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PI - Vara Civil

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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da Xª Vara Cível da Comarca de São Paulo 
 
Mario Ferreira da Silva, brasileiro, casado, marceneiro, 
portador da identidade nº XXXXXXXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na 
Rua XXX, nº XX, bairro XXX, São Paulo/SP, por meio de seu advogado, vem respeitosamente 
à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS E MATERIAIS, em face de Afonso da Cunha, brasileiro, solteiro, engenheiro, 
portador da identidade nº XXXXXXXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na 
Rua XXX, nº XXX, bairro XXX, São Paulo/SP, pelas razões que seguem: 
 
I - DOS FATOS 
No dia 05 de março de 2023, por volta das 21:45 horas, o autor 
conduzia seu veículo Fit/Honda, que utilizava como Uber, com seus passageiros, seu primo e 
sua sobrinha, pela Rua Dr. Afonso Aires, bairro de Santana, zona norte de São Paulo, quando, 
no cruzamento com a Rua Alferes Magalhães, teve seu veículo abalroado pelo automóvel 
Palio/Fiat, de cor preta, conduzido pelo réu. 
Após o ocorrido, ambos estacionaram seus respectivos veículos 
próximo ao local do acidente e iniciaram uma discussão sobre a culpa pelo ocorrido. O réu 
alegava que o autor estava manuseando o celular e desatento, por isso, não o viu cruzando a 
via, enquanto o autor alegava que não estava com nenhum celular em mãos no momento e que 
o réu teria que ter parado antes de cruzar a via. 
Durante a discussão, o réu, demonstrando nervosismo e 
destempero, passou a levantar o tom de voz e com o dedo em riste, agrediu verbalmente o autor 
na frente de seus passageiros, ameaçando-o com palavras ofensivas e humilhantes, deixando-
o visivelmente constrangido e amedrontado. 
Após o ocorrido, ambos anotaram as respectivas placas dos 
veículos um do outro, pegaram os contatos telefônicos e se retiraram do local. 
Diante da ocorrência Mario teve gastos com o conserto de seu 
veículo no importe de R$1.820,00 (um mil, oitocentos e vinte reais), além disso Mario não tem 
seguro e, portanto, o veículo irá ficar parado por um período de 6 (seis) dias, assim, ficará 
afastado de trabalhar pelos próximos dias, lhe gerando sérios problemas em seu orçamento 
mensal. 
 
II – DO DIREITO 
 
Em primeiro é de importante ressaltarmos preceito inserto no 
artigo 5º, inciso X da Constituição Federal, “ipsis litteris”: 
 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, 
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito à indenização por dano material ou moral 
decorrente de sua violação.”. 
 
Na mesma linha, dispõem os artigos 186 e 927 do Código Civil, 
ora invocados: 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 
187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo.” 
De acordo com o artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro: 
“Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter 
domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção 
e cuidados indispensáveis à segurança do 
trânsito.” 
Diante disso, fica claro que o réu deveria ter tido a 
responsabilidade necessária ao conduzir seu veículo e tomar as devidas cautelas, sendo assim, 
podemos concluir que o réu não teve as precauções necessárias para garantir a segurança no 
trânsito agiu de forma imprudente ao avançar o cruzamento, assim, gerando todo o fato exposto. 
O autor possui faturamento líquido de R$ 180,00 (CENTO E 
OITENTA REAIS) diariamente com seu trabalho como Uber. Diante da ocorrência o autor teve 
faturamento suprimido por seis dias. 
Desta forma não há como negar o direito ao autor pelos valores 
que deixou de liquidar por conta do prejuízo causado negligentemente pelo réu, devendo autor 
se indenizado em R$ 1.080,00 (MIL E OITENTA REAIS) pelo lucro que deixou de auferir. 
Convém salientar que o transtorno e a frustração provocados 
pelo réu estão inequívocos no caso em tela e a reparação pelos danos se faz necessária para 
compensar os atos ilícitos praticados, bem como pela forma a atingir de forma extremamente 
agressiva o autor, que ficou inimaginavelmente constrangido e perturbado com as 
agressividades moral perpetradas pelo réu. Destarte, requer a autora uma indenização a título 
de dano moral, no montante de R$ 8.000,00 (oito mil reais). 
 
III - DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto, é o pedido para: 
 
a) Determinar a citação do réu no endereço apontado para que, 
em querendo, apresente resposta à presente, sob as penas de revelia e confissão; 
b) A produção de todos os meios de prova em direito 
admitidos, nos termos do artigo 369 do NCPC; 
c) Condenação ao pagamento dos honorários advocatícios no 
importe de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação e custas processuais; 
d) Seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente 
ação para, nos termos do art. 5º da Constituição Federal e legislação correlata, condenar a 
Promovida ao pagamento das verbas indenizatórias relativas aos: 
d.1) danos morais causados à Autora, no valor de R$ 
8.000,00 (OITO MIL REAIS), por réu, ao agredir verbalmente o autor, violou seus direitos da 
personalidade, causando-lhe grave ofensa à sua honra e dignidade, acrescido de danos 
materiais pelo conserto o veículo e lucros cessantes no valor de R$ 2.900,00 (DOIS MIL E 
NOVECENTOS REAIS); 
 
e) Dá-se à causa o valor de R$10.900,00 (DEZ MIL E 
NOVECENTOS REAIS). 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
 
 
São Paulo, SP - DATA. 
 
NOME DO ADVOGADO 
OAB/SP XXX. XXX

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