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Regime Tributário para o Terceiro Setor Disciplina: Contabilidade das Entidades Diversas Profª Ma. Josele Nunes Ferreira e-mail: josele.ferreira@uniandrade.edu.br mailto:josele.ferreira@uniandrade.edu.br ITG 2002 (R1), Agenda: ❑ Introdução; ❑ Imunidade Tributária; ❑ Isenção Tributária; ❑ Comparativo entre Imunidade e Isenção Tributárias; ❑ Perda de Isenção e Imunidade Tributárias; ❑ Exercícios. Introdução: O regime tributário é formado pelas leis que regulamentam a forma de tributação das pessoas jurídicas. Assim como as demais instituições, o terceiro setor também possui obrigações tributárias, porém em menor quantidade, mas que deverão ser rigorosamente cumpridas. (Bonho, 2015) Introdução: As entidades do terceiro setor não visam lucro e possuem alguns benefícios fiscais para que com isso estas entidades tenham capacidade de desenvolver as atividades beneficiando a sociedade em geral. (Bonho, 2015) Entre os benefícios fiscais têm-se a imunidade e a isenção. Introdução: A imunidade tributária ocorre quando a Constituição Federal impede a incidência de tributos, ou seja, ela exige que o Estado se abstenha da cobrança desses tributos. (Bonho, 2015) Assim as entidades contempladas ficam imunes, não podendo ser tributadas. Introdução: A isenção tributária é a dispensa da cobrança do tributo por meio de lei, que poderá ser instituído pelo ente federativo competente. (Bonho, 2015) Por mais que ocorra o fato gerador, não haverá a efetivação do lançamento tributário. Imunidade Tributária: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: ... VI - instituir impostos sobre: a) ... b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; ... (Constituição Federal, 1988) Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - cobrar impostos sobre: a) ... b) templos de qualquer culto; c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; ... (Código tributário Nacional, 1966) Imunidade Tributária: Art. 14 O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. (Código tributário Nacional, 1966) Imunidade Tributária: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm Imunidade Tributária: Art. 12 Para efeito do disposto do art. 150 da CF, considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos. (Lei 9.532/1997 e alterações)) Imunidade Tributária: (Lei 9.532/1997 e alterações)) a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados, exceto no caso de associações, fundações ou organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados, desde que atuem efetivamente na gestão executiva e desde que cumpridos os requisitos previstos nos arts. 3o e 16 da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, respeitados como limites máximos os valores praticados pelo mercado na região correspondente à sua área de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior da entidade, registrado em ata, com comunicação ao Ministério Público, no caso das fundações; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais; c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão; d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art4 Imunidade Tributária: (Lei 9.532/1997 e alterações)) e) apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal; f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes; (Vide ADIN Nº 1802); g) assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público; h) outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o funcionamento das entidades a que se refere este artigo. https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1699372 A imunidade tributária é uma forma de renúncia fiscal por parte do Estado, uma vez que ele não consegue assegurar efetivamente todas as demandas da sociedade, utilizando essa renúncia como forma de incentivo aos cidadãos para realização de atividades que visem ao desenvolvimento social do país. (Constituição Federal, 1988) Imunidade Tributária: A isenção é a dispensa do pagamento do tributo em razão de expressa disposição de lei (ordinária ou complementar). Portanto só ocorre a isenção tributária se houver legislação que determine tal isenção. Isenção Tributária: (Bonho, 2015) Assim somente poderá regulamentar a isenção o ente competente que criou o tributo, pois a isenção é a dispensa da obrigação do recolhimento do tributo. Existem três esferas competentes para legislar sobre as hipóteses de isenção, que são: a União, os Estados e os Municípios. Isenção Tributária: (Bonho, 2015) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): Essa isenção é concedida por lei federal e, tem natureza precária perante a crescente demanda de arrecadação do poder público. Os requisitos para o gozo da isenção são rigoramente os mesmos previstos para as entidades imunes, que se enquadrem como entidades sem fins lucrativos. Isenção Tributária: (Bonho, 2015) Art. 15 Consideram-se isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos.(Vide Medida Provisória nº 2158-35, de 2001) § 1º A isenção a que se refere este artigo aplica-se, exclusivamente, em relação ao imposto de renda da pessoa jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido, observado o disposto no parágrafo subseqüente. § 2º Não estão abrangidos pela isenção do imposto de renda os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável. Isenção Tributária: (Lei 9.532/1997 e alterações)) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm#art13 Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL): A lei que institui este tributo não exclui expressamente as pessoas jurídicas sem fins lucrativos dessa contribuição, apesar dessas entidades não auferirem lucro. Porém, a Lei9.532/1997 em seu § 1º do artigo 15 (visto no slide anterior), confere às entidades do terceiro setor a isenção da CSLL. Isenção Tributária: (Bonho, 2015) Contribuição Previdenciária (INSS): Ficam isentas das contribuições ao INSS (parte patronal), bem como das contribuições provenientes do faturamento e do lucro, destinadas à seguridade social, as entidades beneficentes certificadas conforme a Lei Complementar nº. 187/2021 que atenda, cumulativamente, aos seus requisitos. Isenção Tributária: Requisitos isenção de INSS: I - não percebam seus dirigentes estatutários, conselheiros, associados, instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, das funções ou das atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos; II - apliquem suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais; III - apresentem certidão negativa ... Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, bem como comprovação de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); IV - mantenham escrituração contábil regular que registre as receitas e as despesas, bem como o registro em gratuidade, de forma segregada, em consonância com as normas do Conselho Federal de Contabilidade e com a legislação fiscal em vigor; Isenção Tributária: (Lei Complementar 187/2021 e alterações) Requisitos isenção de INSS: V - não distribuam a seus conselheiros, associados, instituidores ou benfeitores seus resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, ..., não transfiram a terceiros os benefícios relativos à imunidade prevista no § 7º do art. 195 da Constituição Federal; VI - conservem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data de emissão, os documentos que comprovem a origem e o registro de seus recursos e os relativos a atos ou a operações realizadas que impliquem modificação da situação patrimonial; VII - apresentem as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos CRCs, quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pelo inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (superior a 360 k); e VIII - prevejam, em seus atos constitutivos, em caso de dissolução ou extinção, a destinação do eventual patrimônio remanescente a entidades beneficentes certificadas ou a entidades públicas. Isenção Tributária: (Lei Complementar 187/2021 e alterações) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195%C2%A77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp123.htm#art3ii. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS): As entidades beneficentes de assistência social que atendam as exigências estabelecidas por lei foram expressamente isentadas deste tributo no que se refere às receitas derivadas de sua atividade própria. Isenção Tributária: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS): São receitas próprias àquelas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembleia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais. Isenção Tributária: Contribuição para Programa de Integração Social (PIS): As instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações estão isentos do PIS com base no faturamento, pois este não é o propósito das entidades sem fins lucrativos. Porém, deverão recolher o PIS baseados na folha de salários, com alíquota de 1% sobre a folha. Isenção Tributária: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): A isenção cabe aos produtos industrializados por instituições de educação ou de assistência social, quando se destinem, exclusivamente, a uso próprio ou à distribuição gratuita a seus educandos e assistidos, no cumprimento de suas finalidades. Isenção Tributária: (Bonho, 2015) Comparativo entre Imunidade e Isenção tributárias: Apesar das entidades do terceiro setor serem beneficiadas pela imunidade e isenção de tributos, elas têm obrigações legais que devem ser cumpridas. Em caso de não cumprimento pelos seus responsáveis, poderão incorrer em crime tributário, ocasionando abertura de processo penal contra seus dirigentes. Perda de Imunidade e Isenção Tributárias (Bonho, 2015) Se numa fiscalização oficial for constatada que a entidade beneficiada está descumprindo algum requisito ou condição prevista na lei para os benefícios fiscais, será expedido uma notificação circunstanciada para a entidade apresentar contestações. Perda de Imunidade e Isenção Tributárias (Bonho, 2015) Há perda da imunidade e isenção àqueles que não cumprirem com as exigências legais, fizer a prática de ato que constitua infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso de informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens ou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiros soneguem tributos ou pratiquem ilícitos fiscais. Perda de Imunidade e Isenção Tributárias (Bonho, 2015) Exercícios (Bonho, 2015) Disciplina: Contabilidade das Entidades Diversas Profª Ma. Josele Nunes Ferreira e-mail: josele.ferreira@uniandrade.edu.br Regime Tributário para o Terceiro Setor mailto:josele.ferreira@uniandrade.edu.br Slide 1: Regime Tributário para o Terceiro Setor Slide 2: Agenda: Slide 3 Slide 4: Introdução: Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31
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