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AVERSAO A PERDA

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147 
Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.4, n.2, p. 147-162, jul./dez. 2017. ISSN 2448-2080 
 
FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UM ESTUDO SOBRE A AVERSÃO 
A PERDA NA TOMADA DE DECISÃO 
 
 
 
Josiel Nascimento Oliveira 
Universidade Federal Rural do Estado do Rio de 
Janeiro – UFRRJ 
josiel.financas@gmail.com 
 
Everlam Elias Montibeler 
Universidade Federal Rural do Estado do Rio de 
Janeiro - UFRRJ 
everlamelias@gmail.com 
 
 
 
RESUMO 
 
Os estudos de Finanças Comportamentais emergiram como opção ao estudo do universo das 
decisões econômicas, firmando um debate entre psicologia e a economia. Enquanto o lado 
psicológico busca incessantemente pela alternativa que traga o maior prazer com o mínimo de 
esforço, a economia se esforça para manter a racionalidade e gerir os recursos escassos e 
limitados. Fato é que as emoções tendem a destruir o equilíbrio primordial à tomada de 
decisões e, o fato de não entenderem de forma científica e clara com o que estão se 
deparando, criam limites ao conhecimento (molduras cognitivas). Os estudos recentes sobre 
Finanças Comportamentais revelaram ainda, que a irracionalidade advinda das emoções 
ocorrem também em escolhas de financistas, economistas e demais profissionais do mercado 
financeiro. Baseado no estudo de Kahneman e Tversky (1997) “Prospect Theory: An Analysis 
of Decision under Risk”, este trabalho buscou verificar entre um grupo escolhido 
aleatoriamente o grau de aversão às perdas. 
 
Palavras-Chave: Finanças Comportamentais. Tomada de Decisão. Aversão à perdas. Risco. 
 
 
ABSTRACT 
 
Behavioral finance studies emerged as an option to study the universe of economic decisions, 
establishing a debate between psychology and economics. While the psychological side 
incessantly pursues the alternative that brings the greatest pleasure with the least effort, an 
economy strives to maintain rationality and manage scarce and limited resources. Fact is that 
emotions tend to destroy the primary balance of decision making, the fact of not 
understanding the research and the clear, as it comes across, create cognitive frames. Recent 
studies on Behavioral Finance have also revealed that it is an irrationality flowing from the 
emotions in themes also in the choices of financiers, economists and other financial market 
professionals. Based on the studies of Kahneman and Tversky (1997) "Prospect Theory: An 
Analysis of Decision at Risk," this paper sought to check in between a randomly chosen group 
or the degree of loss aversion. The results were confirmed as cognitive frames previously 
studied by these authors. 
 
Keywords: Behavioral Finance, Decision Making, Aversion to Loss, Risk. 
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Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.4, n.2, p. 147-162, jul./dez. 2017. ISSN 2448-2080 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A teoria que estuda as Finanças modernas concentra-se na premissa de que, as pessoas 
em geral, a partir do momento em que reúnem as informações necessárias, são racionais na 
tomada de decisão e assim, capazes de administrá-las e tomar a melhor decisão. Esta 
suposição sustenta que todos os agentes econômicos são racionais em suas escolhas, usando 
sempre o conjunto das informações às quais tem acesso da maneira mais coerente e acertada. 
Com isso, conclui-se que, uma vez que os agentes agem de forma individual da maneira mais 
racional, e partindo da hipótese que todos agem assim, podemos definir que, os mercados em 
geral, são 100% eficientes, uma vez que reúnem todos esses agentes racionais e com clareza 
em suas tomadas de decisão. 
Sustentando essa teoria, várias ferramentas foram desenvolvidas para estruturar essas 
decisões racionais e instrumentalizar os retornos positivos dessas previsões. Um exemplo é a 
moderna teoria de portfólio, que segundo Nofsinger (2006, p.5) “serve para obter o maior 
retorno possível esperado, sem levar em consideração o nível de risco que o investidor esteja 
disposto a aceitar”. Outras ferramentas ajudam a precificar os ativos, como a precificação de 
opções, que trabalha principalmente com os modelos Binomial e Black & Scholes, e o CAPM 
(Capital Asset Pricing Model – Determinação de Preços dos Ativos), que também é outra 
técnica bastante utilizada. 
Parece incoerente com a teoria da racionalidade humana supor que, após anos a fio, 
entendendo a fundo os modelos do mercado, fazendo análises para terem a melhor previsão e 
entender o contexto do mercado, tendo assim todos os requisitos e informações necessárias 
para serem o mais padronizado e previsível, admitir que as emoções podem ter um papel 
importante no comprometimento da melhor decisão. Levando em consideração as teorias 
racionais, Simon (1957) traz o estudo da racionalidade limitada, ele foi um dos pioneiros a 
confrontar a teoria da racionalidade absoluta. Para ele, a racionalidade em qualquer processo 
de tomada de decisão é difícil de ser analisada de forma holística. Em diferentes situações em 
que a tomada de decisão se faz necessária, analisar todas as variáveis do processo se torna 
inviável, uma vez que se deve ser levado em conta que a maioria das decisões é apresentada 
em ambiente de pressão, incerteza, alta complexidade e, normalmente, em casos que são 
únicos, tornando a previsibilidade e o movimento estruturado ainda mais frágil. Ele ainda 
acrescenta a influência quanto à consistência das preferências e crenças do agente, o grau de 
conhecimento e consideração das alternativas e a informação sobre a relação entre as 
possíveis alternativas. 
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Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.4, n.2, p. 147-162, jul./dez. 2017. ISSN 2448-2080 
 
Essas características de julgamento e tomada de decisão é um tema relativamente novo 
e que vem ganhando bastante espaço com o advento da economia comportamental, e, mais 
especificamente, quando se trata dessa tomada de decisão em ambiente financeiro, temos as 
finanças comportamentais. As propostas sugeridas pelas finanças comportamentais se 
baseiam num conjunto teórico que confronta a ortodoxia caracterizada pela Hipótese de 
Mercados Eficientes. A teoria da eficiência dos mercados baseia-se na noção de um 
comportamento humano maximizador de utilidade esperada (KAHNEMAN; TVERSKY, 
1979). 
 A economia comportamental, usado de forma mais ampla que as finanças 
comportamentais, enxerga, contrapondo a visão tradicional, que a realidade uma vez formada 
por pessoas, além de levarem em consideração à teoria aprendida, decidem com base em 
hábitos, experiências em problemas parecidos e história de vida. Kahneman e Tversky (1979) 
citam que as pessoas no geral são imediatistas, aceitam soluções satisfatórias ao invés de 
ótimas, não visualizam o longo prazo e são influenciadas sobremaneira por fatores emocionais 
e psicológicos. Assim, os estudiosos do campo comportamental procuram entender como 
essas manifestações psicológicas e emocionais, tomadas de forma consciente ou inconsciente, 
afetam o ser humano em geral. Nesse trabalho usaremos o termo Finanças Comportamentais, 
por ser o foco do nosso estudo. 
 Pesquisadores de diversas áreas, em especial da Psicologia tem chegado a evidências 
nas quais comprovam que as pessoas desviam-se de maneira sistemática do julgamento 
adequado na tomada de decisão. As Finanças Comportamentais vieram enriquecer esses 
estudos, ao trazer as teorias econômicas os aspectos psicológicos. Assim, como na teoria 
tradicional das finanças, o campo comportamental é comprovado através de hipóteses e 
argumentos empíricos. 
 Esse campo de estudo tem tido uma significativa relevância na área da economia e 
finanças, concedendo a pesquisadores dessa linha o prêmio Nobel de algumas edições, 
podemos citar Herbert Simon em 1978, Amartya Sen em 1998, Daniel Kahneman e Vernon 
Smith em 2002 e Robert Shiller em 2013. A listagem de fenômenos, que não conseguiram ser 
explicados pelos modelos tradicionais das linhas econômicas, tem sido investigado e 
encontrado explicação atravésdas finanças comportamentais. 
 Os professores e psicólogos Kahneman e Tversky trouxeram grande contribuição a 
área, o que os fizeram serem citados na maioria dos trabalhos que tratam do tema, e de acordo 
com Kimura e Basso (2003, p.1) ressaltam que, após mais de trinta anos, os trabalhos dos 
pesquisadores mostram-se atuais quando analisada as tomadas de decisões que envolvam 
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certeza e incerteza, isso independentemente de aspectos relacionados com a cultura, 
nacionalidade e a evolução do contexto no qual é analisado o mercado. 
 Os estudos de Finanças Comportamentais tem mostrado grande relevância no exterior, 
e aos poucos vem ganhando significativa expressão aqui no Brasil. Bons pesquisadores tem se 
debruçado a estudar o tema, além de podermos contar com alguns eventos que começam a 
ganhar notoriedade, como exemplo a Conferência de Ciências Comportamentais e Educação 
do Investidor e o Encontro Brasileiro de Economia e Finanças Comportamentais. Esse estudo 
se propõe a analisar um conceito específico da literatura denominado aversão à perdas. O 
trabalho abordará outros conceitos de Finanças Comportamentais, porém o foco será fazer o 
aprofundamento específico (KIMURA; BASSO, 2003). 
 Este trabalho se propõe a estudar as características do comportamento na tomada de 
decisão de um grupo de pessoas escolhidas aleatoriamente e comparar por meios de 
experimentos com as pesquisas realizadas por Kahneman e Tversky (1997), buscando 
explicar, após abordar o tema central, a aversão à perdas, trazendo assim um passeio pela 
literatura ao referido tema. O presente trabalho justifica-se por estudar um dos fatores mais 
complicados de se entender: o fator humano. A teoria das Finanças Comportamentais tem 
sido mesclada com outras áreas sociais, como a psicologia e a sociologia, trazendo assim uma 
nova abordagem para as finanças. As bases teóricas ainda são iniciantes sobre o tema aqui no 
Brasil, pelo fato de poucos terem conhecimento do assunto ou acharem sua importância 
irrelevante. 
Esse estudo pode, através da análise dos dados, identificar como as pessoas 
(investidores) se comportam em seus investimentos e trazer a tona formas de nos blindarmos 
desses comportamentos, em especial à aversão a perda, que faz com que fundos de 
investimentos, planos privados de aposentadoria, decisões financeiras pessoais etc. tornem-se 
enviesados. Tendo em vista a referida introdução, adotou-se o seguinte problema de pesquisa: 
Qual o comportamento do grupo analisado em relação à aversão às perdas? 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
A globalização tem se intensificado sobremaneira nos últimos anos, principalmente 
pós anos 90. A área econômica e financeira não tem ficado de fora dessa transformação. Assaf 
Neto (2010) enfatiza que esse fenômeno tem levado a uma grande interdependência entre as 
economias dos países, aumentando exponencialmente a possibilidade de crises locais afetarem 
mercados de diversos outros países. 
http://www.iecbrazil.com.br/
http://www.iecbrazil.com.br/
http://cef.fgv.br/cbfc
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 Esse atual cenário, embora tenha aumentado a competição e a movimentação das 
economias tem também trazido uma enorme preocupação quanto ao risco envolvido, 
principalmente o risco sistêmico, que é aquele onde as empresas e em visão macro os 
governos não conseguem combater com a diversificação de seus investimentos, uma vez que 
afetam a todas as instituições daquele nicho ou mercado. Assaf Neto (2010) ressalta que a 
nova realidade dos negócios trouxe a todas as organizações o desafio de controlarem o risco e 
gerar valor a seus acionistas, motivadas por estratégias corporativas que sejam adequadas ao 
comportamento do mercado. 
 Muitos são os escândalos financeiros mostrados nesses últimos anos, a tecnologia e a 
facilidade de tomar decisões com poucos cliques, fez com que as empresas se prevenissem e 
investissem em maior transparência, governança e capacidade de tomada de decisão de seus 
colaboradores. 
 O conceito de valuation começa a tomar conta dos ambientes financeiros, por este se 
entende, de acordo com Assaf Neto (2010), o processo de conversão de uma projeção em uma 
estimativa do valor de uma empresa ou de alguma parte da empresa. Entender esse valor faz 
toda diferença para que a empresa continue a ser competitiva no seu mercado. Dentro das 
ferramentas que foram desenvolvidas para trazer uma maior entendimento da maneira de agir 
das empresas, de forma que fosse compatível com o atual cenário. Dentre essas ferramentas 
desenvolvidas destaca-se o Balanced ScoreCard (BSC) criada por Kaplan e Norton, em 1990, 
procuravam alinhar as estratégias das empresas com medidas de desempenho sobre quatro 
perspectivas: financeiras, clientes, processos internos e aprendizagem e crescimento. 
 Nesse contexto nasce as Finanças Comportamentais. Renomados analistas de 
empresas e cientistas organizacionais passaram a estudar a relevância que o comportamento 
humano tinha na tomada de decisão. Um dos mais expressivos foi Herbert Alexander Simon 
(1916-2001), um notável pesquisador americano, professor da Universidade da Califórnia, em 
Benkeley, e prêmio Nobel de Economia em 1978, e um dos mais influentes cientistas sociais 
do século XX, desenvolveu a teoria da racionalidade limitada onde ele defende que a 
capacidade das pessoas em lidar com as informações necessárias à tomada de uma decisão é 
limitada, uma vez que as emoções e fatores psicológicos diversos impedem fazem com que 
isso ocorra. Assim, as pessoas escolhem, sistematicamente, a opção contrária aquela que 
maximilizaria a utilidade esperada, tomando a decisão mais satisfatória para aquele 
determinado momento. O uso do termo “sistematicamente”, remete a nossa previsibilidade em 
sermos irracionais, Ariely (2008, p.8), em sua relevante obra “previsivelmente irracional”, 
destaca que nossa irracionalidade ocorre da mesma maneira, repetidamente; entender isso é o 
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ponto de partida para aperfeiçoar nossas decisões e modificar nossa vida para o nosso bem. 
De acordo com Barbedo (2008), pessoas inteligentes tomam decisões buscando a 
maximização da utilidade, ou seja, da utilidade que algo possa produzir de benefício. Mesmo 
assim, a todo o momento, pessoas perdem dinheiro, seja no mercado de ações, em jogos, em 
compras malfeitas, em empreendimentos pessoais, e em atividades que envolvam decisões. 
 As Finanças Comportamentais fundamentam-se em estudar a ação humana, bem como 
suas falhas e pontos frágeis no que tange a tomada de decisão. Sewell (2005 apud 
BARBEDO, 2008, p.18), conceitua Finanças comportamentais como o estudo da influência 
da psicologia sobre o comportamento dos gestores financeiros e o subsequente efeito sobre os 
mercados; já Gary Belsky e Thomas Gilovich (1999) apud Barbedo (2008, p.18), denominam 
Finanças Comportamentais como uma área que combina disciplinas gêmeas – psicologia e 
economia – “para explicar por que e como as pessoas tomam decisões aparentemente 
irracionais ou ilógicas quando gastam, investem, poupam ou pedem dinheiro.” A finalidade 
das Finanças Comportamentais é identificar e compreender os conflitos cognitivos aos quais 
fazem as pessoas tomarem decisões irracionais na hora de uma decisão. 
 Os conceitos econômicos tradicionais sugerem que os investidores arrisquem quando 
estão ganhando, fazendo suas posições serem mantidas e falam que sejam prevenidos, avessos 
ao risco quando estão em perda, desfazendo assim suas posições. Contrariando essa lógica, 
pela ótica das Finanças Comportamentais, o investidor é avesso às perdas em momentos de 
prejuízo. 
 Kahneman e Tversky (1979) ressaltam que os investidores quando estão atuandono 
mercado financeiro, tem a tendência a não aceitar as perdas, relutando a se desfazer de suas 
posições nas quais estão tendo prejuízo e vendem antes do tempo adequado às posições que 
estão obtendo lucros. Esses investidores tendem a dar maior valor às notícias favoráveis sobre 
as empresas que tiveram bons resultados no passado e ignoram as notícias sobre empresas que 
estão obtendo maus resultados. 
 
A área de finanças tem se mostrado lenta em aceitar a possibilidade de que as 
decisões em economia podem ser presumivelmente tendenciosas. Na última década, 
as evidências de que a psicologia e as emoções influenciam as decisões financeiras 
tornaram-se mais convincentes. (NOFSINGER, 2006, p.6). 
 
De acordo com Flávia e Bianchi (2015, p.14) Finanças Comportamentais é a união do 
trabalho de pesquisas proveniente da incorporação, pela economia, de desenvolvimentos 
teóricos e descobertas empíricas no campo da psicologia. A essa área podemos somar, as 
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contribuições da neurociência e de outras ciências sociais como sociologia. Essa teoria vem 
de encontro à forma tradicional em economia, que segundo as autoras, apoiada na concepção 
do “homo economicus”, descreve o tomador de decisão racional, ponderado, voltado ao 
interesse pessoal e contendo uma capacidade infinita de adquirir e processar as informações. 
Milanez (2003, p.28), destaca que não é objetivo das Finanças Comportamentais 
abdicar totalmente da visão moderna das finanças, todavia se esforça para em mostrar como e 
por que os pressupostos tradicionais não satisfazem a contento quanto a compreensão de 
muitas situações da tomada de decisão, em particular do mercado financeiro. 
As Finanças Comportamentais recorrem por vezes as chamadas heurísticas, que de 
acordo com Ferreira (2011, p.21), funcionam como uma espécie de atalho mental, servem 
para que andemos mais rápido e poupemos esforços na hora de reunir informações em geral. 
Ferreira (2011, p.23) ainda destaca que é muito fácil nos auto sabotarmos à medida 
que algo nos parece familiar, tendemos a relaxar a análise e acreditar que seja verdadeiro. 
Essa atitude pode ser muito danoso para nossas finanças e outras áreas de nossa vida, além de, 
atitudes assim, tomadas por grande parte da população podem trazer sérios problemas para a 
economia de um país. 
Dentro desse campo de estudo surge uma concepção psicológica que temos com 
frequência: a aversão a perdas. Flávia e Bianchi (2015, p.201), destacam que as pessoas tem 
maior sensibilidade à perda que a ganhos com a mesma proporção. As autoras concluem que, 
em média, as pessoas são duas vezes mais propícias à perda que a ganhos similares. 
Flávia e Bianchi (2015, p.182), dizem também que a teoria da aversão à perdas (loss 
aversion), também chamado de Efeito Disposicional, evidencia que investidores relutariam 
em enfrentar a perda de dinheiro quando em contexto de perda. Para esquivarem-se dessa 
perda, postergam a venda dos ativos que causaram prejuízos (diz-se: “evitam desfazerem 
posições perdedoras”) e privilegiam a venda de ativos que estão gerando ganhos (diz-se: 
“desfazem posições vencedoras”). Kahneman e Tversky (1979) dizem que as pessoas 
preferem não sofrer a dor de perder algo do que o prazer de um ganho equivalente, assim, elas 
preferem não perder R$ 10,00 a ganhar esses mesmos R$ 10,00; esse conceito também diz 
que as pessoas não são avessas ao risco, mas sim as perdas, logo, elas estão propícias a 
assumir riscos maiores quando estão perdendo do que quando estão ganhando. 
Esse conceito partiu do desenvolvimento da Teoria da perspectiva (prospect theory). 
Essa teoria diz que as pessoas são mais propensas ao risco quando estão no campo das perdas 
do que no campo dos ganhos. 
 
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Figura 1 – Função valor utilidade na prospect theory 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Adaptada de Kahneman e Tversky (1979) 
 
 Nofsinger (2006, 48), destaca que os investidores arquitetam suas opções de ganhos e 
perdas potenciais em cenários de incerteza, fazendo uma relação com um ponto de referência 
e consideram o preço de compra como uma importante referência. Dessa forma, os indivíduos 
avaliam os ganhos e as perdas de acordo com a função de utilidade em forma de “S”, como 
demostrado na figura 1. 
 Fazendo uma análise da figura 1, percebe-se que a inclinação da curva referente aos 
ganhos mostra-se côncava e evidencia um elevado grau de satisfação (alto valor de utilidade) 
das pessoas relacionadas aos seus ganhos, demonstrando dessa forma uma maior aversão ao 
risco. Na inclinação da curva referente às perdas, temos uma curva convexa, demostrando 
assim que as pessoas/investidores não ficam tão à vontade quando estão perdendo, assumindo 
dessa forma uma maior propensão ao risco em suas escolhas, objetivando reverter ou diminuir 
as perdas. 
O conceito de aversão às perdas é tão interessante que observamos que as pessoas com 
medo de perder tomam decisões irracionais, tornando-as indiferentes as informações 
adquiridas, como exemplos têm os investidores que preferem comprar ações que tem um 
passado recente de alta, apostando que elas continuarão a subir, sem levar em conta qualquer 
outra análise. 
 
 
 
 
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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
Nas questões analisadas foi verificado o valor matemático de cada alternativa e assim 
comparando-as com os resultados colhidos por Kahneman e Tverky (1997); a partir disso foi 
possível constatar como os entrevistados se comportaram em relação à aversão a perdas em 
opções de risco. 
 
Questão 1 
 
Em um jogo de cara e coroa, considere a seguinte aposta: “cara” você ganha R$ 20,00, 
“coroa”, perde R$ 20,00. Você aceitaria jogar? 
a) Sim 
b) Não 
 
Nessa questão, as duas opções tinham a mesma probabilidade de ganharem a aposta 
(50% cada uma), no entanto 69,4% optaram pela alternativa “B”, enquanto que apenas 30,6% 
optaram pela alternativa “A”. Apesar de terem a mesma chance de ganhar ou perder, fica 
claro que os respondentes arriscam menos quando está em jogo alguma perda. Esse resultado 
foi muito semelhante ao encontrado por Kahneman e Tversky, em que 74% dos respondentes 
optaram pela opção “B”, a qual mostra um conservadorismo maior quando existe a chance de 
perca. 
 
Questão 02 
 
Escolha entre: 
a) Certeza de perder R$ 750,00 
b) 75% de chance de perder R$ 1.000,00 e 25% de chance de não perder nada. 
 
Nessa questão, as duas opções são matematicamente iguais, veja que (75% x 
1.000,00 = 750,00 + 25% x 0,00 = 0,00), porém uma grande quantidade dos respondentes, 
83%, escolheram a opção “B”, demonstrando dessa forma uma forte propensão ao risco 
quando é colocado uma situação que evidenciem as perdas. Esse resultado foi compatível com 
as pesquisas de Kahneman e Tversky, no qual 87% dos respondentes optaram pela opção “B”. 
 
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Questão 03 
 
Há algum tempo, você e família vem esperando para ir a um jogo de futebol, que ocorrerá na 
semana seguinte. No dia do jogo, cai uma forte chuva. É mais provável que vocês vão ao jogo 
se: 
 
a) Tiver pago os R$ 40,00 pelos ingressos. 
b) Tiver recebido como cortesia. 
 
Nessa questão, esperava-se que a maioria dos respondentes optasse pela alternativa 
“A”, e foi exatamente o que aconteceu 94,4% optaram por essa opção, contra 5,6% da 
alternativa “B”. Nessa situação em particular, observamos que os respondentes tiveram forte 
aversão a perda quando eles teriam que fazer o desembolso, o que levou a quase totalidade a 
ir ao evento caso tivessem pagado. Interessante que poucoslevaram em consideração o fato 
de alguém ter pago para eles irem ao evento e despendido do mesmo valor que eles teriam 
pago. Fica claro o apego que temos em proteger o que é nosso, e não se importar quando 
outrem tem o dispêndio. A pesquisa foi bem coerente com os resultados encontrados por 
Kahneman e Tversky, embora não tenha colocado em forma de porcentagem. Para eles a 
resposta é imediata: sabemos que quem pagou por seu ingresso tem maior probabilidade de ir. 
A contabilidade mental fornece a explicação. Presumimos que ambos os casos foi criada uma 
conta para o jogo que esperavam ver. Perder o jogo significará fechar essas contas com um 
balanço negativo. Independentemente do modo como tenham obtido seu ingresso, ambos 
ficarão desapontados — mas o balanço final é nitidamente mais negativo para o caso de ter 
comprado o ingresso e está agora não só com o bolso vazio como também sem poder ver o 
jogo. Como ficar em casa é pior para esse indivíduo, ele está mais motivado a ver o jogo e 
desse modo é mais provável que enfrente a forte chuva. 
 
Questão 04 
 
Há algum tempo, você e família vem esperando para ir a um jogo de futebol, que ocorrerá na 
semana seguinte. No dia do jogo, cai uma forte chuva. É mais provável que vocês vão ao jogo 
se tiver comprado os ingressos por R$ 40,00: 
 
a) Há um ano. 
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b) Comprados ontem. 
 
Parecida com a questão anterior, onde os valores são matematicamente iguais, 
observa-se que o efeito do tempo do custo incorrido foi bem presente. As pessoas tendem a 
sofrer mais quanto mais recente for o custo, à medida que o tempo se distancia do presente 
elas tendem a aceitar mais o prejuízo. Isso foi provado na questão acima, onde 76,4% optaram 
pela opção “B” enquanto 23,6% optaram pela opção “A”. Pensando pela ótica financeira, 
optar pela alternativa “B” realmente é mais coerente, uma vez que, levando em conta o valor 
do dinheiro tempo, o respondente estaria abrindo mão de um valor financeiramente maior. 
Os resultados obtidos se fizeram coerente com a pesquisa realizada por Kahneman e 
Tversky. Embora não ter colocado em porcentagem, no livro Rápido e Devagar (2011), 
Kahneman mostra que a maioria optou pela opção “B”. 
 
Questão 05 
 
Qual das alternativas você prefere: 
 
a) 33% de chances de ganhar R$2500 
66% de chances de ganhar R$2400 
1% de chances de ganhar R$0 
 
b) 100% de chances de ganhar R$2400 
 
Nessa questão os respondentes tinham 33% de chance de ganhar R$ 2500,00, valor 
maior que os R$ 2400,00 que ganhariam com certeza na opção “B”. Embora a chance de não 
ganhar nada fosse apenas 1%, o risco de não ganhar nada fez 73,6% dos respondentes 
optarem pela alternativa “B”. A aversão a perda se mostrou forte nessa questão. O resultado 
foi compatível com os números encontrados pelos professores Kahneman e Tversky, que 
obtiveram 82% dos respondentes optando pela opção “B” e 18% pela opção “A”. 
 
Diante dos dados levantados, podemos chegar a uma resposta ao problema de 
pesquisa levantado, qual seja: O comportamento do grupo analisado em relação à aversão às 
perdas mostrou-se que realmente existe essa aversão. Os dados levantados não somente 
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comprovam a existência dessa afirmação, como foi completamente compatível com os 
estudos da pesquisa original de Kahneman e Tversky. 
Diante dos dados levantados, analisemos as duas hipóteses levantadas, baseadas nas 
questões 03 e 04. 
 
A primeira hipótese (Ho), com base na questão 03, será a da pesquisa à qual afirma 
que temos menor sensibilidade ao dinheiro gasto por terceiros ao desembolsado por nós, ainda 
que ambos seja em nosso favor. Para esta etapa, será considerado o nome do teste como Teste 
– T1, o qual irá se referir ao resultado da questão nº 03. 
 
T1 – Quadros 01, 02 e 03. 
 
 Quadro 1 - Estatísticas de uma amostra 
 
N Média 
Desvio 
Padrão 
Estatística Estatística 
Modelo 
Padrão 
Estatística 
Questão 
03 
 
N válido 
(de lista) 
72 
 
72 
1,125 ,0392 ,3330 
 Fonte: dados da pesquisa. 
 
 Quadro 2 – Testes de uma amostra 
N 
Válido 
 
Ausente 
Média 
Erro de média padrão 
Modelo padrão 
72 
0 
1,125 
,0392 
,3330 
 Fonte: dados da pesquisa. 
 
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Quadro 3 – Outros Dados 
 Frequência Porcentual Porcentagem 
Válida 
Porcentagem 
acumulativa 
Válido 1,0 
 2,0 
 Total 
63 
9 
72 
87,5 
12,5 
100,0 
87,5 
12,5 
100,0 
87,5 
100,0 
Fonte: dados da pesquisa. 
 
O questionário não conta com questões de escalas e em sua grande parte são perguntas 
de sim ou não, e para o programa gerar dados estatísticos, ele precisa de variáveis que sejam 
numéricas, o que não era o caso do questionário, então, como uma forma de quantificar as 
respostas, optou-se por numerar as opções. E desta forma de quantificar as respostas, optou-se 
por numerar as opções, foi determinada a seguinte adoção dos números: 1 = não; 2 = sim. 
Desta forma, pode-se afirmar que a hipótese (Ho) baseada na pesquisa de Kahneman e 
Tversky (1979) está coerente com os resultados encontrados pela pesquisa original, uma vez 
que 87,5% dos respondentes optaram pela alternativa 01. 
Para a segunda hipótese, será analisada a questão 04 do questionário. Assim: 
 
T2 – Quadros 04, 05 e 06. 
 
 Quadro 4 - Estatísticas de uma amostra 
 
N Média 
Desvio 
Padrão 
Variância 
Estatística Estatística 
Modelo 
Padrão 
Estatística Estatística 
Questão 
03 
 
N válido 
(de 
lista) 
72 
 
72 
1,306 ,0547 ,4639 ,215 
 Fonte: dados da pesquisa. 
 
 
 
 
 
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Quadro 5 – Testes de uma amostra 
N Válido 
 Ausente 
Média 
Erro de média padrão 
Modelo padrão 
72 
0 
1,125 
,0392 
,3330 
Fonte: dados da pesquisa. 
 
Quadro 6 – Outros Dados 
 Frequência Porcentual Porcentagem 
Válida 
Porcentagem 
acumulativa 
Válido 
Comprados ontem 
Há um ano 
Total 
55 
17 
72 
76,4 
23,6 
100,0 
76,4 
23,6 
100,0 
76,4 
100,0 
Fonte: dados da pesquisa. 
 
Desta forma, pode-se afirmar que a hipótese (Ho) baseada na pesquisa de Kahneman e 
Tversky (1979) está coerente com os resultados encontrados pela pesquisa original, uma vez 
que 76,4% dos respondentes optaram pela alternativa 01. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A racionalidade do tomador de decisão começa a ser questionada com o advento das 
Finanças Comportamentais. A teoria tradicional, validade pela hipótese do mercado eficiente, 
tem agora suas bases questionada. Aos poucos, diversos estudos teóricos e empíricos, 
realizados nas últimas décadas do século XX, reforçaram as limitações teóricas e os 
paradigmas estabelecidos no ambiente decisório. O recrudescimento da Teoria de Finanças 
Comportamentais contrapondo a Teoria do mercado eficiente abriu novos campos para o 
questionamento da racionalidade do indivíduo e a maneira como nossas emoções limitam 
nossa capacidade decisória, mesmo em indivíduos com grande base de informações, que, por 
lógica deveriam ser frios e altamente metódicos em suas decisões. 
Este artigo procurou analisar empiricamente, através das lentes das Finanças 
Comportamentais à aversão a perda em determinado grupo. Partiu das experiências realizadas 
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por Kahneman e Tversky (1979), focando principalmente no que tange à aversão a perda. 
Essa teoriadiz que as pessoas em geral, rejeitam uma perda à um ganho equivalente. 
 De acordo com o questionário realizado, em situações em que ocorra a aversão a perda 
em ambiente de risco, os resultados ficaram bem próximo daqueles encontrados por 
Kahneman e Tversky (1997), concluindo que existe uma maior propensão das pessoas em 
sofrer mais pela perda que a um ganho proporcional. 
 Os resultados obtidos nessa pesquisa só enfatizam o quanto o campo das Finanças 
Comportamentais ainda precisa ser explorado, e que é bastante promissor para àqueles que 
desejam enriquecê-lo. A contribuição dos estudos dos professores Kahneman e Tversky foi de 
grande significância para que uma nova ciência fosse iniciada, à qual envolve a análise do 
risco, a psicologia e as finanças. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARIELY, D. Previsivelmente Irracional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
 
ÁVILA, Flávia; BIANCHI, Ana Maria. Guia de Economia Comportamental e 
Experimental. São Paulo: Economia Comportamental, 2015. 
 
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perdem dinheiro na Bolsa de Valores. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
FERREIRA, Vera Rita de Melo. Decisões Econômicas: Você já parou pra pensar?. São 
Paulo: Évora, 2011. 
 
GIL, A. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1989. 
 
KAHNEMAN, D.; TVERSKY, A. Prospect Theory: An Analysis of Decision Under Risk. 
Econometrica, v. 47, n. 2, p. 263–291, 1979. 
 
KAHNEMAN, D; KNETSCH, J, L; THALER, R. Anomalies: theendowment Effect, 
lossaversion. Disponível em: 
<https://www.princeton.edu/kahneman/docs/Publications/Anomalies_DK_JLK_RHT_1991.p
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KIMURA, H.; BASSO, L. F. C. Finanças comportamentais: Investigação do Comportamento 
Decisório dos Agentes Brasileiros. In: ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO 
EM ADMINISTRAÇÃO. Anais... p.1–16, 2003. 
 
MARKOWITZ, Harry. Portfolio Selection. Journal of Finance, 1952. 
 
SIMON, H.A. Administrative behavior: a study of decision making processes in 
administrative organizations. New York: McMillan, 1957. 
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TVERSKY, Amos; KAHNEMAN, Daniel. “Prospect Theory: An Analysis of Decision 
under Risk”. 1979.

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