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atividade aberta 4

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1) Fundamentado na ITG 2002 relate quais as regras específicas entidades sem fins lucrativos deverão observar quando da elaboração das demonstrações contábeis?
 De acordo com a ITG 2002 (R1) as entidades sem finalidade lucrativa devem elaborar as seguintes demonstrações contábeis:
· Balanço Patrimonial; 
· Demonstração do Resultado do Período; 
· Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; 
· Demonstração dos Fluxos de Caixa e;
· Notas Explicativas, conforme previsto na NBC TG 26 ou na Seção 3 da NBC TG 1000, quando aplicável.
Na elaboração dessas demonstrações, as entidades sem fins lucrativos deverão observar o seguinte:
a. no Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido;
b. no Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídas por superávit ou déficit do período;
c. na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de gratuidade concedidas e serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade;
d. na Demonstração dos Fluxos de Caixa, as doações devem ser classificadas nos fluxos das atividades operacionais.
2) Estude a legislação aplicada referente ao Cofins e ao PIS/Pasep e elabore o seu entendimento acerca das implicações tributarias aplicáveis à empresa sem fins lucrativos.
Imunidade: é uma limitação constitucional ao poder de tributar veiculada por meio de normal constitucional. Por sua natureza restringe o poder fiscal. A Constituição Federal estabelece imunidades a fim de incentivar entidades privadas, tais como, associações e fundações sem fins lucrativos, que atuam nas áreas de educação, saúde e assistência social, pois são atividades sociais ligadas ao bem comum.
Isenção: é uma exclusão da tributação, ou seja, tem o condão de dispensar o contribuinte do pagamento do tributo ao qual estava originalmente sujeito. É prevista em lei, diferente da imunidade que decorre da Constituição Federal.
As entidades classificadas como sem fins lucrativos são imunes ou isentas de impostos. Cabe ressaltar que a imunidade sempre vem prevista na Constituição Federal (CF/19888) e as isenções em leis ordinárias.
Esses benefícios alcançam apenas os impostos e não as contribuições sociais, como o PIS/pasep e a COFINS. No entanto, a Medida Provisória nº 2.158-35/2001 concede, desde 01/02/1999, isenção da Cofins incidente sobre as receitas próprias da atividade das entidades sem fins lucrativos. Já com relação ao PIS/pasep, também não incide sobre as receitas próprias destas entidades, devendo ser calculado com base em sua folha de salários. 
Trata-se, desta forma, de uma isenção objetiva, pois a norma especial confere isenção às receitas próprias dessas entidades e não às entidades em si consideradas, oque determina um controle maior sobre tais receitas.
	As entidades que gozam do benefício da isenção da Cofins e da tributação especial do PIS/pasep com base na folha de salários são as seguintes:
a) Templos de qualquer culto;
b) Partidos políticos;
c) Instituições de educação e de assistência social que preencham as condições e os requisitos para imunidade do Imposto de Renda previstos na Lei nº 9.535/1997;
d) Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, cientifico e as associações que preencham as condições e os requisitos para isenção do Imposto de Renda previstas na Lei nº 9.535/1997;
e) Sindicatos, federações e confederações;
f) Serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
g) Conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, como, por exemplo, CREA, CRC, OAB, etc;
h) Fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Púbico;
i) Condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e 
j) A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas na Lei nº 5.764/1971.
As entidades filantrópicas e beneficentes de assistência social também gozam do beneficio da isenção da Cofins e da tributação especial do PIS/Pasep com base na folha de salários, desde que cumpram com os requisitos constantes previstos na Lei nº 8.212/1991:
a) Não percebam, seus dirigentes estatutários, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos;
b) Aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais;
c) Apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos reativos aos tributos administrados pela RFB e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do tempo de Serviço (CRF);
d) Mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
e) Não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto;
f) Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data de emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial;
g) Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária; e 
h) Apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pela Lei Complementar nº 123/2006.
Desde 1/10/2008, o recolhimento do PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários deverá ser efetuada até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Caso o dia do vencimento são seja dia útil (sábado, domingo ou feriado), considerar-se-á antecipado o prazo para o 1º dia útil imediatamente anterior.
3) Estude a legislação aplicada a tributação da CSSL e IR das entidades sem fins lucrativos e elabore um texto informando o seu entendimento. 
A imunidade é uma garantia constitucional, ou seja, é a proibição prevista na Constituição Federal que impede os poderes tributadores de instituir ou cobrar impostos em relação a certas entidades ou em determinadas situações.
A Constituição Federal, em seu Art. 150, VI, “b” proíbe a instituição de impostos sobre os templos de qualquer culto, e através da alínea “c” indica as entidades imunes à tributação de seu patrimônio, renda ou serviços, figurando dentre elas as Instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. Cabendo destacar que as entidades que atuam na área da saúde se enquadram na assistência social, são isentas do recolhimento do Imposto de Renda, e da CSLL, desde que cumpram alguns requisitos estabelecidos na legislação.
No âmbito Federal, a isenção do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) está disciplinada pela Lei nº 9.532/97 (Art. 15), que concede o benefício às instituições de caráter:
- Filantrópico;
-Recreativo;
- Cultural e Cientifico, e 
- As associações civis que prestam serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a quem se destinam, sem fins lucrativos.
Para o gozo da isenção, as instituições estão obrigadas a:
	
	Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados, exceto no caso de associações, fundações ou organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados, desde que atuem efetivamente na gestão executiva e desde que cumpridos os requisitos previstos nos Arts. 3º e 16º da Lei nº 9.790/99 (Lei das OSCIP),respeitados como limites máximos os valores praticados pelo mercado na região correspondente à sua área de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior da entidade, registrado em ata, com comunicação ao Ministério Público, no caso das fundações;
	
	Aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais;
	Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
	Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;
	Apresentar anualmente a Declaração de Rendimentos, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;
Ressalta-se que não estão abrangidos pela isenção do imposto de renda aos rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras.
4) Ativos intangíveis: Considerando que um dos itens mais relevantes nas DCs dos times de futebol, aproprie-se dos textos abaixo ou de outros que você poderá encontrar em diversas revistas especializadas, assim como nas demonstrações contábeis do seu time preferido, observe as regras que devem ser observadas pelo gestor dessa agremiação, e apresente argumentos que favoreçam o entendimento de outros leitores da correta ou não classificação dos ativos intangíveis na referida agremiação.
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1), ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física, mantidos para serem usados na produção ou no fornecimento de bens ou serviços, para serem alugados para outros, ou para finalidades administrativas, e devem satisfazer os seguintes critérios de reconhecimento:
(i) Que seus benefícios econômicos futuros para a entidade devem ser prováveis; e 
(ii) Que seu valor possa ser mensurado confiavelmente.
De acordo com o CPC 04 (R1), para identificar um ativo intangível deve-se considerar os seguintes critérios:
(a) Ser separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou 
(b) Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações (CPC,2010).

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