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Livro Texto - Unidade III

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137
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
Unidade III
7 VIROLOGIA
7.1 Características gerais dos vírus
Existem muitas controvérsias na comunidade científica a respeito de o vírus ser ou não um ser vivo. 
Muitos autores consideram que a vida se originou do RNA, pois, a partir dessa molécula, são formadas 
novas quantidades dela mesma.
Em 1960, o físico alemão Manfred Eigen, ganhador de um prêmio Nobel, descobriu que era 
possível a replicação de RNA in vitro. O RNA, portanto, tornou-se um grande candidato à condição de 
supermolécula da vida primitiva, capaz de se replicar e sofrer mutações, albergando genes codificadores 
de enzimas e outras proteínas.
Desconhece-se a origem dos vírus, no entanto, foram aventadas duas hipóteses ou teorias prováveis. 
A primeira afirma que os vírus podem derivar de componentes de células hospedeiras que se tornaram 
autônomos, para comprovar tal teoria alguns pesquisadores afirmam que algumas sequências virais 
estão relacionadas a porções de genes celulares que codificam domínios funcionais proteicos. A segunda 
afirma que os vírus evoluíram a partir de bactérias ou de outras células de vida livre, como exemplo 
pode-se citar os poxvírus, que, por serem grandes e complexos, podem representar evolução de algum 
ancestral celular.
Apesar de terem a capacidade de se replicar, os vírus não possuem um aparato enzimático suficiente 
para a replicação, necessitando, assim, da maquinária celular para completar o seu ciclo replicativo, o 
que o torna um parasita intracelular obrigatório.
Sua fragilidade aparente, por ser estritamente dependente da célula, é descartada pela capacidade 
de controle e redirecionamento do metabolismo celular para o seu próprio benefício. Apesar da baixa 
complexidade estrutural, pode causar grandes danos à célula hospedeira.
Algumas propriedades distinguem os vírus de outros microrganismos. A primeira está relacionada 
ao seu tamanho, o qual pode variar de 10 a 300 nm. Dessa forma, são considerados os menores 
microrganismos existentes, podendo ser visualizados apenas através da microscopia eletrônica. Para fins de 
comparação, lembramos que as bactérias e células como as hemácias possuem, em média, de 10 a 15 vezes 
o tamanho dos vírus, o que possibilita a identificação destes por meio da microscopia ótica.
Os vírus são os menores agentes infecciosos existentes, sendo formados basicamente por proteínas 
e ácidos nucleicos (DNA ou RNA). São considerados inertes fora das células hospedeiras; replicando-se 
apenas em células vivas, sendo parasitas no nível genético. A gama de hospedeiros para determinado 
138
Unidade III
vírus pode ser grande ou extremamente limitada, desde microrganismos unicelulares, como bactérias e 
algas, a plantas e animais superiores.
7.2 Estrutura e taxonomia viral
Estruturalmente, os vírus são bastante simples quando comparados a microrganismos ditos superiores 
como bactérias, fungos e parasitas. Os vírus são constituídos basicamente por capsídio, envoltório 
proteico ou camada que envolve o ácido nucleico. Os capsômeros são as unidades estruturais do 
capsídio formadas por aglomerados de polipeptídio. Alguns vírus podem ser formados por um invólucro, 
também chamado de envoltório ou envelope, formado por uma membrana contendo lipídios, proteínas 
e glicoproteínas que circundam algumas partículas virais. O conjunto do capsídeo com o ácido nucleico 
é denominado de nucleocapsídio.
Glicoproteínas
Camada 
lipídica
Invólucro 
proteico
Transcriptase 
reversa
RNA
Figura 58 – Ilustração da estrutura viral
Ao final da replicação, a progênie viral é constituída por partículas completas (vírion), que são 
infecciosas, e por outras partículas incompletas e não infecciosas. Em alguns gêneros, como o Poliovírus 
e o Adenovírus, os vírions consistem unicamente em nucleocapsídeo. Já em outros gêneros, como o 
Mixovírus, o Herpesvírus e o Poxvírus, os vírions são constituídos por uma membrana lipoproteica 
externa, o envelope. Muitos vírus adquirem o envelope durante sua saída da célula hospedeira, para 
onde levam parte da membrana celular.
O material genético do vírus pode ser constituído de DNA ou RNA, podendo ser formado por um 
único segmento, fita simples, ou dois segmentos, fita dupla. Além disso, inúmeros vírus apresentam 
um arsenal próprio de enzimas responsáveis por facilitar os processos de infecção e replicação viral, o 
exemplo mais conhecido é o da transcriptase reversa, enzima esta presente no vírus da imunodeficiência 
humana (HIV) e responsável pela conversão do RNA viral em DNA, o que facilita o processo de replicaçao 
em células pelas quais o vírus apresenta tropismo.
O International Committee on Taxonomy of Viruses (ICTV) vem aprimorando as normas de 
classificação viral, estabelecendo, assim, uma taxonomia exclusiva para a organização dos vírus. O 
mais importante de todo esse princípio é que os vírus podem ser agrupados de acordo com as suas 
139
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
propriedades físicas, químicas e biológicas, assim como as das células que infectam. Dessa forma, os 
vírus podem ser classificados de acordo com o tipo de ácido nucleico, simetria do capsídeo, presença 
ou ausência do envelope, tamanho e sensibilidade frente a determinadas substâncias químicas, como 
descrito a seguir:
1) Tipo de ácido nucleico: os vírus podem ser constituído de RNA ou DNA filamento único ou duplo.
2) Tamanho, morfologia e simetria: além do número de capsômeros, presença ou ausência de 
invólucro. Quanto à simetria, vale ressaltar que os vírus podem apresentar duas formas ou simetrias 
bastante características, tendo como base a forma do capsídeo viral. Estas podem ser: a) helicoidal, 
quando o capsídeo não apresenta uma forma geométrica definida, lembrando uma mola ou uma 
grande espiral (exemplo, vírus do mosaico do tabaco); b) icosaédrico, quando apresenta a forma 
geométrica de um icosaedro, ou seja, 20 lados iguais. Nesse caso, se contabilizarmos a quantidade de 
capsômeros existentes em uma das faces, seria razoavelmente fácil aventar a quantidade de capsômeros 
multiplicando-se o resultado por 20 (exemplo, Adenovírus).
3) Susceptibilidade a agentes físicos e químicos: quando nos referimos à susceptibilidade a 
agentes físicos e químicos, nos referimos a fatores como pH do qual em geral os vírus são estáveis 
entre valores variando de 5,0 a 9,0. Radiação na qual se comprova que a luz ultravioleta, os raios X 
e partículas irradiadas são capazes de impedir a replicação viral. Susceptibilidade a substâncias como 
éter, que permite distinguir os vírus que possuem invólucro dos que não possuem e susceptibilidade a 
detergentes não iônicos, como Nonidet P40 e triton X-100, os quais solubilizam o conteúdo lipídico dos 
invólucros, além de DOC (dodecil sulfato de sódio), que apresenta a capacidade de romper os capsídeos 
virais. Portanto pode-se classificar os vírus em razão da maior ou menor susceptibilidade dos vírus a 
esses agentes e/ou substâncias.
4) Presença de enzimas específicas: a) DNA ou RNA polimerases, responsáveis pela polimerização, 
ou seja, formação de novas fitas de DNA e RNA respectivamente; b) Transcriptases, como a transcriptase 
reversa, que consegue produzir uma fita de DNA a partir de uma matriz de RNA; c) Neuraminidades, 
que conferem maior virulência para alguns vírus, são, normalmente, essas enzimas o alvo no tratamento 
contra algumas infecções; d) Hemaglutininas, glicoproteínas responsáveis pela ancoragem dos vírus 
na membrana das células hospedeiras.
5) Propriedades imunológicas: é avaliada a capacidade de gerar diferentes estímulos à resposta 
imune, como resposta humoral, celular, ativação de citocinas e de sistema complemento.
6) Métodos de transmissão: os vírus podem ser transmitidos de diferentes formas através de 
secreções e materiais biológicos de uma maneira geral como provenientes de vias respiratórias, secreções 
genitais como sêmen, esperma, além de amostras de sangue, fezes, urina, LCR, leite materno, colostro. 
Podem ser transmitidos de formadireta por contato, íntimo ou não, através de aleitamento materno, 
atividade sexual, uso de material perfurocortante, beijo ou através de vetores como insetos e mosquitos, 
entre outras formas.
140
Unidade III
7) Tropismo: pode ser entendido como a afinidade de um vírus a uma célula ou conjunto de células. 
Esse tropismo não é definido ao acaso, mas sim por uma afinidade íntima entre proteínas e glicoproteinas 
virais e receptores presentes na membrana de células. Esse tropismo é capaz de determinar o quanto 
uma célula será ou não permissível à infecção viral. Estudos de produção de vacinas, por exemplo, 
baseiam-se no bloqueio de determinados receptores para impedir a ancoragem do vírus à célula, 
impedindo, por conseguinte, sua replicação, em outros casos reconhece-se a capacidade de inúmeros 
vírus de modificarem suas proteínas e glicoproteínas a fim de conseguirem se ligar a diferentes receptores 
presentes nas membranas de nossas células.
8) Patologia: as infecções virais podem ocasionar inúmeros processos de doenças distintos desde 
assintomáticos e simples resfriados até situações mais graves, que podem atingir o SNC, tecido cardíaco, 
rins e outros tecidos nobres, determinando um prognóstico mais grave e às vezes fatal.
9) Sintomatologia: a grande maioria das infecções virais é subclínica e, portanto, assintomática, 
no entanto a investigação de sintomas, alguns deles considerados patognomônicos (característicos) de 
determinada infecção, é fundamental na elucidação do processo infeccioso e de sua etiologia.
7.3 Replicação viral
Por que dizemos que vírus se replicam, e não se multiplicam? A resposta é simples, diferentemente 
de outros microrganismos que apresentam formas variadas de reprodução, como divisão binária, 
esporogonia, fusão de gametas etc., os vírus fazem cópias de seu material genético utilizando para 
tanto a maquinaria por assim dizer da célula hospedeira.
O processo de replicação pode resumidamente ser dividido em cinco etapas distintas, sendo elas: 
1) adsorçao viral; 2) penetração; 3) síntese dos componentes virais; 4) maturação da partícula viral; 
5) liberação.
A adsorção refere-se à etapa em que ocorre o contato da partícula viral com a célula hospedeira. De 
início entende-se que esse contato possa ser revertido, no entanto evolui rapidamente para um contato 
cada vez mais íntimo, chegando ao ponto de se tornar irreversível. A adsorção é a condição fundamental 
para que possa haver a penetração do material genético do vírus sem o qual a replicação viral não 
ocorre. Para que a adsorção ocorra é muito importante o papel de receptores presentes nas membranas 
das células hospedeiras, as quais poderão fornecer ou não uma situação ideal para a ancoragem do vírus 
com subsequente penetração do material genético.
Após a ligação se tornar irreversível, é introduzida parte (ou em sua totalidade) do capsídeo viral 
contendo internamente o material genético viral. Para que o material genético seja introduzido 
(penetração) no interior da células hospedeira, são reconhecidos ao menos quatro mecanismos. O 
primeiro ocorre pela injeção do ácido nucleico diretamente no citoplasma da célula hospedeira sem 
a penetração do capsídeo viral, esse mecanismo é utilizado por vírus como os bacteriófagos capazes de 
infectar bactérias.
141
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
Outra forma de penetração do material genético é por endocitose mediada por receptores. Nesse 
processo, após a adsorção do vírus na membrana da célula, este acaba sendo englobado pela membrana 
plasmática. A fusão do envelope viral é o terceiro mecanismo e que ocorre unicamente para o vírus 
envelopado. Por esse mecanismo, proteínas de fusão presentes no envelope do vírus são ativadas quando 
da ligação com receptores celulares específicos. A partir desse momento, a penetração pode ocorrer 
então por mecanismo de endocitose. O último mecanismo é o de translocação, em que a partícula viral 
inteira é transportada para dentro da célula através da membrana citoplasmática, mecanismo esse raro 
e ainda incerto, sendo tema de inúmeras pesquisas.
 Lembrete
Alguns vírus podem ser formados por um invólucro, também chamado 
de envoltório ou envelope, formado por uma membrana contendo lipídios, 
proteínas e glicoproteínas que circundam algumas partículas virais.
Após a penetração do material genético inicia-se a síntese dos componentes virais, que levará 
à produção de centenas de milhares de cópias da partícula viral original. Esse processo é marcado 
basicamente por dois processos distintos, mas ao mesmo tempo complementares, a replicação do 
ácido nucleico viral e a produção do capsídeo necessário para abrigar e, portanto, envolver o material 
genético produzido.
A síntese viral a que nos referimos compreende a formação das proteínas estruturais e não estruturais 
a partir dos processos de transcrição e de tradução. Os vírus foram agrupados em sete classes propostas 
por Baltimore em 1971, de acordo com as características do ácido nucleico e as estratégias de replicação.
Nas classes I, III, IV e V, o processo de tradução do RNA mensageiro ocorre no citoplasma da célula 
hospedeira. Já nos vírus da classe II, esse processo ocorre no núcleo. Em todas essas classes, o RNA 
mensageiro sintetizado vai se ligar aos ribossomos, codificando a síntese das proteínas virais.
As primeiras proteínas a serem sintetizadas são chamadas de estruturais, pois formarão a partícula 
viral. As tardias são as proteínas não estruturais, que participam do processo de replicação viral.
Na classe VI, os vírus de RNA realizam a transcrição reversa formando o DNA complementar, devido 
à presença da enzima transcriptase reversa (família Retroviridae). Os vírus da classe VII apresentam um 
RNA intermediário de fita simples, maior do que o DNA de cadeia dupla que o originou.
E por fim, após terem sido sintetizados, todos os novos componentes que constituem uma partícula 
viral, proteínas e ácidos nucleicos devem ser reunidos a fim de estabelecerem de fato uma partícula viral 
madura, também chamada de partícula viral completa, processo esse denominado de maturação viral.
A última e derradeira etapa do processo de replicação viral é a liberação das partículas virais, 
normalmente esse processo ocorre a partir do momento em que o número de partículas virais de certa 
forma excede o limite que pode ser acumulado por uma célula hospedeira. A liberação dos vírus pode 
142
Unidade III
ocorrer basicamente por dois processos, seja ele o de lise celular, processo este característico de vírus 
de replicação rápida e não envelopados, seja ele por brotamento através da membrana celular 
característico de vírus normalmente de replicação lenta e envelopados.
Na lise celular (ciclo lítico), a quantidade de vírus produzida no interior da célula é tão grande que a 
célula se rompe, liberando novas partículas virais que entrarão em outras células. Geralmente, os vírus 
não envelopados realizam esse ciclo, ao passo que os envelopados saem da célula por brotamento. Nesse 
caso, os nucleocapsídeos migram para a face interna da membrana celular e saem por brotamento, 
levando parte da membrana.
No lisogênico, o vírus insere seu ácido nucleico na célula hospedeira, onde este se torna parte 
do DNA da célula infectada e a célula continua com suas funções normais. Durante a mitose, o 
material genético da célula com o do vírus incorporado sofre duplicação, gerando células-filhas 
com o “novo” genoma. Logo, a célula infectada transmitirá as informações genéticas virais sempre 
que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também.
A replicação viral é constituída, portanto, de mecanismos que possibilitem a formação de novas 
cópias virais, as quais têm como objetivo se estabelecer e disseminar pelo organismo do hospedeiro. 
Dentro desse contexto faz-se importante entender as etapas do mecanismo de infecção viral que 
acabam por determinar o aparecimento ou não das doenças de etiologia viral.
 Observação
A maioria das alterações da fisiologiacelular resultantes da replicação 
viral deve-se a efeitos secundários das interações entre os produtos virais 
e componentes celulares, interações estas que são necessárias para a 
multiplicação dos vírus.
7.4 Patogênese viral
A patogênese viral refere-se à interação de fatores virais e do hospedeiro, que levam à produção 
de doença. No processo da patogênese viral, podemos observar doenças mais severas ou mais brandas. 
Isso ocorre devido à existência de cepas virais mais ou menos virulentas ou às diferentes respostas 
imunológicas do hospedeiro. As respostas das células dos hospedeiros suscetíveis às infecções virais 
podem ocorrer através de três caminhos diferentes: ausência de alterações aparentes, efeito citopático 
(CPE) seguido de morte e transformação celular (crescimento alterado).
Em relação aos padrões de doenças virais no hospedeiro, as infecções podem se apresentar das 
seguintes formas: localizada ou disseminada, sintomática ou inaparente, aguda ou crônica. A persitência 
de um agente viral, sem que o hospedeiro manifeste sintomas clínicos específicos, caracteriza o período 
denominado de latência
143
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
Podemos dividir o processo de infecção viral em cinco etapas, sendo a primeiro delas a penetração 
e replicação primária, na qual os vírus devem fixar-se inicialmente às células de uma das superfícies 
corporais – pele, trato respiratório, gastrintestinal, urogenital ou conjuntiva – e então iniciar o processo 
de penetração, é nesse local de entrada que ocorre a replicação primária. Na sequência ocorre a etapa de 
propagação viral e tropismos celulares, nesse momento, os vírus propagam-se no hospedeiro através 
da corrente sanguínea (viremia) ou via linfática a órgãos e células específicas, determinados pelo tropismo 
com os receptores celulares característicos. A destruição das células infectadas por vírus nos tecidos 
alvos e as alterações produzidas pela destruição tecidual no hospedeiro são em parte as responsáveis 
pelo surgimento da doença e marcam a terceira fase do processo conhecido como de lesão celular 
e doença. A partir desse momento, espera-se que o indivíduo evolua de forma satisfatória, o que 
determinaria a sua capacidade de recuperação, a qual depende de mecanismos de resposta, imunidade 
humoral e celular, interferons e linfocinas entre outros. O último estágio consiste na disseminação do 
vírus infeccioso no ambiente.
 Saiba mais
Que tal saber mais sobre a patogênese viral? Para isso leia o texto a seguir: 
DANTAS, K. L. S. Patogenia das infecções víricas: interações dos vírus com as 
células e com os hospedeiros. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO 
CIENTÍFICA; ENCONTRO LATINO AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO; ENCONTRO 
DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 23., 2018. Vale do Paraíba, Anais […]. Vale do 
Paraíba: Univap, 2018. Disponível em: https://bit.ly/2QKmaLj. Acesso em: 
4 maio 2021.
8 PRINCIPAIS DOENÇAS VIRAIS
Para se compreenderem melhor algumas doenças de etiologia viral é importante entender que 
muitas infecções virais são subclínicas, ou seja, não apresentam sintomas, são o que chamamos de 
assintomáticas e, portanto, difíceis de serem percebidas e/ou diagnosticadas. A mesma doença pode 
ser produzida por uma grande variedade de vírus. O mesmo vírus pode provocar uma grande variedade 
de doenças, o que significa que muitos vírus diferentes são capazes de causar o mesmo quadro clínico, 
e o mesmo quadro clinico pode ser causado por vírus diferentes, dificultando o diagnóstico clínico e 
influenciando a implementação de técnicas e procedimentos laboratoriais que visem uma melhor 
elucidação dos casos. A doença produzida não tem relação com a morfologia viral e a evolução de 
qualquer caso é determinada pela constituição genética do vírus e do hospedeiro.
As doenças de etiologia viral, para serem melhor compreendidas, podem ser divididas em 
generalizadas, nas quais os vírus se propagam pelo organismo através da corrente sanguínea, com 
comprometimento sistêmico, exemplo: sarampo, rubéola, varicela, febre amarela, dengue e enterovírus; 
doenças órgãos específicas, como as que acometem: o SNC, por exemplo, poliomielite, meningite 
(poliovírus, coxsackie e echovirus), raiva, encefalite (rabdovírus, sarampo, caxumba); o trato respiratório, 
144
Unidade III
como pneumonia, bronquite, bronquiolite, gripe e resfriado (influenza, parainfluenza, vírus sincicial 
respiratório – VRS); pele e mucosas, como nas infecções por herpes simples tipo 1 – (oral) , herpes 
simples tipo – 2 (genital), herpes zoster, sarampo e varicela; hepáticas por vírus da hepatite tipo A 
(infecciosa), hepatite B (sérica), tipo C e E; febre amarela que acomete as glândulas salivares, como na 
caxumba e ninfecção por citomegalovírus; o trato gastrintestinal, infecções causadas por rotavírus 
e adenovírus entérico; as sexualmente transmissíveis, como as causadas pelos vírus herpes simples, 
hepatite B, papilomavírus, retrovírus.
A seguir apresenta-se uma breve explanação acerca de alguns vírus de importância epidemiológica, 
no Brasil e o Mundo.
Poliomielite – poliovírus
Os poliovírus multiplicam-se inicialmente nas mucosas, especificamente nas placas de Peyer e nas 
tonsilas, onde a replicação pode ser detectada em até três dias. Os vírus multiplicam-se nos linfonodos 
acarretando em uma pequena viremia, invadindo o sistema retículo-endotelial, é nesse momento que o 
sistema nervoso central pode ser invadido. A maioria dos indivíduos infectados com poliovírus controla a 
infecção antes da viremia secundária, o que resulta em infecção assintomática. Alguns estudos sugerem 
que a disseminação para o sistema nervoso central pode ocorrer pelos nervos periféricos ou craniais, 
por fluxo axonal retrógrado. A infecção pelo poliovírus no SNC pode acarretar em paralisia flácida 
permanente dos membros inferiores e, portanto, reitera-se a necessidade de se manterem altos níveis 
de vacinação em razão de o vírus ainda não ter sido considerado erradicado em termos mundiais.
Gripes e resfriados
Embora se faça confusão entre a gripe (ou influenza) e o resfriado comum, essas doenças são 
causadas por tipos diferentes de vírus. O vírus da gripe quase sempre provoca febre, prostração, cefaleia, 
dores musculares, tosse seca, espirros e obstrução nasal. O resfriado comum é uma doença mais branda, 
causada por diversos vírus, que atacam apenas as partes altas do aparelho respiratório (nariz e faringe). 
A mucosa nasal inflamada elimina grande quantidade de líquido claro e aquoso (coriza). Geralmente, 
ocorrem também espirros, cefaleia, secura na garganta e, mais raramente, um ligeiro aumento da 
temperatura do corpo.
Ambas as doenças são transmitidas por gotículas de secreção das vias respiratórias lançadas no 
ambiente por meio da tosse ou do espirro. A disseminação é facilitada pelas aglomerações humanas, pela 
poeira e pelo frio (que irritam a mucosa das vias aéreas), pelas más condições de higiene e alimentação; 
é autolimitante, durando de três a sete dias. A imunidade natural ou por vacinação não é duradoura, 
pois novas formas de vírus (mutantes), contra os quais o organismo humano ainda não produziu anticorpos, 
aparecem rapidamente.
Os antibióticos não exercem nenhum efeito e devem ser restringidos, a não ser nos casos de infecções 
bacterianas secundárias. Recomenda-se apenas repouso, hidratação e tratamento sintomático com 
analgésicos, antitérmicos e descongestionantes nasais.
145
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
Influenza pandêmica A/vírus H1N1
Muitas epidemias foram originadas pelo vírus da influenza A. A linhagem H1N1 circulou entre 
humanos em 1918 e foi o agente etiológico da pandemia conhecida como gripe espanhola. Esse 
vírus resultou na morte de 20 a 50 milhões de indivíduos em todo o mundo. O novo subtipo do vírus 
influenza A/H1N1 é resultante de uma recombinação genética do vírus suíno, humano e aviário. 
Em 2009 foi detectado no México, colocando em alerta a saúde pública mundial, pois essa nova cepa 
rapidamente se disseminoucausando uma pandemia. No Brasil, até o final do ano de 2009, foram 
detectados aproximadamente 40 mil casos graves e 1705 óbitos registrados.
Sua transmissão ocorre diretamente de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva que são 
expelidas pelo indivíduo infectado ao falar, tossir e espirrar. O contágio pode ocorrer ainda de maneira 
indireta, por meio de contato com secreções do indivíduo doente.
Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a introdução de partículas virais 
diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. 
Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta (perdura por três dias), em 
geral acima de 38 °C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e tosse seca. É comum 
a queixa de garganta seca, rouquidão e queimação retroesternal ao tossir, bem como pele quente e 
úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes. Há hiperemia das mucosas, com aumento de secreção nasal 
hialina. O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade. Nas crianças, a temperatura pode 
atingir níveis mais altos, sendo comum o aumento dos linfonodos cervicais. Quadros de bronquite ou 
bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais, também podem fazer parte da apresentação clínica em 
crianças. Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes sem outros sintomas, mas, em geral, a 
temperatura não atinge níveis tão altos.
Coronavírus
O coronavírus pertence à subfamília Coronavirinae, família Coronaviridae. São grandes vírus com 
uma única fita de RNA e um nucleocapsídeo (estrutura composta pelo ácido nucleico do vírus 
– nesse caso RNA – e seu invólucro proteico, o capsídeo) helicoidal. Seu nome se deve a espículas 
(estruturas proeminentes) presentes na superfície do vírus, o que lhe dá a aparência de uma coroa solar 
(corona em latim).
O coronavírus é responsável por desencadear infecções respiratórias. Entre os problemas mais 
conhecidos estão o resfriado comum, a síndrome respiratória aguda grave (também chamada Sars) e a 
síndrome respiratória do Oriente Médio (também chamada Mers).
Além disso, no final do ano de 2019, um novo tipo de coronavírus foi descoberto na China, sendo 
responsável por uma série de mortes.
146
Unidade III
A seguir descrevemos algumas das principais características das doenças causadas por esse vírus:
• Resfriado comum: afeta as vias aéreas superiores e pode ser causado por diferentes vírus, 
incluindo o coronavírus. Geralmente leva a sintomas como obstrução nasal, coriza, espirro e tosse. 
Normalmente, as pessoas com resfriado não apresentam febre ou apresentam apenas febre baixa.
• Síndrome respiratória aguda grave (Sars): é muito grave e foi identificada, pela primeira vez, 
na China, no ano de 2002. A infecção teve início após contato com gatos selvagens doentes. Essa 
doença evoluía de maneira muito rápida para insuficiência respiratória e foi responsável pela 
morte de cerca de 800 pessoas. A epidemia foi interrompida em 2003, e, desde 2004, nenhum 
caso da doença foi registrado.
• Síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers): foi identificada, pela primeira vez, no ano de 
2012, na Arábia Saudita. A transmissão iniciou-se após dromedários serem infectados, os quais 
são importantes reservatórios dos vírus. Até 22 de maio de 2014, 204 mortes já haviam sido 
confirmadas em decorrência da doença.
• Coronavírus (2019-nCoV): foi isolado no dia 7 de janeiro de 2020 e descoberto após uma série 
de infecções respiratórias sem explicação se iniciarem na China. Até o dia 27 de janeiro de 2020, 
80 mortes já haviam sido confirmadas em decorrência da doença. A principal suspeita é que a 
infecção pelo novo coronavírus tenha sido iniciada pelo consumo de carne de animais como 
cobras e morcegos.
 Saiba mais
Que tal saber mais sobre o novo coronavírus. Para isso leia o artigo:
LIMA, C. M. A. de O. SARS-CoV-2: uma revisão para o clínico. Radiol. 
Bras., v. 53, n. 2, maio/abr. 2020. Disponível em: https://bit.ly/3vH1ouy. 
Acesso em: 4 maio 2021.
Varicela (catapora ) – Vírus da varicela-zoster (HHV-3)
O agente etiológico da varicela (catapora) e do herpes-zoster é o vírus da espécie Human herpesvirus 3. 
Na catapora, as células da pele tornam-se os principais sítios para a replicação viral. Surgem as lesões 
de característica maculopapular que evoluem para vesículas e depois para ulcerações e necrose da derme. 
Os sintomas de febre, mal-estar, cefaleia e dor abdominal frequentemente ocorrem por 24 a 48 horas 
antes do aparecimento do exantema. Sintomas como a febre, irritabilidade, letargia e perda de apetite 
são comuns e tendem a desaparecer nas primeiras 72 horas após aparecimento do exantema. O exantema 
se inicia na face ou tronco. Gera um prurido intenso. Após 24 a 48 horas, o fluido vesicular torna-se 
turvo e as crostas aparecem. Lesões da orofaringe, conjuntiva e vagina são comuns. Lesões novas 
aparecem por até seis dias. A varicela subclínica é muito rara.
147
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
A reativação apresenta-se tipicamente como herpes-zoster, um exantema vesicular em geral 
confinado à distribuição de um ou mais nervos sensoriais. Em indivíduos imunocomprometidos, o 
exantema é em geral mais extenso, e a replicação cutânea é acompanhada por viremia. Novas lesões 
aparecem por até sete dias.
Doença exantemática (rubéola) – Vírus da rubéola
O vírus é transmitido principalmente por partículas geradas por pessoas infectadas, podendo ser 
detectado em secreções nasofaríngeas de sete a quatorze dias após o aparecimento do exantema.
O início da infecção dá-se em células epiteliais do trato respiratório superior, posteriormente 
alcançando o tecido linfoide da nasofaringe, de onde há disseminação sistêmica envolvendo vários órgãos. 
O período de incubação varia em média de oito a 14 dias, o exantema surge em média de 16 a 18 dias 
depois do início da infecção, é de característica bastante benigna, aparecendo inicialmente na face 
e rapidamente se disseminando para o tronco e extremidades distais. As complicações mais comuns 
incluem artrite, artralgia, encefalopatia e trobocitopenia. Em gestantes, é temido por sua capacidade 
de causar más-formações, sendo preconizado durante o período pré-natal exames sorológicos para 
avaliação do status sorológico e monitoração das pacientes susceptíveis. Em RN é reconhecidamente a 
maior causa de surdez não genética.
Hepatite infecciosa do tipo A – Vírus da hepatite A (HVA)
Sabe-se que o HVA se instala primariamente no fígado utilizando o aparelho digestivo como via 
de entrada, sem causar lesão local. A hepatite A é transmitida pela via fecal-oral, e os alimentos e a 
água contaminados são os principais veículos de transmissão durante os períodos de epidemias. Nos 
ambientes familiar e institucional, o contato pessoal íntimo pode facilitar o contágio, sobretudo pelo 
compartilhamento de copos e talheres. A transmissão por via parenteral, sob a forma de transfusão ou 
uso de fármacos, ainda que teoricamente possível, não tem sido verificada.
Os pacientes infectados são transmissores da doença por um período que varia de duas a três 
semanas antes do aparecimento da icterícia, amarelamento típico da pele e das mucosas caracteristico 
de infecções hepáticas até duas semanas após a regressão desse sintoma. A fase ictérica é acompanhada 
pelo aparecimento de urina escura e fezes descoloradas, manifestações claras de excesso de bilirrubina 
não conjugada na circulação sanguínea (bilirrubinemia). Essa fase inicia-se após até dez dias depois do 
aparecimento dos sintomas iniciais. A doença é mais leve em crianças do que em adultos, e a recuperação 
em geral é completa, não se observando casos de infecção crônica.
Hepatite infecciosa do tipo B – Vírus da hepatite B (HBV)
A infecção pelo vírus da hepatite B pode resultar em diversas patologias, mais de 65% a 80% 
das infecções ocorrem de forma subclínica; 20% a 35% ocorrem na forma de doença com icterícia. 
Dos indivíduos infectados, 90% a 98% têm recuperação completa e 2% a 10% evoluempara doença 
crônica. Quanto menor for a idade do paciente infectado, maior a probabilidade de desenvolvimento de 
infecção crônica.
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Unidade III
O vírus da hepatite B pode ser transmitido de três formas: a) através de contato percutâneo com 
sangue ou produtos de sangue infectados; b) através de contato sexual; c) por transmissão perinatal da 
mãe infectada para a criança.
Os pacientes infectados de forma crônica apresentam maior chance de desenvolver situações 
mais graves, como o carcinoma hepatocelular. A taxa de sobrevivência varia em torno de 25% a 60%, 
dependendo do tamanho do tumor e da possibilidade de sua remoção.
Hepatite infecciosa do tipo C – Vírus da hepatite C (HCV)
O vírus da hepatite C (HCV) é transmitido quase que exclusivamente pela exposição parenteral a 
sangue, produtos de sangue e objetos contaminados com sangue. A triagem de doadores de sangue quase 
eliminou a transmissão por essa via, embora o risco mais importante atualmente seja a contaminação 
de seringas compartilhadas por usuários de fármacos injetáveis.
A transmissão sexual e a perinatal já foram encontradas, mas não parecem ser vias de transmissão 
comuns, no entanto é importante ressaltar que a prevenção com uso de preservativos e os exames 
pré-natais podem constituir um grande obstáculo para a manutençao desse vírus por essas formas de 
transmissão; por isso a prevenção precisa ser constantemente divulgada e reforçada.
O período ou fase de incubação da hepatite C ocorre em média em sete semanas. As infecções 
podem variar desde subclínicas até fulminantes. Os sintomas clínicos são semelhantes aos das demais 
hepatites virais, mas raramente ocorrem em mais de um terço dos pacientes.
 Observação
Conhecer as características do vírus, sobretudo das hepatites A, B e C, 
auxilia e muito no diagnóstico imunológico dessas infecções, sobretudo no 
que envolve a caracterização da fase de doença.
Retrovírus – Síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) – (HIV)
A Aids é causada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana) e é transmitida por meio de relações 
sexuais, sangue contaminado (pelo uso de agulhas e seringas contaminadas e transfusão sanguínea) e 
transmissão vertical da mãe para o feto. Há comprometimento da resposta imunológica do organismo 
infectado, deixando-o desprotegido e suscetível ao desenvolvimento de múltiplas infecções.
Diversas características favorecem a propagação do vírus da Aids, como o fato de o indivíduo 
infectado não ficar doente logo no início da contaminação, ou seja, há um período de latência muito 
grande, variando em média de dois a sete anos. A pessoa, por algum tempo, pode ter o vírus sem 
produzir anticorpos detectáveis pelo exame (janela imunológica).
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MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
É importante ressaltar que não há evidências de transmissão da Aids por meio de fluidos corporais 
como saliva, lágrimas e suor; objetos ou ambientes como piscina, sanitários, sabonetes, pratos, talheres e 
copos; contato pessoal como aperto de mão, abraços e beijos; picadas de insetos como mosquitos 
e pernilongos.
A infecção aguda pode ser tão discreta a ponto de se confundir com um simples processo gripal 
ou adquirir dimensões mais graves, como alterações neurológicas. Após os sintomas iniciais, o portador 
do HIV costuma permanecer assintomático durante vários anos. Porém, em cinco anos, em média, 
começam a surgir os primeiros sinais e sintomas. Observa-se, então, o aumento generalizado dos 
linfonodos, episódios de febre, sudorese, emagrecimento e diarreia, que podem durar de semanas a 
meses. O aparecimento das conhecidas infecções oportunistas ou de neoplasias costuma ocorrer em 
estágios mais avançados da doença. No entanto, as infecções oportunistas podem ser as primeiras 
manifestações clínicas da doença.
O diagnóstico baseia-se na história clínica e na sorologia específica anti-HIV (ELISA e Western 
Blot). Até o momento, não foi descoberto nenhum medicamento que proporcione cura da doença; o 
tratamento preconizado por meio do uso de vários fármacos apenas prolonga a vida do doente.
Parvovírus
O Parvovírus é responsável por infecões de vários animais, incluindo cães, raposas, suínos e outros. 
O Erytrovírus, antes descrito como Parvovírus B19, recebeu esse nome por seu tropismo pelas células 
eritropoieticas. Este é o mais estudado, por estar associado, em humanos, a doenças como o eritema 
infeccioso, a artropatia e a crise aplástica. A disseminaçãoo do vírus ocorre pelas fezes, urina, saliva, 
secreções nasais e provavelmente por contato com fluidos genitais.
Figura 59 – Microscopia eletrônica do Parvovirus
150
Unidade III
Papilomavírus
A família Papillomaviridae é constituída pelos 16 gêneros, incluindo centenas de tipos virais. O 
Papilomavírus humano (HPV) é o mais conhecido, sendo o causador de tumores benignos e malignos 
de pele e das mucosas. O desenvolvimento desses tumores depende de vários fatores, como tabagismo, 
alcoolismo, múltiplos parceiros sexuais, início precoce da vida sexual e gravidez, principalmente 
antes dos 18 anos
A transmissão do HPV ocorre, na maioria dos casos, pelo contato sexual, não precisando 
necessariamente haver a penetração, mas apenas um contato íntimo. Outras formas de contágio, 
menos frequentes, podem ocorrer pelo uso de instrumentos ginecológicos não esterilizados, 
compartilhamento de roupas íntimas contaminadas, entre outros.
O diagnóstico pode ser feito através dos exames clínico e laboratorial, como papanicolau, colposcopia 
e biópsia das lesões suspeitas. Métodos moleculares, como a PCR, são os mais adequados para a 
caracterização dos sorotipos virais
Polyomavírus
Os Polyomavírus humanos, BKV e JCV, são os membros do gênero Polyomavírus. As infecções 
primárias por esses vírus ocorrem principalmente na infância e são geralmente assintomáticas.
Os vírus podem persistir após a infecção primária na forma latente em vários órgãos, especialmente 
nos rins. Em pacientes com deficiência imunológica, associada principalmente à Aids, esses vírus podem 
ser reativados e causar algumas doenças. A reativação do BKV acarreta doenças do trato urinário, 
como a cistite hemorrágica e outras nefrites, enquanto a reativação do JCV leva a leucoencefalopatia 
multifocal progressiva.
Herpesvírus
São vírus extremamente infecciosos, porém de característica normalmente benigna. Estima-se que 
97% da população mundial já tenha tido contato com esse vírus e uma grande parte não apresentou 
sintoma. Alguns vírus dessa família podem apresentar neurotropismo, levando ao desenvolvimento de 
encefalites; outros são linfotrópicos, ou seja, possuem afinidade pelos linfócitos, o que pode desencadear 
distúrbios do sistema imunológico causando graves infecções em pacientes imunodeprimidos ou 
suprimidos como pacientes com Aids e transplantados de órgãos e ou de tecidos. São descritos oito 
tipos de vírus herpes subdivididos em famílias, como descrito a seguir.
As subfamílias de herpesvírus são:
• Alfa-herpes-vírus:
— Vírus Herpes Simplex 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2): causadores da doença vulgarmente 
conhecida por Herpes.
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MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
— Vírus da Varicela-zoster (HHV-3, Human Herpesvirus-3), também conhecido por catapora-
zoster no Brasil (ver Herpes-zóster).
• Beta-herpes-vírus:
— Citomegalovírus (ou HCMV, Human Cytomegalovirus, ou HHV-5, Human Herpesvirus-5): 
causa um tipo de mononucleose infecciosa.
— Herpesvírus 6 e 7 (HHV-6 e HHV-7, Human Herpesvirus-6 e 7): causa da doença infantil 
infecciosa roséola.
• Gama-herpes-vírus:
— Vírus Epstein-Barr (HHV-4): causa a doença do beijo ou mononucleose infecciosa. Envolvido 
na patogênese de alguns cancros, como o linfoma de Burkitt e o carcinoma nasofaringeal.
— Herpesvírus-8 (HHV-8, Human Herpesvirus-8, ou KSHV, Kaposi’s Sarcoma-associated 
Herpesvirus): vírus que pode causar sarcoma de Kaposi (hemangiossarcoma, ou seja, tumor 
maligno de vasos sanguíneos).
Flavivírus
A família Flaviviridae é composta por três gêneros: Hepacivirus, Pestivirus e Flavivirus.O primeiro 
gênero tem como única espécie, até hoje identificada, o vírus da hepatite C. O segundo agrupa os 
vírus que infectam mamíferos nos humanos, com destaque para os 187 vírus da diarreia bovina e o vírus 
da peste suína. O último, de acordo com o VIII Relatório do Comitê Internacional em Taxonomia Viral 
(ICTV), agrupa aproximadamente 50 espécies de vírus de difícil identificação morfológica e taxonômica, 
dividindo o gênero em 10 grupos, antigenicamente relacionados. Entre eles, o vírus da febre amarela, o 
grupo do dengue vírus (DENV), o grupo do Mammalian Tick-borne vírus (TBEV), o grupo do Aroa vírus 
(AROAV) e o grupo do Japanese encephalitis vírus (JEV).
Os vírus dessa família possuem como ácido nucleico o RNA de cadeia linear simples, polaridade 
positiva e comprimento médio entre 9,5 a 12,3 kd. Apresentam capsídeo icosaedro, o que lhes confere 
um aspecto esférico, recoberto pelo envelope. E as partículas virais possuem um diâmetro com cerca de 
40 a 60 nm. Os representantes dessa família são considerados arbovirus, pois possuem artrópodes como 
vetor. A palavra arbovírus é de origem inglesa, arthropodborne vírus, que significa vírus carregado por 
um artrópode.
Os vírus ficam, então, armazenados no vetor e por vezes proliferam, sem causar danos. Duas espécies 
dessa família representam um grande problema de saúde pública no Brasil, o vírus da dengue e o vírus 
da febre amarela.
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Unidade III
GlicoproteínaGlicoproteína Bicamada lipídicaBicamada lipídica
NucleocapsídeoNucleocapsídeo
Figura 60 – Microscopia eletrônica do vírus do dengue do tipo 1
 Observação
As arboviroses têm representado um grande desafio à saúde pública, 
devido às mudanças climáticas e ambientais e aos desmatamentos que 
favorecem a amplificação, a transmissão viral, além da transposição da 
barreira entre espécies. Consequentemente, causando o aparecimento 
das doenças por eles provocadas. As mais conhecidas são as causadas por 
dengue (DENV), zika (ZIKV), chikungunya (CHIKV) e vírus da febre amarela, 
em inglês conhecido como yellow fever virus (YFV).
Paramixovírus
Das doenças causadas pelos vírus dessa família, o sarampo constitui uma das mais estudadas e 
importantes. Essa doença pode causar três formas de encefalite: 1) infecção direta dos neurônios; 
2) encefalite pós-infecção, que se acredita ser mediada imunologicamente; 3) panencefalite esclerosante 
subaguda (SSPE), causada por uma variante defectiva do vírus durante a fase aguda da doença. O vírus 
SSPE age lentamente e causa sintomas e efeitos citopáticos em neurônios, muitos anos após a fase 
aguda da doença.
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MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
O vírus pode ser transmitido desde cinco dias antes até quatro ou cinco dias depois de as lesões de 
pele (manchas vermelhas), características da doença, aparecerem. O período de maior transmissibilidade 
ocorre 48 horas antes e até 48 horas depois do início dessa manifestação da pele.
Os sintomas geralmente se manifestam após cerca de 10 dias da infecção. A essa altura a pessoa 
poderá apresentar: coriza; tosse; febre ascendente – a cada dia que passa, as temperaturas são 
mais altas –; conjuntivite; manchas vermelhas – alguns dias depois, aparecem os exantemas ou 
rash (grosseirão com manchas vermelhas). Os exantemas se espalham por todo o corpo, começam 
a partir da parte de trás das orelhas e pescoço para, depois, avançarem para os membros superiores 
e inferiores (braços e pernas) e o abdome. Essa fase pode durar três, quatro, cinco dias, mesmo 
período em que a febre começa a abrandar
8.1 Diagnóstico laboratorial de infecções virais
Para se realizar o diagnóstico de infecções virais deve-se atentar antes para algumas informações 
bastante relevantes. Inicialmente é importante lembrar que: podem ocorrer infecções duplas; diferentes 
vírus podem ter a mesma ocorrência sazonal e geográfica; pode ocorrer infecção inaparente por 
um vírus e clínica por outro; muitos vírus são facilmente isolados durante os primeiros dias da doença 
e outros nem cultiváveis são.
Diante do exposto é importante destacar que, para se identificar de maneira positiva a presença de 
uma partícula viral em um espécime, deve-se lembrar que: a partícula só pode ser obtida de tecidos 
ou células infectadas; as partículas obtidas de várias fontes devem ser idênticas, independentemente 
da espécie celular em que o vírus se encontra; o grau de atividade infecciosa varia diretamente com o 
número de partículas presentes; o grau de destruição da partícula física por métodos químicos ou físicos 
está associado a uma perda correspondente da atividade viral; anti-soros preparados contra o vírus 
devem reagir com a partícula.
De uma maneira geral amostras colhidas para diagnóstico virológico podem ser refrigeradas por até 
24 horas não podendo ser congeladas amostras de sangue total e de tecido, seja para cultura de células 
ou isolamento viral. As amostras de diferentes espécies, como sangue, leite, colostro, saliva, urina, fezes, 
lCR entre outras, devem ser colhidas em tubo estéril contendo meio de transporte adequado, sendo um 
dos mais usados o meio Hank´s.
Classicamente pode-se utilizar de diferentes técnicas para o diagnóstico de infecções, entre elas 
destacam-se a cultura de células com fim ao isolamento viral, para tal utiliza-se de linhagens celulares 
estabelecidas, meios de manutenção apropriados nos quais tradicionalmente e preventivamente são 
adicionadas substâncias antibactericidas e antifúngicas. Muitos vírus podem crescer em culturas 
de células ou em ovos férteis em condições controladas. As linhagens celulares mais utilizadas são 
conhecidas como: Hep (derivadas de carcinoma de laringe); Hela (derivadas de células de carcinoma 
de colo uterino); PF (fibroblasto humano); Rim Rhesus (células renais derivadas de macaco Rhesus); 
Vero (células de renais de macaco verde africano).
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Unidade III
As células de mamíferos foram cultivadas pela primeira vez em laboratório há pouco mais de 70 anos. 
Em meados do século XX, um grupo de pesquisadores isolou o Poliovirus em cultura de células. A partir 
daí, uma infinidade de famílias virais foi isolada e identificada, sendo algumas dessas não associadas às 
doenças da época. Por meio da microscopia ótica, a presença do vírus é identificada de forma indireta, 
através de alterações morfológicas na célula, denominadas efeito citopático (CPE).
O uso de animais de laboratório não é muito utilizado atualmente por dois motivos principais: 
o primeiro, pela dificuldade de aprovação do uso pelos Comitês de Ética de Animais de Laboratório 
e de Biossegurança, que sugere, quando é viável, a utilização de outros métodos; o segundo, pelo 
tempo demandado para o desenvolvimento da doença no animal. Na maioria das vezes não é possível 
reproduzir a doença humana em animais, sendo difícil a correlaçõo com a encontrada em humanos.
O método utilizado de ovos embrionados para o cultivo de alguns vírus, no caso utilizam-se ovos de 
galinha do tipo SPF (specific pathogen free), se deve basicamente a cinco critérios:
• Facilidade de crescimento e manipulação (uma vez que não é necessário cuidado com manejo 
e alimentação).
• Disponibilidade do material.
• Meio constante com composição qualitativa, possuindo grande concentração de nutrientes.
• Ausência da produção de anticorpos pelo embrião (livre de patógenos).
• Meio estéril, enquanto o ovo estiver fechado.
O isolamento do vírus se faz necessário sempre que ocorrerem novas epidemias, como no caso das 
causadas pelo vírus influenza, quando as provas sorológicas não são úteis ou quando a mesma doença 
pode ser provocada por muitos agentes diferentes (meningites, bacterianas e virais). Em muitos casos 
existe uma dificuldade clara em se implementarem as técnicas clássicas de diagnóstico virológico, nesse 
sentido cada vez mais novas metodologias vêm sendo implementadas a fim de otimizar esse processo 
de avaliação. Assim, destacam-se atualmente as técnicas sorológicas e de biologia molecular.
Entre as técnicassorológicas fundamentadas na pesquisa de antígenos e/ou de anticorpos mais 
utilizadas, damos ênfase especial às técnicas de ELISA e Western-Blotting na pesquisa de anticorpos 
contra o vírus HIV; Shell-Vial, técnica utilizada de maneira especial na detecção de antígeno do 
citomegalovírus (CMV); Antigenemia, fundamentada no principio de imunohistoquímica, a qual 
utiliza anticorpos monoclonais específicos contra proteína precoce do CMV; Imunofluorescência no 
diagnóstico e diferenciação das infecções respiratórias; testes de Aglutinação na pesquisa de antígenos 
associados a vírus causadores de doenças gastrintestinais, como o rotavírus.
O diagnóstico molecular apresenta vantagens inquestionáveis visto que permite o diagnóstico 
principalmente para vírus não isolados. É relativamente rápido, apresenta alta sensibilidade e 
especificidade, permite o diagnóstico diferenciado de infecção por diferentes sorotipos ou até de vírus 
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MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
diferentes, suas desvantagens, no entanto, residem no custo elevado, no risco de resultado errôneo, 
principalmente para vírus latentes e ainda de difícil implantação na rotina dos laboratórios básicos de 
saúde. A técnica mais utilizadas é a reação em cadeia pela polimerase, também conhecida como PCR e 
todas as suas vertentes.
8.2 Tratamento das infecções virais
O controle de algumas doenças virais através da quimioterapia foi uma grande conquista das 
últimas décadas. Devido à característica peculiar dos vírus, que é a de agir como um parasita intracelular 
obrigatório, durante muito tempo achou-se que seria impossível o desenvolvimento de fármacos contra 
esses agentes.
A identificação de enzimas produzidas por esses agentes e que lhes possibilita replicar no interior 
das células impulsionou os estudos de fármacos capazes de inibir tais enzimas, de modo a não danificar 
as células do hospedeiro. Considerando que todas as fases do ciclo de replicação viral requerem a 
participação de uma enzima, o bloqueio de qualquer uma das referidas fases acarretaria a não formação 
da partícula infecciosa.
Considerando que os vírus somente replicam no interior das células e utilizam as mesmas vias 
metabólicas que as células sadias, os fármacos antivirais são frequentemente mais tóxicos para as 
células humanas que os antibióticos. Um outro problema dos fármacos antivirais é que os vírus podem 
desenvolver rapidamente resistência.
Entre os mecanismos gerais de ação dos antivirais destacam-se alguns que descrevemos a seguir.
A amantadina e rimantadina inibem a penetração da partÌcula viral no hospedeiro, bloqueiam a 
liberação do genoma viral e a sua subsequente transferência para a célula hospedeira.
Fármacos como o Zanamivir e Oseltamivir se configuram inibidores da neuraminidase, já Paramivir 
impede a liberação de novos vírus da célula infectada.
Conhecidos por sua ação anti-herpética, o Aciclovir, Valaciclovir, Penciclovir e Fanciclovir agem na 
inibição competitiva da DNA polimerase. O trifosfato de Aciclovir é incorporado no DNA viral, impedindo 
o alongamento da cadeia de DNA. No caso do Valaciclovir, este é convertido em Aciclovir quando 
ingerido, e o Penciclovir apresenta potência 100 vezes menor que o Aciclovir.
O Foscarnet inibe a DNA polimerase, a RNA polimerase e a transcriptase reversa, já o Fomivirsem 
complementar à sequência de bases hibridiza-se e bloqueia a expressão do RNAm do CMV, inibindo a 
síntese proteica e por conseguinte a replicação viral.
Os Interferons ligam-se a receptores de superfície em células infectadas, inibindo a transcrição e a 
tradução do RNAm viral.
156
Unidade III
 Lembrete
Os fármacos antivirais atuam interrompendo o processo infeccioso. 
Dependendo do vírus e do medicamento, o processo de bloqueio 
pode ocorrer em muitos locais diferentes. Às vezes, são usados vários 
medicamentos para tratar uma infecção específica para que mais de um 
processo viral seja interrompido e as chances de o paciente recuperar-se da 
infecção aumentem.
 Observação
Muitos biomédicos dedicam-se à pequisa em virologia sobretudo aliando 
os conhecimentos básicos da microbiologia à farmacologia, imunologia e 
biologia molecular.
 Resumo
Nesta unidade conhecemos mais sobre a virologia, ou seja, o estudo 
dos vírus. Pudemos compreender suas características estruturais, como são 
classificados, seus mecanismos de replicação e de patogênese. Também 
pudemos reconhecer as principais formas de diagnóstico e prevenção assim 
como estudar as principais doenças virais. Por fim, e não menos importante, 
aprendemos sobre o tratamento das infecções virais, os principais fármacos 
e as suas recomendações.
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MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
 Exercícios
Questão 1. O Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV, International Committee on 
Taxonomy of Viruses) é a entidade responsável pela classificação desses organismos. Duas das principais 
características consideradas são a estrutura do genoma e os métodos de replicação das partículas virais.
A respeito de tais características, avalie as afirmativas.
I – Nos retrovírus, a enzima transcriptase reversa é responsável por criar uma cópia de DNA de 
fita dupla a partir do RNA viral. Esse DNA é inserido no genoma da célula hospedeira e pode tanto 
permanecer em estado quiescente quanto ser transcrito.
II – O genoma dos vírus ssDNA (single strand DNA) é constituído por DNA de fita simples. Na 
célula hospedeira, ocorre a síntese da fita de DNA complementar, que compõe o material genético da 
progênie viral.
III – Nos vírus de RNA de cadeia simples negativa, o RNA mensageiro é sintetizado a partir da 
leitura do RNA viral. Esse processo ocorre dentro da célula hospedeira, graças à ação de uma enzima 
originalmente contida no interior do vírion.
IV – A transcrição reversa não envolve os mesmos mecanismos de verificação de erros que a 
replicação do DNA e, por esse motivo, os vírus de RNA, sobretudo os retrovírus, são especialmente 
propensos a mutações.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I, III e IV.
B) I, II e III.
C) II, III e IV.
D) I e III.
E) II e IV.
Resposta correta: alternativa A.
158
Unidade III
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: o que caracteriza um retrovírus é a presença de genoma de RNA e da enzima transcriptase 
reversa. Essa enzima produz uma fita dupla de DNA que é complementar à fita simples de RNA que 
constitui o genoma do vírus. O DNA complementar é incorporado ao genoma da célula hospedeira e 
passa a ser controlado pela maquinaria replicativa e transcricional de tal célula.
Na infecção ativa, mas não na latente, ocorre a transcrição do DNA viral. O RNA resultante é usado 
como molde para a síntese das proteínas virais ou também é armazenado no interior dos vírions nascentes, 
para compor seu genoma. O retrovírus mais conhecido é o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: durante a cópia do material genético dos vírus ssDNA (do inglês single strand DNA), 
evento que ocorre no núcleo da célula hospedeira, a fita simples de DNA é utilizada para a produção 
de uma fita de DNA complementar. Esse DNA complementar serve de molde para a posterior síntese do 
material genético da progênie viral. Assim, garante-se que os vírions nascentes tenham o genoma com 
sequência idêntica, ou muito próxima, ao vírus que inicialmente infectou a célula.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: nos vírus de RNA de cadeia simples negativa, o RNA do vírion tem sentido negativo, ou 
seja, é complementar ao RNA mensageiro. Portanto, o RNA viral precisa ser copiado no RNA mensageiro 
complementar, de sentido positivo, para que as proteínas possam ser feitas. Assim, além de codificar 
uma RNA polimerase dependente de RNA, esses vírus também precisam empacotá-la no vírion para que 
ela possa sintetizar RNA mensageiro ao infectar a célula.
IV – Afirmativa correta.
Justificativa: durante o processo de replicação do DNA, podem ocorrer erros, ou mutações, na 
sequência complementarque está sendo sintetizada. Existem vários mecanismos de reparo que visam a 
corrigir essas mutações: o reparo por mau pareamento, a química reversa, o reparo de excisão e o reparo de 
quebras de fita dupla. Esses mecanismos não estão presentes nos processos de transcrição comum e 
de transcrição reversa e, portanto, os vírus de RNA são mais suscetíveis a mutações.
159
MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA BÁSICA
Questão 2. Por se tratar de uma doença pandêmica emergente, o espectro clínico da Covid-19, 
bem como seu padrão de letalidade, de mortalidade, de infectividade e de transmissibilidade não 
foram ainda completamente elucidados. Todos esses parâmetros dependem dos aspectos estruturais 
e funcionais do vírus causador da doença, conhecido como SARS-Cov-2.
Sabe-se que o SARS-Cov-2 pertence à família dos coronavírus, cujo genoma é constituído por RNA 
de cadeia simples positiva envolto por capsídeo helicoidal revestido por espículas proteicas. A respeito 
das suas principais características, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Detergentes são capazes de dissolver o envelope lipídico que reveste o nucleocapsídeo do 
SARS-Cov-2, e, assim, desestabilizar a partícula viral. É por esse motivo que a lavagem das mãos, 
ou a higienização com etanol 70%, são estratégias efetivas para diminuir a transmissão do vírus.
B) A proteína S (Spike) constitui as espículas presentes na superfície do SARS-Cov-2. Essa proteína 
interage com receptores específicos presentes na superfície das células do trato respiratório do 
hospedeiro, o que dá início à infecção.
C) Por ser vírus de RNA, o SARS-Cov-2 realiza ciclo lisogênico nas células infectadas. Isso significa 
que o RNA viral sofre transcrição reversa, o que origina uma molécula de DNA complementar, que 
é integrada ao genoma da célula hospedeira e transmitida às células-filhas durante o 
processo de mitose.
D) O envelope lipídico do SARS-Cov-2 é originário da célula infectada.
E) A frequência de mutações no material genético do SARS-Cov-2 é alta, o que pode resultar 
na existência de sorotipos com diferentes padrões de infectividade, de transmissibilidade e de 
manifestações clínicas.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A – Alternativa correta.
Justificativa: os coronavírus compreendem uma família de cerca de 40 vírus que infectam diversas 
espécies animais. O nome deriva da observação de que as espículas presentes na superfície desses vírus 
dão a aparência de uma “coroa” solar.
Todos os coronavírus apresentam genoma constituído por RNA de cadeia simples positiva. Esse RNA 
encontra-se unido às proteínas N (Nucleocapsídeo), e o complexo resultante é envolto por um envelope 
derivado das membranas da célula hospedeira, no qual são inseridas proteínas de origem viral, como a 
proteína M (Membrana) e a proteína S (Spike, que constitui as espículas).
Por apresentar natureza lipídica, o envelope é sensível a sabões e a outras substâncias, como o etanol 
70%. Em contato com elas, o envelope lipídico é dissolvido, o que desestabiliza o vírus.
160
Unidade III
B) Alternativa correta.
Justificativa: a infecção pelo SARS-Cov-2 é iniciada com a ligação da proteína viral a uma molécula 
receptora presente na membrana da célula hospedeira. A interação mais estudada, até o momento, 
ocorre entre a proteína S e a enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2), expressa na superfície das 
células do trato respiratório. Após a interação, o vírus penetra na célula e libera seu genoma.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: como se trata de vírus de RNA de fita simples positiva, o processo de replicação viral 
ocorre todo no citoplasma da célula hospedeira. A transcrição reversa e a incorporação do material 
genético do vírus no genoma do hospedeiro, características dos retrovírus, não são observadas.
Para a montagem de novas partículas virais, o RNA do vírus é lido pelos ribossomos, e são produzidas 
cópias das proteínas que compõem sua estrutura. Além disso, novas cópias de RNA são 
produzidas pelo processo de transcrição. Eventualmente, genomas e proteínas são agrupados e 
constituem novas partículas virais, ainda incompletas.
D) Alternativa correta.
Justificativa: o envelope lipídico é adquirido quando as partículas virais atravessam o retículo 
endoplasmático e são envolvidas por sua membrana. Os vírions, agora completos, deixam a célula 
hospedeira pelo aparelho de Golgi.
E) Alternativa correta.
Justificativa: os mecanismos de reparo do material genético não estão presentes durante o processo 
de replicação do RNA e, portanto, vírus de RNA, como os coronavírus, são muito propensos a mutações 
e a recombinações gênicas. As recombinações podem, eventualmente, gerar novos vírus, capazes de 
infectar, inclusive, outras espécies. Foi assim que o SARS-Cov-2 surgiu.
161
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
IMAGEM1092.JPG. Disponível em: https://bit.ly/3cqMJNe. Acesso em: 23 abr. 2021.
Figura 2
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 76
Figura 3
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 95
Figura 4
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 74
Figura 5
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 74
Figura 6
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 74
Figura 7
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 16
Figura 8
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 77
Figura 9
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 80
Figura 10
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 82
162
Figura 11
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 82
Figura 12
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 93
Figura 13
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 120
Figura 14
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 155
Figura 15
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 138
Figura 16
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 228
Figura 17
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 230
Figura 18
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 229
Figura 19
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 231
Figura 20
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 164
Figura 21
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 166
163
Figura 22
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 65
Figura 23
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 67
Figura 24
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 67
Figura 25
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 162
Figura 26
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 167
Figura 27
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 168
Figura 28
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 163
Figura 29
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed,2017. p. 170
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Exercícios
Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2010: Biomedicina. 
Questão 24. Disponível em: https://bit.ly/3vtn65s. Acesso em: 28 abr. 2021.
171
172
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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