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APOSTILA - SEDEST-DF - OPÇÃO 2019

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Secretaria de Estado do Trabalho, 
Desenvolvimento Social, Mulheres, 
Igualdade Racial e Direitos Humanos 
do Distrito Federal - SEDEST-DF 
 
Assistência Social – 
Especialidade: Técnico Administrativo 
 
Língua Portuguesa 
1. Compreensão e interpretação de textos. .................................................................................................................... 1 
2. Domínio da ortografia oficial. ....................................................................................................................................... 6 
3. Acentuação gráfica. ....................................................................................................................................................... 13 
4. Domínio da estrutura morfossintática do período.................................................................................................. 14 
5. Emprego dos sinais de pontuação. ............................................................................................................................. 19 
6. Emprego do sinal indicativo de crase. ...................................................................................................................... 21 
7. Colocação dos pronomes átonos. ............................................................................................................................... 23 
8. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................. 24 
9. Regência verbal e nominal. ......................................................................................................................................... 27 
10. Sinonímia e antonímia. .............................................................................................................................................. 32 
 
Atualidades 
1 Contextos históricos, relevantes e atuais de diversas áreas, tais como cidadania, assistência social, segurança, 
transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, relações internacionais, 
desenvolvimento sustentável e ecologia .......................................................................................................................... 1 
 
Noções de Direito Administrativo 
1. Estado, governo e administração pública. 1.1. Conceitos. 1.2. Elementos. ........................................................... 1 
2. Direito administrativo. 2.1. Conceito. 2.2. Objeto. 2.3. Fontes. ................................................................................ 7 
3. Ato administrativo. 3.1. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 3.2. Extinção do ato 
administrativo: cassação, anulação, revogação e convalidação. 3.3. Decadência administrativa. ..................... 11 
4. Agentes públicos no Distrito Federal. 4.1. Lei Complementar Distrital nº 840/2011. 4.1.1. Disposições 
constitucionais aplicáveis. 4.1.2. Cargo, emprego e função pública. 4.1.3. Provimento. 4.1.4. Vacância. 4.1.5. 
Efetividade, estabilidade e vitaliciedade. 4.1.6. Remuneração. 4.1.7. Direitos e deveres. 4.1.8. 
Responsabilidade. 4.1.9. Processo administrativo disciplinar. ................................................................................ 20 
 5. Poderes da Administração Pública. 5.1. Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 5.2. Uso e abuso 
do poder. ............................................................................................................................................................................ 49 
6. Portaria Conjunta nº 2/2018 (SEDESTMIDH/SEPLAG): Técnico Administrativo. .......................................... 55 
7. Lei Distrital nº 5.184/2013. ....................................................................................................................................... 56 
 
Noções de Direito Constitucional 
1. Lei Orgânica do Distrito Federal: assistência social. 2. Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. 2.1. Assistência Social. ............................................................................................................................................. 1 
2.2. Princípios fundamentais. ............................................................................................................................................ 2 
2.3. Direitos e garantias fundamentais. ........................................................................................................................... 5 
3. Aplicabilidade das normas constitucionais. 3.1. Normas de eficácia plena, contida e limitada. 3.2. Normas 
programáticas. ..................................................................................................................................................................... 5 
4. Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos, 
partidos políticos. ................................................................................................................................................................ 8 
5. Organização político-administrativa do Estado. ..................................................................................................... 31 
Apostila Digital Licenciada para VINICIUS ALVES HENRIQUES - vinihenriques@globo.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
6 Administração Pública. 6.1 Disposições gerais, servidores públicos. .................................................................. 45 
6.2. Atribuições e responsabilidades do Governador do DF. .................................................................................... 53 
7. Poder legislativo. 7.1. Estrutura. 7.2. Funcionamento e atribuições. .................................................................. 54 
8. Poder judiciário. 8.1. Disposições gerais. 8.2. Órgãos do poder judiciário. ....................................................... 75 
9. Funções essenciais à justiça. 9.1. Ministério Público, Advocacia Pública. 9.2. Defensoria Pública. ............... 90 
 
Conhecimentos Específicos 
1. Da assistência Social. 2. Lei 8.742/1993 e respectivas atualizações....................................................................... 1 
3. Política Nacional de Assistência Social (PNAS). ....................................................................................................... 13 
4. Sistema Único de Assistência Social (SUAS). ............................................................................................................ 32 
5. Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). .................................................................................................... 43 
6. Serviços Socioassistenciais. ........................................................................................................................................ 48 
7. Gestão de pessoas. ........................................................................................................................................................ 71 
7.1. Equilíbrio organizacional. ........................................................................................................................................ 78 
7.2. Objetivos, desafios e características da gestão de pessoas. ............................................................................... 79 
7.3. Comportamento organizacional: relações indivíduo/organização, motivação, liderança, desempenho. . 79 
8. Noções de gestão de processos: técnicas de mapeamento, análise e melhoria de processos. ...................... 102 
9. Noções de administração de recursos materiais. .................................................................................................. 108 
9.1. Classificação de materiais. 9.1.1. Atributos paraclassificação de materiais. 9.1.2. Tipos de 
classificação..... ................................................................................................................................................................. 115 
9.1.3. Metodologia de cálculo da curva ABC. .............................................................................................................. 125 
9.2. Gestão de estoques. ................................................................................................................................................ 127 
9.3. Compras. 9.3.1. Organização do setor de compras. 9.3.2. Etapas do processo. 9.3.3. Perfil do comprador. 
9.3.4. Modalidades de compra. 9.3.5. Cadastro de fornecedores. 9.4 Compras no setor público. 9.4.1. Objeto de 
licitação. 9.4.2. Edital de licitação. ............................................................................................................................... 133 
9.5. Recebimento e armazenagem. 9.5.1. Entrada. 9.5.2. Conferência. 9.5.3. Objetivos da armazenagem. 9.5.4. 
Critérios e técnicas de armazenagem. ......................................................................................................................... 141 
9.5.5. Arranjo físico (leiaute). ........................................................................................................................................ 146 
9.6. Distribuição de materiais. ...................................................................................................................................... 149 
9.6.1. Características das modalidades de transporte. ............................................................................................. 149 
9.6.2. Estrutura para distribuição................................................................................................................................. 152 
9.7. Gestão patrimonial. 9.7.1. Tombamento de bens. 9.7.2. Controle de bens. ................................................... 154 
9.7.3. Inventário. .............................................................................................................................................................. 159 
9.7.4. Alienação de bens. 9.7.5. Alterações e baixa de bens. ................................................................................... 161 
10. Noções de arquivologia. 10.1. Arquivística: princípios e conceitos. ................................................................ 165 
10.2. Legislação arquivística.......................................................................................................................................... 167 
10.3. Gestão de documentos. 10.3.1. Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de 
documentos. 10.3.2. Classificação de documentos de arquivo. 10.3.3. Arquivamento e ordenação de 
documentos de arquivo. 10.3.4. Tabela de temporalidade de documentos de arquivo. ................................... 176 
10.4. Acondicionamento e armazenamento de documentos de arquivo. ............................................................. 185 
10.5 Preservação e conservação de documentos de arquivo. ............................................................................................... 187 
10.6. Triagem e eliminação de documentos e processos ......................................................................................... 189 
10.7. Digitalização de documentos. 10.8. Controle de qualidade da digitalização. ............................................. 192 
11. Qualidade no atendimento ao público: comunicabilidade, apresentação, atenção, cortesia, interesse, 
presteza, eficiência, tolerância, discrição, conduta, objetividade. .......................................................................... 193 
12. Trabalho em equipe: personalidade e relacionamento, eficácia no comportamento interpessoal, fatores 
positivos do relacionamento, comportamento receptivo e defensivo, empatia, compreensão mútua, .......... 199 
Relação entre servidor e opinião pública, relação entre órgão e opinião pública. .............................................. 204 
 
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O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. 
A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto,extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
1. Compreensão e 
interpretação de textos. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existeconcordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: 
 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto 
– … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. –, é empregado com sentido: 
 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador.Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
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Língua Portuguesa 4 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando,muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
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Língua Portuguesa 5 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-
transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 6 
Gabarito 
 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) 
 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
Alfabeto 
 
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A – 
B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – 
T – U – V – W – X – Y – Z. 
 
Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o 
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. 
 
Emprego das Letras e Fonemas 
 
Emprego das letras K, W e Y 
Utilizam-se nos seguintes casos: 
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus 
derivados.Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; 
Taylor, taylorista. 
 
2) Em topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. 
 
3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como 
unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K 
(Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. 
 
Emprego do X 
Se empregará o “X” nas seguintes situações: 
1) Após ditongos. 
Exemplos: caixa, frouxo, peixe. 
Exceção: recauchutar e seus derivados. 
 
2) Após a sílaba inicial “en”. 
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca. 
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo 
“en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), 
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 
 
3) Após a sílaba inicial “me-”. 
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão. 
Exceção: mecha. 
 
4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou 
africana e em palavras inglesas aportuguesadas. 
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu, 
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, 
xale, xingar, etc. 
 
Emprego do Ch 
Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha, 
bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, 
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, 
pechincha, salsicha, tchau, etc. 
 
Emprego do G 
Se empregará o “G” em: 
1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem. 
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem. 
Exceção: pajem. 
 
2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. 
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio. 
 
3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”. 
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), 
vertiginoso (de vertigem). 
 
Observação - também se emprega com a letra “G” os 
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, 
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, 
rabugento, vagem. 
 
Emprego do J 
Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia 
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a 
origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe 
que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J” 
nas seguintes situações: 
 
1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos: 
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem 
Despejar: despejo, despeje, despejem 
Viajar: viajo, viaje, viajem 
 
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica. 
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji. 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”. 
Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja –
lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo – 
varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar. 
 
Observação - também se emprega com a letra “J” os 
seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, 
jeito, jejum, laje, traje, pegajento. 
 
Emprego do S 
Utiliza-se “S” nos seguintes casos: 
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no 
radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador / 
casa – casinha ou casebre / liso – alisar. 
 
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título 
ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa / 
chinês – chinesa / milanês – milanesa. 
 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa. 
Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa / 
amoroso – amorosa / gasoso – gasosa / teimoso – teimosa. 
 
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa. 
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, 
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose. 
 
5) Após ditongos. 
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea. 
 
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus 
derivados. 
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, 
puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, 
quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos. 
 
7) Em nomes próprios personativos. 
Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, 
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás. 
 
2. Domínio da ortografia 
oficial. 
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Língua Portuguesa 7 
Observação - também se emprega com a letra “S” os 
seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, 
cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, 
mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, 
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, 
visita, etc. 
 
Emprego do Z 
Se empregará o “Z” nos seguintes casos: 
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no 
radical. 
Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio – 
esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro. 
 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos 
a partir de adjetivos. 
Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio – 
maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre 
– pobreza / surdo – surdez. 
 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar 
substantivos. 
Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar – 
hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização. 
 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita. 
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, 
avezita. 
 
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, 
buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, 
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 
 
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no 
contraste entre o S e o Z. Exemplos: 
Cozer (cozinhar) e coser (costurar); 
Prezar (ter em consideração) e presar (prender); 
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior). 
 
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. 
Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir, 
exótico, inexorável. 
 
Emprego do Fonema S 
Existem diversas formas para a representação do fonema “S” 
no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim 
vajamos algumas situações: 
 
1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos 
terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir. 
Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão / 
verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão / 
suspender – suspensão / converter – conversão / repelir – 
repulsão. 
 
2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter 
e torcer. 
Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção 
/ distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer – 
contorção. 
 
3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss. 
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, 
sintaxe, texto, trouxe. 
 
4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos. 
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, 
discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, 
miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. 
 
5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos. 
Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça / 
Descer - desço, desça. 
 
6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos 
terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir. 
Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder – 
cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão / 
transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir – 
repercussão. 
 
7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss. 
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, 
exsudar. 
 
Atenção - não seesqueça que uso da letra X apresenta 
algumas variações. Observe: 
1) O “X” pode representar os seguintes fonemas: 
“ch” - xarope, vexame; 
“cs” - axila, nexo; 
“z” - exame, exílio; 
“ss” - máximo, próximo; 
“s” - texto, extenso. 
 
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- 
Exemplos: excelente, excitar. 
 
Emprego do E 
Se empregará o “E” nas seguintes situações: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar 
Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue, 
continues. 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, 
anterior). 
Exemplos: antebraço, antecipar. 
 
3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, 
empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. 
 
Emprego do I 
Se empregará o “I” nas seguintes situações: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. 
Exemplos: 
Cair- cai 
Doer- dói 
Influir- influi 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). 
Exemplos: anticristo, antitetânico. 
 
3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, 
digladiar, penicilina, privilégio, etc. 
 
Emprego do O/U 
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado 
de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento 
(extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir 
som) e suar (transpirar). 
- Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume, 
moleque. 
- Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel, 
tábua. 
 
Emprego do H 
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor 
fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da 
etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, 
grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. 
Assim vejamos o seu emprego: 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
1) Inicial, quando etimológico. 
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio. 
 
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh. 
Exemplos: flecha, telha, companhia. 
 
3) Final e inicial, em certas interjeições. 
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 
 
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo 
elemento, se etimológico. 
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. 
 
Observações: 
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note 
que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou 
baianinha ele não é utilizado. 
 
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra 
“h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos 
sempre são grafados com h, como por exemplo: herbívoro, 
hispânico, hibernal. 
 
Questões 
 
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde 
– FIOCRUZ/2016) 
 
O FUTURO NO PASSADO 
 
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se 
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e 
era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade 
perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel 
particular e só recentemente começou-se a experimentar 
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando 
seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de 
trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de 
convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da 
impossibilidade da coexistência de desiguais. 
2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de 
guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não 
poupam civis, mas não trouxe a democratização da 
prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema 
prometiam ultrapassar os limites da imaginação. 
Ultrapassaram, mas para o território da banalidade 
espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, 
mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As 
revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a 
prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, 
nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que 
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, 
como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. 
Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso 
terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não 
contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. 
Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global. 
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o 
pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente 
falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe 
espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. 
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão 
nuclear fria. 
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um 
passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência 
chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas 
procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E 
quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes 
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra 
do leigo. 
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.) 
 
“e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da 
cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho 
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma 
de emprego do sufixo–izar. 
 
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está 
INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa 
norma é: 
(A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar. 
(B) catalizar / abalizado / amenizar. 
(C) catequizar / cauterizado / climatizar. 
(D) contemporizado / corporizar / cretinizar 
(E) esterilizar / estigmatizado / estilizar. 
 
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016) 
De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a 
alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia: 
(A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para 
o final da tarde. 
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito 
prazerosamente pelos alunos. 
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos 
professores em greve. 
(D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os 
produtos em falta. 
(E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um 
juiz federal. 
 
03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016) 
Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-
Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de 
certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas 
a leituras diversas, a depender do observador e do observado. 
Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 
100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a 
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E 
revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em 
outras palavras, mostra características comportamentais 
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, 
em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite 
variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como 
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. 
E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por 
conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e 
sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou. 
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de 
golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de 
cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-
se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 
100% objetivos. Basta juntar essas características 
comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o 
praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é 
explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de 
algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum 
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu opensamento e determinou a conduta. 
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só 
golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de 
cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do 
criminoso comum, que entendia o que fazia. 
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, 
saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro 
lado, é na maneira como o delito foi praticado que se 
encontram características 100% seguras da mente de quem o 
praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica 
revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento 
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram 
feitas revela muito da pessoa que as fez. 
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”, 
grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em: 
(A) apreenção do menor - sanção legal. 
(B) detenção do infrator - ascenção ao posto. 
(C) presunção de culpa - coerção penal. 
(D) interceção do juiz - contenção do distúrbio. 
(E) submição à lei - indução ao crime. 
 
04. (UFAM – Auxiliar em Administração – COMVEST-
UFAM/2016) Foi na minha última viagem ao Perú que entrei 
em uma baiúca muito agradável. Apesar de simples, era bem 
frequentada. Isso podia ser constatado pelas assinaturas (ou 
simples rúbricas) dispostas em quadros afixados nas paredes 
do estabelecimento, algumas delas de pessoas famosas. Insisti 
com o garçom para também colocar a minha assinatura, 
registrando ali a minha presença. No final, o ônus foi pesado: a 
conta veio muito salgada. Tudo seria perfeito se o tempo ali 
passado, por algum milagre, tivesse sido gratuíto. 
 
Assinale a alternativa que apresenta palavra em que a 
acentuação está CORRETA, de acordo com a Reforma 
Ortográfica em vigor: 
(A) gratuíto 
(B) Perú 
(C) ônus 
(D) rúbricas 
(E) baiúca 
 
05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às 
Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em 
que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”: 
(A) pesqui__a, ga__olina, ali__erce. 
(B) e__ótico, talve__, ala__ão. 
(C) atrá__, preten__ão, atra__o. 
(D) bati__ar, bu__ina, pra__o. 
(E) valori__ar, avestru__, Mastru__. 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.B / 03.C / 04.C / 05.C 
 
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 
 
Inicial Maiúscula 
Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos: 
1) No começo de um período, verso ou citação direta. 
 
Disse o Padre Antônio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer 
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” 
 
“Auriverde pendão de minha terra, 
Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que à luz do sol encerra 
As promessas divinas da Esperança…” 
(Castro Alves) 
 
2) Nos antropônimos, reais ou fictícios. 
Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. 
 
3) Nos topônimos, reais ou fictícios. 
Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. 
 
4) Nos nomes mitológicos. 
Exemplos: Dionísio, Netuno. 
 
5) Nos nomes de festas e festividades. 
Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. 
 
6) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. 
Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª. 
7) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, 
políticos ou nacionalistas. 
Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, 
Nação, Pátria, União, etc. 
 
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial 
minúscula quando são empregados em sentido geral ou 
indeterminado. 
Exemplo: Todos amam sua pátria. 
 
Emprego Facultativo da Letra Maiúscula 
1) No início dos versos que não abrem período, é facultativo 
o uso da letra maiúscula, como por exemplo: 
 
“Aqui, sim, no meu cantinho, 
vendo rir-me o candeeiro, 
gozo o bem de estar sozinho 
e esquecer o mundo inteiro.” 
 
2) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. 
Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade / Igreja do 
Rosário ou igreja do Rosário / Edifício Azevedo ou edifício 
Azevedo. 
 
Inicial Minúscula 
Utiliza-se inicial minúscula nos seguintes casos: 
1) Em todos os vocábulos correntes da língua portuguesa. 
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. 
 
2) Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, 
usa-se letra minúscula. 
Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: 
ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) 
 
3) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. 
Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. / segunda, sexta, 
domingo, etc. / primavera, verão, outono, inverno. 
 
4) Nos pontos cardeais. 
Exemplos: “Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.” 
/ “Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, 
sudoeste.” 
 
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, 
os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. 
Exemplos: Nordeste (região do Brasil) / Ocidente (europeu) 
/Oriente (asiático). 
 
Emprego Facultativo da Letra Minúscula 
1) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. 
Exemplos: 
Crime e Castigo ou Crime e castigo 
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas 
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido 
 
2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em 
nomes sagrados e que designam crenças religiosas. 
Exemplos: 
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas 
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II 
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor 
reitor 
Santa Maria ou santa Maria 
 
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e 
disciplinas. 
Exemplos: 
Português ou português 
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas 
modernas 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
História do Brasil ou história do Brasil 
Arquitetura ou arquitetura 
 
Questões 
 
01. (Câmara de Maringá/PR – Assistente Legislativo 
– Instituto) 
 
Longe é um lugar que existe? 
 
Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele 
disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que 
menos entendo é o fato de estar indo a uma festa." 
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de 
tão difícil de se compreender nisso? 
Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma 
Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais 
pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de 
uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada, 
sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água 
filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência 
existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou 
viver presos em suas próprias armadilhas... 
Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos 
ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer 
sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por 
mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança 
genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura? 
Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e 
pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas 
esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata 
as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é 
de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um 
lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas 
e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no 
horizonte e os pés socados em terra firme. 
Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não 
deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas, 
limpam os resquícios de alimentosdos bicos e batem o toc-toc 
lá. 
<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> 
 
O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao 
longo do texto se deve ao fato de que 
(A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais 
próxima entre o leitor e o animal. 
(B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não 
haver importância da referência ao animal para o texto. 
(C) há uma mudança no texto, em que, no início, as 
personagens eram duas pessoas e, a partir do segundo 
parágrafo, é uma gaivota. 
(D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar, 
porém comparando os seres humanos com gaivotas. 
(E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de 
imponência, o que se relaciona à forma como os seres 
humanos são tratados no texto. 
 
02. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental 
Completo – IBFC/2017) 
 
Estranhas Gentilezas 
(Ivan Angelo) 
 
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as 
pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza. 
Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos 
ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de 
espera, nos embates familiares, e depois economizam com a 
gente. 
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns 
dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já 
captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de 
asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo 
estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um 
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o 
engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e 
que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a 
amizade, mas a inimizade morria ali. 
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de 
algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em 
meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até 
pessoas distantes. E as próximas? 
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem 
motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que 
estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um 
número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com 
acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem 
transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o 
maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos 
à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um 
homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me 
cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca 
na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal 
chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite. 
[...] 
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é 
este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza? 
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz. 
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, 
desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em 
cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de 
entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam 
meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher, 
saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando 
a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma 
poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no 
apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a 
sonhar com gentilezas. 
 
Vocabulário: 
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São 
Paulo 
2 funcionário que coordena agendamentos entre outras 
coisas nos restaurantes 
3 carros muito velozes 
 
Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque 
foi escrita com letra maiúscula por se tratar de: 
(A) um erro de grafia. 
(B) um destaque do autor 
(C) um substantivo próprio. 
(D) um substantivo coletivo. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.C 
 
Palavras ou Expressões que geram dificuldades 
 
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar 
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar 
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você 
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente 
incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. 
 
A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo 
futuro) 
Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado) 
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. 
 
Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a 
respeito de) 
Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz 
tempo) 
 
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. 
(estar a favor de) 
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas. 
(oposição, choque) 
 
A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade) 
Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante) 
 
Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição, 
ao contrário de) 
Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar 
de) 
 
A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado, 
ciente) 
Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou 
equivalência entre valores financeiros – câmbio) 
 
Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar 
conhecimento de) 
Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. 
(prender) 
 
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços 
funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos 
supermercados. Vamos comemorar, pessoal! 
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos 
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) 
da gasolina. 
 
Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa 
que bebe) 
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem. 
(aparelho que fornece água) 
 
Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem. 
(adjetivo composto) 
Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome 
próprio) 
 
Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal. 
(local de trabalho) 
Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que 
fotografa) 
 
Champanha/Champanhe (do francês): O 
champanha/champanhe está bem gelado. 
 
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar) 
Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de 
tempo) 
Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição 
pública, departamento) 
 
Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de 
intensidade) 
Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem 
aguardar. (equivale a “os outros”) 
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a 
“de menos”) 
 
Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele. 
(inocentar, absolver de crime) 
Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do 
documento. (diferençar, distinguir, separar) 
Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita. 
(descrever) 
Discrição: Você foi muito discreto. (reservado) 
 
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar) 
Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com 
verbos de movimento) 
 
Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação. 
(aquele que vê, assiste) 
Expectador: O expectador aguardava o momento da 
chamada. (que espera alguma coisa) 
 
Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum 
lugar) 
Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais 
algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga) 
 
Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha 
no escuro) 
Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente. 
(determinado tipo de luminosidade) 
 
Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª 
pessoa singular do presente do subjuntivo) 
Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir –

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