Buscar

38_introducao-a-engenharia (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 112 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 112 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 112 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO À 
ENGENHARIA
2
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSão
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VISão
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
BIBLIotECa MuLtIVIX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Moreira Tainá, e Filogônio Vitor
Língua Portuguesa III / Moreira Tainá, e Filogônio Vitor. – Serra: Multivix, 2019.
EdItorIaL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FaCuLdadE CaPIXaBa da SErra • MuLtIVIX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor Executivo do grupo Multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
LISta dE FIguraS
 > FIGURA 1 - Pirâmides do Egito 15
 > FIGURA 2 - Coliseu, em Roma 16
 > FIGURA 3 - Grande muralha da China 16
 > FIGURA 4 - Torre Eiffel 18
 > FIGURA 5 - Engenheira de manutenção inspecionando uma 
instalação de óleo e gás 19
 > FIGURA 6 - Engenheiros de produção em visita a uma fábrica 22
 > FIGURA 7 - Engenheiros trabalhando no desenvolvimento 
de um drone 28
 > FIGURA 8 - Engenharia de construção e instalação 32
 > FIGURA 9 - Aula de aplicações de engenharia 45
 > FIGURA 10 - Estrutura curricular de Engenharia de Produção 
da Multivix 53
 > FIGURA 11 - Estrutura curricular de Engenharia de 
Produção da Multivix 54
 > FIGURA 12 - Estrutura curricular de Engenharia de Produção 
da instituição X 55
 > FIGURA 13 - Desastre ambiental na cidade de Mariana, Minas Gerais 67
 > FIGURA 14 - Inspeção de prédios antigos e obras públicas 70
 > FIGURA 15 - PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DO PROJETO 81
6
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LISta dE QuadroS
 > QUADRO 1 - Comparação de duas alternativas de projeto 79
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
SuMÁrIo
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
1 a EngEnharIa E o EngEnhEIro 13
1.1 INTRODUÇÃO 13
1.2 CONCEITOS INICIAIS SOBRE A ENGENHARIA E O ENGENHEIRO 14
1.2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA ENGENHARIA E SUAS REALIZAÇÕES 15
1.2.2 O PERFIL DO ENGENHEIRO 18
1.2.3 AS FUNÇÕES DO ENGENHEIRO 21
ConCLuSão 24
2 o CaMPo dE atuação do EngEnhEIro 26
2.1 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 26
2.2 DEFINIÇÕES NORMATIVAS SOBRE A ATUAÇÃO DOS ENGENHEIROS 27
2.3 AS FUNÇÕES DOS ENGENHEIROS 30
2.4 ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 34
ConCLuSão 39
3 EStrutura CurrICuLar do CurSo 41
3.1 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 41
3.2 HABILIDADES REQUERIDAS NA ENGENHARIA 42
3.3 EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA 44
3.4 A ESTRUTURA CURRICULAR NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 48
ConCLuSão 55
8
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SuMÁrIo
4 ConSELho rEgIonaL - CrEa 57
4.1 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 57
4.2 DEFINIÇÕES INICIAIS 57
4.3 A IMPORTÂNCIA DO CONSELHO E DO PROFISSIONAL CREDENCIADO. 59
4.3.1 O PROFISSIONAL CREDENCIADO 62
4.3.2 A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART) 63
4.3.3 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA REQUERER 
CARTEIRA PROFISSIONAL 65
4.3.4 CONSULTAS PÚBLICAS 66
ConCLuSão73
5 ConCEIto dE ProJEto E toMada dE dECISão 75
5.1 O PROCESSO DO PROJETO DE ENGENHARIA 75
5.2 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS DE PROJETO 82
5.2.1 SUSTENTABILIDADE NO PROJETO 82
5.2.2 ENGENHARIA ECONÔMICA 86
5.3 O MÉTODO DE PROJETO DE ENGENHARIA 86
5.4 DINÂMICA DO PROJETO DE ENGENHARIA 87
5.4.1 HABILIDADES E FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PROJETO 87
5.4.2 O ESPAÇO DE PROJETO 88
5.4.3 CLUSTERS NO NÚCLEO DO PROCESSO DE PROJETO 88
5.4.3.1 GERAÇÃO DE REQUISITOS: DEFININDO O ESPAÇO DE PROJETO 88
5.4.3.2 FERRAMENTAS MULTIÚSO DE PROJETO PARA CARACTERIZAR/DEFINIR/
DESCREVER/DETALHAR O ESPAÇO DE PROJETO 89
5.4.3.3 FERRAMENTAS DE GERAÇÃO DE IDEIAS: EXPANDINDO O ESPAÇO DE 
PROJETO 89
5.4.3.4 TOMADA DE DECISÃO: REDUZINDO O ESPAÇO DE PROJETO 90
5.4.3.5 ITERANDO: ITERANDO NO ESPAÇO DE PROJETO 90
5.4.3.6 INVESTIGANDO IDEIAS: EXPLORANDO O ESPAÇO DE PROJETO 90
5.4.3.7 PROJETO PÓS-CONCEITUAL: DEIXANDO O ESPAÇO DE PROJETO 91
ConCLuSão 92
5UNIDADE
4UNIDADE
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
SuMÁrIo
6UNIDADE 6 ÉtICa ProFISSIonaL E SEgurança 94
6.1 ÉTICA NA ENGENHARIA 94
6.1.1 UM EXEMPLO DE CÓDIGO DE ÉTICA PARA ENGENHEIROS 95
6.1.2 O JURAMENTO DO ENGENHEIRO 102
6.2 COMPROMISSO COM A SEGURANÇA 104
6.2.1 INCERTEZAS NO PROJETO 105
6.2.2 ÉTICA AMBIENTAL E ASPECTOS SOCIAIS 106
6.2.3 AS DECISÕES TÉCNICAS E O BEM-ESTAR HUMANO 109
ConCLuSão 110
rEFErÊnCIaS 111
10
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
IConograFIa
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Caro(a) Aluno(a), você está iniciando a disciplina Introdução à Engenharia. Esta disci-
plina abordará aspectos iniciais e fundamentais sobre a profissão e atuação na área 
de engenharia. Inicialmente, serão abordadas questões, como a definição de enge-
nheiro e da engenharia, seu histórico, grandes contribuições da área e o perfil do 
profissional. 
Mais à frente, trazem-se discussões sobre o campo de atuação do engenheiro (em 
particular no Brasil), seu processo de formação e o seu conselho de classe, o Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). A disciplina destaca um espaço espe-
cial para o papel dos projetos na área de engenharia, área que se apresenta como um 
diferencial profissional, bem como uma forma de abordagem de problemas dentro 
do contexto de atuação da engenharia. Por fim, discutem-se aspectos sobre a ética, 
responsabilidade social e a segurança no trabalho de engenharia. 
Espera-se que esses temas, juntamente com aqueles apresentados complementar-
mente nos fóruns e estudos orientados, despertem mais a vontade de adentrar no 
mundo da engenharia e exercer suas funções de forma não apenas eficiente, mas 
também satisfatória à sua formação. É a partir desses materiais que você terá maior 
proximidade com a realidade da engenharia no país, como os novos desafios enfren-
tados pelos profissionais com as mudanças nos ambientes econômico e político, a 
chegada de novas tecnologias e a atualização das demandas do mercado. 
Bons estudos!
Objetivos da disciplina
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Distinguir as principais características dos profissionais de engenharia e do seu 
conselho de classe, o CREA.
• Examinar a estrutura curricular do curso.
• Ilustrar as áreas de atuação e funções do engenheiro.
• Organizar a realização de atividades segundo a abordagem de projetos.
• Avaliar a atuação no campo da engenharia a partir de princípios éticos e de 
segurança.
12
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Descrever como a 
engenharia contribuiu 
para o desenvolvimento 
tecnológico e social da 
humanidade ao longo 
das eras.
> Ilustrar as principais 
definições acerca 
da engenharia e do 
engenheiro.
> Identificar as principais 
características do perfil 
comportamental do 
engenheiro de sucesso.
> Ilustrar as áreas de 
atuação e funções mais 
frequentes no contexto 
da engenharia.
UNIDADE 1
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
1 A ENGENHARIA E O 
ENGENHEIRO
Nesta unidade, você conhecerá os principais conceitos relativos à engenharia e ao seu 
profissional, o engenheiro. Será também apresentado um breve histórico da atuação 
e das contribuições da engenharia ao longo do tempo. Além disso, você conhecerá 
um pouco mais sobre as definições dadas ao engenheiro, a partir da descrição das 
suas principais aptidões e características.
Por fim, você encontrará uma lista das principais funções desenvolvidas pelos enge-
nheiros dentro do seu contexto de atuação. Com isso, você já poderá vislumbrar algu-
mas áreas de atuação do engenheiro e quais as características necessárias para ser 
um profissional de sucesso.
1.1 INTRODUÇÃO
Uma boa parcela da população brasileira e mundial não possui uma ideia muito clara 
do que é e do que faz um engenheiro. Apesar das obras de engenharia (sejam de 
grande porte, sejam de menor impacto) estarem às vistas, cerca de 60% da popula-
ção adulta diz não ter um conhecimento claro sobre as atividades de um engenheiro. 
Assim, a engenharia é, por muitas vezes, vista como uma profissão discreta e imper-
ceptível na sociedade. Alguns autores, como Telles (2015), atribuem esse desconhe-
cimento no âmbito nacional a fatores de ordem cultural e social. Contudo, essa reali-
dade passou a mudar a partir do século XIX. 
Este capítulo introdutório traz discussões que podem sanar alguns dos questiona-
mentos mais tradicionais acerca da atuação no campo da engenharia. Questiona-
mentos estes, que, na visão de Cocian (2017), envolvem, entre outras perguntas, saber 
o que faz um engenheiro, para que se estuda engenharia, quem são esses profissio-
nais, como e onde atuam. 
14
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.2 CONCEITOS INICIAIS SOBRE A ENGENHARIA E 
O ENGENHEIRO
Apesar de ressaltar a dificuldade em se caracterizar a engenharia, Cocian define-a 
como “a arte da aplicação dos princípios científicos, da experiência, do julgamento e 
do senso comum, para implementar ideias e ações em benefício da humanidade e 
da natureza” (COCIAN, 2017, p. 1). Ainda segundo o autor, a engenharia estaria orien-
tada ao desenvolvimento de produtos ou sistemas adequados à resolução de ques-
tões específicas. Para tanto, o engenheiro (profissional que pratica a engenharia) faz 
uso de materiais e recursos naturais. 
Para o autor, o engenheiro “é competente em virtude da sua educação fundamental 
e do treinamento para aplicar o método científico (e da engenharia)” (COCIAN, 2017, 
p. 4). A partir da aplicação das ciências e sempre assumindo uma postura de respon-
sabilidade, o engenheiro é determinante na solução de problemas da humanidade. 
O engenheiro é uma pessoa qualificada pela sua capacidade, educação e experiência 
em executar tarefas de engenharia.
Entretanto, conforme um dos questionamentos previamente apresentados, pode-
-se perguntar: para que os engenheiros fazem uso dos materiais e recursos natu-
rais? Hotzapple e Reece (2013) destacam que os engenheiros possuem um papel de 
grande importância na transformação dos já citados recursos naturais em objetose 
soluções comuns, que podem ser observadas no mercado. Mais que isso, os enge-
nheiros realizariam tais feitos de forma eficiente. Os autores, citando o engenheiro A. 
M. Wellington (1847–1895), descrevem a engenharia como a “a arte de fazer... bem, 
com um dólar, aquilo que qualquer outro pode fazer com dois” (HOTZAPPLE; REECE, 
2013, p. 1).
Além da definição do que vem a ser um engenheiro, pode-se traçar uma breve dife-
renciação entre estes e os cientistas: 
Engenheiros são indivíduos que combinam conhecimentos da ciência, da 
matemática e da economia para solucionar problemas técnicos com os quais 
a sociedade se depara. É o conhecimento prático que distingue os enge-
nheiros dos cientistas, que também são mestres da ciência e da matemática 
(HOTZAPPLE; REECE, 2013, p. 1).
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
O termo engenheiro deriva das palavras engenho e engenhoso, que possuem 
seu radical no latim in generare, que significa a faculdade de saber, criatividade.
1.2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA ENGENHARIA E SUAS 
REALIZAÇÕES 
A história da engenharia se confunde com a história da civilização humana. Muitas 
das grandes realizações da humanidade estão associadas à ação da engenharia. 
Desde a Antiguidade, quando figuras, como Alexandre, Júlio César e Carlos Magno 
fizeram uso de transportes diferenciados e máquinas de guerras para expandir seus 
domínios, passando pelos esboços das incríveis invenções (como tanques, submari-
nos e planadores) de Leonardo da Vinci, a engenharia sempre permeou o imaginário, 
bem como a mudança na rotina da humanidade.
Algumas realizações da engenharia ao longo dos anos podem ser observadas em 
diferentes categorias. No campo da arquitetura, podem ser elencadas as grandes 
construções, como as grandes pirâmides do Egito, o Coliseu, em Roma, e a Grande 
Muralha da China.
FIGURA 1 - PIRÂMIDES DO EGITO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
16
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 2 - COLISEU, EM ROMA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
FIGURA 3 - GRANDE MURALHA DA CHINA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Ainda em se tratando dos desenvolvimentos relativos ao Império Romano, destacam-
-se a estrutura de estradas desenvolvidas ao longo de todo o território do império. 
Hotzapple e Reece (2013) relatam que os engenheiros romanos eram deslocados para 
vários territórios do império, a fim de acompanharem a construção de estradas que 
eram ligadas à capital Roma. De acordo com os autores “no Império Romano existiam 
aproximadamente 75.000 km de estradas construídas de acordo com os princípios de 
pavimentação e drenagem usados até hoje” (HOTZAPPLE; REECE, 2013, p. X).
O ditado “todos os caminhos levam a Roma” deriva da grande amplitude da rede 
de estradas construídas durante o Império Romano. Além disso, tem-se o fato 
de que a capital Roma era o ponto central do sistema de estradas do império.
Outra categoria diferencial de desenvolvimentos da engenharia são os avanços obti-
dos na hidráulica e distribuição de água. Alguns desses desenvolvimentos datam do 
ano 2000 a.C., quando represas e canais de irrigação foram construídos à margem 
do Rio Nilo. Cidades, como Constantinopla (atual território da Turquia) e Atenas, 
possuíam cisternas e aquedutos para atender às necessidades da população.
Com o desenvolvimento da metalurgia, o homem pôde assumir maior controle sobre 
os metais e suas propriedades. Com isso, desenvolver ferramentas que deram margem 
a outros desenvolvimentos. A partir do manejo do bronze, ferramentas, como serras 
e brocas, puderam ser desenvolvidas para a construção das pirâmides. Com o passar 
das eras, esse desenvolvimento foi levado à concepção dos metais, como materiais 
para a construção de estruturas e componentes. Veja o caso da Torre Eiffel, com mais 
de 320 metros de altura e 7.300 toneladas de aço, ou das grandes edificações moder-
nas que fazem uso de estruturas metálicas combinadas com outros materiais, como 
concreto e vidro, nos seus projetos.
18
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 4 - TORRE EIFFEL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Ao final do século XIX, uma grande inovação da engenharia foi apresentada ao mundo. 
Trata-se da máquina a vapor, que permitiu ao homem desbravar grandes distâncias 
em menores espaços de tempo, fazendo, assim, com que outras inovações fossem 
apresentadas (como os ciclos de refrigeração e o automóvel) e com que o comércio e 
a industrialização se expandissem de maneira nunca vista anteriormente.
1.2.2 O PERFIL DO ENGENHEIRO
Após abordar brevemente algumas das principais realizações da engenharia, pode-
-se refletir a respeito de mais alguns dos questionamentos sobre a engenharia e o 
engenheiro: o que faz de uma pessoa um engenheiro? Pode-se reformular esse ques-
tionamento perguntando-se quais as características que um indivíduo deve ter para 
exercer a engenharia.
Este tópico se propõe a apresentar algumas destas características e sua relação com 
as funções que o engenheiro desenvolve na sua vida profissional, funções estas que 
serão apresentadas a seguir.
19
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Primeiramente, é preciso compreender um pouco melhor a engenharia como profis-
são. Mais especificamente, entender quais as aptidões que um profissional deve 
possuir para desenvolver suas atividades dentro da engenharia. Para Moaveni (2016), 
a atuação do engenheiro prevê a aplicação de leis e princípios das ciências naturais 
(particularmente, química, física e matemática) para o projeto de produtos e serviços, 
como automóveis, computadores, aviões, roupas, etc. O projeto e a produção desses 
itens levam em consideração diversos fatores, como eficiência, custo, credibilidade, 
sustentabilidade e segurança. Para tanto, é preciso que sejam realizados testes acer-
ca da durabilidade e segurança dos produtos, assim como a busca contínua pela 
melhoria dos processos.
FIGURA 5 - ENGENHEIRA DE MANUTENÇÃO INSPECIONANDO 
UMA INSTALAÇÃO DE ÓLEO E GÁS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O autor ressalta também que os engenheiros exercem importante papel no desen-
volvimento e manutenção da infraestrutura de um país, na medida em que projetam 
e supervisionam a construção de prédios, usinas, rodovias, sistemas de transporte 
de massa e de comunicação. Além disso, estão sempre orientados ao desenvolvi-
mento de novos materiais (mais baratos e/ou resistentes, por exemplo) para diferen-
tes aplicações. 
Contudo, os engenheiros não precisam estar associados exclusivamente às ativida-
des técnicas da profissão. Alguns engenheiros podem atuar como consultores de 
processos, suporte técnico e até mesmo como representantes de vendas de produ-
tos. De acordo com Moaveni: 
20
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Muitos engenheiros envolvem-se em vendas e suporte ao cliente, pois sua 
formação permite que expliquem e discutam as informações técnicas para 
auxiliar na instalação, operação e manutenção de vários produtos e máquinas” 
(MOAVENI, 2016, p. 9).
Você deve estar se perguntando o que é preciso para que possa exercer tais ativida-
des. Além das competências básicas em ciências naturais (como matemática, física e 
química), o engenheiro precisa apresentar características analíticas, de comunicação, 
de liderança, de criatividade ede resolução de problemas (HOTZAPPLE; REECE, 2013).
Visto que a engenharia é uma atividade mental, uma característica do estudo da 
engenharia é a necessidade de adquirir um modo específico de pensar. Complemen-
tarmente, as seguintes características são ressaltadas (COCIAN, 2017): 
• discernimento;
• feeling;
• experiência;
• conhecimento;
• determinação;
• bom senso;
• empreendedorismo;
• curiosidade;
• ousadia.
Para Alexander e Watson (2015), uma carreira de sucesso de um engenheiro perpas-
sa pelo desenvolvimento de um perfil profissional que contemple as características 
previamente comentadas. Ademais, habilidades, como gerenciamento de tempo, 
apresentação profissional, captura de informação, visão sistêmica, desenvolvimento 
de equipes e de redes de contatos, são preponderantes para um perfil mais abran-
gente e completo frente a um mercado de grande competitividade.
Em relação aos bons hábitos e características do engenheiro, Moaveni defende que: 
[...] Bons engenheiros demonstram o desejo de estar sempre aprenden-
do. Por exemplo, participam de aulas de educação continuada, seminários 
e workshops para estarem informados sobre inovações e tecnologias emer-
gentes. Isso é particularmente importante no mundo de hoje, pois as rápidas 
mudanças tecnológicas exigem que você, como engenheiro, acompanhe as 
novas tecnologias. Além disso, você correrá o risco de ser demitido ou ter uma 
21
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
promoção negada, caso não aprimore sua formação de engenharia. [...] Bons 
engenheiros contam com boas habilidades de comunicação oral e escrita que 
os capacitam a trabalhar com seus colegas e transmitir seus conhecimentos 
para uma ampla gama de clientes. [...] Bons engenheiros apresentam boas 
‘habilidades interpessoais’ que os permitem interagir de maneira eficiente 
com várias pessoas nas organizações. Por exemplo, comunicam-se bem com 
especialistas de vendas e marketing e com os próprios colegas. [...] Os enge-
nheiros devem escrever relatórios. Esses relatórios podem ser extensos, deta-
lhados e técnicos, com gráficos, diagramas e plantas, ou podem ser breves 
memorandos ou resumos executivos. [...] Os engenheiros são hábeis no uso de 
computadores de várias maneiras diferentes para modelar e analisar diversos 
tipos de problemas prático” (MOAVENI, 2016, p. 12-13).
Apesar da subárea de atuação do engenheiro determinar de forma incisiva as 
ferramentas computacionais a serem utilizadas no seu dia a dia, alguns soft-
wares comumente são utilizados pelos engenheiros, independentemente da 
sua área, e contribuem consideravelmente para sua formação. Alguns desses 
programas são o editor de planilhas Excel®, o Autocad® (software alemão volta-
do aos desenhos 2D e 3D), R (linguagem de programação de livre acesso utiliza-
da para modelagem matemática e estatística) e Matlab® (software amplamen-
te utilizado para modelagem matemática).
Você pode conhecer um pouco mais os detalhes sobre as características de um 
engenheiro de sucesso lendo o tópico 1.10 do livro “Introdução à engenharia”, 
de Hotzapple e Reece (2013, p. 21 – 23), disponível em Minha Biblioteca.
1.2.3 AS FUNÇÕES DO ENGENHEIRO
Mesmo com diversas especialidades ou habilitações da engenharia, os engenhei-
ros podem ser classificados a partir das funções que exercem. Hotzapple e Reece 
(2013) listam e comentam algumas destas funções. Primeiramente, pode-se citar os 
22
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
engenheiros que assumem papel de professores em cursos de graduação, tecnólogo 
ou de nível técnico. Esses profissionais têm a função de ensinar a outras pessoas os 
fundamentos da engenharia nas suas mais variadas especialidades.
Os engenheiros podem assumir funções de pesquisadores. Nesse caso, aplicam seus 
conhecimentos para o desenvolvimento de novos conhecimentos ou para a resolu-
ção de problemas complexos que não possuem uma solução imediata disponível. 
Em se tratando de ambientes empresariais e, particularmente, industriais, os enge-
nheiros podem assumir uma gama de outras funções. Os engenheiros de desenvol-
vimento fazem uso de conhecimentos (novos ou já existentes) para a concepção de 
novos produtos, estruturas ou processos. Os engenheiros de projeto empreendem 
atividades de acompanhamento e implantação de atividades e alocação de recur-
sos, de modo que os planos para produzir produtos ou processos sejam realizados 
conforme a expectativa das empresas.
Os engenheiros de produção atuam nos processos necessários para a manufatura de 
produtos ou para a realização de serviços, especificando as etapas e o cronograma de 
produção. Para tanto, determinam a disponibilidade de recursos (humanos, mate-
riais, financeiros, etc.), bem como atuam em sistemas de suporte, como logística, 
manutenção e qualidade. Os engenheiros de teste executam verificações em produ-
tos, de modo a garantir sua confiabilidade e adequação às especificações técnicas e 
de mercado. 
FIGURA 6 - ENGENHEIROS DE PRODUÇÃO EM VISITA A UMA FÁBRICA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
23
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Hotzapple e Reece (2013) identificam ainda outras funções para os engenheiros, a 
saber: 
• Engenheiros de construção: são responsáveis pelo projeto, construção e manu-
tenção de grandes estruturas.
• Engenheiros de vendas: possuem o conhecimento técnico necessário para 
vender produtos de tecnologia e dar suporte técnico aos clientes.
• Engenheiros consultores: especialistas contratados por empresas para comple-
mentar a competência da engenharia de seu corpo de funcionários. 
Grandes empresas de consultoria empresarial geralmente contratam engenhei-
ros para os mais diversos cargos. Se tomarmos as quatro maiores consultorias 
do mundo – a saber, Deloitte, PricewaterhouseCoopers (PwC), Ernst & Young 
(EY) e KPMG –, é possível encontrar engenheiros das mais variadas formações 
em cargos de todos os níveis. Seja desenvolvendo softwares e aplicações para 
a resolução dos problemas das empresas-cliente, seja atuando na mediação 
de grandes projetos de energia renovável, os engenheiros são requeridos em 
função da sua atuação dinâmica e capacidade analítica.
24
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
CONCLUSÃO 
Nesta unidade, você foi apresentado aos conceitos iniciais da engenharia e do enge-
nheiro. Você pôde observar como a atuação do engenheiro foi preponderante na 
evolução da humanidade. Suas grandes contribuições, em termos de obras e equipa-
mentos, foram responsáveis não só pela segurança e sobrevivência do homem, como 
também deram a ele a possibilidade de desenvolver novas formas de se produzirem 
bens e comercializá-los.
Você também pôde conhecer alguns conceitos sobre a engenharia e o engenheiro, 
algumas das suas características, em termos de conhecimentos e aptidões, e a sua 
diferenciação para os cientistas. As características que trazem diferencial ao perfil do 
engenheiro e que podem garantir uma carreira de sucesso também foram apresen-
tadas na visão de diversos autores.
Espera-se que, com essas reflexões, você tenha se animado para conhecer um pouco 
mais sobre o mundo da engenharia e da profissão do engenheiro. Lembre-se de que a 
engenharia está além das atividades de projeto e acompanhamento de obras. Atual-
mente, os engenheiros são requeridos para as mais diversas funções e nos mais dife-
rentes tipos de empresas. Você pode encontrar engenheiros atuando como gestores 
em grandes hospitais, diretores em fábricas de alimentos e até mesmo como consul-
toresde investimentos na bolsa de valores. 
Essas são apenas algumas das possíveis ocupações que esperam por você em um 
futuro próximo na engenharia. Bons estudos e até a próxima!
25
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Distinguir os termos 
utilizados para 
descrever a atuação do 
engenheiro.
> Ilustrar as principais 
funções exercidas pelo 
engenheiro.
> Demonstrar algumas 
atividades realizadas 
nas diversas funções 
dos engenheiros de 
produção.
UNIDADE 2
26
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2 O CAMPO DE ATUAÇÃO DO 
ENGENHEIRO
Olá. Dando continuidade à disciplina de Introdução à Engenharia, você será apresen-
tado ao campo de atuação do engenheiro. Na verdade, esta unidade serve de apro-
fundamento sobre as diversas funções que podem ser exercidas por esse profissional. 
Você vai poder observar que essas funções são, inclusive, previstas pelo principal órgão 
normativo da classe, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
Você vai perceber, também, a ênfase dada aos campos de atuação e áreas de conhe-
cimento do engenheiro de produção, previstas e apresentadas por sua entidade de 
classe, a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO).
2.1 INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Apesar da sua grande importância para a sociedade, a engenharia ainda parece ser 
uma profissão distante e desconhecida para boa parte da população. Ainda é comum 
pensar no engenheiro como uma pessoa introvertida, que gosta de trabalhar com 
cálculos e sem a presença de outras pessoas. Mas a engenharia e suas várias facetas 
estão aí para provar o contrário. Esta unidade tem como objetivo mostrar caracterís-
ticas da atuação do engenheiro, que vão desde a legislação, que prevê e define os 
termos da sua atuação, até os diversos campos de atuação dos engenheiros. 
Em especial, a unidade apresenta, ainda, um aprofundamento sobre o campo de 
atuação do engenheiro de produção e como a sua principal entidade de classe, a 
Associação Brasileira de Engenharia de Produção, divide os seus diversos campos de 
atuação por áreas de conhecimento.
27
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
2.2 DEFINIÇÕES NORMATIVAS SOBRE A ATUAÇÃO 
DOS ENGENHEIROS
A Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, regulamenta a atribuição de títulos, 
atividades, competências e campos de atuação aos profissionais registrados no Siste-
ma CONFEA/CREA. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e os 
respectivos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs) são os órgãos 
responsáveis pela regulamentação e fiscalização do exercício profissional dos enge-
nheiros no Brasil.
Para tanto, define alguns termos.
atividade profissional: conjunto de práticas profissionais que visam à aquisição 
de conhecimentos, capacidades, atitudes, inovação e formas de comportamentos 
exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão regulamentada.
Campo de atuação profissional: conjunto de habilidades e conhecimentos 
adquiridos pelo profissional no decorrer de sua vida laboral em consequência 
da sua formação profissional obtida em cursos regulares, junto ao sistema oficial 
de ensino brasileiro.
Formação profissional: processo de aquisição de habilidades e conhecimentos 
profissionais, mediante conclusão com aproveitamento e diplomação em curso 
regular, junto ao sistema oficial de ensino brasileiro, visando ao exercício respon-
sável da profissão.
Competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos, habili-
dades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos profis-
sionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade.
Fonte: CONFEA, 2016. 
28
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A mesma Resolução define, em seu artigo 5º, no §1º, dezoito possíveis atividades 
profissionais atribuídas ao exercício de engenharia, que podem ser realizadas de 
forma integral ou parcial, e de forma complementar. Você perceberá, ao longo desta 
unidade, que essas atividades representam as linhas gerais para a identificação das 
principais funções realizadas pelos engenheiros no mercado profissional, bem como 
as áreas de conhecimento estabelecidas pelas associações específicas das diversas 
habilitações da engenharia (nos fixaremos em uma, em particular) e, eventualmente, 
na estruturação dos currículos dos cursos superiores responsáveis pela formação dos 
engenheiros.
FIGURA 7 - ENGENHEIROS TRABALHANDO NO DESENVOLVIMENTO DE UM DRONE
Fonte: Shutterstock, 2018.
A seguir, a lista de atividades previstas pelo sistema CONFEA/CREA atribuídas aos 
profissionais de engenharia:
I. Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica.
II. Coleta de dados, estudo, planejamento, anteprojeto, projeto, detalhamen-
to, dimensionamento e especificação.
29
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
III. Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental.
IV. Assistência, assessoria, consultoria.
V. Direção de obra ou serviço técnico.
VI. Vistoria, perícia, inspeção, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técni-
co, auditoria, arbitragem.
VII. Desempenho de cargo ou função técnica.
VIII. Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, 
ensaio, divulgação técnica, extensão.
IX. Elaboração de orçamento.
X. Padronização, mensuração, controle de qualidade.
XI. Execução de obra ou serviço técnico.
XII. Fiscalização de obra ou serviço técnico.
XIII. Produção técnica e especializada.
XIV. Condução de serviço técnico.
XV. Condução de equipe de produção, fabricação, instalação, montagem, 
operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção.
XVI. Execução de produção, fabricação, instalação, montagem, operação, refor-
ma, restauração, reparo ou manutenção.
XVII. Operação, manutenção de equipamento ou instalação.
XVIII. Execução de desenho técnico.
Para conhecer um pouco mais sobre as atividades do exercício profissional do 
engenheiro e suas definições formais, você pode pesquisar o Anexo I da reso-
lução 1.073, de 19 de abril de 2016, do CONFEA. Nesse anexo, você vai encon-
trar um glossário dos diversos termos utilizados no texto, que são de natureza 
específica. É o entendimento desses termos que guia a atuação profissional dos 
engenheiros, minimizando eventuais entendimentos distintos.
30
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2.3 AS FUNÇÕES DOS ENGENHEIROS
Para Cocian (2017), a atuação no campo da engenharia é formada por uma série de 
funções que se diferenciam das áreas de interesse dos engenheiros, uma vez que 
estão relacionadas às suas aptidões e ao seu treinamento. Ainda segundo o autor, 
certas pessoas podem, por exemplo, se sair bem em atividades de pesquisa, mas 
nem tanto na atividade de vendedor.
Alguns exemplos de funções no campo da engenharia são:
Pesquisa: é realizada em instituições de ensino como universidades, laboratórios 
industriais, organizações patrocinadas por governos e institutos de pesquisa. Enge-
nheiros que atuam nesta função estão na fronteira do conhecimento científico, 
desenvolvendo o estado da arte das suas respectivas áreas. Para tanto, é necessário 
um conjunto particular de competências, dentre as quais, algumas de ordem social. 
Para Cocian: 
Esses engenheiros devem ser hábeis no raciocínio abstrato e indutivo, e 
devem saberexpressar-se de forma matemática. Os pesquisadores de enge-
nharia devem ser hábeis na concepção, execução e análise dos experimentos. 
Devem estar cientes, porém, de que podem encontrar várias falhas, fracassos 
e perdas antes de obter o sucesso. Para isso, é imprescindível ter imaginação, 
criatividade e aceitação da incerteza (COCIAN, 2017, p. 27).
Concepção e desenvolvimento: esta função está posicionada estrategicamente entre 
a pesquisa e o projeto. Tem como objetivo garantir a funcionalidade das descobertas 
da pesquisa em termos de modelos funcionais, com características desejadas para 
posterior entrada na fase de produção. Assim, como na função anterior, a comunica-
ção (com outros engenheiros, projetistas e pesquisadores) é primordial. 
Projeto: a partir dos resultados obtidos pelos engenheiros de desenvolvimento para 
criar um produto útil e economicamente viável, os engenheiros, atuando na função 
de projeto, elaboram o sequenciamento das atividades necessárias para a implemen-
tação desses resultados em termos práticos. Para tanto, segundo Cocian:
[..] selecionam métodos de execução, especificam materiais e determinam 
os meios de satisfazer os requisitos físicos, químicos, térmicos e elétricos. Um 
bom projeto deve ser econômico em termos de materiais, fabricação, instala-
ção, operação e manutenção (COCIAN, 2017, p. 28).
31
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Somam-se a essas características a habilidade necessária na síntese por meio da 
expressão gráfica, mas, principalmente, é imprescindível a essa função uma forte 
base em economia para a realização dos estudos de viabilidade dos projetos.
Produção: esta função harmoniza aspectos técnicos como a definição de layout de 
fábricas e seleção de equipamentos, com fatores humanos e econômicos. Engenhei-
ros de produção realizam estudos sobre o processo de fabricação dos mais diversos 
produtos, sua sequência de atividades, ferramentas e métodos necessários à manu-
fatura eficiente. Para Cocian, os engenheiros de produção: 
[...] desenvolvem estações de trabalho que facilitam os esforços humanos e 
automáticos para aumentar a produção; implementam os meios e métodos 
para a inspeção e teste, eliminam os funis de produção e corrigem as falhas 
nos procedimentos de manufatura. Trabalham lado a lado com os projetis-
tas desde os primeiros estágios da produção e participam no reprojeto. É 
sua responsabilidade converter a matéria-prima em um produto acabado de 
forma mais eficiente que os concorrentes do mercado (COCIAN, 2017, p. 29).
Uma vez que enfrentam problemas tanto de natureza técnica quanto humana, é 
preciso que os engenheiros de produção possuam uma formação abrangente, 
incluindo, então, forte base teórica nas ciências exatas, mas também em aspectos 
aplicados como engenharia econômica e controle de qualidade. Em complemento à 
sua formação, sugere-se treinamento prático que pode ser obtido em visitas técnicas 
a instalações fabris ou em estágios.
Construção e instalação: constitui um dos grandes segmentos da economia da maior 
parte dos países, sendo responsável por uma fatia significativa do Produto Inter-
no Bruto. Os engenheiros atuando nesta função são responsáveis pela supervisão 
e preparação dos ambientes que serão utilizados para a construção de estruturas 
ou instalações. É a partir dos projetos desenvolvidos previamente por outros enge-
nheiros, contendo especificações técnicas, que os engenheiros de construção devem 
transformar essas informações em um produto palpável e exequível. São atribuições 
do engenheiro de construção a determinação dos procedimentos a serem seguidos 
(tomando por base questões econômicas, de qualidade e segurança), a organização 
das equipes responsáveis pela execução das obras e a gestão dos materiais neces-
sários e da montagem propriamente dita. Assim, é preciso que estes engenheiros 
sejam capazes de coordenar adequadamente equipes diversas enquanto possuem 
uma boa noção dos custos operacionais envolvidos e emitam relatórios técnicos às 
diversas áreas da empresa.
32
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 8 - ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO
Fonte: Shutterstock, 2018.
Vendas, aplicações e serviços: os engenheiros de vendas, ou engenheiros de aplica-
ções, lidam com constantes análises sobre as necessidades dos clientes e a posterior 
recomendação de itens para o atendimento dessa demanda. Desta forma, combi-
nam o treinamento técnico às suas competências interpessoais (o que inclui a comu-
nicação com pessoas de diversos níveis e a capacidade de convencimento). Ainda no 
escopo desta função, estão a análise das reclamações dos clientes e o treinamento 
de seus funcionários.,
Gestão: para Cocian (2017), o engenheiro que atua na função de gestão determina os 
principais propósitos de um empreendimento, para antecipar as tendências e áreas 
de crescimento, selecionando os projetos mais promissores e formulando as diretivas 
a serem seguidas. Assim sendo, o engenheiro gestor estabelece a estrutura organi-
zacional e a hierarquia da empresa, selecionando os recursos humanos necessários 
para a sua operação. Em termos de mercado, existe uma valorização dos engenheiros 
para cargos de gestão, uma vez que possuem uma boa capacidade analítica e visão 
sistêmica. Ao tratar das principais características da função de gestão na engenharia, 
Cocian comenta que:
33
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Os requisitos principais incluem uma base sólida dos fundamentos da enge-
nharia, habilidades nas relações humanas e destreza nos negócios. [...] As 
características mais importantes do gestor são a sensibilidade nas relações 
humanas, o entendimento dos desejos básicos de segurança e reconhecimen-
to, e a aceitação da responsabilidade de contribuir para o bem-estar pessoal 
dos seus funcionários (COCIAN, 2017, p. 32).
Consultoria: é uma atividade ampla que pode ser encontrada nos mais diversos 
campos da engenharia. A principal diferença desta função em relação às demais 
apresentadas está no fato de que, na consultoria, os problemas técnicos podem ser 
rotineiros, e o objetivo, muitas vezes, está associado a conseguir desempenho e segu-
rança com um mínimo de custo para o cliente. Cocian ressalta, ainda, a necessidade 
de os engenheiros consultores conhecerem bem seu público e venderem suas ideias: 
“na maioria dos casos, seu senso comercial é tão importante quanto as suas habilida-
des técnicas na determinação do sucesso profissional” (COCIAN, 2017).
Cocian (2017, p. 33) ilustra alguns exemplos da atuação de engenheiros na 
função de consultoria. De acordo com o autor, o consultor pode ser o engenheiro 
civil que trata principalmente com o público e pode inspecionar a casa de uma 
pessoa, esquematizar uma subdivisão de um problema para um engenheiro 
de desenvolvimento, planificar uma planta de tratamento de esgoto para uma 
pequena comunidade, determinar os requisitos estruturais para a obra de um 
arquiteto ou definir o melhor local para uma ponte e uma autoestrada.
Da mesma forma, um engenheiro mecânico especialista em projetos pode criar 
sua própria empresa e oferecer serviços a qualquer cliente que deseje contra-
tá-lo. Um engenheiro industrial com particular habilidade na automação de 
processos de produção pode oferecer os seus serviços como consultor a uma 
grande variedade de pequenas empresas.
34
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2.4 ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
De acordo com o site da Associação Brasileira de Engenharia de Produção:Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a 
melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e servi-
ços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compe-
te ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para 
a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados 
da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os 
princípios e métodos de análise e projeto da engenharia (ABEPRO, 2018).
Ainda segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção, a atividade de 
produção perpassa a simples utilização dos conhecimentos de natureza científica 
e tecnológica. Assim, é preciso que haja uma integração entre fatores de natureza 
diversa, dentre os quais destacam-se os fatores humanos e psicológicos em linha 
com parâmetros de qualidade, eficiência e custos. Desta forma:
[...] a Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do 
produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as ideias de 
projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar 
sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que 
a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma 
integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da 
competitividade do país. (ABEPRO, 2018).
De modo a cumprir tais objetivos e, por consequência dar suporte à elevação da 
competitividade do país, a engenharia de produção apresenta a característica de 
ampla atuação em diversas funções e nos mais variados tipos de empresas. Assim, 
a ABEPRO, principal representante da engenharia de produção no país, prevê uma 
série de campos de atuação para os engenheiros de produção, estratificando também 
suas subáreas. São essas áreas e subáreas que balizam a atuação dos engenheiros de 
produção e delimitam também os conhecimentos necessários para tal atuação.
As dez áreas, respectivas subáreas, definições e limites de atuação 
descritas a seguir estão disponíveis no próprio site da ABEPRO (2018). 
São elas:
1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO
Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os 
produtos (bens ou serviços) primários da empresa.
35
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
1.1.Gestão de Sistemas de Produção e Operações
1.2.Planejamento, Programação e Controle da Produção
1.3.Gestão da Manutenção
1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, 
layout/arranjo físico
1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos 
e sequências
1.6.Engenharia de Métodos
2. LOGÍSTICA
Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movi-
mentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando à redução 
de custos e a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos 
níveis de exigências dos clientes.
2.1.Gestão da Cadeia de Suprimentos
2.2. Gestão de Estoques
2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos
2.4. Logística Empresarial
2.5. Transporte e Distribuição Física
2.6. Logística Reversa
2.7.Logística de Defesa
2.8. Logística Humanitária
3. PESQUISA OPERACIONAL
Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, por meio 
de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica 
conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamen-
to ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir 
elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem 
descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que carac-
terizam os problemas.
36
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
3.1.Modelagem, Simulação e Otimização
3.2.Programação Matemática
3.3.Processos Decisórios
3.4.Processos Estocásticos
3.5.Teoria dos Jogos
3.6.Análise de Demanda
3.7.Inteligência Computacional
4. ENGENHARIA DA QUALIDADE
Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que conside-
rem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão 
e a utilização de ferramentas da qualidade.
4.1.Gestão de Sistemas da Qualidade
4.2.Planejamento e Controle da Qualidade
4.3.Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade
4.4.Organização Metrológica da Qualidade
4.5.Confiabilidade de Processos e Produtos
5. ENGENHARIA DO PRODUTO
Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, deci-
são e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvi-
mento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do 
produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais 
da empresa.
5.1.Gestão do Desenvolvimento de Produto
5.2.Processo de Desenvolvimento do Produto
5.3.Planejamento e Projeto do Produto
37
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL
Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando 
em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produ-
ção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho 
organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos.
6.1.Gestão Estratégica e Organizacional
6.2.Gestão de Projetos
6.3.Gestão do Desempenho Organizacional
6.4.Gestão da Informação
6.5.Redes de Empresas
6.6.Gestão da Inovação
6.7.Gestão da Tecnologia
6.8.Gestão do Conhecimento
6.9.Gestão da Criatividade e do Entretenimento
7. ENGENHARIA ECONÔMICA
Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternati-
vas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas 
que simplificam a comparação econômica.
7.1.Gestão Econômica
7.2.Gestão de Custos
7.3.Gestão de Investimentos
7.4.Gestão de Riscos
8. ENGENHARIA DO TRABALHO
Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de traba-
lho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, 
habilidades e capacidades das pessoas visando à melhor qualidade e produtivida-
de, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na 
compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. 
Pode-se, também, afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina–
ambiente–homem–organização.
38
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
8.1.Projeto e Organização do Trabalho
8.2.Ergonomia
8.3.Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho
8.4.Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho
9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE
Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos 
diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes desses sistemas, bem 
como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social.
9.1.Gestão Ambiental
9.2.Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
9.3.Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
9.4.Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
9.5.Produção mais Limpa e Ecoeficiência
9.6.Responsabilidade Social
9.7.Desenvolvimento Sustentável
10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-gradua-
ção, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica 
englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos osseus aspectos: a forma-
ção de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático peda-
gógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios 
de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta 
especialidade como uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar essas ques-
tões, assim como visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvol-
vidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da ativida-
de docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar 
estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações.
39
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
10.1.Estudo da Formação do Engenheiro de Produção
10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da 
Extensão em Engenharia de Produção
10.3.Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção
10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem 
em Engenharia de Produção
10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais 
de Cursos de Engenharia de Produção
CONCLUSÃO 
Dando continuidade aos estudos introdutórios sobre a engenharia, esta unidade 
adentrou um pouco mais no campo de atuação do engenheiro. Você pôde conhecer 
um pouco sobre a legislação vigente, que define vários termos e delimita o campo de 
atuação da engenharia e outras funções correlatas.
Você pôde conhecer, também, um pouco mais sobre as diversas funções que podem 
ser exercidas pelo engenheiro. Essas funções são bastante amplas e diversificadas, 
abrangendo desde a atuação em projetos e grandes construções até a prestação 
de serviços de consultoria e pós-venda. A ideia principal com a apresentação dessas 
funções foi mostrar a você que o campo profissional do engenheiro não está restrito 
a um escritório ou a uma fábrica. Você pode se deparar com atividades extremamen-
te diferentes (como a análise de risco em projetos de investimento ou do impacto 
ambiental da construção de um novo shopping) daquela visão tradicional de um 
engenheiro fazendo cálculos sozinho em uma sala.
Por fim, entramos ainda mais no nível de detalhamento da atuação do engenheiro. 
Em particular, foram apresentadas as dez áreas e subáreas de atuação do engenheiro 
de produção. Elaboradas pela ABEPRO, essa subdivisão baliza a forma como a atua-
ção do engenheiro de produção é realizada no país, bem como norteia os diversos 
conhecimentos necessários para tal atuação.
40
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Ilustrar as principais 
habilidades requeridas 
de um engenheiro.
> Interpretar como as 
áreas de conhecimento 
se desdobram em 
disciplinas do curso 
de engenharia de 
produção.
> Comparar estruturas 
curriculares de 
diferentes cursos em 
funcionamento do país.
UNIDADE 3
41
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
3 ESTRUTURA CURRICULAR 
DO CURSO
Olá. Nesta unidade será discutida a estrutura curricular dos cursos de engenharia no 
país. Para isso, serão apresentadas, inicialmente, algumas das principais habilidades 
requeridas na formação do engenheiro e, a partir daí, como essas habilidades dão 
base às principais áreas de conhecimento que formam a estrutura curricular de um 
curso de engenharia.
Com isso, serão aprofundados ainda mais os detalhes da formação do engenheiro e 
também da grade curricular de alguns cursos de engenharia de produção em funcio-
namento no país. A partir de exemplos extraídos de cursos reais, será discutido esse 
percurso formativo.
3.1 INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Figurado como um curso de graduação de grande procura e com um vasto poten-
cial de empregabilidade no processo de reestruturação do país, o curso de enge-
nharia de produção apresenta uma multidisciplinaridade que destoa dos demais 
cursos de engenharia. Logo, compreender como é estruturado o percurso formativo 
de um aluno de graduação nesta área se mostra um desafio de grande importância 
e responsabilidade.
É preciso que você, aluno de um curso de engenharia tão plural, compreenda que 
esta formação está baseada em bem mais do que em uma série de disciplinas de 
cálculo ou física. Elas serão, sim, a base para muitas das suas habilidades futuras, mas, 
combinadas às disciplinas da esfera de projeto de engenharia e humanidades, farão 
de você um profissional mais completo.
Para que você entenda bem a estrutura do seu curso, inicialmente é preciso entender 
que ele, antes de tudo, é um curso de engenharia e, como tal, pressupõe uma forma-
ção que apresente uma série de habilidades requeridas. Iniciaremos nossa unidade 
tratando de tais habilidades, posteriormente será discutido como essas habilidades 
42
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
desencadeiam a necessidade de formação em áreas de conhecimento específicas e, 
por fim, falaremos das disciplinas. Para tratar especificamente deste último tema, serão 
apresentados e discutidos currículos de cursos de engenharia de produção no país.
3.2 HABILIDADES REQUERIDAS NA ENGENHARIA
Em se tratando de uma profissão dotada de dinamismo e calcada em um conjun-
to complexo de conhecimentos, a engenharia apresenta um processo de formação 
profissional intenso e bastante característico. Esse processo, por sua vez, decorre de 
uma série de habilidades que são demandadas aos engenheiros para a realização de 
suas atividades. 
Algumas dessas características já foram abordadas em unidades anteriores, contudo, 
para trazer à tona a sua relação com a formação e os conhecimentos necessários ao 
engenheiro, destacam-se três destas habilidades ilustradas por Moaveni (2016, p. 12):
• Bons engenheiros desenvolvem sólido conhecimento dos princípios funda-
mentais da engenharia que podem ser usados para resolver grande variedade 
de problemas.
• Bons engenheiros demonstram o desejo de estar sempre aprendendo. Por 
exemplo, participam de aulas de educação continuada, seminários e workshops 
para estarem informados sobre inovações e tecnologias emergentes. Isso é 
particularmente importante no mundo de hoje, pois as rápidas mudanças 
tecnológicas exigem que você, engenheiro, acompanhe as novas tecnologias. 
Além disso, você correrá o risco de ser demitido ou ter uma promoção negada, 
caso não aprimore sua formação de engenharia.
• Independentemente da área de especialização, os bons engenheiros contam 
com conhecimento profundo, que pode ser aplicado em muitas áreas. Portan-
to, engenheiros bem treinados são capazes de trabalhar fora de sua área de 
especialização, em outros campos relacionados. Por exemplo, um bom enge-
nheiro mecânico, com ampla base de conhecimento, pode trabalhar como 
engenheiro automotivo, aeroespacial ou químico.
43
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Perceba o peso dado ao conhecimento pelo autor e entenda que esta não é uma 
exclusividade sua. Outros autores, assim como o senso comum que se tem da enge-
nharia, associam com bastante ênfase o conhecimento possuído pelo engenheiro à 
sua base de recursos para a resolução de problemas. 
Para Hotzapple e Reece (2006, p. 14), o conhecimento se expande a uma taxa expo-
nencial. E mesmo sendo impossível dominar a engenharia completamente em 
um curso de graduação de cinco anos, a formação em engenharia dá subsídios em 
termos de competências e habilidades individuais que se demonstram diferenciaisno mercado de trabalho. Ainda segundo os autores, “embora você continue a apren-
der em seu trabalho, sua experiência tende a se estreitar, ficando focada nas necessi-
dades da companhia” (HOTZAPPLE; REECE, p. 14).
De modo a direcionar de forma harmoniosa a estruturação de cursos de graduação 
em engenharia, entidades como Ministério da Educação (MEC), no Brasil, e o Conse-
lho de Acreditação de Engenharia e Tecnologia (ABET - Accrediting Board for Engi-
neering and Technology), nos Estados Unidos, definem as bases curriculares para que 
os cursos possam emitir seus certificados de formação superior. Hotzapple e Reece 
(2006, p. 15) destacam que o propósito primário é garantir que os formandos sejam 
adequadamente preparados para praticar a engenharia. Para tanto, é previsto que:
O currículo deve culminar com uma grande experiência de projeto conside-
rando limitações realistas e associadas a aspectos econômicos, ambientais, de 
sustentabilidade, de possibilidade de manufatura, éticos, de saúde, de segu-
rança, sociais e políticos (HOTZAPPLE; REECE, p. 15).
Apesar da flexibilidade dos cursos para definirem as disciplinas que comporão sua 
estrutura curricular em termos de descritivos, carga horária, ementa e conteúdo 
programático, algumas das principais habilidades requeridas no processo de forma-
ção dos graduandos em engenharia são (HOTZAPPLE; REECE, p. 16):
a. Habilidade para aplicar conhecimentos de matemática, ciência e engenharia. 
b. Habilidade para projetar e conduzir experimentos, assim como para analisar e 
interpretar dados. 
c. Habilidade para projetar um sistema, componente ou processo para atender às 
especificações desejadas. 
d. Habilidade para trabalhar em equipes multidisciplinares. 
e. Habilidade para identificar, formular e solucionar problemas de engenharia. 
44
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
f. Entendimento das responsabilidades profissionais e éticas. 
g. Habilidade para se comunicar eficientemente. 
h. Conhecimento amplo, necessário para entender o impacto de soluções de 
engenharia em um contexto global e social.
i. Consciência da necessidade de um aprendizado contínuo e habilidade para 
nele se engajar. 
j. Conhecimento de temas contemporâneos. 
k. Habilidade para utilizar técnicas, aptidões e ferramentas modernas de enge-
nharia para a prática da engenharia.
3.3 EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA 
Cocian (2017) destaca que a educação em engenharia como a conhecemos data 
do final do século XIX. Ao longo dos anos, o percurso formativo representado pelas 
estruturas curriculares dos cursos foi sendo modificado. Contudo, gradualmente vêm 
evoluindo em torno de cinco áreas (COCIAN, 2017, p. 25):
• Ciências: geralmente inclui o estudo dos mecanismos da natureza, como físi-
ca, química e matemática, e, em alguns casos especiais, biologia, astronomia, 
geologia, anatomia e até botânica.
• Ciências da engenharia: inclui os princípios da ciência aplicados à solução de 
uma classe particular de problemas que envolve algum tipo de técnica. Alguns 
temas importantes são a mecânica dos fluidos, os fenômenos de transporte, a 
ciência dos materiais e a eletricidade aplicada.
• Aplicações de engenharia: trata da aplicação das técnicas ao dia a dia. Com 
essas técnicas, os estudantes treinam a resolução de problemas reais, prefe-
rencialmente sob a supervisão de um professor engenheiro experiente. Um 
tema típico das aplicações de engenharia são os projetos de engenharia (ou a 
engenharia de projetos).
45
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
FIGURA 9 - AULA DE APLICAÇÕES DE ENGENHARIA
Fonte: Shutterstock, 2019.
• Humanidades, sociedade e meio ambiente: é incluído nos currículos porque 
o engenheiro deve resolver os problemas das pessoas e da sociedade, sempre 
preservando o meio ambiente, de onde tira os seus recursos.
• Comunicação e expressão: o desenvolvimento de habilidades de comunica-
ção e expressão (oral, escrita e visual) é um aspecto importante na educação 
em engenharia, pois engenheiros trabalham com pessoas e para as pessoas. 
Esses temas são geralmente tratados em matérias especiais, nas avaliações 
dos relatórios e nas apresentações de projetos das disciplinas técnicas.
Cocian (2017) ainda destaca que, depois de formado, é importante que o enge-
nheiro dedique de 10% a 20% do seu esforço para aprender novas tecnologias. 
Para tanto, pode realizar estudos individualmente, participar de encontros nas 
associações de engenharia ou realizar cursos de curta duração.
46
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Atualmente, cerca de um terço dos engenheiros continua os seus estudos 
formais na especialização, no mestrado e no doutorado, e esses números estão 
crescendo.
As habilidades requeridas e as áreas previamente comentadas se unem ao conhe-
cimento das normas de engenharia e das restrições do mundo real, como fatores 
econômicos, segurança, confiabilidade, ética e impacto social e ambiental, para a 
composição dos tópicos básicos para a formação em engenharia (COCIAN, 2017, p. 
41). Para o autor:
Os estudantes de engenharia geralmente procuram treinamento em outras 
áreas especializadas durante o seu curso de graduação, incluindo matérias 
que ajudam na comunicação efetiva com clientes, funcionários e o público 
em geral. Muitos estudantes de engenharia cursam disciplinas eletivas de 
contabilidade, gestão, qualidade e legislação (COCIAN, 2017, p. 41).
Ainda segundo Cocian (2017, p. 42), os conhecimentos básicos que compõem cerca 
de 30% de um currículo de curso de engenharia devem abordar as seguintes áreas:
• Matemática: em qualquer currículo de formação de engenheiros, as disciplinas 
de matemática são muitas e alcançam um nível bem elevado. Os engenheiros 
precisam ter habilidades de avaliação, tanto qualitativa quanto quantitativa, e 
os números servem muito bem para isso, junto com padrões de comparação. 
Antes de começar um curso de engenharia, o estudante deve ser hábil no uso 
da aritmética, geometria, álgebra, trigonometria e lógica, para poder estudar 
as disciplinas de matemática. Para os engenheiros, a matemática, sem aplica-
ção, é só filosofia.
• Física: a física é útil ao engenheiro para entender a mecânica de funcionamen-
to do nosso universo e, junto com a matemática, serve para que ele desenvol-
va os seus modelos matemáticos de comportamento ou previsão. No ensino 
médio, as pessoas aprendem os mecanismos básicos usando uma mate-
mática fundamental. Já na formação de engenheiros, são somados a esse 
47
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
conhecimento os modelos que utilizam as técnicas de cálculo diferencial e 
integral. Em muitas especialidades, os modelos matemáticos para descrever 
os sistemas físicos continuam a ser usados com técnicas de matemática avan-
çada e cálculo numérico. Para o estudante de engenharia, a física é o momen-
to de utilizar a matemática. Estudar física é o hobby do engenheiro.
• Química: o entendimento das reações químicas serve ao engenheiro para fazer, 
por exemplo, previsões de comportamentos, corrosões, geração de eletricida-
de, etc., assim como para elaborar máquinas para a produção de produtos e 
serviços que se aproveitem desse comportamento.
• Ciência e tecnologia dos materiais: a ciência dos materiais estuda as rela-
ções entre a estrutura interna e o comportamento das propriedades físicas 
dos materiais. Baseia-se na química e na física para fornecer informações 
fundamentais para o processamento dos materiais, para as suas mais variadas 
formas e utilidades. Tratados materiais no estado sólido, mas não se limita a 
essa fase, já que, com a aplicação de princípios físico-químicos, também estu-
da o comportamento de materiais líquidos (em altas e baixas temperaturas) e 
gases, com algumas limitações.
• Fenômenos de transporte: é uma das ciências da engenharia dedicada ao 
estudo da matéria, quantidade de movimento e energia. Para os engenheiros 
que utilizam deslocamento de matéria nas suas soluções, o conhecimento 
profundo desses fenômenos é extremamente útil.
• Mecânica dos sólidos: é também uma das ciências da engenharia e se ocupa 
do estudo dos corpos formados por partículas que impõem entre si restrições 
de movimento, provocando deformações permanentes ou temporárias. Rela-
ciona conteúdos de física, matemática e ciência dos materiais.
• Eletricidade aplicada: o conhecimento básico para um estudante de enge-
nharia passa pelo estudo do comportamento dos circuitos elétricos, do 
comportamento dos componentes básicos lineares e não lineares, de eletrôni-
ca fundamental, de equipamentos elétricos, como condutores, interruptores, 
disjuntores, transformadores e máquinas elétricas, assim como de noções de 
transmissão de sinais, sensores e infraestrutura dos sistemas computacionais.
• Metodologia científica e tecnológica: a metodologia científica é um méto-
do de investigação utilizado para a produção de conhecimento científico. 
Ele consiste na observação sistemática, incluindo medição, experimentação, 
formulação, análise e modificação de hipóteses. A aplicação desse método é 
uma habilidade básica a ser desenvolvida por qualquer engenheiro.
48
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
• Comunicação e expressão: alguns currículos de formação de engenheiros 
incluem disciplinas de redação técnica, oratória e desenho como disciplinas 
específicas ou optativas, que objetivam o desenvolvimento de habilidades de 
comunicação.
• Informática: os computadores são, no mínimo, as principais ferramentas de 
trabalho e, em algumas especialidades, se tornam o objeto das suas atividades.
• Expressão gráfica: a comunicação de informações por meio de gráficos é de 
extrema importância no trabalho dos engenheiros. Os projetos de soluções 
podem envolver sistemas físicos muito complexos e, para a sua devida inter-
pretação, desenhos, diagramas, gráficos e outros recursos são imprescindíveis 
para que não haja falha de comunicação ou ambiguidades.
• Administração: a administração na engenharia é uma ciência social que tem 
como objeto o estudo das organizações e as técnicas utilizadas para o plane-
jamento, a organização, a direção e o controle dos recursos (humanos, finan-
ceiros, materiais, tecnológicos, de conhecimento, etc.).
• Economia: a economia é também uma ciência social que estuda a exploração, 
produção, comercialização, distribuição e consumo de bens e serviços, assim 
como as formas e métodos de satisfazer as necessidades humanas mediante 
os recursos disponíveis, que são sempre limitados.
• Ciências do ambiente: engloba o estudo dos problemas ambientais, principal-
mente daqueles gerados pelas atividades de engenharia, e objetiva a elabo-
ração de propostas para o desenvolvimento sustentável. O grande número de 
leis de proteção ambiental e o esgotamento dos recursos naturais fazem dessa 
ciência um dos grandes desafios para o trabalho dos engenheiros.
• Humanidades, ciências sociais e cidadania: os cursos de humanidades e ciên-
cias sociais (que podem incluir literatura, filosofia, religião, história, economia, 
psicologia e sociologia) ajudam o estudante a entender e apreciar os impactos 
do trabalho da engenharia na sociedade e no meio ambiente.
3.4 A ESTRUTURA CURRICULAR NA ENGENHARIA 
DE PRODUÇÃO
Conforme apresentado na unidade anterior, a Associação Brasileira de Engenharia 
de Produção (ABEPRO) considera dez áreas (e suas respectivas subáreas) do conhe-
cimento no processo de formação do profissional de Engenharia de Produção no 
49
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Introdução à EngEnharIa
SUMÁRIO
Brasil. Os cursos de graduação no país baseiam-se nessas áreas para a elaboração das 
suas disciplinas, mantendo um grau de flexibilidade em termos de suas composi-
ções, cargas horárias e referências bibliográficas.
Este tópico destina-se à discussão de algumas estruturas curriculares vigentes no 
país e que dizem respeito a cursos de Engenharia de Produção tradicionais ou recen-
temente reformulados que tomam por base as diretrizes da ABEPRO.
No site da ABEPRO você pode conhecer um pouco mais das áreas de atuação 
que formam a estrutura curricular de um curso de Engenharia de Produção, 
realizar seu cadastro para receber notícias sobre os principais eventos acadêmi-
cos da área, vagas para seleções de mestrado e doutorado, e ter acesso a muitas 
outras informações. As principais áreas e suas respectivas descrições são apre-
sentadas a seguir:
1. Engenharia de operações e processos da produção 
2. Logística 
3. Pesquisa operacional 
4. Engenharia da qualidade 
5. Engenharia do produto 
6. Engenharia organizacional
7. Engenharia econômica 
8. Engenharia do trabalho
9. Engenharia da sustentabilidade 
10. Educação em engenharia de produção
Tradicionalmente, um curso de Engenharia de Produção no Brasil tem duração de 10 
períodos letivos, realizados ao longo de cinco anos. Em média, tem-se uma duração 
de cerca de 3.600 horas/aula, contemplando nos últimos períodos atividades caracte-
rísticas como a realização de um estágio supervisionado e a elaboração de um traba-
lho de conclusão de curso (TCC).
50
Introdução à EngEnharIa
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Conforme poderá ser observado nos exemplos ilustrados a seguir, os períodos iniciais 
do curso, assim como em outros cursos de engenharia, estão voltados às disciplinas 
do chamado “ciclo básico”. Fazem parte desse grupo as disciplinas de formação bási-
ca no campo das ciências exatas, como cálculo diferencial e integral, álgebra linear, 
física teórica e experimental, química teórica e experimental. 
Neste estágio inicial do curso, também são introduzidas algumas disciplinas referentes 
à formação da engenharia, como mecânica vetorial (também conhecida como mecâ-
nica geral), programação de computadores e desenho técnico ou expressão gráfica. 
Complementarmente, são adicionadas algumas disciplinas de formação geral do 
aluno, como línguas estrangeiras (normalmente inglês), comunicação e expressão e 
metodologia de pesquisa. Por fim, é muito comum observar em diversos cursos do país 
a realização de uma disciplina introdutória sobre o campo da engenharia de produção.
Os períodos intermediários do curso (quarto e quinto períodos) passam a apresen-
tar uma mescla entre disciplinas de formação em engenharia, como eletricidade 
básica (ou eletrotécnica), ciências e resistência dos materiais, mecânica dos fluidos 
(também tratada como fenômenos de transporte) e o início do ciclo profissional da 
engenharia de produção. Nesse último grupo, temos as disciplinas da área de enge-
nharia do trabalho, como ergonomia, psicologia e saúde e segurança no trabalho 
(SST), custos da produção (ou custos industriais), gestão ambiental e ética. Essas disci-
plinas figuram como pré-requisitos para disciplinas que configuram ainda mais os 
campos temáticos do conhecimento da área.
A partir do sexto período, os alunos passam a integrar o ciclo de componentes mais 
próximas ao campo profissional da engenharia de produção. É possível verificar nessas 
disciplinas a maior aderência dos conteúdos ministrados com questões advindas na 
realidade das empresas e a aplicabilidade dos conhecimentos anteriores para a reso-
lução de problemas

Outros materiais