meio de uma análise financeira detalhada e criteriosa a empresa po- derá identificar se poderá realizar o investimento ou não. (STRACHOSKI, 2011) Para a realização da análise de projetos de in- vestimentos, principalmente aqueles com ativos associados, é necessário adequado entendimento dos seguintes conceitos contábeis e financeiros. PODCAST 1 Demonstrativos Financeiros Os dois principais demonstrativos contábeis para a obtenção de informações relevantes sobre a saúde financeira da empresa e a análise da via- bilidade para a implantação de um projeto são: Balanço patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). 7 https://famonline.instructure.com/files/43079/download?download_frd=1 O Balanço Patrimonial apresenta uma “fotogra- fia” da posição financeira da empresa em uma determinada data. Por meio dele, você poderá identificar as origens e aplicações de recursos financeiros da empresa, que estarão evidenciados nas contas de investimento (ativo) e financia- mento (passivo e patrimônio líquido), conforme a Tabela 1 (CAMLOFFSKI, 2014). Por outro lado, a Demonstração de Resultado do Exercício nos permite avaliar o desempenho financeiro de uma empresa em um determina- do período de tempo, que poderá ser semanal, quinzenal, mensal ou anual, sendo um relatório de extrema importância para o gestor financeiro. BALANÇO PATRIOMINAL ATIVO Bens+Direitos Passivo (Capital de Terceiros) Patrimônio Líquido (Capital Próprio) Tabela 1: Estrutura básica de um Balanço Patrimonial. Fonte: LARA (s/i). 8 Receitas de Vendas Deduções e Impostos Receita Líquida Lucro Bruto Despesas Fixas Resultado antes do IRPJ e CSLL Custo dos Produtos Vendidos (+) (-) (-) (-) (=) (=) (=) IRPJ e CSLL Resultado Líquido (-) (=) Figura 1: DRE simplificada. Fonte: Adaptado de Cam- loffski (2014). Ao considerar a estrutura de capital de uma empresa (proporção entre capital de terceiros e capital próprio), será possível a existência de uma estrutura ótima de capital? REFLITA 9 Neste momento, vale a pena a leitura sobre as teorias de Pecking Order e do Trade Off, relacionadas à estrutura de capital em em- presas. Disponível em: https://comum.rcaap. pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20 Semedo%20-%20tese.pdf PODCAST 2 Valor do dinheiro no tempo Considere que você possui R$ 100,00 à sua disposição hoje, e seu amigo acaba de lhe pedir emprestado para pagar de volta o mesmo valor, daqui a um mês. Você aceitaria? Certamente, você vai considerar algumas ques- tões, antes, como: • Será que eu vou conseguir comprar as mesmas coisas daqui a um mês? • Caso eu permaneça com o dinheiro, posso aplicar em um CDB e receber juros sobre este período. Provavelmente você não aceitará esta proposta, pois o seu dinheiro irá “sofrer” o efeito da inflação, ao longo deste período, fazendo com que ele per- ca parte de seu poder aquisitivo. Por outro lado, SAIBA MAIS 10 https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20Semedo%20-%20tese.pdf https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20Semedo%20-%20tese.pdf https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20Semedo%20-%20tese.pdf https://famonline.instructure.com/files/43080/download?download_frd=1 caso você resolva aplicar este capital durante este período, você receberá uma remuneração, conhecidacomo “juro”. Este é outro fundamento básico necessário para que você possa avaliar alternativas de investimento. Ao avaliar uma alternativa de investimento, é necessário considerar o impacto da inflação sobre o projeto, ao longo do período. Dessa forma, não podemos utilizar a taxa nominal de juro, pois esta não considera o fator deflacionário sobre o capital investido, devendo ser considerada para tal finalidade a taxa real de juro, que é a taxa nominal, des- contada a inflação. Para saber mais sobre o valor do dinheiro no tempo e cálculos financeiros, vale a pena a leitura do livro: SAMANEZ, C. P. Matemática financeira: apli- cações à análise de investimentos, 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. [Minha Biblioteca] FIQUE ATENTO SAIBA MAIS 11 O conceito de taxa de juro é fundamental para avaliar projetos de investimentos, pois será por meio dele que será realizado o apreçamento do projeto e, diante disso, a taxa de juro será utili- zada para remunerar o capital do investidor que se dispõe a abrir mão de um benefício imediato (consumo), em troca de um benefício futuro (receber juros). Taxas de juro simples e compostas Juro simples “As parcelas de juros simples são sem- pre iguais, uma vez que, sob o regime de capitalização simples, os juros para cada período resultam da aplicação da taxa de juros sobre o capital inicial, e ambas variáveis não mudam com o tempo” (CA- VALCANTI, 2013). A figura abaixo apresenta a evolução de R$ 100,00 aplicados com taxa de juros de 10% ao ano, pelo prazo de 5 anos. 100 15010 10 10 10 c Figura 2: Exemplo de uma aplicação com juros simples. Fonte: Cavalcanti (2013). 12 Juro composto Diferentemente do regime de capitalização dos juros simples, aqui os juros acumulados do pe- ríodo anterior são incorporados ao capital inicial, para o cálculo dos juros para o período seguinte, ou seja, a taxa de juros incide sobre o montante acumulado no final do período anterior, como exemplifica a figura abaixo. T0 T1 C.i.1 C.i.2 C.i.3 C.i M1.i M2.i T2 T3 Capital Inicial Montante 1 Montante 2 Montante 3 T0 T1 T2 T3 Juros Simples Juros Compostos Figura 3: Exemplo de uma aplicação com juros compos- tos. Fonte: Cavalcanti (2013). PODCAST 3 Tipos de Investimentos Quando você faz um investimento, seja através da compra de uma ação de uma empresa ou 13 https://famonline.instructure.com/files/43081/download?download_frd=1 da aquisição de títulos do governo, por meio do Tesouro Direto, essas entidades oferecem uma remuneração em troca da utilização do seu capital por um determinado período de tempo. Essas entidades competem entre si, oferecen- do as mais variadas formas de remuneração e também riscos associados aos seus “produtos”, e a decisão de investir ou não vai levar em consi- deração fatores como a sua disponibilidade de recursos, quais são os seus objetivos e fatores comportamentais. Diante disso, podemos classificar os tipos de investimentos em: Títulos ou propriedades Títulos: são investimentos que representam dívida, propriedade ou direito legal de adquirir ou vender uma propriedade. Propriedade (patrimônio): são investimentos em bens móveis ou imóveis, como casas, terrenos, veículos, ou em bens intangíveis, como direitos autorais, marcas e patentes, por exemplo. Direto ou indireto Direto: ocorre quando o investidor adquire o direito sobre um título ou propriedade de forma direta, como a compra específica de uma ação de uma empresa em bolsa de valores, por exemplo. 14 Indireto: ocorre quando o investidor faz o seu in- vestimento por meio de uma carteira de títulos, por exemplo, a aplicação em fundos de investimento. Credor (capital de terceiros) ou Sócio (capital próprio) Credor: realiza o investimento em uma empresa, por meio da aplicação em títulos de dívida. A sua remuneração advém dos juros pactuados entre ele e a empresa devedora. Um exemplo de títulos de dívida são as debêntures. Sócio ou acionista: realiza o investimento em uma empresa, seja através da compra de ações da companhia (S/A) ou por meio de aquisição de cotas da empresa (LTDA). A sua remuneração está condicionada à obtenção de lucros por parte da empresa e recebe o nome de dividendos. Ao realizarem um investimento em uma em- presa, os credores incorrem em menor risco, quando comparados aos acionistas, pois possuem algumas garantias quanto à devo- lução do dinheiro aplicado na companhia e prioridade na devolução do seu capital, em caso de liquidação da empresa, enquanto os acionistas não possuem qualquer tipo de garantia para devolução do valor aplicado e, dessa forma, apresentam maiores riscos. FIQUE ATENTO 15 Componentes de um projeto de investimento O projeto de investimento pode ser definido como um conjunto de informações internas e/ ou externas a uma empresa, coletadas e proces- sadas com o objetivo de analisar uma decisão de investimento (WOILER e MATHIAS, 1996). De acordo com Brigham e Ehrhardt (2012), pon- tos como custo de capital, custos operacionais, preços, rentabilidade, volumes operados, oportu- nidades, taxas de risco, taxas de atratividade são considerados como componentes fundamentais para uma análise eficiente, sendo capazes de reduzir as incertezas e maximizar a criação de valor para os investidores e para a concretização do projeto (LIZOTE et al. 2014). Processo de desenvolvimento de produtos e serviços Front-end Incertezas Conhecimentos Avaliação econômica Figura 4: O processo de desenvolvimento de produtos e serviços. Fonte: Rodrigues e Rozenfeld, 2008 16 Os indicadores financeiros do projeto devem ser selecionados no início do processo, também conhecido como front-end, constituindo-se co- mo a referência inicial para as fases seguintes. À medida que ocorre a evolução do processo, são realizadas revisões da viabilidade econômica e financeira do projeto relacionadas com o produto final e o fluxo de caixa esperado para ele. PODCAST 4 “No início do desenvolvimento, principalmen- te no front-end, as incertezas são grandes e, conforme o desenvolvimento evolui, algumas decisões são tomadas e novas informações são obtidas e as incertezas diminuem.” (RO- DRIGUES e ROZENFELD, 2008). Fluxo de Caixa A principal razão para a existência de uma em- presa é a sua capacidade de gerar lucro. Para os investidores, entretanto, não é suficiente que o projeto tenha um resultado positivo. Para que um projeto seja considerado atrativo, é necessário que o lucro gerado, o retorno do projeto, seja superior em relação àquele que a FIQUE ATENTO 17 https://famonline.instructure.com/files/43082/download?download_frd=1 empresa poderia obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado financeiro. Dessa forma, é necessário considerar que a essência da avaliação econômico-financeira é medir o retorno do projeto de maneira compa- rável com outros investimentos (RODRIGUES e ROZENFELD, 2008). O passo inicial para realizar a avaliação econô- mica e financeira de um projeto de investimento é a construção do seu fluxo de caixa, no qual devem ser evidenciadas as entradas e saídas de recursos, atribuídas durante o período de vida do projeto. Em relação ao aspecto temporal, ele poderá ser: • Diário • Semanal • Quinzenal • Mensal • Trimestral • Anual O critério a ser utilizado para a escolha do perío- do em que o fluxo de caixa será analisado está diretamente relacionado à periodicidade com que 18 os fluxos financeiros serão realizados, e também à sensibilidade do responsável financeiro pelo projeto, assumindo também um caráter subjetivo. Vídeo – Como fazer o fluxo de caixa da sua empresa? – Palestra Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=Ifu4nQF-mwc Um ponto importante a ser observado na cons- trução do fluxo de caixa é em relação à utilização de premissas adequadas para um orçamento coerente. Nesse sentido, o fluxo de caixa poderá ser estima- do de duas formas (Bertoglio e Brasaga, 2008): • Métododireto: necessidade de rastrear as entradas e saídas previstas de recursos, deter- minando o fluxo de caixa de forma direta; • Método indireto: partindo-se da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE), determinando o fluxo de caixa de forma indireta. A determinação correta do fluxo de caixa é um dos aspectos mais importantes na realização de um projeto de investimento, pois é a partir dele que serão realizados alguns dos demais SAIBA MAIS 19 https://www.youtube.com/watch?v=Ifu4nQF-mwc https://www.youtube.com/watch?v=Ifu4nQF-mwc cálculos dos índices de viabilidade do projeto, que determinarão sua aceitação ou rejeição. Artigo: Método direto e indireto na Demons- tração de Fluxo de Caixa: Um estudo sobre as preferências das empresas brasileiras. Disponível em: https://liceu.fecap.br/LICEU�ON- -LINE/article/download/1724/979. 1 2 Fluxo de Caixa Anos R$ 300 mil R$ 200 mil R$ 100 mil R$ - -R$ 100 mil -R$ 200 mil -R$ 300 mil -R$ 400 mil -R$ 500 mil 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Figura 5: Modelo simplificado de um fluxo de caixa. Fonte: Rodrigues e Rozenfeld, 2008. Um outro aspecto relevante em relação ao fluxo de caixa é quanto à determinação de seus com- ponentes, que deverão ser três, em essência (Rodrigues e Rozenfeld, 2008): • Receitas: são correspondentes à venda de produtos ou serviços gerados pela operação SAIBA MAIS 20 https://liceu.fecap.br/LICEU_ON-LINE/article/download/1724/979 https://liceu.fecap.br/LICEU_ON-LINE/article/download/1724/979 do projeto. Para estimar esta variável de forma adequada, é necessário considerar fatores como demanda pelos produtos ou serviços e preço final de venda; • Custos e despesas: são correspondentes aos valores gastos, de forma direta e indireta, para a produção de produtos ou realização de serviços; • Investimentos: são correspondentes aos gastos necessários para a obtenção de benefícios de longo prazo, como no desenvolvimento e prepa- ração do produto ou serviço. Neste item, podem ser incluídos gastos em aquisição de ativo fixo, como máquinas e equipamentos, capital de giro para necessidade imediata de caixa, aquisição de softwares e registro de marca, entre outros. Para saber mais sobre os métodos utilizados para a previsão de demanda utilizados na pro- jeção do fluxo de caixa, vale a pena a leitura desta dissertação de mestrado disponível em: http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/ publicacoes/fernandooliveiralemos.pdf SAIBA MAIS 21 http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/fernandooliveiralemos.pdf http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/fernandooliveiralemos.pdf Mês 1 Mês 2 Re ce ita s Venda de Leite R$ 50.000,00 R$ 45.000,00 Venda de Animais Total de Entradas R$ 50.000,00 R$ 45.000,00 De sp es as Despesas Administrativas R$ 820,00 R$ 800,00 Despesas com Agricultura R$ 2000,00 R$ 63.000,00 Despesas com rebanho R$ 36.000,00 R$ 34.000,00 Total de Saídas R$ 38.820,00 R$ 97.800,00 Saldo Inicial R$ 30.000,00 R$ 41.180,00 Saldo Final R$ 41.180,00 R$ -11.629,00 Mês 3 Mês 4 Re ce ita s Venda de Leite R$ 48.000,00 R$ 43.000,00 Venda de Animais R$ 35.000,00 Total de Entradas R$ 50.000,00 R$ 78.000,00 De sp es as Despesas Administrativas R$ 810,00 R$ 900,00 Despesas com Agricultura R$ 2000,00 R$ 2.000,00 Despesas com rebanho R$ 33.000,00 R$ 31.000,00 Total de Saídas R$ 35.810,00 R$ 33.900,00 Saldo Inicial R$ -11.620,00 R$ 570,00 Saldo Final R$ 570,00 R$ 44.670,00 Tabela 2: Modelo de fluxo de caixa mensal detalhado. Fonte: Boteon e Ribeiro (2017) 22 Olá, caro estudante! Você sabe o que é para que serve o custo médio ponderado de capital (CMPC)? O custo médio ponderado de capital (CMPC), também conhecido como WACC (Weighted Average Cost of Capital) é uma medida de custo para um financiamento ou projeto. Todas as fontes de capital, incluindo capital próprio, por meio de ações ordinárias, ações preferenciais, e capital de terceiros, por meio de títulos e qualquer outra dívida de longo prazo, estão incluídos no cálculo da taxa de desconto. Para a apuração deste custo é realizada a ponderação com seus respectivos pesos, entre a participação de capital próprio e capital de terceiros, assim como os seus respectivos custos. Os analistas de investimentos, geralmente usam o WACC para avaliar o valor dos inves- timentos e determinar quais deles devem ser escolhidos. De forma simples, os investidores podem usar essa fórmula como um método simplificado para decidir se um investimento vale a pena ou não. SAIBA MAIS 23 ConsIderações fInaIs Até aqui, você aprendeu os principais conceitos e aspectos relacionados à análise da viabilida- de de projetos de investimentos, começando pela importância em saber realizar a leitura dos demonstrativos financeiros, principalmente do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados do Exercício. Assim como o valor do dinheiro no tempo também constitui um fator de extrema importância para a análise de projetos, visto que é a partir dele que ocorre o seu apreçamento. Também tivemos a oportunidade de estudar os elementos associados a um projeto de investi- mento, suas fases e incertezas associadas a cada uma delas. Por fim, estudamos o fluxo de caixa como uma ferramenta extremamente útil e necessária para a avaliação da viabilidade econômica e financei- ra de projetos, sendo o ponto de partida para o processo que levará a tomada de decisão entre investir ou não. 24 Na disciplina Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos, são estudados os principais conceitos relacionados à análise de investimentos, como: • os demonstrativos financeiros; • o valor do dinheiro no tempo por meio das taxas de juro e suas aplicações; • os tipos de investimentos existentes. Análise de Investimentos – introdução E-book 1 • Balanço patrimonial (BP) • Demonstração de Resul- tados do Exercício (DRE)Demonstrativos Financeiros Tipos de Investimentos Valor do dinheiro no tempo • Juro simples • o Juro composto Taxas de juros: • Títulos ou propriedades • Direto ou indireto • Credor (capital de terceiros); Sócio (capital próprio) Componentes importantes para um projeto de investimento • custo de capital; • custos operacionais; • preços; • rentabilidade; • volumes operados; • oportunidades; • taxas de risco; • taxas de atratividade. síntese referênCIas ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008. BERTOGLIO, O; BRASAGA, B. A. Projetos de investimentos, empreendedorismo e aspectos de mercado: caracterização e importância para as organizações. Revista de Administração e Ciências Contábeis do IDEAU. Porto Alegre, 2008. BOTEON, M. RIBEIRO, R. 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