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Vitoria Torga - UniBH Câncer de Mama EPIDEMIOLOGIA - A maioria (>95%) das neoplasias malignas da mama são adenocarcinomas, provenientes do ducto/sistema lobular, inicialmente in situ. - É o câncer que mais acomete as mulheres no Brasil, excluindo o câncer de pele não melanoma. Globalmente, o câncer de mama é a segunda neoplasia maligna mais frequentemente diagnosticada, atrás apenas do câncer de pulmão, sendo responsável por mais de dois milhões de casos a cada ano. - Incidência mais alta na América do Norte, Austrália / Nova Zelândia e no oeste e norte da Europa e mais baixas na Ásia e na África Subsaariana. Essas diferenças internacionais provavelmente estão relacionadas a mudanças sociais como resultado da industrialização (por exemplo, mudanças na ingestão de gordura, peso corporal, idade da menarca e / ou lactação e padrões reprodutivos, como menos gravidezes e idade posterior ao primeiro nascimento). - Brasil : altas taxas de incidência e mortalidade de câncer de mama dos países desenvolvidos ● Medidas necessárias à prevenção, ao diagnóstico e ao controle da doença não têm sofrido o mesmo crescimento. ● Estimado, para o ano de 2010, aproximadamente 49.240 novos casos de câncer de mama, com risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, e uma sobrevida mundial de 61% após cinco anos. Obs: a maioria das doenças malignas da mama são carcinomas que surgem de elementos epiteliais. FATORES DE RISCO - Sexo e idade - Menarca precoce e menopausa tardia - História reprodutiva - Terapia de reposição hormonal - Contraceptivos hormonais orais: o aumento de risco é muito discreto, menor, por exemplo, do que o consumo de álcool, mas foi demonstrado em um estudo recente - Radiação ionizante - Câncer de mama prévio - Lesões mamárias com atipia - Antecedente familiar de câncer de mama e história comprovada de hereditariedade - Obesidade (principalmente após menopausa) - Álcool - Densidade mamária aumentada após menopausa Metade do risco durante toda a vida ocorre após os 50 anos. Vitoria Torga - UniBH TIPOS HISTOLÓGICOS Carcinoma in situ - proliferação epitelial maligna restrita ductos mamários ou lóbulos, distinguindo se do carcinoma invasor por não ter invasão estromal Carcinoma invasor - infiltram o estroma, independente da coexistência de in situ Carcinoma Ductal in situ/intraductal (CDIS) - Desenvolve-se dentro do sistema ductal, frequentemente, na unidade ducto lobular terminal - Aumento da proliferação epitelial com presença de atipias celulares, que variam de sutis a acentuadas e possuem uma tendência de progressão para o carcinoma invasor - Forma subclínica é detectado por microcalcificações suspeitas em mamografias de rastreamento - Clinicamente evidente, pode aparecer como fluxo papilar, geralmente espontâneo, uniductal e unilateral, tipo “água de rocha”, ou ainda como nódulo palpável. - Sem capacidade de criar metástase, sendo a quimioterapia não indicada - Classificação Histológica ● Importante saber para avaliar prognóstico e melhor tratamento - baseado no grau nuclear e na presença/ausência de necrose ⤷ Comedocarcinoma: alto grau nuclear associado à área de necrose extensa que ocupa o interior do ducto - se associa mais a focos de invasão ● Tipos: cribiforme, micropapilar, papilar (tendência de multicentricidade) e sólido ● Grau Nuclear: determinado de acordo com pleomorfismo nuclear, tamanho do núcleo e presença de nucléolo ⤷ Grau 1: bem diferenciado, monomorfismo, tamanho pequeno/intermediário e nucléolo pouco evidente, padrão tubular, baixo índice mitótico ⤷ Grau 2: moderadamente diferenciado, agrupamentos sólidos ou células isoladas estão presentes, pleomorfismo discreto, tamanho pequeno/intermediário, nucléolo evidente, mitoses atípicas ⤷ Grau 3: pouco diferenciado, pleomorfismo acentuado tamanho intermediário/grande, múltiplos e grandes nucléolos, ninhos desorganizados, ↑ índice proliferativo e necrose tumoral Obs: necrose - pequenas ou grandes áreas de necrose do tipo comedo; necrose de células isoladas não é considerada Vitoria Torga - UniBH ** HER 2 e aneuploidia: mais comuns no alto grau ** ER e PR mais comuns em baixo grau - Histologia: lesão heterogênea sob o ponto de vista histológico, podendo constituir um espectro de lesões ● O crescimento intraductal pode apresentar uma grande variedade de padrões arquitetônicos: sólido, cribriforme, papilar, micropapilar e comedo, na sua forma pura ou combinada. ● Micropapilares e cribriformes - proliferação monótona e uniforme ● Casos de comedocarcinoma - pleomorfismo celular acentuado com mitoses atípicas Carcinoma Lobular in situ (CLIS) - 10-30% dos carcinomas in situ - Quase sempre é lesão não palpável, sendo um achado incidental em mulheres pré-menopausa - Alterações morfológicas e genéticas semelhantes às encontradas no carcinoma lobular invasor ● Genéticas: perda da expressão E-caderina e da heterozigosidade em 16q) Vitoria Torga - UniBH - Histologia: multicêntrico e acomete unidades lobulares, nas quais todos os ductos estão distendidos e preenchidos por células pouco coesas e com baixo grau nuclear ● Células pequenas, redondas ou poligonais, citoplasma bem delimitado ● Raras mitoses Carcinoma Ductal Invasor (sem outra especificação - SOE) - Mais frequente (75% dos casos)→ tipo mais comum - Grupo heterogêneo de lesões com ausência de achados morfológicos, não sendo enquadrado em subtipos especiais ● Engloba lesões muito - Subtipos: Luminais, HER2, basais e outros - Histologia ● As células têm desde pequeno volume, núcleos pequenos e regulares, cromatina homogênea e poucas mitoses até células grandes, núcleos irregulares, nucléolos evidentes e elevadas mitoses. ● As células formam estruturas glandulares, ninhos sólidos, trabéculas u ilhotas em padrões dominantes ou mistos Vitoria Torga - UniBH *Superfície de corte amarelada e consistência firme, contendo trabéculas que se irradiam a partir do centro da lesão - Estrias esbranquiçadas originadas da elastose periductal D - Neoplasia com crescimento multifocal Carcinoma Lobular Invasor - 10% dos casos - Bom prognóstico: sobrevida de 10 anos em 80-90% dos pacientes - Genética: perda da expressão E-caderina→ útil no diagnóstico diferencial com o carcinoma ductal - Clinicamente: massa palpável ou lesão difusa que produz pouca alteração na textura da mama, não sendo detectada na mamografia ● Taxa elevada de recidiva sistêmica tardia, com metástases em diferentes locais (cavidade abdominal, pleura, pulmão, etc) ● Maioria do subtipo Luminal A; ● Variante pleomórfica pode ser do Luminal B ou HER2 - Histologia ● Aspecto infiltrativo de células isoladas (“fila indiana”) - se dispõem entre as fibras colágenas ● Células relativamente pequenas, homogêneas, padrão de crescimento difuso, Infiltração do estroma por células isoladas, com baixo pleomorfismo, dispostas em fileiras em torno do ducto (aspecto em alvo) Vitoria Torga - UniBH Carcinomas de tipos especiais - Carcinoma Tubular - Carcinoma Medular - Carcinoma Mucinoso - Carcinoma Micropapilar - Carcinoma inflamatório: apresentação clínica de um carcinoma ductal ou lobular. - Carcinoma Metaplásico - Doença de Paget: alterações eczematosas da aréola e da papila, geralmente é unilateral e corresponde a até 4% dos casos de câncer de mama ● Lesão palpável em 48% dos casos ● Carcinoma ductal in situ ou invasivo que evolui com migração de células malignas para a papila, podendo estender-se, à aréola ● Ocorre prurido e lesão com bordos definidos ● Eczema areolar (diagnóstico diferencial): a alteração dermatológica do complexo areolopapilar que cursa com prurido, lesão eczematosa de bordos indefinidos, frequentemente bilateral e com excelente resposta ao corticosteroide tópico - Outros: carcinoma adenóide-cístico, secretor, papilífero invasor, células acinares, rico em lipídeos e apócrino. METÁSTASE Principais vias: cadeia linfática axilar e a via hematogênica. - Metástase em linfonodos - indicam potencial metastática àdistância ● Quanto maior o número de linfonodos envolvidos, maior a probabilidade de já haver metástases sistêmicas ● Inicia-se nos inferiores axilares→médio→ superior Principais localizações de metástases sistêmicas: ossos, pleura, pulmões (adenocarcinoma geralmente), fígado e cérebro) ETIOPATOGENIA E FISIOPATOLOGIA - Gênese multifatorial→ influenciada por aspectos genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida - Todo câncer de mama têm origem genética, ou seja, surge em decorrência de uma alteração hereditária ou adquirida no DNA da célula mamária. ● Progesterona age em conjunto com o estrogênio na promoção da carcinogênese mamária→ uso prolongado desses hormônios ● Mutações nos genes BRCA 1 e 2 em carcinomas mamários esporádicos (não hereditários) é rara (< 5% dos casos) Genes Supressores de Tumor - pode haver alteração de 1 ou 2 genes simultaneamente BRCA1: cromossomo 17, braço longo - Proteína codificada reparo do DNA de combinação homóloga e regula o ciclo celular - Também associado ao câncer de ovário - Carcinomas associados à mutações do BRCA1: pouco diferenciado, margens de crescimento expansivas, infiltrado linfocitário e negativos para receptores de estrógeno e HER 2 (sem receptores para hormônios) ● Subtipo medular associado ● Fenótipos caracterizados pela expansão dos marcadores ceratina 5, P-caderina, p 63 e EGFR Vitoria Torga - UniBH BRCA2: cromossomo 13, braço longo - Proteína codificada repara quebras de dupla fita de DNA - Também associado ao câncer pancreático, melanoma e câncer de mama masculino - Mutações aumentam o risco de câncer do ovário (10% aos 70 anos) - Tumores com anormalidades nesse gene são, geralmente, positivos para receptores de estrógeno e mostra, expressão de ciclina D1 e de p27 - Sem subtipos associados P53: mutações levam à Síndrome de Li-Fraumeni Obs: ambos dão origem à alguma proteína. Portanto, quando há mutação em algum, a síntese de proteína fica defeituosa/alterada Obs: Mutações em ambos os genes aumentam o risco de câncer de mama, mas nem toda mulher com genes alterados, desenvolverá o câncer ** Sem indicação clínica para realizar a leitura genética para esses genes - vai de acordo com a paciente e o médico ESTUDO DOS GENES Extração do DNA - Solução concentrada de cloreto de sódio para bochechar (Lise celular)→ captação da solução→ precipitação proteica→ colocar o extrato no funil e deixar verter o líquido filtrante para o tubo até ⅛ do volume do tubo→ adicionar o álcool gelado ao tubo até perfazer metade do volume do tubo (visualização do DNA) Métodos de análise - Sequenciamento : sequenciar as bases nitrogenadas, avaliando o gene - Reação em cadeia da polimerase : amplificar a quantidade de DNA ● Reação da polimerase (promove a síntese de uma nova fita) - Eletroforese gel diágoras : DNA extraído, fazendo com que ele se divida, dependendo do peso molecular ● Observação de como genes se comportam a partir do momento em que eles sofrem ação de uma corrente elétrica Obs: certas mutações indicam tratamento específico, necessitando do estudo dos genes no câncer de mama, ocorrendo a classificação molecular. Tipos de estudos - Missense: alteração de bases nitrogenadas de algum códon por outras→muda aminoácido - Nonsense: alteração de bases nitrogenadas, formando STOP CODON→ formação de uma proteína truncada - Frameshift (janela de leitura): adição de uma base nitrogenada, mudando a sequência dos códons (do dna)→muda a janela de leitura→ proteína mutada - Rearranjo cromossomal: translocação RASTREAMENTO - Possibilita o diagnóstico/detecção precoce do CAmama Mamografia (Raio-X) - lesões mamárias e estruturas mais densas ficam mais hipodensas e menos densas hiperdensas Vitoria Torga - UniBH - Padrão ouro: detecta lesões pequenas e impalpáveis ou em estádios iniciais. - Usado para: rastreamento, investigação, diagnóstico, seguimento/controle… - Indicação: a partir dos 50 anos para mulheres de baixo risco e assintomáticas - com periodicidade bienal (a cada 2 anos) até os 69 anos. ● A partir dos 35 anos para mulheres de grupos com risco elevado, com intervalo anual ● A sensibilidade diminui consideravelmente ( 81% - 94%, decai para 54% - 58% em algumas séries) entre as mulheres com menos de 40 anos. - Descrição da composição mamária ● Lipo-substituição (<25% tecido fibroglandular) ● Tecido fibroglandular disperso (25-50% tecido fibroglandular) ● Heterogeneamente denso (50-75% tecido fibroglandular): dificulta detecção de pequenos nódulos ● Extremamente denso (>75% tecido fibroglandular): reduz sensibilidade do método Exame clínico: em consultas preventivas, se o profissional possuir habilitação e treinamento para realizar o “autoexame” na paciente IMPORTANTE : o autoexame deixou de ser recomendado pelo Ministério da Saúde. DIAGNÓSTICO ● Diagnóstico precoce: alto índice de cura, manutenção da própria mama e tratamentos menos agressivos Anamnese e exame físico (exames clínicos): queixa mais frequente é a de aparecimento de um nódulo endurecido, geralmente indolor - Principais Sintomas e Sinais ● Tumoração não dolorosa de limites irregulares ● Descarga papilar sanguinolenta ● Edema na pele da mama (“casca de laranja”) ● Retração da papila mamária ● Prurido na papila mamária ● Erosão da papila mamária ● Linfonodos axilares aumentados de tamanho Vitoria Torga - UniBH Obs: a identificação de massa palpável nas mamas, na grande maioria das vezes, não se relaciona com câncer - cerca de 10% dos casos há neoplasia associada, o diagnóstico diferencial deve ser feito. - Inspeção ● Estática do seio da paciente ● Dinâmica - Palpação: ● Paciente sentada: regiões supra/ infraclaviculares e regiões axilares para busca de linfonodos ● Paciente deitada: palpação das mamas, para exame completo é necessária a palpação da cauda axilar - expressão dos mamilos bilateralmente e se apresentar secreção, caracterizá-la Mamografia (Raio-X) - padrão ouro - Achado mamográfico suspeito – nódulo espiculado, microcalcificações suspeitas - Incidências: médio lateral-oblíqua (MLO) e craniocaudal (CC) - Para diagnóstico mais preciso, pode-se utilizar o recurso da magnificação na mamografia - BI-RADIS (modelo de padronização de laudos para resultados de mamografias): orientação ao profissional quanto a decisão a ser tomado de acordo com os achados mamográficos ● BI-RADS 0: necessita estudo complementar, usualmente utilizado a ultrassonografia ● BI-RADS 1: mamografia normal - rastreamento a cada 2 anos ● BI-RADS 2: achados benignos - rastreamento a cada dois anos ● BI-RADS 3: achados provavelmente benignos - repetição do exame em seis meses, por dois anos ● BI-RADS 4: achados suspeitos - estudo anatomopatológico - biópsia ⤷ Subdivisão: 4A, 4B e 4C ● BI-RADS 5: achados altamente suspeitos - estudo anatomopatológico - biópsia ● BI-RADS 6: achados que já têm diagnóstico de câncer ** Em torno de 40% dos carcinomas sem nódulos palpáveis apresentam-se sob a forma de microcalcificações agrupadas. O restante manifesta-se por nódulo com ou sem microcalcificações Ultrassonografia - auxílio à mamografia casos de alterações no resultado clínico ou em situações especiais como primeira escolha, como mulheres jovens, lactação, inflamação nas mamas e gravidez. - Se há alterações mamográficas, a ultrassonografia contribui para identificação de lesões em mulheres com mamas densas e na coleta de biópsias ● Biópsia a partir da ultrassonografia: escolhe o melhor e menor trajeto para a área de análise, oferecendo rapidez e conforto a paciente Biópsia - Agulha grossa (core biopsy) - mais optada: procedimento invasivo e pouco agressivo que permite análise histopatológica do tumor ● A sensibilidade e especificidade suficientemente superiores às da punção biópsia aspirativa, mesmo para diagnóstico de lesões benignas como malignas. - Aspirativa: análise citopatológica do material coletado Vitoria Torga - UniBH Imunohistoquímica - Reação antígeno-anticorpo, que indica o prognóstico do câncer de mama e auxiliana determinação do tratamento, juntamente com o estadiamento . - No câncer de mama, avalia presença de receptores de hormônios ● Receptor de estrógeno (ER) ● Receptor de progesterona (PR) ● Expressão de HER2 ● Ki67 (índice de proliferação celular): <14 é menor a proliferação - Classificação molecular = prognóstico e tratamento ● Luminal A ● Luminal B ● HER2 ● Triplo negativo Exame anatomopatológico: realizado através da análise de fragmentos de tecido ou órgão retirados por meio de biópsias, cirurgias, endoscópicas, punção aspirativa com agulha grossa, necropsias, entre outros. - Análises macro e microscópicas com o objetivo de estabelecer o diagnóstico, avaliar fatores histopatológicos prognósticos e as margens cirúrgicas. - Exame histopatológico (micro): padrão-ouro para o diagnóstico definitivo. - Essas amostras, partes de um órgão ou lesão, como nas biópsias, ou mesmo órgãos internos, como na apendicectomia, são enviados ao laboratório imersos em formol para serem analisados ESTADIAMENTO - Inicia no exame físico (avaliação pele, glândulas mamárias dos linfonodos axilares, supraclaviculares e cervicais)→métodos de imagem e dosagens sanguíneas de desidrogenase lática (DHL) e fosfatase alcalina (FA), até exames histopatológicos de mama e de outros tecidos - Indica o tratamento necessário Vitoria Torga - UniBH Classificação PAtológica - baseada na dissecção linfática axilar com ou sem dissecção do linfonodo sentinela Vitoria Torga - UniBH - Linfonodo sentinela (sn): primeiro linfonodo a ser comprometido pelo tumor, sendo identificado, na prática, pela injeção de corante azul patente ou elemento radioativo (tecnécio-99m) na região periareolar ou peritumoral https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf (página 24) FATORES PROGNÓSTICOS PARA TODAS AS NEOPLASIAS DE MAMA Principal fator prognóstico: status axilar — pacientes sem metástases em linfonodos axilares têm melhor prognóstico do que aquelas que as apresentam; Tamanho do tumor Graus histológico e nuclear— quanto mais indiferenciado, pior é o prognóstico; Receptores hormonais—melhor prognóstico em tumores receptores positivos para estrogênio e progesterona; - HER-2 — elevada expressão desse gene têm maior chance de não responder adequadamente à quimioterapia. TRATAMENTO ● Depende do tipo, grau histológico, estadiamento, status linfonodal, os níveis dos receptores de estrogênio e progesterona no tecido tumoral, o status menopausal e as condições clínicas gerais da paciente ★ Observar na foto de perfis imunofenotípicos ● Realizado por uma equipe multidisciplinar, visando atendimento integral das pacientes Tratamento locorregional - cirúrgica e a radioterápica - Cirurgia conservadora associada à pesquisa de linfonodo sentinela = tratamento padrão em estágios precoces ● Cirurgia conservadora: tumorectomia ou setorectomia→ quadrantectomia: retirada da pele→ realizar radioterapia adjuvante Mamografia total: retira linfonodo sentinela, tecido mamário ● Radical: pele, músculo, gordura e linfonodo (esvaziamento linfático - linfedema) - Radioterapia curativa: em conjunto com a cirurgia - como tratamento adjuvante após a mastectomia, ou no tratamento conservador após a tumorectomia. ● A paciente deve estar em decúbito dorsal horizontal, com o rosto virado para o lado contrário do da mama irradiada e o braço aberto em 90 graus ou mais ● Áreas que podem ser irradiadas com intenção curativa: mama residual, após cirurgia conservadora, ou o plastrão mamário, após mastectomia; drenagens linfáticas das fossas supra e infraclaviculares; linfonodos da axila e cadeia da mamária interna Tratamento sistêmico - hormonioterapia e a quimioterapia - Quimioterapia neoadjuvante: doentes com tumores maiores - reduzir o volume tumoral, permitindo a preservação da mama pós-cirúrgica - Hormonioterapia https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf
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