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Introdução à Engenharia

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Prévia do material em texto

Indaial – 2021
Introdução à 
EngEnharIa
Profª. Grace Jenske
Prof. Luís Urbano Durlo Tambara Júnior
2a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Grace Jenske
Prof. Luís Urbano Durlo Tambara Júnior
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
J54i
Jenske, Grace
Introdução à engenharia. / Grace Jenske; Luís Urbano Durlo 
Tambara Júnior. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
171 p.; il.
ISBN 978-65-5663-576-7
ISBN Digital 978-65-5663-575-0
1. Engenharia. - Brasil. I. Tambara Júnior, Luís Urbano Durlo. II. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 620
aprEsEntação
Caro acadêmico! Neste Livro Didático de Introdução à Engenharia, 
estamos iniciando uma jornada muito importante na sua formação acadê-
mica. Através dos conteúdos apresentados, você conhecerá a evolução da 
engenharia e de seu ensino ao longo do tempo. 
Este livro está dividido em três unidades que se complementam de 
forma a lhe propiciar uma metodologia construtiva de aprendizagem. Em 
cada unidade, você encontrará tópicos fundamentados em literaturas conso-
lidadas da área de engenharia, curiosidades, ilustrações e sugestões de pes-
quisas, que auxiliarão você em aprofundar seus conhecimentos no conteúdo 
estudado. O livro didático também possui leituras complementares e autoa-
tividades essenciais para a fixação do conteúdo estudado. 
A Unidade 1 aborda a história da engenharia ao longo do tempo, a 
evolução do ensino e dos cursos de graduação, as diferentes modalidades de 
engenharia e suas características, os núcleos de conteúdos básicos, profissio-
nalizantes e específicos e os principais tópicos da formação em engenharia. 
A Unidade 2 tem como foco a prática da engenharia, abordando as 
competências e as atribuições profissionais do engenheiro, as associações e 
os conselhos profissionais, as normas técnicas e a importância da anotação 
de responsabilidade técnica em engenharia. 
A Unidade 3 traz a relação da engenharia com a sociedade, abordan-
do temas que envolvem o mercado de trabalho na área, o papel da enge-
nharia no desenvolvimento econômico e como os fundamentos científicos 
aprendidos ao longo da graduação podem ser aplicados na solução de pro-
blemas sociais e ambientais. 
Por meio deste livro didático, temos a intenção de demonstrar a você, 
acadêmico, a dimensão e a importância da engenharia na sociedade como um 
todo. Que este material proporcione a você muitos aprendizados. Bons estudos!
Prof. Grace Jenske
Prof. Luis Tambara
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumárIo
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA ................................................................... 1
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA ............................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A ENGENHARIA AO LONGO DO TEMPO ................................................................................. 3
3 A ENGENHARIA MODERNA ......................................................................................................... 6
4 A ENGENHARIA ATUAL .................................................................................................................. 8
4.1 AS PRINCIPAIS INVENÇÕES DA ENGENHARIA DO SÉCULO XX ................................. 10
5 A ENGENHARIA NO BRASIL ...................................................................................................... 13
6 O ENSINO DA ENGENHARIA ...................................................................................................... 15
6.1 ENSINO DA ENGENHARIA NO BRASIL ............................................................................... 16
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 19
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 21
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA .................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 RAMIFICAÇÕES DA ENGENHARIA .......................................................................................... 23
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES ................................................................................ 24
3 GRANDES MODALIDADES DA ENGENHARIA ................................................................... 25
3.1 ENGENHARIA CIVIL ................................................................................................................. 25
3.2 ENGENHARIA MECÂNICA ..................................................................................................... 27
3.3 ENGENHARIA PRODUÇÃO ..................................................................................................... 29
3.4 ENGENHARIA ELÉTRICA ........................................................................................................ 31
3.5 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ......................................................................... 32
4 OUTRAS MODALIDADES DE ENGENHARIA ........................................................................ 33
4.1 ENGENHARIA QUÍMICA ......................................................................................................... 33
4.2 ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO ....................................................................................... 34
4.3 ENGENHARIA DE MATERIAIS ............................................................................................... 34
4.4 ENGENHARIA DE ALIMENTOS .............................................................................................35
4.5 ENGENHARIA AGRÍCOLA ....................................................................................................... 35
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 36
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 37
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS,
 ESPECÍFICOS E PROFISSIONALIZANTES ......................................................... 39
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 39
2 DIRETRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA 39
3 NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS NA ENGENHARIA ................................................... 41
3.1 LABORATÓRIOS PARA O NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS .................................... 42
4 NÚCLEO DE CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES ......................................................... 44
4.1 CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES NA ENGENHARIA CIVIL................................ 44
4.2 CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ............ 45
4.3 CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES NA ENGENHARIA AMBIENTAL 
 E SANITÁRIA ............................................................................................................................... 45
4.4 CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES NA ENGENHARIA ELÉTRICA ....................... 45
4.5 CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES NA ENGENHARIA MECÂNICA .................... 46
5 NÚCLEO DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 46
5.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NA ENGENHARIA CIVIL ..................................................... 47
5.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO .................................. 47
5.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NA ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ............. 47
5.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NA ENGENHARIA ELÉTRICA ............................................ 47
5.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NA ENGENHARIA MECÂNICA ......................................... 48
6 LABORATÓRIOS PARA OS NÚCLEOS DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 
 E PROFISSIONALIZANTES ........................................................................................................... 48
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 50
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 52
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 54
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 56
UNIDADE 2 — A PRÁTICA DA ENGENHARIA.......................................................................... 59
TÓPICO 1 — COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO ENGENHEIRO ........... 61
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 61
2 HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENGENHARIA .......... 62
3 COMPETÊNCIA DO ENGENHEIRO ........................................................................................... 63
4 ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL ..................................................................................................... 65
5 RESPONSABILIDADES DOS ENGENHEIROS ........................................................................ 68
5.1 RESPONSABILIDADE DOS CREAs/CONFEA ........................................................... 68
5.2 Responsabilidades Legais ............................................................................................................ 69
5.3 Responsabilidade civil ................................................................................................................. 69
5.4 Responsabilidade pela segurança .............................................................................................. 70
5.5 Responsabilidade pelos Materiais empregados ....................................................................... 70
5.6 Responsabilidade por danos a terceiros ................................................................................... 70
5.7 Responsabilidade técnica ............................................................................................................ 71
5.8 Responsabilidade penal ou criminal ......................................................................................... 71
5.9 Responsabilidade Administrativa .............................................................................................. 72
5.10 Responsabilidade trabalhista ................................................................................................... 72
5.11 Responsabilidade Ética da engenharia .................................................................................... 73
5.11.1 Código de ética para engenheiros .................................................................................. 74
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 76
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 77
TÓPICO 2 — ASSOCIAÇÕES E CONSELHOS DE ENGENHARIA ......................................... 79
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 79
2 HISTÓRICO DO CONSELHO ....................................................................................................... 79
3 CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA ............................................ 83
4 ESTRUTURA BÁSICA DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA 
 E AGRONOMIA ................................................................................................................................ 86
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 89
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 90
TÓPICO 3 — NORMAS TÉCNICAS PARA ENGENHARIA ........................................... 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 93
2 NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO ...................................................................................................... 93
3 TIPOS DE NORMAS ........................................................................................................................ 96
3.1 NORMAS PARA ENGENHARIA .............................................................................................. 98
3.1.1 Serviços especializados em engenharia e em medicina do trabalho (NR 4) ............... 99
3.1.2 Inspeção do trabalho (NR 6)............................................................................................... 99
3.1.3 Exames médicos (NR 7) ...................................................................................................... 99
3.1.4 Edificações (NR 8) ................................................................................................................ 99
3.1.5 Segurança em instalações e serviços em eletricidade (NR 10) ...................................... 99
3.1.6 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos (NR 12) .................................. 100
3.1.7 Condições de segurança e saúde no trabalho na indústria da construção (NR 18) . 100
3.1.8 Trabalho emaltura (NR 35) .............................................................................................. 100
3.1.9 Alvenaria estrutural em blocos vazados de concreto (NBR 6136) .............................. 100
3.1.10 Instalação elétricas de baixa tensão (NBR 5410) ......................................................... 101
3.1.11 Elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos especializados de projetos
 arquitetônicos e urbanísticos (NBR 16636)................................................................... 101
3.1.12 Edificações habitacionais (NBR 15.575) ........................................................................ 101
3.1.13 Veículos rodoviários automotores – remoção e reinstalação de motores 
 (NBR 15831) ..................................................................................................................... 101
3.1.14 Máquinas girantes – motores de indução monofásico e trifásico (NBR 17094-1) ........... 101
3.1.15 Procedimento para cabeamento de telecomunicações para rede interna 
 estruturada (NBR 14565) ................................................................................................ 102
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 104
TÓPICO 4 — ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA EM 
 ENGENHARIA (ART) ......................................................................................... 107
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 107
2 REGULAMENTAÇÃO DA ART ................................................................................................... 107
2.1 CLASSIFICAÇÃO ART .............................................................................................................. 108
3 PROCEDIMENTO DO PREENCHIMENTO DA ART ............................................................ 109
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 112
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 115
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 116
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 118
UNIDADE 3 — ENGENHARIA E SOCIEDADE ......................................................................... 123
TÓPICO 1 — O ENGENHEIRO E O MERCADO DE TRABALHO ......................................... 125
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 125
2 O PAPEL DO ENGENHEIRO NA SOCIEDADE ..................................................................... 125
3 O MERCADO DE TRABALHO ................................................................................................... 128
3.1 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS REQUERIDAS AO ENGENHEIRO NO 
 MERCADO DE TRABALHO .................................................................................................... 131
3.2 OS RAMOS DE ATUAÇÃO ..................................................................................................... 134
3.3 CARGOS E SALÁRIOS DAS ENGENHARIAS NO BRASIL ............................................... 136
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 139
TÓPICO 2 — A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NO DESENVOLVIMENTO 
 ECONÔMICO ............................................................................................................ 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 141
2 GLOBALIZAÇÃO E ENGENHARIA .......................................................................................... 141
3 PAPEL DA ENGENHARIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ............................ 144
4 PROJETOS EM ENGENHARIA .................................................................................................. 147
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 150
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 151
TÓPICO 3 — A ENGENHARIA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS 
 E AMBIENTAIS ......................................................................................................... 153
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 153
2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO ENGENHEIRO ......................................................... 153
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL ................................................................. 155
3 ENGENHARIA E SUSTENTABILIDADE ................................................................................. 157
3.1 SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA ................................................................................... 161
3.2 SUSTENTABILIDADE SOCIAL .............................................................................................. 161
3.3 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ..................................................................................... 162
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 163
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 166
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 168
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 170
1
UNIDADE 1 — 
OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os fatos marcantes da história da engenharia;
• distinguir as características principais das diferentes modalidades da 
engenharia;
• compreender os fundamentos básicos do estudo da engenharia;
• diferenciar conteúdos específicos de conteúdos profissionalizantes; 
• discorrer acerca dos principais tópicos da formação em engenharia.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
TÓPICO 2 – MODALIDADES DA ENGENHARIA
TÓPICO 3 – A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, 
 ESPECÍFICOS E PROFISSIONALIZANTES
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Neste tópico, vamos fazer uma viagem pela história da en-
genharia desde os primórdios da humanidade até os dias atuais. Você já ficou inde-
ciso na hora de explicar o que um engenheiro faz na prática? Você também já deve 
ter se perguntado, algumas vezes, como surgiu a engenharia e como uma série de 
criações incríveis que melhoraram a vida dos sereshumanos foram pensadas. 
Então, antes de começarmos nossa trajetória de aprendizagem, vamos co-
nhecer o significado etimológico da palavra Engenharia. Do latim “ingenium”, 
significa “gênio” e também significa “produzir ou gerar talento ou qualidade 
nata”. Já seu surgimento na língua portuguesa teve início no século XVI para 
designar quem construía ou operava o engenho. 
Segundo Cocian (2009), os engenheiros são basicamente solucionadores 
de problemas, são profissionais que pesquisam para encontrar a maneira mais 
fácil, mais rápida e menos onerosa de utilizar as forças da natureza e os materiais 
para enfrentar os desafios mais complexos.
 
Ao longo do tempo, o conceito do que é engenharia sofreu modificações até es-
tabelecer-se em uma área do conhecimento que aplica métodos destinados à utilização 
de recursos naturais para criar elementos que facilitem a vida da sociedade. Conforme 
ocorreu a evolução de técnicas ao longo do tempo e através do conhecimento empírico 
e científico, a engenharia tornou-se fundamental para o desenvolvimento humano. 
Acadêmico, neste tópico, estudaremos a evolução da Engenharia desde a 
antiguidade até os dias atuais. Conheceremos os principais marcos e invenções 
dessa jornada, o surgimento do ensino da engenharia e os desafios da engenharia 
atual. A história da engenharia no nosso país também possui muitos aspectos in-
teressantes de serem estudados, portanto, sem mais delongas, vamos aos estudos!
2 A ENGENHARIA AO LONGO DO TEMPO
A história da humanidade ocorre de forma contínua, mas periodicamente 
ocorrem algumas transformações que mudam o mundo. A maioria dessas mudan-
ças ocorre através dos avanços científicos e são marcos na história da engenharia. 
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
4
Segundo Bazzo e Pereira (2011), falar dessa história com alguma profundida-
de exige bastante tempo. Ela é longa, envolvente, empolgante e reveladora. Também 
é cheia de aspectos que nos motivam cada vez mais a conhecer e buscar esta fascinan-
te profissão. Nos próximos parágrafos vamos percorrer milhares de anos de história 
e compreender os principais aspectos marcantes da engenharia ao longo do tempo. 
Ao entendermos que a engenharia tem por propósito a aplicação do co-
nhecimento para a melhoria da vida no mundo, vemos a importância de conhe-
cer sua evolução ao longo do tempo. Desde os primórdios, a engenharia esteve 
presente na história. Inicialmente, os homens da era paleolítica adaptaram ferra-
mentas que lhes auxiliassem na alimentação e criaram o conceito de habitação ao 
utilizarem as cavernas para se protegerem das intempéries. 
Foi na Idade do Bronze que surgiram objetos para a caça mais elaborados, 
como arpões, lanças, arco e flecha. Conforme as necessidades humanas iam se moldan-
do aos novos estilos de vida, novas descobertas foram feitas, entre elas o uso do metal. 
Você deve se perguntar neste momento: como estes dois exemplos tão sim-
ples do surgimento da engenharia se assemelham às grandes obras que vemos hoje 
ou aos incríveis avanços tecnológicos que tanto modificam a forma que vivemos? O 
aprendizado, assim como a engenharia, foi evoluindo pouco a pouco ao longo do 
tempo, assim como as necessidades humanas foram se transformando. 
Um acontecimento marcante na história da engenharia foi quando o ho-
mem descobriu que poderia levantar mais peso com a utilização um sistema sim-
ples que hoje chamamos de alavanca. Neste mesmo período ocorreu a invenção 
da roda e da polia. A partir deste momento, o homem começou a aplicar concei-
tos da mecânica para construir objetos úteis para o desenvolvimento de aldeias, e 
foi assim que certamente surgiram os primeiros engenheiros. 
Um grande marco da história da engenharia ocorreu na antiguidade, mais 
precisamente nas margens do Rio Nilo, o uso das polias e de alavancas foi fundamen-
tal para a construção das pirâmides do Egito. Historiadores acreditam que as pedras de 
calcário tenham sido transportadas de outras regiões através de canais escavados até as 
proximidades da construção na região de Gizé.
NOTA
Acadêmico! Observe na Figura 1, o encaixe dos blocos de calcário que formam 
as pirâmides de Gizé e procure saber mais sobre as técnicas de construção utilizadas. 
Saiba que até hoje, aproximadamente 4500 anos depois, a mais antiga das sete ma-
ravilhas do mundo desperta interesse pelo seu enigmático processo de construção. 
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
5
FIGURA 1 – AS PIRÂMIDES DE GIZÉ
FONTE: <https://bit.ly/3glLEZi>. Acesso em: 20 jan. 2021.
Segundo Bazzo e Pereira (2011), as novas invenções colaboraram para que 
se promovesse a transformação das antigas sociedades rurais patriarcais em cida-
des governadas, com regras de convivência política mais elaboradas. Com o cres-
cimento das cidades, começaram os problemas referentes à infraestrutura. Foi 
então que a engenharia teve mais um grande marco em sua história com a cons-
trução dos aquedutos em Roma, com o objetivo de fornecer água à população. 
Ao longo dos séculos, muitas invenções e descobertas foram feitas, mas 
todas elas baseavam-se na experiência prática de vários indivíduos, que aperfei-
çoavam empiricamente seus produtos ou processos, transmitindo suas técnicas 
de fabricação para novas gerações (BAZZO; PEREIRA, 2011).
Durante a Idade Média, o conhecimento em grande parte ficou restrito ao 
círculo da Igreja e apresentou poucos progressos. Ainda assim, ocorreram avan-
ços significativos de ferramentas utilizadas na agricultura, principalmente de tra-
ção animal. A manufatura se desenvolveu, principalmente, na confecção de teci-
dos e joias, onde começou a ocorrer uma padronização das técnicas empregadas. 
Um marco importante desta história e para toda a ciência ocorreu em 
1450, quando Johannes Gensfleisch Gutenberg, partindo de uma invenção antiga 
dos chineses, a imprensa, a aperfeiçoou e mecanizou o processo, garantindo uma 
impressão mais rápida (VALÉRIO; BAZZO, 2006). Este fato impulsionou a pro-
pagação do conhecimento, popularizando a produção de livros e textos. 
Foi na época do Renascimento, que ficou mais notório o perfil analítico 
de alguns indivíduos que buscavam resolver problemas técnicos com os conheci-
mentos teóricos que possuíam. Foi em meados do século XVIII, que a prática da 
abordagem científica, culminou no surgimento da engenharia moderna. 
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
6
3 A ENGENHARIA MODERNA
Vimos que desde os primórdios da história, o homem buscou criar e aper-
feiçoar ferramentas com o objetivo solucionar problemas e atender as suas neces-
sidades básicas. Durante milhares de anos, a evolução das técnicas foi baseada 
na prática, na experiência adquirida, na melhor utilização dos recursos naturais.
Não existe um marco na história que configure o momento em que o ho-
mem começou a utilizar-se do conhecimento científico para criar suas invenções. 
Entretanto, segundo os escritores Bazzo e Pereira (2011):
A passagem da engenharia antiga para a moderna não pode ser con-
siderada como um fato estanque, nem fruto de um momento apenas. 
Não foi de um instante para outro que o homem passou a aplicar os 
conhecimentos científicos às técnicas. Durante séculos elas caminha-
ram dissociadas uma da outra – de um lado os filósofos e pensadores, 
de outro os artesãos. Ainda hoje, apesar de toda tentativa de traba-
lhá-las como um corpo único, há quem enxergue nelas uma profunda 
separação (BAZZO; PEREIRA, 2011, p. 70).
Entretanto, é notório que a engenharia como conhecemos surge em meados 
do século XVIII, através da prática de uma abordagem mais teórica, sistemática, 
baseada nos conceitos matemáticos, na explicação dos fenômenos físicos, em ex-
perimentos em ambientes controlados e na realização de cursos formais de ensino.
 
Segundo Telles (1984), a engenharia quando considerada como arte de cons-
truir é evidentemente tão antiga quanto o homem, mas quando considerada como 
um conjunto organizado de conhecimentos com base científica aplicado à constru-
ção em geral,é relativamente recente, podendo-se dizer que data do século XVIII.
Para que essa transformação ocorresse, grandes contribuições científicas 
vieram dos estudos de Leonardo da Vinci (1452-1519), Galileu Galilei (1564-1642), 
Johannes Kepler (1571-1630), Nicolau Copérnico (1473-1543), René Descartes 
(1596-1650), Isaac Newton (1643-1727) e do alemão Gottfried Wilhelm Leibniz 
(1646-1716), com o cálculo diferencial e integral; do físico inglês Robert Hooke 
(1635-1703), com a lei de Hooke, em 1660; que são os princípios básicos da re-
sistência dos materiais. Estes são alguns dos muitos cientistas que contribuíram 
para a sistematização do método científico. 
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
7
7 INVENÇÕES DE LEONARDO DA VINCI MUITO AVANÇADAS PARA SUA 
ÉPOCA
Leonardo da Vinci foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, 
pintor, botânico, poeta, músico e arquiteto. Da Vinci morreu com apenas 67 anos, mas 
deixou um enorme legado, contribuindo até hoje em diversas áreas com suas invenções. 
Ele é tido como o patrono do Grupo UNIASSELVI! E fundamentou sua vida e suas ações no 
seguinte lema: dalla mente alle mani. Traduzido para uma conotação atual significa: “Não 
Basta Saber, é Preciso Saber Fazer”. O Grupo UNIASSELVI resolveu adotar esse lema para 
nortear suas atividades! Vale a leitura do artigo “7 invenções de Leonardo da Vinci muito 
avançadas para sua época”. 
FONTE: <https://bit.ly/3vp5nvs>. Acesso em: 17 maio 2021.
DICAS
FIGURA 2 – LEONARDO DA VINCI
FONTE: <https://bit.ly/2Tsc8ze>. Acesso em: 27 jan. 2021.
Você já deve ter ouvido falar inúmeras vezes que aprendemos com nossos 
acertos, mas que aprendemos muito mais com nossos erros. Na história da enge-
nharia não é diferente. Galileu Galilei publicou em 1638 resultados de um traba-
lho sobre distribuição de tensões que estava em boa parte equivocado. Entretanto, 
no mesmo ano, é atribuído a ele o trabalho “Discurso sobre duas novas ciências”, 
um marco da aplicação dos conceitos da ciência moderna na engenharia. 
Este exemplo de Galileu é importante para entendermos hoje que foi ne-
cessária uma quebra de paradigmas entre os estudiosos ao longo da história para 
entenderem que a evolução da engenharia dependia do conhecimento científico. 
Esse exemplo é muito bem pontuado por Telles:
 
Pode-se dizer que a Engenharia científica só teve início quando se co-
meçou a chegar um consenso de que tudo aquilo que se fazia em base 
empírica e intuitiva, era na realidade regida por leis físicas e matemá-
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
8
ticas que importava descobrir e estudar. Leonardo da Vinci e Galileu, 
nos Séc. XV e XVII podem ser considerados como os precursores da 
Engenharia científica (TELLES, 1984, p. 2).
Dentre as várias descobertas que impulsionaram a engenharia moderna, 
a criação da máquina a vapor, por James Watt, em (1782), cujo modelo você pode 
observar na Figura 3 a seguir, para ser utilizada nas fábricas de tecelagem em 
conjunto com o tear mecânico, foi um dos grandes responsáveis pela Revolução 
Industrial (VALÉRIO; BAZZO, 2006).
FIGURA 3 – MÁQUINA A VAPOR WATT DE DUPLO EFEITO, CONSTRUÍDA POR D. NAPIER E 
SON, EM 1859
FONTE: <https://bit.ly/2RUw6Cp>. Acesso em: 24 jan. 2021.
Segundo Bazzo e Pereira (2011), outro grande avanço no processo de indus-
trialização foi a utilização do motor elétrico como fonte de energia, que substituiu 
os sistemas de aproveitamento da energia diretamente da natureza, como as rodas 
d'água. O primeiro motor elétrico a ser usado com sucesso na indústria foi desco-
berto em 1869 por Zénobe Gramme (1826-1901) e ficou conhecido como a “Máquina 
de Gramme”, que quando ligada a uma corrente elétrica, produzia energia motora.
4 A ENGENHARIA ATUAL
Visemos uma longa viagem até chegarmos à prática da engenharia atual. 
Vimos que historicamente, a engenharia sempre buscou destinar seus esforços a 
objetivos concretos e palpáveis e sempre foi sinônimo de desenvolvimento. Con-
tudo, com os avanços tecnológicos, e esses, somente possíveis graças ao avanço 
científico, a engenharia passou a ter um caráter mais complexo e o profissional 
passou a ter um perfil de múltiplas competências. 
Desde o início da graduação do Curso de Engenharia, independente da 
área em que você pretende se especializar, lhe são ensinados conceitos básicos de 
ciências físicas e matemáticas, que serão o fundamento necessário para que futu-
ramente você possa buscar soluções adequadas para problemas e para aperfei-
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
9
çoar de técnicas, processos e sistemas. O profissional da engenharia precisa estar 
em constante aprendizagem ao longo de toda a sua carreira e da mesma forma, a 
engenharia transforma-se constantemente. 
Uma das maiores transformações da engenharia foi o uso do computador. 
Essa ferramenta que hoje estamos tão habituados a manusear, significou um dos 
maiores avanços científicos e tecnológicos que a humanidade já vivenciou. 
Na Figura 4, podemos ver o primeiro modelo de computador eletrônico e digi-
tal automático o Eniac (Electronic Numerical Integrator and Computer) de 1946, que pesa-
va 30 toneladas, emprega cerca de 18 mil válvulas e realiza 4.500 cálculos por segundo. 
FIGURA 4 – O ENIAC, O PRIMEIRO COMPUTADOR ELETRÔNICO DA HISTÓRIA
FONTE: <https://bit.ly/3gnxkPQ>. Acesso em: 25 jan. 2021. 
Os engenheiros passaram a usar os computadores para gerar, prever e anali-
sar modelos de processos fundamentais. Os projetos de engenharia passaram a serem 
verificados quanto a falhas e riscos, justes e correções. É possível analisar em tempo 
real e constante, caraterísticas dinâmicas dos sistemas como as tensões, temperaturas, 
emissões eletromagnéticas, correntes elétricas, voltagens, vazão e cinemática.
O acesso e a distribuição de informações com a internet permitiram que o 
conhecimento científico se tornasse muito mais acessível. Quando falamos na práti-
ca da engenharia atual, precisamos dizer que estamos na era da engenharia digital. 
O foco do engenheiro não está mais apenas em construir, está também em 
preservar, gerir informações e em proporcionar a melhor experiência para o con-
sumidor final através de seu produto. A solução de problemas está atrelada a en-
tender que as tecnologias precisam se adaptar a ambientes de constante mudança. 
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
10
4.1 AS PRINCIPAIS INVENÇÕES DA ENGENHARIA DO 
SÉCULO XX
Durante o século XX, a expansão econômica e a utilização de novas tecno-
logias possibilitaram a criação de muitas invenções que transformaram o mundo. 
Durante as últimas décadas, essas invenções foram aperfeiçoadas e continuam 
utilizadas em todo o mundo. Acadêmico, na Figura 5, você pode acompanhar 
uma ordem cronológica dessas principais invenções e na sequência saber um 
pouco mais sobre algumas delas. 
FIGURA 5 – LINHA DO TEMPO DAS PRINCIPAIS INVENÇÕES DO SÉCULO XX
FONTE: Os autores
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
11
1) Avião (1906) 
Desenvolvido pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, o 14 Bis foi o 
primeiro avião capaz de realizar um voo completo e de decolar e pousar sem 
a utilização de uma rampa para lançamento. A primeira demonstração de voo 
ocorreu em 12 de novembro de 1906 em Paris, na França. 
FIGURA 6 – AVIÃO 14 BIS
FONTE: <https://bit.ly/3iH69RG>. Acesso em: 25 jan. 2021. 
2) Radar (1904)
O primeiro radar foi construído na Alemanha em 1904 por Christian Hul-
semeyer. Naquela época, Christian patenteou um dispositivo para detectar obje-
tos a longas distâncias, ainda de baixa precisão e de construção difícil. Somente 
em 1935 foi instalado o primeiro sistema em um navio, com o objetivo de localizar 
e prevenir a aproximação de obstáculos.
3) Motor a jato (1910)
Em 1910, o inventor romeno Henri Coandã registrou a patente da propulsão a 
jato em aeronaves que consistia em um motor a pistão movimentando hélices em dutos.
4) Linha de produção (1913)
Em 1913, Henry Ford inicia em uma de suas fábricas o processo de linha 
de produção para montagemdos automóveis Ford. A linha de produção é consi-
derada uma das maiores inovações tecnológicas da era industrial, pois graças a 
ela o tempo de produção de peças sofreu um decréscimo significativo.
5) Teoria da relatividade geral (1915)
Em 1915, Albert Einstein publicou uma teoria geométrica da gravitação 
levando em consideração a aceleração dos corpos. Esse conjunto de hipóteses deu 
origem a descrição atual da gravitação na Física Moderna.
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
12
6) Televisão (1923)
Em 1923, Vladimir Zworykin registra a patente do tubo iconoscópico, para 
a transmissão de imagens. Este dispositivo foi o precursor das câmeras televisivas.
7) Penicilina (1928) 
O médico Alexander Fleming foi o responsável por descobrir que um fungo 
de nome Penicillium notatum impedia a evolução das bactérias. Sua descoberta levaria 
à criação do primeiro antibiótico, a penicilina, e mudaria a história da medicina. 
8) Energia nuclear (1942)
Em 1942, o físico italiano Enrico Fermi construiu o primeiro reator nuclear 
de reação em cadeia, no contexto do projeto Manhattan, com a finalidade de 
construir a primeira bomba atômica.
9) Exploração espacial (1957)
Em 1957, ocorreu o lançamento do primeiro satélite artificial para a órbita 
da Terra. O satélite Sputnik 1, ficou na órbita terrestre por 22 dias e, nesse período, 
enviou sinais de rádio para nosso planeta. Assim iniciou-se a corrida espacial. 
FIGURA 7 – SPUTNIK 1: O PRIMEIRO SATÉLITE ARTIFICIAL DA HISTÓRIA
FONTE: <https://bit.ly/3grOJqU>. Acesso em: 25 jan. 2021. 
10) Internet (1992)
Em 1992, o cientista Tim Berners-Lee criou a World Wide Web – ou “www” 
que se digita antes do nome de qualquer site. A rede nasceu na Organização 
Europeia para a Investigação Nuclear, que propôs a criação dos hipertextos para 
permitir que várias pessoas trabalhassem juntas acessando os mesmos documentos.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
13
Os desafios da engenharia do século XXI
Em 2008, a Academia Nacional de Engenharia dos EUA formou um comitê internacional 
com célebres engenheiros e cientistas para enumerar 14 desafios da engenharia no século 
XXI. Os desafios contemplam em sua totalidade quatro grandes áreas: sustentabilidade, 
saúde, redução de vulnerabilidades e aumento da alegria de viver. 
Se resolvidos, podem aumentar a qualidade de vida da humanidade e tornar o mundo em 
um lugar melhor para se viver. A lista completa pode ser vista no site: 
http://www.engineeringchallenges.org/.
DICAS
5 A ENGENHARIA NO BRASIL 
Os primeiros registros do exercício da prática de engenharia no Brasil estão 
datados em 1549, com a fundação do Governo Geral e da Cidade de Salvador, quan-
do Thomé de Souza trouxe ao Brasil-Colônia pela primeira vez um grupo de constru-
tores de edificações civis e religiosas. Entre as primeiras construções de destaque no 
Brasil Colônia estão os fortes para a defesa do litoral e das fronteiras terrestres. 
Na Figura 8, você pode conhecer um pouco do Forte de São João edifica-
do em 1560, hoje localizado no município de Bertioga no Estado de São Paulo. É 
considerado a primeira fortaleza do Brasil e atualmente é utilizado como museu.
FIGURA 8 – FORTE DE SÃO JOÃO DE 1560
FONTE: <https://bit.ly/3vrxBFU>. Acesso em: 25 jan. 2021.
Você deve relembrar, agora, várias obras desse período que persistem até 
os dias atuais em nosso país. Entretanto, é importante ressaltarmos que foi quase 
cem anos depois, em 1648, que a Corte Portuguesa contratou o holandês Miquel 
Timermans para ensinar a arte e a ciência da engenharia no Brasil. 
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
14
Assim, as obras de engenharia no período colonial baseavam-se na cons-
trução de prédios residenciais, comerciais, de repartições públicas, a construção 
predial como um todo. Segundo Telles (1984), em seu livro “História da Engenha-
ria no Brasil”, a maioria das estradas, daquela época, não podia ter, exatamente, 
essa denominação, pois eram bastante precárias e esse fato ocorria porque duran-
te muitos anos a colonização se deu basicamente no litoral.
Muitas outras iniciativas semelhantes foram, com o tempo, escrevendo 
o início da história do ensino da engenharia no Brasil, porém sempre de forma 
sazonal ou ainda muito incipiente (BAZZO; PERREIRA, 2011). Em 1808, com a 
vinda da família imperial para o Brasil, o conhecimento teórico e prático foi ex-
pandido pelos profissionais que estavam na comitiva. 
A partir desse momento que começaram a se desenvolver por todo o ter-
ritório obras portuárias, hidráulicas, de saneamento e de serviços públicos quase 
não existiram no Brasil-Colônia. Entre várias outras obras de urbanização da época.
A engenharia brasileira possui alguns projetos de destaque em sua histó-
ria, seja pelo pioneirismo, sustentabilidade, materiais utilizados ou pelo tamanho. 
Um dos maiores exemplos, é a Usina Hidrelétrica de Itaipu (Figura 9), localizada 
em Foz do Iguaçu (PR). Projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada no ano de 
1984, compreende 1.350 km² de área alagada e 196 metros de altura, sendo capaz 
de gerar 14 mil megawatts por hora.
FIGURA 9 – USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU
FONTE: <https://www.itaipu.gov.br>. Acesso em: 29 jan. 2021.
Um exemplo recente da grandiosidade da engenharia brasileira é a 
Cidade Administrativa de Minas Gerais. Seu projeto também foi elaborado por 
Oscar Niemeyer, porém sua construção foi finalizada somente no ano de 2010. 
Na Figura 10, você pode observar uma imagem aérea do complexo que possui 
área total de 805.000m², sendo 265.000 m² de área construída. Abriga o Palácio 
Tiradentes, considerado o maior prédio de concreto suspenso do mundo, com 
vão livre de 147 metros de comprimento e 26 metros de largura.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
15
FIGURA 10 – CIDADE ADMINISTRATIVA DE MINAS GERAIS
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3goCScN>. Acesso em: 29 jan. 2021.
6 O ENSINO DA ENGENHARIA
Os registros mais antigos do ensino da engenharia são datados em 335 
a.C. na Grécia, com a Academia de Platão e em 290 a.C. com a Escola de Ale-
xandria. Entretanto, foi somente nos séculos XVI e XVII que o termo engenharia 
começou a ser utilizado. Em 1506 foi fundada em Veneza a primeira escola dedi-
cada à formação de engenheiros e artilheiros. 
A engenharia nasce entre o civil e o militar e, com o tempo, vão surgindo 
as especializações (FERNANDES JÚNIOR et al., 2018). As primeiras escolas ti-
nham por proposta uma formação sólida “ministrada nas Escolas de Engenharia 
da época [início do século XVIII] que facilitava o autodidatismo como especiali-
zação posterior, e a exiguidade do mercado e trabalho não permitia aos engenhei-
ros a escolha do campo de atuação, obrigando assim, muitas vezes, a frequentes 
passagens de um para outro” (TELLES, 1993, p. 705).
Na Figura 11, temos a primeira escola moderna de engenharia que foi fundada 
em Paris, em 1747, a “École Nationale des Ponts et Chaussées”, que tinha por objetivo de 
fato o ensino dos conceitos matemáticos e sua aplicação em problemas de engenharia. 
FIGURA 11 – A ESCOLA DE PONTS ET CHAUSSÉES EM MEADOS DE 1800
FONTE: <https://bit.ly/3zptKMG>. Acesso em: 24 jan. 2021.
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
16
A partir de então, o ensino da engenharia se expandiu pelo mundo todo. 
O foco das escolas de engenharia no século XVIII estava na metalurgia, no desen-
volvimento militar e na construção civil. Objetivando um ensino mais prático, 
surgiram, nessa época, instituições, academias e escolas técnicas que tinham por 
abordagem a aplicação prática dos conceitos científicos. 
As instituições de ensino deste novo modelo foram fundamentais para o 
desenvolvimento da engenharia. As escolas de Praga (1806), de Viena (1815), de 
Karlsruhe (1825) e de Munique (1827) são exemplos neste sentido. Entretanto, a 
escola que maior importância teve no aparecimento da engenharia moderna foi 
a de Zurique (1854) – Eidgenossische Technische Hochschule. Nos Estados Unidos, 
a primeira escola deste formato foi o MIT – MassachusettsInstitute of Technology 
– (1865). Segundo Bazzo e Pereira (2011), com essas escolas e institutos, a técnica 
moderna tomou corpo, ampliando-se a aplicação da ciência à tecnologia.
Muita coisa mudou quando se fala do ensino da engenharia dos séculos XVII 
e XIX para o ensino atual. O perfil do profissional de engenharia também mudou ao 
longo dos séculos. Atualmente, você está iniciando um processo de formação com 
base em conceitos interdisciplinares que se conectam para criar soluções para proble-
mas locais e globais. Lembre-se: não basta mais apenas saber, é preciso saber fazer. 
6.1 ENSINO DA ENGENHARIA NO BRASIL
O início da formação em engenharia no Brasil ocorreu em 1810, o então 
príncipe Regente e futuro Rei D. João VI, criou a primeira escola de engenha-
ria, a “Academia Real Militar”, onde inicialmente apenas membros do exército 
poderiam estudar. Após várias transformações, essa instituição passou-se a ser 
denominada como “Escola Central”, sendo então destinada ao ensino das mate-
máticas, ciências físicas e naturais e engenharia civil.
No Brasil, as primeiras escolas a oferecerem uma “Engenharia especiali-
zada” foi a Escola Politécnica de São Paulo (Figura 12), em 1874, com o curso de 
“engenheiros de artes e manufaturas” hoje Engenharia Industrial, e a Escola de 
Minas de Ouro Preto, atual Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. Esta 
última, quase uma pioneira na área, sua fundação se deve, especificamente, à ne-
cessidade de formação de profissionais de Engenharia de Minas naquela região, 
entre outras escolas, citadas, posteriormente, que ofereceram os cursos de Enge-
nharia Mecânica, Elétrica, entre outros.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
17
FIGURA 12 – ESCOLA POLITÉCNICA DE SÃO PAULO
FONTE: <https://bit.ly/35B5DNz>. Acesso em: 24 jan. 2021.
Até meados de 1900, o exercício do profissional de engenharia era livre no Bra-
sil. Após pressão dos profissionais formados, o governo passou a criar legislações que 
visavam normatizar o exercício de determinadas atividades profissionais no país. 
No dia 11 de dezembro de 1933, atualmente considerado o Dia Nacional 
do Engenheiro, que se regulamentou as profissões de Engenheiro Agrônomo e 
Engenheiro Civil no país. Foi também neste ano que se criou os Conselhos Regio-
nais de Engenharia e Agronomia (CREA), subordinados ao Conselho Federal de 
Engenharia e Agronomia (CONFEA).
Acadêmico, os conselhos de engenharia são fundamentais para o exercício da 
profissão. São a partir deles que se instituem normas para garantir mercado de trabalho para 
os profissionais legalmente habilitados e assegurar qualidade técnica dos serviços prestados à 
sociedade. Nas próximas unidades estudaremos com maiores detalhes o CREA e o CONFEA.
ESTUDOS FU
TUROS
Até meados da década de 1950 existiam apenas 15 instituições de ensino de 
engenharia no país e, de lá para cá, muitas outras foram implantadas (BAZZO; PER-
REIRA, 2011). A partir da década de 1960, houve uma grande expansão do ensino 
superior brasileiro, principalmente ao que tange à criação de instituições privadas. 
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
18
Para você ter uma noção, segundo informações extraídas do sistema e-MEC (emec.
mec.gov.br), base de dados oficial dos cursos e Instituições de Educação Superior – IES regula-
mentado pela Portaria Normativa nº 21, de 21/12/2017, em 2021 existem 6.440 cursos de Engenha-
ria em atividade, sendo 5.872 na modalidade presencial e 568 na modalidade ensino a distância. 
FONTE: <https://bit.ly/3vqSjWm>. Acesso em: 17 maio 2021.
NOTA
A expansão da oferta de cursos de engenharia não ocorreu somente na 
quantidade de instituições, mas também na quantidade de modalidades de en-
genharia. Enquanto na virada do século se registrava a existência de cerca de 40 
habilitações, hoje já são 60. Esta expansão mostra que a engenharia vem incorpo-
rando as novas tecnologias e recursos que surgem dia após dia e que passam a 
ser tratadas dentro do seu campo de atuação, com o objetivo de contribuir para 
melhorias na qualidade de vida da humanidade.
Vimos, neste tópico, a relação da evolução da sociedade com o desenvolvi-
mento da engenharia. É importante conhecermos a história para entendermos que o 
mundo está em constante mudança. Existiu um longo caminho percorrido até as in-
venções do século XX. O uso de computadores pessoais revolucionou não somente a 
engenharia, mas toda a estrutura da sociedade. O ensino da engenharia modificou-se 
conforme as necessidades da sociedade foram se expandindo, mas a base da prática 
fundamentada no conhecimento científico mantém-se até os dias atuais. 
19
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• A maioria das mudanças que ocorreram nos últimos séculos e que mudaram o mun-
do estão correlacionadas ao avanço científico e são marcos na história da engenharia.
• Podemos definir engenharia como uma área do conhecimento que aplica mé-
todos destinados à utilização de recursos naturais para criar elementos que 
facilitem a vida da sociedade.
• Invenções como a alavanca, a roda, a polia e outras ferramentas colaboraram 
para que ocorresse a transformação das antigas sociedades rurais patriarcais 
em cidades governadas, com regras de convivência e políticas mais elaboradas.
• Nos primórdios da engenharia, as descobertas baseavam-se na experiência 
prática de vários indivíduos, que aperfeiçoavam processos e transmitiam 
suas técnicas de fabricação para novas gerações.
• A criação da impressão, em 1450, por Gutenberg, impulsionou a propagação 
do conhecimento, popularizando a produção de livros e textos. 
• Com uma maior propagação do conhecimento, a ciência passou por um perí-
odo intenso de desenvolvimento de experimentos e teorias. 
• No século XVIII, a engenharia passou a ser baseada em conhecimentos organizados 
com base científica aplicados à solução de problemas e construção civil no geral.
• O ensino da engenharia tinha como foco inicial o ensino dos conceitos matemáti-
cos e sua aplicação em problemas de engenharia. Os primeiros cursos eram vol-
tados às áreas da metalurgia, do desenvolvimento militar e da construção civil.
• Os primeiros registros do exercício da prática de engenharia no Brasil estão 
datados em 1549, com a fundação do Governo Geral e da Cidade de Salvador, 
e com a construção de edificações civis e religiosas. 
• As primeiras construções no Brasil Colônia são os fortes para a defesa do lito-
ral e das fronteiras terrestres. 
• No Brasil, as primeiras escolas a oferecerem uma “Engenharia especializada” 
foi a Escola Politécnica de São Paulo, em 1874, com o curso de “Engenheiros 
de Artes e Manufaturas”, hoje Engenharia Industrial, e a Escola de Minas de 
Ouro Preto, atual Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP.
20
• No dia 11 de dezembro de 1933, regulamentaram-se as profissões de Enge-
nheiro Agrônomo e Engenheiro Civil, no país. Foi também neste ano, que se 
criaram os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA), subor-
dinados ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
• O uso dos computadores na prática da engenharia permitiu a análise constan-
te de caraterísticas dinâmicas dos sistemas e modelos. 
• A solução de problemas de engenharia atualmente está atrelada a entender 
que as tecnologias precisam se adaptar a ambientes de constante mudança.
21
1 Com base em seus conhecimentos científicos e práticos, o engenheiro estu-
da um problema, planeja uma solução, verifica a viabilidade econômica e 
técnica e finalmente, coordena o desenvolvimento. Diante disso, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) ( ) A engenharia é uma área do conhecimento que aplica métodos destina-
dos à utilização de recursos naturais para criar elementos que facilitem 
a vida da sociedade.
b) ( ) A engenharia é uma área do conhecimento que resolve todos os proble-
mas da vida da sociedade disseminando informações empíricas.
c) ( ) A engenharia é uma área do conhecimento que aplica apenas saberes 
populares para criar inovações para a vida dasociedade.
d) ( ) A engenharia é uma área do conhecimento, voltada a aplicar métodos 
para construir pontes e prever o futuro.
2 A engenharia sempre esteve presente na história. Inicialmente, os homens da 
era paleolítica adaptaram ferramentas para a caça. No Egito, até hoje as pirâ-
mides de Gizé encantam pela complexidade das técnicas empregadas na cons-
trução. Portanto, considerando as diversas criações dos homens ao longo da 
história, qual teve o papel essencial para que ocorresse a Revolução Industrial? 
a) ( ) O ENIAC, primeiro computador eletrônico e digital automático.
b) ( ) O avião.
c) ( ) O radar. 
d) ( ) Motor elétrico. 
3 Ao longo da história, as contribuições científicas foram fundamentais para 
o surgimento da Engenharia Moderna. Muitos cientistas também foram en-
genheiros e desenvolveram estudos e teorias que fundamentaram inven-
ções que mudaram o mundo. Em especial, um cientista e engenheiro é con-
siderado o patrono Grupo UNIASSELVI. Qual é o nome deste cientista?
a) ( ) Galileu Galilei.
b) ( ) Oscar Niemayer.
c) ( ) Thomas Edson.
d) ( ) Leonardo da Vinci.
4 Os conselhos profissionais de engenharia são fundamentais para o exercício e re-
gulamentação da profissão, sendo responsáveis por zelar pelos princípios éticos 
que norteiam a engenharia e pelo desenvolvimento sustentável do país. Acerca 
dos conselhos profissionais de engenharia, qual é o órgão que regulamenta e 
fiscaliza o exercício do profissional engenheiro em nível federal no Brasil? 
AUTOATIVIDADE
22
a) ( ) CONFEA.
b) ( ) MEC.
c) ( ) CREA.
d) ( ) FNE.
5 O ensino da engenharia passou por diversas mudanças ao longo do tem-
po, principalmente quanto a sua estrutura e objetivos. Atualmente, qual é o 
foco do ensino da engenharia?
6 Desde os primórdios da história, as invenções surgiam através da experi-
ência prática de vários indivíduos, que aperfeiçoavam processos e transmi-
tiam suas técnicas de geração em geração. Qual invenção foi fundamental 
para impulsionar a propagação do conhecimento?
23
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
MODALIDADES DA ENGENHARIA
1 INTRODUÇÃO
Ao escolher o curso de ensino superior ao qual você se matriculou, a pergun-
ta “por que existem tantos tipos de engenharia?”, possivelmente, permeou os seus 
pensamentos e, provavelmente, foi acompanhado das seguintes perguntas: qual é a 
diferença entre elas? Como saberei com qual delas desenvolverei maior afinidade?
O objetivo deste tópico é fazer você conhecer um pouco melhor quais são 
as competências legais de diferentes profissionais da engenharia. Além disso, é 
importante destacar que muitas vezes você precisará trabalhar com outras espe-
cializações ao longo da sua carreira ou irá se deparar com projetos profissionais 
nos quais precisará buscar auxílio em outras áreas para desenvolver. 
Acadêmico, neste tópico, aprofundaremos nossos conhecimentos nas 
principais modalidades da engenharia, no seu campo de trabalho e nas suas prin-
cipais atribuições técnicas. Também conheceremos mais de outras engenharias 
que estão amplamente presentes em nossa sociedade.
2 RAMIFICAÇÕES DA ENGENHARIA
 
As responsabilidades e atividades que dizem respeito ao exercício da pro-
fissão de engenheiro são muitas. Essas atribuições profissionais vão desde planejar, 
projetar, estudar, analisar, avaliar, ensinar, pesquisar, fiscalizar, coordenar, entre 
muitas outras atuações. Os engenheiros de cada área do conhecimento possuem uma 
base teórica que pode ser empregada em diversos ambientes. Esse contexto pode ser 
melhor compreendido através da explicação de Bazzo e Pereira (2011, p. 98):
Se considerarmos os possíveis campos de atuação da engenharia, logo 
perceberemos que eles são por demais amplos para que uma só pessoa 
possa dominar, com excelência, a tecnologia, o embasamento científico 
específico, as técnicas de cálculo e as experiências vinculadas a todas as 
suas múltiplas atividades. Para termos uma ideia dessa complexidade, 
basta lembrar que não só questões técnicas, mas também questões sociais, 
ecológicas, econômicas e tantas outras fazem parte do trabalho dos enge-
nheiros ou são afetadas direta ou indiretamente por suas atividades. 
Assim, podemos afirmar que existem diversas áreas na sociedade que pre-
cisam de profissionais especializados e que dominem um determinado campo 
de atuação. Não é mais possível alguns poucos especialistas dominarem conteú-
dos para propuserem soluções que atendam a uma sociedade tão complexa e em 
constante mudança como a que temos atualmente.
24
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
 É através das necessidades da sociedade que a Engenharia vai se ramifi-
cando para várias áreas do conhecimento com o objetivo de amplificar a área de 
atuação do profissional. Segundo Cocian (2009, p. 62), “a maioria dos programas 
de engenharia envolve o estudo concentrado numa determinada área da enge-
nharia, acrescida com matérias de ciências e matemática”.
 A maioria dos cursos inclui em sua grade curricular disciplinas de de-
senho, acompanhadas de auxílio de computadores e aulas de laboratório, além 
dos conteúdos de fundamentação básica de outros temas que dizem respeito à 
profissão, portanto, para cada uma das áreas da engenharia há ainda diversos 
caminhos que podem ser seguidos. Veremos alguns exemplos a seguir. 
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES
Segundo Cocian (2017), em seu livro “Engenharia – uma breve introdu-
ção”, as áreas da engenharia podem ser divididas em nove grupos afins, que são: 
• Engenharia de Agricultura: Engenharia Agrícola, Engenharia Agronômica, 
Engenharia Florestal e Engenharia de Agrimensura.
• Engenharia Ambiental.
• Engenharia Biomédica: Engenharia Eletromédica, Engenharia Clínica, Enge-
nharia Biomecânica, Engenharia Bioinformática e Bioengenharia.
• Engenharia Civil: Engenharia de Transportes, Engenharia Cartográfica, En-
genharia de Estruturas, Engenharia Oceanográfica, Engenharia Sanitária, En-
genharia de Geodésia e Cartografia e Engenharia Arquitetônica.
• Engenharia Elétrica: Engenharia Eletrônica, Engenharia Eletromecânica, En-
genharia Mecatrônica, Engenharia de Computadores – Hardware, Engenharia 
de Computadores – Software, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia 
de Automação e Controle de Processos, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia 
de Sistemas de Energia, Engenharia Nuclear e Engenharia Telemática.
• Engenharia Industrial: Engenharia de Manufatura, Engenharia de Produção 
e Engenharia Têxtil.
• Engenharia de Materiais: Engenharia de Cerâmicas, Engenharia de Madeira, 
Engenharia de Plásticos, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Minas, En-
genharia de Petróleo e Engenharia Geológica.
• Engenharia Mecânica: Engenharia Automotiva, Engenharia Aeroespacial, 
Engenharia Aeronáutica e Engenharia Naval.
• Engenharia Química: Engenharia de Alimentos. 
Ainda conforme Cocian (2017), as modalidades da engenharia também 
podem ser divididas conforme a finalidade a qual estão destinadas em: 
• extração, processamento e uso dos recursos naturais;
• infraestrutura e urbanismo;
• máquinas, mecanismos, manufatura, energia térmica e mecânica;
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
25
• processos químicos, de alimentos, de tecnologia dos materiais e de energia nuclear;
• eletroeletrônica, computação, iluminação, instrumentação, energia elétrica e 
magnética;
• aplicações para sistemas biológicos;
• saúde e segurança;
• aplicações militares.
3 GRANDES MODALIDADES DA ENGENHARIA 
Vimos até agora que existem muitas áreas da engenharia e que elas podem 
ser subdivididas em áreas correlatas, conforme suas aplicações na sociedade. 
Estudaremos algumas das grandes modalidades atuais da engenharia.
3.1 ENGENHARIA CIVIL
A engenharia civil é a área da engenharia responsável por projetar, geren-
ciar e executar obras e construções. De forma prática, o engenheiro civil é um pro-
fissional capaz de coordenar todas as etapas de um projeto de construção, desde 
a análise do local, concepção do projeto, elaboração dos desenhos, legalização da 
obra,materiais, mão de obra, execução, acompanhamento e acabamentos. 
O profissional formado em Engenharia Civil pode trabalhar tanto em em-
presas públicas, privadas ou de forma autônoma. De modo geral, as principais 
áreas de atuação profissional são no desenvolvimento de projetos de construção 
civil e urbana, consultoria, estrutura, inspeção, fiscalização, perícia, saneamento, 
rodovias, geotecnia e transporte.
As atribuições do Engenheiro Civil são definidas pelo art. 7º da Lei nº 
5.194 de 1966; art. 28 e 29 do Decreto nº 23.569 de 1933; e art. 7º da Resolução nº 
218 de 1973 do CONFEA. Entre elas destacam-se:
• Construção e averiguação de edificações, equipamentos de segurança, urba-
nos, rurais e regionais e de serviços.
• Aproveitamento e utilização de recursos naturais.
• Análise de questões artístico-culturais e técnicos.
• Planejamento e fornecimento de meios de locomoção durante a execução da obra.
• Desempenhar cargos, funções e comissões em organizações estatais.
• Explorar recursos alternativos e naturais para o desenvolvimento da indústria.
• Estudar, projetar, analisar e avaliar técnicas e obras relacionadas a edifícios, 
rodovias, ferrovias captação e abastecimento de água, drenagem e irrigação.
• Planejar e projetar trabalhos em âmbito urbano, rural, de transportes e em 
outras regiões.
• Coordenar atribuições em autarquias e instituições de economia mista ou privada.
• Estudar, projetar, analisar e avaliar técnicas e obras relacionadas a portos, 
rios, canais, barragens e das concernentes aos aeroportos.
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UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
• Estudar, projetar, analisar e avaliar técnicas e obras relacionadas ao sanea-
mento urbano e rural.
• Estudar, projetar, analisar e avaliar técnicas e obras e serviços de urbanismo.
• Projetar e construir "pontes e grandes estruturas”.
Os engenheiros civis projetam métodos e instalações que combatem os 
mais sérios problemas do planeta. Em vista da existência de ar poluído, dete-
rioração das cidades, estradas e pontes; aeroportos e estradas entupidas, lençóis 
freáticos, rios e lagos contaminados, o engenheiro civil é chamado para projetar 
soluções que sejam viáveis de forma técnica e econômica (COCIAN, 2017).
O curso de ensino superior em Engenharia Civil conta na sua estrutura 
curricular com disciplinas generalistas nas áreas de Física, Matemática e Quími-
ca. As disciplinas específicas da prática profissional de um engenheiro civil apre-
sentam conceitos sobre: mecânica, desenho técnico, eletricidade, projeto arquite-
tônico, elementos de mineralogia e geologia, estruturas, topografia, mecânica de 
fluídos, resistência dos materiais, estática, hidráulica, edificações, planejamento 
de obras, entre muitas outras.
FIGURA 13 – SÍMBOLO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
FONTE: <https://bit.ly/3pTFsLf>. Acesso em: 26 jan. 2021.
Entretanto, a Engenharia Civil, como todas as engenharias, é um campo 
multidisciplinar que inclui em sua base também conceitos das ciências sociais, 
da política, da economia, da história e da filosofia, sendo, portanto, uma ciência 
com impacto social. Ao final do curso, o acadêmico precisa realizar um estágio 
supervisionado e elaborar um trabalho de conclusão de curso na área para obter 
o título de bacharel em Engenharia Civil.
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
27
A data comemorativa de valorização da profissão é dia 25 de outubro, dia nacio-
nal do Patrono da Construção Civil e dos Profissionais da Engenharia Civil, fazendo alusão a 
25/10/98, quando o Papa João Paulo II promoveu a beatificação do Frei Antônio de Sant’Ana 
Galvão, desde 2007, Santo Frei Galvão. Em mais de 28 anos de trabalho, Frei Galvão atuou na 
construção de obras importantes em São Paulo, como o Mosteiro da Imaculada Conceição 
da Luz e a Igreja de Nossa Senhora da Luz. Em setembro de 2016, a data recebeu a chancela 
do Congresso Nacional, por meio da aprovação do Projeto de Lei nº 348/2013.
FONTE: <https://bit.ly/3wrgBAT>. Acesso em: 17 maio 2021.
NOTA
FIGURA 14 – MOSTEIRO DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA LUZ: OBRA DE FREI GALVÃO
FONTE: <https://bit.ly/3gyuVRd>. Acesso em: 26 jan. 2021.
3.2 ENGENHARIA MECÂNICA
 
A Engenharia Mecânica é a área da engenharia que se destina à concep-
ção, análise, fabricação e manutenção de sistemas mecânicos. Segundo Cocian 
(2017), qualquer coisa que for mecânica ou que deva interagir com outra máquina 
ou ser humano, está dentro do amplo escopo da atuação do engenheiro mecânico.
Se você pensar em sua rotina, perceberá que existe uma série de “máqui-
nas” com as quais interage constantemente. A televisão, a geladeira, o automóvel, 
o computador, a máquina de lavar roupa, o fogão e até mesmo os produtos mais 
simples que você conhece passaram por máquinas ou precisaram de uma para 
serem produzidos. O engenheiro mecânico é o profissional responsável por pro-
jetar e desenvolver essas máquinas e seus motores. 
E não são somente essas as atribuições deste profissional da engenharia. 
O trabalho do engenheiro mecânico varia conforme a indústria, podendo tam-
bém atuar em pesquisa de novas tecnologias, levantamento de dados técnicos, no 
28
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
gerenciamento de instalação e mão de obra, no orçamento de materiais e equipa-
mentos, no controle de qualidade, na consultoria empresarial, na área de vendas 
técnicas e no projeto usinas e fábricas. 
Como se trata de uma profissão bastante abrangente, há boas oportunida-
des para o engenheiro mecânico em diversas indústrias, como montadoras auto-
motivas, metal mecânico, alimentício, cerâmico, indústria têxtil, eletroeletrônica, 
petroquímicas, celulose, açúcar, álcool, gás, entre muitos outros ramos industriais. 
O profissional dessa área tem suas atribuições definidas no art. 12º da 
Resolução 218, de 1973 do CONFEA. Ainda, compete ao engenheiro mecânico 
submeter à prova instalações mecânicas, para conferir sua segurança e eficiência, 
e verificar se correspondem às especificações do projeto. Ele também assessora a 
instalação mecânica e o funcionamento de indústrias, colaborando com a admi-
nistração na observação de legislação e no comércio.
Segundo Bazzo e Pereira (2011), podemos dividir a engenharia mecânica 
em três grandes classes:
• Mecânica pesada: que trata dos grandes elementos, como turbinas hidráuli-
cas, guindastes, pontes rolantes etc., que normalmente são fabricados unida-
de por unidade.
• Produção em série: produtos fabricados em grandes quantidades, geralmen-
te em linhas automatizadas, como carros, geladeiras, máquinas de costura etc.
• Mecânica fina: instrumentos e equipamentos de grande nível de precisão, 
como impressoras para computadores, instrumentos de medição, máquinas 
fotográficas etc.
Para exercer a função de engenheiro mecânico é obrigatório possuir o di-
ploma de bacharel em Engenharia Mecânica em curso reconhecido pelo MEC e 
obter o registro profissional no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
(CREA) do Estado onde atua.
O curso de Engenharia Mecânica é do tipo bacharelado e dura em média 
dez semestres, com uma carga intensa de disciplinas fundamentais como Cálcu-
lo, Física, Química e laboratórios. O curso também conta com matérias específi-
cas, como Desenho Técnico, Manutenção Mecânica, Legislação e Normas Téc-
nicas, Metrologia, Mecânica dos Fluídos, Mecânica das Estruturas, Práticas de 
Refrigeração e Ar-condicionado, Elementos de Máquinas, Manufatura Mecânica, 
Processos Siderúrgicos, Soldagem e muito mais. 
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
29
A IMPORTÂNCIA DO DESENHO TÉCNICO NA ENGENHARIA MECÂNICA
O desenho técnico entra como um instrumento elementar para que a excelência do tra-
balho seja alcançada. Sendo a última etapa de um planejamento, ele é responsável por in-
formar detalhes e precisões do produto em desenvolvimento, tornando o processo eficaz 
e minimizando erros, já que se trata da representação final do projeto.
A normatização que rege o Desenho Técnico é editada pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), quedefine os padrões nacionais, alinhados aos internacionais, aprovados 
pela ISO (Organização Internacional de Normalização). Essa normatização garante que os pro-
jetos sejam compreendidos por qualquer um que tenha conhecimento da regulamentação.
DICAS
3.3 ENGENHARIA PRODUÇÃO
A Engenharia de Produção é um ramo da engenharia que tem por finali-
dade otimizar produtos e processos industriais, visando ao aumento da produ-
ção e à redução de custos. O Engenheiro de Produção é o profissional responsável 
por viabilizar, planejar, produzir e distribuir produtos que a sociedade necessita. 
Para Valério e Bazzo (2006), um engenheiro de produção se dedica, de 
modo geral, ao projeto e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, 
equipamentos e ambiente. Por englobar um conjunto maior de conhecimentos e 
habilidades, este profissional consegue visualizar os problemas de forma global.
É comum que se tenham dúvidas sobre a prática da profissão deste campo 
da engenharia, que, muitas vezes, se confunde com alguns ramos da administra-
ção. O foco da Engenharia de Produção está na solução de problemas de sistemas 
de produção utilizando ferramentas técnicas. 
Segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção, compete 
à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a 
manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo 
homens, materiais, tecnologia, informação e energia. São atribuições ainda dos 
profissionais desta área especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes 
sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos espe-
cializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com 
os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia (ABREPO, c2021).
O engenheiro de produção pode trabalhar em diversas áreas dentro de 
uma empresa. As mais comuns são em operação da distribuição de produtos, 
controle de matéria-prima, planejamento estratégico, controle financeiro, logísti-
ca, planejamento de produtos, mercado consumidor, entre outros.
30
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
Para Bazzo e Pereira (2011), dentre as principais responsabilidades de um 
engenheiro de produção estão:
• escolher a localização de indústrias, determinar o equipamento e o processo 
de manufatura, modificando hábitos não recomendáveis de trabalho;
• analisar as operações e introduzir modificações no sentido de racionalizar o 
trabalho;
• estudar custos operacionais e dedicar-se ao estudo de tempos e métodos;
• atuar como elemento de ligação entre o setor técnico e o setor administrativo 
de uma empresa;
• cuidar da segurança do processo produtivo, da avaliação econômico-financei-
ra da empresa e do layout das instalações industriais;
• planejar e programar compras, produção e distribuição dos produtos;
• definir estratégias de controle de estoques.
Para exercer a função de engenheiro de produção é obrigatório possuir 
o diploma de bacharel em Engenharia de Produção em curso reconhecido pelo 
MEC e obter o registro profissional no Conselho Regional de Engenharia e Agro-
nomia (CREA) do Estado onde atua.
O curso de Engenharia de Produção possui em sua grade curricular dis-
ciplinas básicas de Matemática, Física e Química. O curso possui matérias espe-
cíficas como Planejamento e Controle de Produção, Administração de Produção, 
Gestão de Qualidade, Custos Industriais, Gestão de Projetos, Projeto de Fábrica 
e Manutenção Industrial, Ergonomia e Segurança Industrial, Projeto de Produto 
e Processo, Modelagem e Simulação de Processos e muito mais. Na Figura 15, 
você, acadêmico, pode conhecer o símbolo do curso de Engenharia de Produção 
utilizado pela ABEPRO – Associação Brasileira de Engenharia de Produção. 
FIGURA 15 – SÍMBOLO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/2SEbMp0>. Acesso em: 26 jan. 2021.
TÓPICO 2 — MODALIDADES DA ENGENHARIA
31
3.4 ENGENHARIA ELÉTRICA 
Engenharia elétrica é o ramo da engenharia que se refere à geração, transmis-
são, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas 
elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos.
O engenheiro elétrico é responsável por planejar, construir e manter siste-
mas capazes de gerar, transmitir e distribuir energia elétrica. Seu objetivo é levar 
energia elétrica a toda a população de forma segura e com qualidade.
Segundo Cocian (2009), a engenharia elétrica é um ramo muito vasto composto 
de dois braços principais: a engenharia elétrica e a engenharia eletrônica. A engenharia 
elétrica como um todo, se relaciona com os elétrons, campos elétricos e magnéticos, 
todos estes fenômenos invisíveis. Isto é o que faz desta engenharia ser tão fascinante!
 As primeiras aplicações comerciais da eletricidade surgiram em meados 
do século XIX, quando se iniciou a comercialização, a distribuição e a utilização 
da energia elétrica. Hoje em dia as propriedades mais úteis da eletricidade são: a 
facilidade e eficiência com as quais é gerada e distribuída, e a precisão e flexibili-
dade como a qual pode ser aplicada e controlada. 
Tais características são exploradas pelos engenheiros eletricistas em um 
número crescente de formas diferentes. Você, por exemplo, já imaginou sua vida 
sem energia elétrica? Se hoje você pode assistir televisão, tomar um banho quente 
no inverno, fazer uma ligação pelo celular, ler um livro à noite ou guardar comida 
na geladeira, é graças ao trabalho do engenheiro eletricista.
O mercado de trabalho para engenheiros eletricistas é vasto e está em ex-
pansão. Grandes obras de infraestrutura, a expansão da área de telecomunicações 
e investimentos em energia renovável têm contribuído para a crescente demanda 
por profissionais nessa área.
Algumas das empresas que mais contratam este profissional são: usinas, 
subestações, linhas de transmissão, empresas de telecomunicações, indústrias de 
material elétrico e eletrônico, automobilística e construção civil. Um engenheiro 
elétrico pode trabalhar em órgãos públicos (como secretarias, ministérios e insti-
tuições municipais, estaduais e federais), na iniciativa privada e como autônomo. 
Para Bazzo e Pereira (2011), a formação em engenharia elétrica envolve 
campos específicos de atuação tais como:
• Eletricidade em geral: geração, transmissão e distribuição de energia, nos se-
tores de hidrelétrica, subestações e termoelétrica.
• Eletrônica de potência: dispositivos eletrônicos de potência, controle de motores, 
acionamento de máquinas elétricas, simulação digital de máquinas e conversores.
32
UNIDADE 1 — OS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA
• Telecomunicações: sistemas de áudio e vídeo, antenas e propagação de ondas 
eletromagnéticas, micro-ondas, telefonia analógica e digital, processamento ana-
lógico e digital de sinais, redes de comunicações, telecomunicações por satélite.
• Controle e automação: controle computacional de processos industriais, con-
trole óptico, robótica, inteligência artificial, planejamento e implantação de 
processos de automação industrial.
O curso de ensino superior em Engenharia Elétrica tem na sua grade cur-
ricular disciplinas generalistas nas áreas de Física, Matemática e Química. As dis-
ciplinas específicas da prática profissional de um engenheiro eletricista apresen-
tam conceitos sobre: eletricidade, eletrotécnica, instalações elétricas residenciais, 
circuitos elétricos, eletrônica digital, modelagem e sistemas dinâmicos, eletrônica 
analógica, conversão de energia, geração e distribuição de energia elétrica, trans-
formadores, fontes alternativas e eficiência energética, entre muitas outras.
No Brasil, considera-se engenheiro eletricista quem for formado em enge-
nharia elétrica em uma instituição de ensino credenciada pelo MEC, porém para 
poder exercer a profissão é necessário registro no sistema do CREA (Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia) do estado onde atua.
DIA DO ENGENHEIRO ELETRICISTA NO BRASIL
Em 23 de novembro, comemora-se,

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