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Pedologia e Formação de Solos 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
A Pedologia consiste no estudo do Solo (Pedo = 
solo) e é considerada uma ciência, não sendo 
portanto um ramo da Geologia. 
 
A pedogênese ou formação do solo é estudada pela 
Pedologia, cujas noções básicas e conceitos 
fundamentais foram definidos em 1877, pelo 
cientista russo Dokuchaev. 
Até esta época: visão geológica considerava o solo 
como sendo um manto de fragmentos de rocha e 
produtos de alteração, que reflete unicamente a 
composição da rocha que lhe deu origem. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Os fatores de formação dos solos são: Material de 
Origem, Organismos, Clima, Relevo e Tempo. 
 
Ou seja: 
Solo = f (Material de Origem, Organismos, Clima, 
Relevo, Tempo) 
 
O Material de Origem do solo, é, principalmente, a 
rocha. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
O Material de Origem do solo, é, principalmente, a 
rocha. 
 
Geologia (do grego Geo = Terra; logos = ciência) é a 
ciência da Terra. A Petrologia e a Mineralogia são 
ramos da Geologia que estudam respectivamente as 
rochas e minerais. Os minerais constituem as 
rochas. No solo há minerais provenientes das rochas 
(minerais primários) e minerais formados a partir da 
alteração dos minerais primários (minerais 
secundários). 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Existência de solos diferentes desenvolvidos a partir 
de uma mesma rocha de origem - concepção sobre 
o que é o solo passou a ter uma conotação mais 
genética, onde o solo é identificado como um 
material que evolui no tempo. 
 
1898 - Dokuchaev consolida a concepção de que as 
propriedades do solo são resultado dos fatores de 
formação do solo que nele atuaram e ainda atuam, 
a saber: material de origem, clima, organismos, 
topografia(relevo) e tempo. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Material de Origem 
O material de origem de um solo pode ser uma 
rocha ou um sedimento inconsolidado, aluvial 
(depósito de rio), ou coluvial (depósito de material 
no sopé das elevações). 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Tempo 
A rigor, o início da formação de um solo ocorre 
quando uma rocha sã começa a ser alterada, ou um 
evento de sedimentação se encerra, e a partir daí 
começam a ocorrer os processos de formação do 
solo. Mas como existe a erosão atuando em sentido 
contrário à pedogênese, é difícil precisar o início 
exato da formação do solo. 
 
O uso do termo tempo/idade em pedologia 
normalmente está relacionado à maturidade, ao 
grau de desenvolvimento de um solo. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Clima (precipitação e temperatura) 
O clima é o fator que, isoladamente, mais contribui para o 
intemperismo. 
 
Determina o tipo e a velocidade do intemperismo 
em uma dada região. Os dois parâmetros climáticos mais 
importantes são a precipitação e a temperatura, 
regulando a natureza e a velocidade das reações 
químicas, sendo necessário que exista água no sistema. 
 
Água está envolvida diretamente no processo, seja como 
solvente, seja indiretamente, favorecendo a instalação de 
seres vivos que irão acelerar o intemperismo (erosão) e 
produtos solúveis (lixiviação) 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Organismos 
Compreende os vegetais, animais, bactérias, fungos, liquens, 
os quais têm influencias dinâmicas nos processos de formação 
do solo. 
Exercem ações físicas e químicas sobre o material de origem e 
continuam a atuar no perfil do solo. Estas ações podem ser 
conservadoras e transformadoras. 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Organismos 
 
Conservadoras: a interceptação da chuva pela parte aérea dos 
vegetais, o sombreamento da superfície (diminuindo a 
amplitude térmica), assim como a retenção de solo pelas raízes 
das plantas, etc. 
 
Transformadoras: ação dos organismos no intemperismo físico 
e químico das rochas, a mobilização de sólidos por animais, e a 
reciclagem de nutrientes e incorporação de matéria orgânica 
pelos vegetais. 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Topografia (relevo) 
 
 
A topografia regula a velocidade do escoamento 
superficial das águas pluviais (o que também depende da 
cobertura vegetal) e, portanto, controla a quantidade de 
água que se infiltra nos perfis, de cuja eficiência depende 
o fluxo vertical de solutos e colóides, assim como o fluxo 
lateral de partículas sólidas pela erosão. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Topografia (relevo) 
 
O intemperismo se acentua quanto mais a água se 
infiltrar pelo perfil do solo, levando os produtos mais 
solúveis do intemperismo. Por outro lado, se as partículas 
sólidas da superfície do solo forem arrastadas pelo 
escorrimento lateral (erosão), o equilíbrio 
pedogênese/erosão se deslocará no sentido de manter o 
solo com menor espessura, ou seja, mais próximo do 
material de origem. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
São processos que produzem as modificações que 
ocorrem no solo devido à atuação dos fatores de 
formação do solo. Consistem de adição, remoção ou 
perda, transformação e translocação. A ação mais ou 
menos pronunciada de um ou mais desses processos 
gerais conduz aos chamados processos específicos de 
formação do solo. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
São processos que produzem as modificações que 
ocorrem no solo devido à atuação dos fatores de 
formação do solo. Consistem de adição, remoção ou 
perda, transformação e translocação. A ação mais ou 
menos pronunciada de um ou mais desses processos 
gerais conduz aos chamados processos específicos de 
formação do solo. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Adição 
 
Compreende qualquer contribuição externa ao perfil do 
solo. Entre estas, consideram-se a adição de matéria 
orgânica (restos orgânicos de animais e vegetais), poeiras 
e cinzas trazidas pelo vento, materiais depositados tanto 
por enchentes como por movimentos de massa nas 
encostas, gases que entram por difusão nos poros do solo 
(CO2, O2, N2), adubos, corretivos, agrotóxicos, adição de 
solutos pela chuva, etc. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Remoção ou perda 
 
Compreende as perdas de gases, líquidos ou sólidos 
sofridas por uma determinada porção de solo, podendo 
ser em superfície ou em profundidade. As primeiras 
compreendem a exportação de nutrientes pelas colheitas, 
perdas de compostos voláteis por queimadas, perdas por 
erosão hídrica ou eólica, etc. As perdas em profundidade 
compreendem lixiviação de solutos pelo lençol freático, 
perdas laterais de soluções com íons reduzidos (Fe, Mn), 
etc. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Translocação 
 
É caracterizada pelo movimento de materiais de um 
ponto para o outro dentro do perfil do solo. São 
processos de translocação, entre outros, o movimento 
de argilas e/ou solutos de um horizonte para o outro no 
perfil, o preenchimento de espaços deixados por raízes 
decompostas, cupins, minhocas, formigas, etc., o 
movimento de materiais promovido pela atividade 
agrícola, e o preenchimento de vazios provocados pela 
contração de solos ricos em argilas expansivas, como a 
montmorilonita). 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Transformação 
 
São processos que consistem na transformação física, 
química ou biológica dos constituintes do solo, 
envolvendo síntese e decomposição. Tranformações 
físicas incluem quebras de minerais e rochas, 
umedecimento e secagem do solo com quebra de 
agregados, compressão provocada pelo crescimento de 
raízes, etc. Transformações químicas consistem dos 
processos de intemperismo químico já 
conhecidos, assim como a neoformação de minerais da 
fração argila do solo. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
• Horizonte O (Orgânico) 
Oi – plantas e animais ligeiramentedecompostos 
Oe – medianamente decompostos 
Oa – alto grau de decomposição 
 
 Horizonte A – nível mineral mais elevado. 
Contem forte mistura de material orgânico. 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
• Horizonte E 
Apresentam o máximo de lixiviação ou eluviação de 
argila, ferro, óxidos. 
 
 Horizonte B – iluviação de materiais se realizou. 
Máximo de acúmulo de óxidos de ferro, alumínio 
e argilas. 
 
 Horizonte C – material não consolidado. 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
• Eluviação – perda de material argiloso (ex.: 
constituintes solúveis) 
 
• Iluviação – ganho de material oriundo da 
camada superior. 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte pedogenético: corresponde a cada uma 
das seções do solo resultante dos processos 
pedogenéticos, as quais guardam relações 
pedogenéticas entre si. 
 
Cada uma das seções está separada da outra por 
variações em aspectos morfológicos (cor, textura, 
estrutura, porosidade, consistência etc) ou em 
sua constituição. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte diagnóstico: corresponde a uma seção do 
solo que apresenta determinados atributos 
selecionados. 
 
Devido ao fato de as manifestações antrópicas 
serem menos acentuadas em profundidade, os 
pedólogos utilizam na diagnose das classes de solos 
os horizontes de subsuperfície, com algumas 
exceções. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Constitui-se um parâmetro diferencial 
na classificação dos solos caracterizado 
pelo maior ou menor teor de material 
orgânico versus material mineral 
existente nos horizontes A e B, 
respectivamente. Os horizontes 
diagnósticos são utilizados para 
classificação dos solos, possuindo 
valores determinados através de 
análises químicas e físicas, de maneira 
a agrupar solos semelhantes em 
classes semelhantes. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizontes A 
• São organo-minerais, e constituem o primeiro 
horizonte do solo, frequentemente alterados pelo 
homem; são ricos em matéria orgânica em 
comparação aos horizontes subjacentes, a 
depender do clima, da cobertura vegetal, do tipo 
de rocha, da topografia, etc; apresentam cores 
mais escuras do que aquelas dos horizontes 
inferiores devido à presença da matéria orgânica. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizontes A 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizontes diagnósticos superficiais 
Horizonte A antrópico 
• É um horizonte formado ou modificado pelo uso 
contínuo do solo pelo homem, como local de 
residência ou cultivo, por períodos prolongados, 
com adição de material orgânico em mistura ou 
não com material mineral, ocorrendo, às vezes, 
fragmentos de cerâmica e restos de ossos e 
conchas. 
• Exemplo: a camada escura dos sambaquis 
catarinenses representa A antrópico. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte A fraco 
• Horizonte mineral, fracamente desenvolvido, seja pelo 
reduzido teor de colóides minerais ou orgânicos ou por 
condições externas de clima e vegetação, como as que 
ocorrem na zona semi-árida, com vegetação de caatinga. 
• Apresentam estrutura em grãos simples, maciça ou com 
grau fraco de desenvolvimento; teor de carbono orgânico 
inferior a 0,6%; espessura menor que 5cm. 
• É um horizonte pobre em matéria-orgânica, sendo em 
geral de textura arenosa, apresenta baixa capacidade de 
retenção de cátions. São solos bastante permeáveis. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizonte A chernozêmico 
• Horizonte superficial com estrutura granular moderada a 
fortemente desenvolvida, consistência seca, no máximo 
dura, de cor escura, teor de carbono orgânico superior a 
0,6%, alta saturação por bases (V% ≥ 65) e espessura igual 
ou superior a 10cm se o horizonte A é seguido de rocha, 
ou igual ou superior a 18cm se o solo tiver menos de 
75cm de espessura, ou espessura igual ou superior a 25 
cm se o solo for mais espesso. 
• É um horizonte com excelentes propriedades físicas e 
químicas, típica de solos bastante férteis. 
• Geralmente apresentam horizontes subsuperficiais 
também ricos em nutrientes. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte A húmico 
• Horizonte superficial de cor escura e saturação por bases 
inferior a 65%. 
• A gênese deste horizonte ainda não é totalmente 
conhecida, mas parece constituir uma relíquia de 
condições climáticas pretéritas favoráveis à formação 
dessas espessas camadas adicionadas de argilahúmus. 
• Apresentam, em geral, estrutura pequena média 
granular, consistência macia a ligeiramente dura quando 
seco e friável quando úmido, além de boa permeabilidade. 
• É vendido como “terra preta” para jardins, apesar de a 
maioria ser de baixa fertilidade. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte A proeminente 
• Apresenta todos os requisitos do A chernozêmico, 
exceto a saturação por bases (V%), que é inferior a 
65%. Difere do horizonte A húmico por não satisfazer a 
conjugação de espessura e teor de carbono requerida 
para este horizonte. 
• São horizontes mais pobres em matéria orgânica e 
menos espessos que os horizontes A húmicos. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizonte hístico 
• É um horizonte superficial, anteriormente 
denominado horizonte turfoso, é resultante 
da deposição e decomposição de vegetais. 
• Quando apresenta 40cm ou mais de 
profundidade é considerado diagnóstico 
para identificar um Organossolo. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
• É de constituição orgânica, escuro, espessura > 20cm 
quando sobre material mineral, compreende materiais 
depositados sob condições de excesso d'água por 
longos períodos ou todo o ano, devendo atender um 
dos itens a seguir: 
• 12% ou mais de Carbono orgânico se tiver 60% ou 
mais de argila; 
• 8% ou mais de Carbono orgânico se não contém 
argila; 
• porcentagem intermediária de Carbono orgânico 
proporcional a variações dos teores de argila entre 0 e 
60%. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte A moderado 
• Estão incluídos nesta categoria horizontes 
superficiais que não se enquadram no conjunto das 
definições dos demais horizontes A. 
• É o horizonte superficial mais comum entre os 
solos brasileiros, ocorrendo desde solos situados 
em planícies aluviais, mal drenados, até solos 
excessivamente drenados, arenosos, das partes 
altas. 
• Em geral, sua espessura varia de 20 a 35cm. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 • São horizontes que não se enquadram em nenhuma 
das categorias acima descritas. Em geral o horizonte A 
moderado difere dos horizontes A chernozêmico, 
proeminente e húmico pela espessura e/ou cor e do A 
fraco pelo teor de carbono orgânico e estrutura, não 
apresentando ainda os requisitos para caracterizar o 
horizonte hístico ou o A antrópico. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizontes subsuperficiais 
• Um solo é dito maduro quando, depois de sujeito por 
longo período a diferentes condições climáticas, adquire 
características peculiares. A seção de um solo maduro 
mostra um perfil constituído por três horizontes principais, 
designados A, B e C, que diferem em cor, textura, estrutura e 
composição e variam em espessura. 
De forma grosseira diz-se que: 
• *Horizonte A é fofo, rico em matéria orgânica 
• *Horizonte B, rico em argilas ou em minerais de 
ferro e pobre em húmus, 
• *Horizonte C corresponde principalmenteà rocha 
decomposta 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizonte B textural 
• Apresenta textura franco-arenosa ou mais fina (mais de 
15% de argila), onde houve incremento de argila, 
resultante da acumulação decorrente de processos de 
iluviação e/ou formação in situ, sendo o conteúdo de 
argila neste horizonte maior do que no horizonte A. 
Mudança textural abrupta com grande aumento de 
argila total do horizonte A para B. 
• O desenvolvimento da estrutura e da cerosidade são 
critérios determinantes na identificação de B textural. 
• É diagnóstico das ordens: Argissolo, Chernossolo, 
entre outros. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Horizonte B incipiente 
• Deve ter, no mínimo, 10cm de espessura e não mais 
que 50cm. Predominância de cores brunadas, 
amareladas e avermelhadas, podendo conter também 
cores acinzentadas com mosqueados. 4% ou mais de 
minerais primários alteráveis. 
• Reflete estágio de intemperismo pouco acentuado. 
• Predominam as texturas média e argilosa. 
• É um horizonte diagnóstico da classe dos Cambissolos. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 Horizonte vértico 
• É um horizonte subsuperficial que, devido a expansão 
e contração das argilas, apresenta feições pedológicas 
típicas, que são as superfícies de fricção (slickensides). 
• Sua textura mais freqüente varia de argilosa a muito 
argilosa, com presença de argilas expansivas 
(esmectitas), com teores de argila superiores a 30%. 
• Apresenta espessura mínima de 20cm. 
• Horizonte da ordem dos Vertissolos. 
• São solos muito suscetíveis a erosão 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Horizontes de Solo 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
São caracterizados como processos específicos de 
formação de solos, aqueles em que ocorre atuação 
destacada de um ou mais dos processos gerais de 
adição, remoção, translocação ou transformação, de 
formação do solo. Os principais processos específicos 
de formação do solo são: latossolização, podzolização, 
hidromorfismo, salinização. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Latossolização 
É o processo específico de formação dos latossolos, no 
qual sobressaem os processos gerais de remoção e 
transformação. Nesse processo, os fatores ativos de 
formação do solo (clima e organismos) apresentam uma 
ação intensa por um longo tempo, em uma condição de 
relevo que propicia a remoção de sais solúveis e a 
transformação acentuada de minerais, em busca de uma 
condição de equilíbrio, resultando no acúmulo de 
minerais mais estáveis como argilominerais 1:1 (caulinita) 
e óxidos de Fe e Al. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
Latossolização 
O solo vai se tornando mais ácido, aproximando o seu pH ao 
pH onde ocorre a neutralidade de carga das argilas. Esta 
aproximação da neutralidade de cargas no solo diminui o 
movimento das argilas, provocado pela repulsão entre cargas 
de igual sinal, leva à floculação, e em seguida à formação de 
agregados pequenos e deforma granular, que passam a ser 
fortemente cimentados por óxidos de Fe e Al. 
Esta estrutura permite que os latossolos apresentem uma alta 
permeabilidade e arejamento, semelhante a solos arenosos, 
mesmo que contenham elevados teores 
de argila. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
Latossolização 
Os latossolos ocupam extensos chapadões planos onde a água 
em abundância se infiltrou profundamente, causando intensa 
lixiviação e acentuado intemperismo. Estas condições podem 
não mais existir atualmente, fazendo com que se encontrem 
latossolos associados a relevo acidentado em condições 
climáticas que favorecem menos a latossolização. Sendo estes 
solos muito intemperizados, as evidências do material de 
origem são mais difusas do que em solos jovens. O material 
intemperizado foi intensamente revolvido pelos organismos 
vivos (formigas, cupins, raízes mortas etc) e transportados 
grandes distancias na paisagem por ação dos agentes erosivos 
(vento, chuvas, cursos d´água etc.). Esses agentes promovem 
mistura de substratos de diferentes origens. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Podzolização 
Este processo específico é caracterizado pela 
translocação de argila e de compostos organo-
minerais dentro do perfil. Mesmo que a translocação 
seja um processo de destaque, os processos de 
adição, perda e transformação também ocorrem. Dois 
grandes grupos de solos apresentam a podzolização: 
os Argissolos (antigos podzólicos)1, Espodossolos 
(antigos Podzóis). Além destes temos os Luvissolos 
(antigos Bruno não cálcicos) e Planossolos. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Nos Espodossolos é notável a translocação de 
complexos de matéria orgânica e óxidos de ferro e/ou 
alumínio de um horizonte eluvial (E) para 
umhorizonte espódico (Bhs) onde estes complexos se 
precipitam. Estes solos são formados a partir de 
material arenoso e sob condições que facilitam o 
acúmulo superficial de matéria orgânica e a acidólise 
(baixas temperaturas ou hidromorfismo acentuado). 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
Os solos Argissolos apresentam translocação de argila 
dos horizontes mais superficiais para um horizonte 
mais profundo (horizonte de acumulação de argila 
translocada, Horizonte B Textural – Bt). São bem mais 
argilosos do que os podzóis e são formados em 
condições de alternância de ciclos de umedecimento 
e de secagem (clima com estações seca e úmida 
definidas, ou posição na paisagem que permita tal 
alternância, tal como sopé de encostas). O 
movimento descendente da argila no perfil, leva ao 
entupimento de macroporos no horizonte B, 
facilitando a erosão no horizonte superficial. 
Pedologia e Formação de Solos 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
 
Salinização (ou halomorfismo) 
É o processo específico de formação de solos que 
apresentam acumulação de sais no perfil. É comum 
nesses solos o processo de adição de sais pelo lençol 
freático ou pela erosão das elevações circundantes. Esses 
solos estão associados a planícies ou depressões onde a 
drenagem é deficiente e a precipitação pluviométrica é 
menor do que a evapotranspiração. 
Pedologia e Formação de Solos 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
Salinização (ou halomorfismo) 
Os solos formados por esse processo tem suas características 
diferenciadas conforme a assembléia de cátions 
(principalmente Ca+2, Mg+2, Na+, H+) que satura as cargas de 
suas argilas e são 
reconhecidos pelos atributos: 
- caráter sódico: saturação das cargas por Na > 15%. 
- caráter solódico: saturação das cargas por Na > 6% e < 15%. 
- caráter salino: condutividade elétrica > 4 ds/m2 e < 7 ds/m2. 
- caráter sálico: condutividade elétrica > 7 ds/m2. 
Exemplo de classes de solos: Gleissolos Sálicos (antigos 
Solonchaks) e Planossolos 
Nátricos (antigos Solonetz solodizado). São solos encontrados 
no Nordeste brasileiro e no Pantanal Mato-grossense. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
Hidromorfismo 
Neste processo específico de formação de solos, alguns 
horizontes do solo estão sujeitos à submersão contínua 
ou durante a maior parte do tempo. Os processos gerais 
de formação do solo que mais se destacam são a 
transformação de minerais passíveis de redução, e a 
adição de matéria orgânica, que se acumula devido à 
menor taxa de decomposição. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
Hidromorfismo 
A menor quantidade de oxigênio dosolo, causada pelo 
excesso de água, permite a proliferação de organismos 
anaeróbicos que, neste ambiente de baixo potencial de 
oxi-redução, reduzem o Fe3+ dissolvido na solução do 
solo, usando-o como receptor de elétrons no processo de 
oxidação dos compostos de carbono. Essa forma solúvel 
do Fe está em equilíbrio químico com os óxidos de ferro 
(Fe(OH)3 ↔ Fe3+ + 3OH-) e, uma vez consumida na 
solução, desloca a reação para dissolução das formas 
minerais cristalizadas (hematita e goethita). Assim, as 
argilas oxídicas ferruginosas vão sendo consumidas e o 
solo vai perdendo as cores vivas (vermelha e amarela) 
. 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
 
Classificação dos solos (EMBRAPA) 
 
A última versão do Sistema Brasileiro de Classificação 
de Solos (SiBCS)1 é dividida em 13 ordens de solo. São 
elas: Argissolo, Cambissolo, Chernossolo, Espodosso, 
Gleissolo, Latossolo,Luvissolo, Neossolo, Nitossolo, 
Organossolo, Planossolo, Plintossolo e Vertissolo. 
Essas classes são divididas em seis níveis categóricos, 
sendo os primeiros quatro deles (ordem, subordem, 
grande grupo e subgrupo) os mais desenvolvidos. O 
quinto e sexto níveis categóricos (família e série) 
ainda se encontram em desenvolvimento. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Brasileiro_de_Classifica%C3%A7%C3%A3o_de_Solos#cite_note-1
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
 
Classificação dos solos (EMBRAPA) 
 
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 
 
1º nível categórico (ordens) 
2º nível categórico (subordens) 
3º Nível Categórico (grandes grupos) 
4º Nível Categórico (subgrupos) 
5º Nível Categórico (famílias, em discussão) 
6º Nível Categórico (séries, não definidas no país) 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
Classificação Brasileira de Solos – Anterior a 1999 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
Classificação Brasileira de Solos – Posterior a 1999 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
• Solo – recurso finito e não renovável 
Uma vez destruído, na escala de algumas gerações, 
desaparece para sempre. 
 
Solos de florestas – sistemas frágeis, destruídos por 
desmatamentos. 
 
Brasil – 75% de depósitos lateríticos (exceto NE e 
subtropical Sul) 
 
 
 
Pedologia e Formação de Solos 
 
• Preservação de mineral primário de interesse. 
Ex. Fe 
• Destruição do mineral primário e formação de 
minerais secundários mais ricos. Ex.: Níquel e 
Manganês

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