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Agentes Publicos-5a parte

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DISCIPLINA: PODER DE POLÍCIA, CONTRATOS, CONTROLE E 
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
PROVIMENTO e VACÂNCIA 
 
1 - CONCEITOS 
Provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo 
público. 
Noutro eito, Vacância é o fato administrativo-funcional que indica que 
determinado cargo público não está mais provido, ou seja, não possui mais um 
titular. 
São os estatutos funcionais que definem os casos de provimento e 
vacância no serviço público. 
 
2 – PROVIMENTO 
Existem dois tipos de provimento: 
a) provimento originário - é aquele em que o preenchimento do cargo dá 
início a uma relação estatutária nova, porque o titular não era (ou nunca 
foi) servidor daquele ente público , ou ainda, porque pertencia a quadro 
funcional regido por um estatuto diferente daquele que agora rege sua 
relação funcional 
 
O caso mais comum ocorre do cidadão oriundo da iniciativa privada, que 
nunca foi servidor público, mas prestou concurso público e foi aprovado 
dentro do número de vagas anunciadas no edital. Este cidadão será 
nomeado para o cargo público, constituindo esta nomeação um caso de 
provimento originário. 
 
Outra situação seria: o servidor público, que ocupa cargo efetivo de 
engenheiro de um município, forma-se advogado e é nomeado, após 
aprovação em novo concurso, para o cargo de Defensor Público, sujeito 
a estatuto diverso. 
 
b) provimento derivado - neste caso, o cargo é preenchido por alguém que 
já tenha vínculo anterior com outro cargo público, sujeito ao mesmo 
estatuto. 
 
Como exemplo, o servidor é titular do cargo de Procurador do Município 
I e, por promoção, passa a ocupar o cargo de Procurador do Município 
II. 
 
Vamos tratar do tema utilizando o estatuto do servidor público federal 
(lei 8.112/90) como referência. 
O Art. 8º do citado estatuto estabelece as formas de provimento de 
cargo público: 
 
2.1 - nomeação 
A nomeação é, em regra, forma de provimento originário. 
A nomeação pode acontecer tanto para cargo efetivo, quanto para cargo 
em comissão. 
O servidor efetivo é nomeado após aprovação em um concurso público 
de provas ou provas e títulos. A ocupação (provimento) do cargo se dá com a 
posse. 
A nomeação para cargo em comissão não exige aprovação no concurso, 
mas há necessidade de observar as limitações impostas pela súmula vinculante 
nº 13 do STF. 
 
2.2 - promoção 
Os estatutos funcionais podem prever formas diferentes de promoção. 
Na promoção como forma de provimento, o servidor promovido muda de cargo 
dentro de uma carreira. O servidor sai de seu cargo e ingressa em outro 
situado em classe mais elevada, devendo a lei estabelecer os critérios para 
tanto. 
Para o Professor Paulo Modesto (http://www.direitodoestado.com.br), 
carreira é a “...forma de organização de cargos públicos, pois denota o conjunto 
de cargos de mesma natureza, com o mesmo conjunto de atribuições, que 
demandam idêntica preparação e formação, estruturado de modo a prever 
graus ascendentes de responsabilidade e remuneração.” 
Vale salientar, por importante, que o conceito de carreira exige um 
núcleo homogêneo de atribuições e habilitações comuns para não ser 
deturpado. Assim, dentro de uma carreira as atribuições básicas do cargo não 
se alteram com a promoção. Exemplificando, o Procurador do Município 
promovido dentro de uma carreira continuará exercendo as mesmas atribuições 
de Procurador. 
A administração pública deve ter interesse por esta evolução do seu 
servidor, e deve zelar para que ela aconteça caso ele, a seu turno, demonstre o 
mesmo interesse em se aperfeiçoar profissionalmente, efetuar cursos de 
aprimoramento, atualizar-se, enfim, demonstrar que realiza seu trabalho com 
dedicação. Deve constituir um meio à disposição da administração pública para 
premiar o bom servidor. 
 
2.3 - readaptação 
A readaptação encontra-se definida, em termos normativos, no art. 24 
da Lei n.º 8.112/90 : 
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições 
e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em 
sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
Até 2019 a readaptação não tinha previsão constitucional, mesmo 
constituindo uma forma de provimento de cargo. 
A Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019, também conhecida como 
Reforma da Previdência - em vigor desde novembro de 2019 - incluiu o § 13 no 
art. 37 da Constituição, que passou a prever expressamente o seguinte: 
“O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para 
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física 
ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a 
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, 
mantida a remuneração do cargo de origem. ” 
Portanto, da análise da literalidade da nova norma pode-se concluir que: 
1) Somente o servidor público ocupante de cargo efetivo pode ser readaptado 
(não se aplica a cargo em comissão ou empregado público, por exemplo); 
2) As atribuições e responsabilidades do novo cargo devem ser compatíveis 
com a limitação sofrida; 
3) A readaptação subsiste apenas enquanto permanecer a limitação; 
4) É necessário haver compatibilidade de habilitação e nível de escolaridade 
entre o cargo de origem e aquele para o qual foi readaptado; 
5) Deve ser mantida a remuneração do cargo de origem. 
Na realidade, a readaptação visa evitar que, em virtude de eventual 
limitação para o cargo que habitualmente exercia, o servidor seja aposentado 
mesmo podendo desempenhar outras atividades. A aposentação deste servidor 
é muito mais onerosa para o Estado. 
 
2.4 - reversão 
A reversão, nos termos do Art. 25 da lei 8.112/90, é o retorno à 
atividade de servidor aposentado, em duas situações: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os 
motivos da aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
e) haja cargo vago. 
§ 1° A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua 
transformação. 
A reversão do inciso I do art. 25 acima citado, é a denominada reversão 
de ofício, que ocorre quando a própria administração pública exige a volta do 
servidor aposentado por invalidez. 
Nesse caso, a junta médica especializada constata que os motivos que 
levaram àquela aposentadoria forçada não existem mais. É o caso de servidor 
que, com o tempo, consegue recuperar-se de algum evento incapacitante, e 
então deve voltar ao trabalho. 
A reversão do inciso II do art. 25 acima citado depende da vontade do 
servidor, obedecidas as condições contidas nas alíneas e § 1º. 
 
2.5 - aproveitamento 
O aproveitamento – citado no art. 41, § 3º, da CF - significa o retorno 
do servidor a determinado cargo, tendo em vista que o cargo que ocupava foi 
extinto ou declarado desnecessário. 
Enquanto não aproveitado em outro cargo, o servidor permanece em 
situação transitória denominada de disponibilidade remunerada. 
O art. 30 do Estatuto do Servidor Público Federal, além de considerar 
obrigatório o aproveitamento, impõe seja ele efetivado em cargo de atribuições 
e vencimentos compatíveis com o que anteriormente ocupava. 
 
2.6 - reintegração 
Nos termos do Art. 28 da lei 8.112/90, a reintegração é a reinvestidura 
do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de 
sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 
Exemplificando: o servidor demitido através de um processo 
administrativo disciplinar em que não lhe foi garantido o contraditório e ampla 
defesa (ou seja, com vício de legalidade) pode ingressar na justiçacom uma 
ação anulatória. Julgada procedente a ação judicial, o agente público será 
reintegrado no seu cargo de origem. 
 
2.7 – recondução 
A recondução é também a volta do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado. 
Nos termos do art. 29, I, da Lei no 8.112/1990 (Estatuto Federal), o 
servidor estável retorna ao cargo que ocupava anteriormente no caso de 
“inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo”. 
Exemplificando, isso acontece respeitadas as seguintes condições (em 
conjunto): 
a) o servidor “X” ocupa cargo efetivo “A” e adquiriu estabilidade; 
b) o servidor “X” foi aprovado em concurso público e nomeado para outro 
cargo (cargo “B”) inacumulável; 
c) o servidor “X” licenciou-se, sem remuneração, do cargo de origem (cargo 
“A”); 
d) o servidor “X” restou inabilitado no estágio probatório do cargo que 
passou a ocupar (cargo “B”). 
Ainda tomando como base o exemplo anterior, temos outra situação de 
recondução: se o ocupante original do cargo “B” (servidor “Y”) foi reintegrado 
no serviço público, terá direito a ocupar o seu cargo original. Desta forma o 
servidor “X” será reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em outro cargo, 
ou ainda, posto em disponibilidade (art. 28, §2º da lei 8.112/90). 
 
 3 – VACÂNCIA 
A lei 8.112/1990 estabelece no seu art. 33 a vacância do cargo público 
decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
(...) 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
 
3.1 - Demissão e Exoneração 
Das situações de vacância acima citadas, talvez provoque maior 
confusão o emprego dos institutos da demissão e exoneração. 
Pois bem, ambos representam atos administrativos que provocam a 
extinção do vínculo estatutário do servidor público, ocasionando a vacância de 
cargo. 
 
3.1.1 – A demissão 
A demissão tem caráter punitivo, ou seja, representa uma penalidade 
aplicada ao servidor em razão de infração funcional grave, precedida do devido 
processo legal. 
Outra situação de demissão, prevista no art. 41, § 1o, III, da CF, e que 
deve ser regulamentada por lei complementar, ocorre após o servidor sofrer 
avaliação funcional e demonstrar insuficiência de desempenho, comprovada em 
processo administrativo com ampla defesa. 
 
3.1.2 - Exoneração 
A exoneração, ao contrário, é utilizada na dispensa do servidor por 
interesse do próprio agente ou da Administração Pública, sem representar 
punição. 
A exoneração pode ser: 
a) a pedido do servidor; ou 
 
b) ex officio. 
Quanto “a pedido” é o servidor que manifesta seu interesse em sair do 
serviço público, desocupando o cargo de que é titular. 
Na exoneração ex officio há iniciativa da Administração em dispensar o 
servidor, com previsão em cinco situações: 
1) quando o servidor, ocupante de cargo efetivo, não satisfizer as condições 
do estágio probatório (garantido o contraditório e observada a 
necessidade de motivação do ato); 
 
2) quando o servidor, tendo tomado posse, não entra em exercício no prazo 
legal (garantido o contraditório e observada a necessidade de motivação 
do ato); 
 
3) a juízo da autoridade competente, no caso de cargo em comissão, sem 
necessidade de motivar o ato. 
 
4) exoneração de servidor estável quando tiverem sido insuficientes as 
providências administrativas com vistas a adequar as despesas de 
pessoal aos limites fixados na Lei Complementar no 101, de 4.5.2000, 
que regulamentou o art. 169 da CF. 
 
5) a exoneração daqueles que, exercendo funções equivalentes às de 
agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias, 
não cumpram os requisitos específicos para o exercício daquelas funções 
(§ 6º ao art. 198 da CF, introduzido pela Emenda Constitucional no 
51/2006). Importante notar que neste caso não existe transgressão 
como suporte fático da perda do cargo.

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