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LESSÃO CORPORAL GRAVISSIMA

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. incapacidade permanente para o trabalho (art.129§2º, I do CP)
Se resulta capacidade permanente para o trabalho a lesão é considerada gravíssima.
Surge a questão essa incapacidade permanente é para qualquer trabalho que possa vir a ser exercido pela vitima ou especificamente aquele trabalho que ela executava quando foi vitimada.
EX: Um sujeito suporta uma lesão corporal de natureza gravíssima, ele é vitima, em razão disso ele tem impossibilidade de exercer a sua atividade como motorista de ônibus coletivo, por exemplo, claro que ele pode exercer como professor de filosofia mas como motorista de ônibus coletivo que era a sua atividade principal não é mas possível em razão dessa incapacidade permanente.
Para o professor MIRABETE explica que ficando a vitima incapacitada apenas para a atividade especifica que estava exercendo, mas podendo exercer outra, não se configura a lesão gravíssima. Porém, corrente minotária defende bastante a incapacitação para ocupação anteriormente exercida pela vitima (posição mas justa) Segundo Mirabete, se ele está impossibilitado de trabalhar ou exercer da sua função ou exercer a sua atividade primaria mas pode exercer outra, não tem a circunstância qualificadora.
b) ENFERMIDADE INCURÁVEL: o inciso II trata da qualificadora da enfermidade incurável, entendendo-se esta como sendo alteração permanente da saúde em geral por processo patológico, ou seja a transmissão intencional de uma doença para a qual não existe cura.
EXEMPLO: Vitima, depois das lesões , passa a apresentar convulsões ocasionadas por disritmia celebral decorrente de traumatismo cranioencefálico). Nesse caso em razão a aquelas lesões corporais suportadas a vitima teve uma enfermidade incurável que são essas convulsões.
A TRANSMISÃO DOLOSA DA AIDS CONFIGURARIA EM UMA TENTATIVA DE HOMICIDIO, O CASO A VITIMA VENHA FALECER EM RAZÃO A ESSA DOENÇA?
transmissão dolosa do HIV : O STF, no julgamento do HC 98.712/RJ. Firmou a compreensão de que a conduta de praticar ato sexual com a finalidade de transmitir AIDS não configura crime doloso contra a vida. Assim não há constrangimento ilegal a ser reparado de oficio, em razão de não ter sido o caso julgado pelo tribunal do Juri. 
COMENTÁRIO – Nesse caso foi postulado que o acusado fosse mandado a júri, entre tanto o STF entendeu que não configura crime doloso contra a vida não sendo por tanto competência constitucional do tribunal do júri, competência é essa fixada no art. 5 inciso 38 da Constituição Federal. Nesse caso então estamos cientes que A TRANSMIÇÃO DOLOSA DO VIRUS HIV NÃO É NEM HOMICIDIO CONSUMADO CASO A VITIMA VENHA MORRER NEM TENTATIVA DE HOMICIDIO E SIM LESÃO CORPORAL GRAVISSIMA. POR TRATA-SE DE UMA INFERMIDADE INCURAVEL 
c) PERDA OU INUTILIZAÇÃO DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO: Inciso III a terceira qualificadora de natureza gravíssima é a perda ou inutilização de membro, sentido ou função. É CIRCUSTANCIA MAIS GRAVE DO QUE A DO PARAGRAFO ANTERIOR, não mais se falando em DEBILIDADE, mas sim em perda (amputação ou mutilação) ou inutilização (membro, sentido ou função inoperante, isto é. Sem qualquer capacidade de exercer suas atividades próprias). 
Tratando-se de órgãos duplo, a lesão para ser qualificada como gravíssima deve atingir ambos. Nesse sentido : Em se tratando órgão duplos, a supressão de um (olho, rim, testículo etc) produzirá somente debilidade de sentido ou função, como escreve Antolisei :”a destruição de um deles(olhos, orelhas, pulmões etc) em geral acarreta debilidade e não perda do sentido ou i uso do órgão.
COMENTÁRIO: Tratando-se de órgão duplo olho, rim, testículo se houver a destruição a inutilização , a perda ou seja tratando –se de perda ou inutilização de membro, sentido, função seja duplo se perder um olho, um rim, um orelha, estamos diante de uma lesão corporal de natureza grave, em razão da debilidade. Para ter a perda de membro, sentido e função em tratando de órgão duplo, é obrigatório a perda dos dois órgãos para a configuração da lesão corporal gravíssima. 
d) DEFORMIDADE PERMANENTE : Inciso IV a deformidade permanente constitui a quarta qualificadora. Consiste ela no dano estético, aparente, considerável, irreparável pela própria força da natureza e capaz de provocar impressão vexatória(desconforto para quem olha e humilhação para a vitima).
COMENTÁRIO: Você imagina que um sujeito joga acido no rosto da sua companheira ou do seu companheiro em razão da lesão corporal gravíssima sobre essa deformidade permanente na face que causa um desconforto para quem olha, extrema humilhação para a vitima.
Segundo o STJ, a realização de cirugia estética que repare os efeitos de lesão não afasta a qualificadora da deformidade permanente , pois “O FATO CRIMINOSO É VALORADO NO MOMENTO DE SUA CONSUMAÇÃO, NÃO AFETANDO PROVIDENCIAS POSTERIORES. NOTADAMENTE QUANDO NÃO USUAIS(pelo risco ou pelo custo, como cirugia plástica ou de tratamento prolongado, dolorosos ou geradores do risco de vida)providas a critério exclusivo da vitima (HC 306.677/RJ).
E) ABORTO: por fim, considera se de natureza gravíssima a lesão se dela resulta o abortamento. Aqui, pune-se a lesão a titulo de dolo e abortamento(interrupção da gravidez) a titulo de culpa (crime pretedoloso). Não se confunde com artigo 127,1º retratando esta situação completamente oposta. 
COMENTARIO: É indispensável que o agente tenha conhecimento da gravidez da vitima (ou que sua ignorância tenha sido inescusável ). Jamais querendo ou aceitando o resultado mais grave, caso em que haver o abortamento (art.125 do CP).
Estamos diante de um crime pretedoloso, por que existe o dolo no antecedente e a culpa no consequente. Qual a intenção do agente , é a lesão, ele quer lesionar a vitima mas culposamente a partir da lesão ocorre o abortamento. Então aqui trata-se de lesão corporal gravíssima dolo no antecedente queria lesionar mas culposamente por imprudência, negligencia ou imperícia ocorre o abortamento.. CRIME DE ABORTO É DOLOSO 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE: É considerado um delito preterdoloso, em que exige o dolo no ato antecedente(lesão corporal) e a culpa no fato subsequente(morte da vitima) . Logo, para ocorrência dessa figura típica o agente tem o objetivo de agredir a integridade física de outrem, no entanto, ainda que previsível, acaba por resultar na morte da vitima, de forma culposa.§3º Se resulta morte e as circunstancias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: Pena de 4 a 12 anos de reclusão.” 
 EXEMPLO: João briga com José, Jõao deseja lesionar José, dar um soco em José antecedente dolosa . João dar um soco em José, José cai no meio fio e morre .
João desejava intencionar esse resultado morte? NÃO, ESSE RESULTADO MORTE FOI NO SEU CONSEQUENTE CONDUTA CULPOSA. Então dolo no antecedente culpa no consequente. Então a lesão corporal seguida de morte é um exemplo de um crime pretedoloso. 
O CRIME DE HOMICIDIO, previsto no art. 121, não apresenta a característica preterdoloso presente no tipo poenal do art. 129 § 3º. Logo, no homicídio a conduta do agente é realizarda com objetivo de causar a morte do outrem.
CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA:

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