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Prévia do material em texto

Seção 4 
SUA PETIÇÃO 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Seja bem-vindo! 
Querido aluno, estamos juntos novamente para a quarta parte do nosso Núcleo de 
Prática Jurídica com suporte em AVA de Direito Constitucional! 
Daremos continuidade aos nossos aprendizados de Direito Constitucional com a 
elaboração de importantes peças processuais e com conteúdo importante que vai 
possibilitar o pleno desenvolvimento da matéria. 
Aproveite essa maravilhosa oportunidade de treinar seus conhecimentos e com os 
nossos encontros você se tornará expert na prática constitucional. 
Nossas atividades se desenvolverão a partir de uma situação hipotética que lhe 
exigirá, em cada seção, a elaboração de uma peça prático-profissional a qual será 
submetida à avaliação. Mas não se preocupe, você contará com toda a nossa ajuda. 
Para isso, em cada seção você terá o item Fundamentando, que é um espaço 
destinado à revisão e ao aprofundamento de conteúdos teóricos necessários para a 
elaboração da peça que será exigida. Além disso, ao final você ainda terá acesso a 
um modelo da peça processual esperada, a qual foi elaborada por um profissional da 
área a fim de que você possa visualizar todos os itens que lhes serão cobrados, bem 
como a fundamentação jurídica correta a ser utilizada na peça. 
Vamos continuar o nosso trabalho! 
O CASO 
Cuidado, trata-se de um caso fictício apenas destinado à prática jurídica! 
 
 
Seção 4 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Sua causa! 
 
 3 
Isabella é moradora da cidade de Teresina, no Piauí, e possui um grande imóvel 
urbano que herdou de seus pais. Ocorre que em janeiro de 2021 o Prefeito de 
Teresina sancionou uma lei municipal que aumentou a alíquota de Imposto de 
Propriedade Territorial Urbana (IPTU) de 3% para 15% do valor venal do imóvel, 
valendo o aumento para aquele mesmo mês e cobrado em um boleto de fevereiro de 
2021. 
Surpreendida pela inesperada despesa com esse tributo, ela não pôde mais pagar os 
seus impostos e, em março, teve os impostos inscritos na Dívida Ativa do município 
e foi citada para a cobrança dos atrasados, multas e honorários advocatícios. 
Após cinco meses, Isabella procurou a advogada Amanda para que buscasse 
judicialmente uma saída para essa cobrança que ela julga abusiva. A dívida agora 
perfaz o valor de R$ 110.000,00 somente no que tange aos aumentos. 
No papel da advogada Amanda, você propôs uma Ação Anulatória de Débito 
Tributário, com um pedido liminar. 
Em nossa atual fase, o juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Teresina 
sentenciou, julgando procedente a ação, declarando incidentalmente a 
inconstitucionalidade da lei municipal no que tange ao aumento no mesmo exercício 
financeiro (anterioridade), assim como entendeu que a grandeza do aumento 
perpetrado acarreta o perdimento integral do patrimônio em um curto espaço de 
tempo de apenas seis anos, sendo, portanto, de natureza confiscatória. 
Ao julgar o recurso de apelação apresentado pela Procuradoria do Município, 
contrarrazoado por você em nosso último encontro, o Tribunal de Justiça do Piauí 
julgou a ação improcedente. 
O relator não fundamentou sua decisão, tendo omitido qualquer julgamento a respeito 
da alegação de inconstitucionalidade da lei municipal indicada na inicial, apenas 
julgou o recurso da parte provido na parte dispositiva (final) de sua decisão 
monocrática que não contou com quaisquer fundamentos. 
Na decisão do relator apenas constam os nomes das partes e um parágrafo 
apontando não ser possível a cobrança de aumento de tributo no mesmo exercício 
financeiro da publicação da lei que carreia o aumento, mas em seu parágrafo final 
consta “recurso da apelante provido”. 
 
 4 
A advogada Amanda foi intimada da Decisão Monocrática e deve se manifestar. 
Elabore a peça adequada para essa fase processual. 
Vamos aprender algumas coisas que auxiliarão nessa missão. 
 
 
A ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Quando estudamos o controle difuso de constitucionalidade vimos que qualquer juiz ou 
tribunal pode realizar essa competência de verificação de validade e aplicação de uma 
norma incompatível com nossa Constituição. 
Essa verificação ocorre de forma incidental, isto é, internamente no processo pois no controle 
difuso a norma não é retirada do ordenamento jurídico para todos, mas somente é afastada 
a sua aplicação naquele caso em concreto, entre aquelas partes litigantes, o que chamamos 
de efeito inter partes. 
O Código de Processo Civil de 2015 disciplinou como esse incidente processualmente deve 
ocorrer no âmbito dos tribunais, isso porque há na Constituição uma regra muito especial 
que impede que uma turma ou desembargador sozinho declararem a inconstitucionalidade 
de uma norma ou ato. 
Essa regra é denominada de cláusula de reserva de plenário e somente é aplicável aos 
órgãos colegiados, isto é, formados por um grupo de julgadores como os tribunais, não se 
aplicando ao juiz de primeiro grau, que julga sozinho. 
De acordo com essa regra, a competência para declarar a inconstitucionalidade da norma 
ou ato será do órgão especial ou plenário, sendo essa competência funcional, portanto 
absoluta. 
O CPC prevê nos artigos 948 a 950 que o relator ouvirá o Ministério Público, que atua como 
fiscal da lei, além das partes, após o pedido de análise da inconstitucionalidade, submetendo 
ao órgão que tiver atribuição para conhecer do processo. 
Caso haja o acolhimento da arguição, há o julgamento pelo Plenário ou órgão especial da 
questão da inconstitucionalidade. Esse órgão julgará a questão constitucional de forma 
Fundamentando! 
 
 5 
destacada do assunto de fundo da relação e depois devolverá o julgamento para o órgão 
julgador a fim de solucionar a demanda. Há, portanto, uma separação de julgamentos em 
razão das diferentes competências, em um procedimento diferenciado. 
 
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO 
A cláusula de reserva plenário está prevista no art. 97 da Constituição Federal. 
Essa regra é conhecida na doutrina como full bench e consiste na impossibilidade de ser 
declarada a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo quando o processo estiver 
sendo desenvolvido no bojo do tribunal, seja competência originária ou recursal. De acordo 
com essa cláusula, apenas o Pleno ou Órgão Especial podem declarar a 
inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo. 
 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos 
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
 
OS RECURSOS NO PROCESSO CIVIL E NA CONSTITUIÇÃO 
A ideia da existência de recursos às decisões judiciais reside dos naturais inconformismos e 
da falibilidade humana. Como a vontade do juiz – ao exercer a jurisdição – substitui a vontade 
das partes, é natural que ao menos uma delas se sinta inconformada com o que foi decidido. 
Além disso, como essas decisões são proferidas por pessoas e, errar é humano, os recursos 
têm a capacidade de possibilitar a revisão dessas decisões por outras pessoas, em tese, 
mais experientes, que compõem os tribunais. 
 
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
Como vimos em seções anteriores existem, na nossa constituição, princípios que não estão 
expressamente previstos no seu texto, mas que decorrem da lógica constitucional, esse é o 
caso do Duplo Grau de jurisdição. 
 
 
 6 
Não há um artigo expresso que estabeleça essa garantia, porém o intérprete extrai do texto 
que a estrutura do poder judiciário e a distribuição de competências constitucionais para os 
diversos órgãos judiciais preveem a possibilidade de recursos em todos os níveis, com 
exceção das causas de competência originária do Supremo Tribunal Federal. 
Além disso, o duplo grau de jurisdição é o desdobramento de princípios constitucionais do 
processo, o Princípio da Ampla Defesae do Devido Processo Legal. 
Esse entendimento de que o duplo grau de jurisdição está previsto implicitamente no devido 
processo legal é acolhido majoritariamente pelos Tribunais Superiores. 
Contudo, esse princípio está expressamente previsto no Pacto de San José da Costa Rica, 
a principal Carta de Direitos Humanos do nosso continente e, como vimos em outros 
encontros, tratados de Direitos Humanos ocupam importante papel em nosso direito: 
 
 
Esse tratado internacional de Direitos Humanos ingressou no nosso ordenamento jurídico 
com status de norma supralegal, isto é, abaixo da constituição, mas acima de todas as 
demais normas legais. 
 
Assim, apesar de se referir apenas ao processo penal, o princípio previsto no Pacto irradia 
seus efeitos para todas as demais relações processuais, repisando a ideia de garantia do 
duplo grau de jurisdição. 
Art. 8º.: Garantias Judiciais. 
2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua 
inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o 
processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes 
garantias mínimas: 
h) Direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior 
 
 7 
Por fim, lembre-se que há alguns tratados internacionais de Direitos Humanos que são 
aprovados de uma forma especial, prevista no artigo 5º §3º da CF, e ocupam o mesmo status 
(mesma força e posição hierárquica) que as emendas constitucionais1. 
 
CLAREZA E COMPLETUDE DAS DECISÕES JUDICIAIS 
Clareza, obscuridade ou omissão na decisão – O art. 1.022 do CPC/015 regula o 
recurso denominado Embargos de Declaração. 
Esse recurso é cabível contra qualquer decisão judicial que careça de esclarecer 
obscuridade ou de eliminar contradição, de suprir omissão de ponto ou de questão, sobre a 
qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento de uma das partes, ou corrigir 
erro material. 
O prazo para a sua oposição é de cinco dias, conforme art. 1.023 do mesmo diploma 
legal. A petição é dirigida ao juízo que proferiu a decisão embargada e deve indiciar 
expressamente o erro, a obscuridade, a contradição ou omissão presente na decisão. O 
pedido formulado não é o de reforma da decisão, mas, sim, do seu reparar, de que seja 
sanado o vício que possui. 
É um recurso que é dirigido ao próprio prolator da decisão, isto é, não se dirige a outro 
órgão, mas, sim, àquele mesmo que proferiu a decisão, a fim de que seja ela aclarada ou 
reparada quanto ao vício ou omissão. A doutrina e a jurisprudência admitem os embargos 
de declaração com a finalidade de prequestionamento da matéria recorrida. 
 
PREQUESTIONAMENTO 
 
1 São eles a Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoa com Deficiência e o seu Protocolo adicional; o Tratado de 
Marraqueche sobre acesso a obras para pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades; e a Convenção 
Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. 
 
 8 
Prequestionamento é a alegação prévia e análise pelo órgão julgador da matéria de 
interesse do recorrente, para que um recurso excepcional seja recebido pelas instâncias 
superiores. 
O prequestionamento dos dispositivos legais ou constitucionais supostamente violados 
apresenta-se como requisito essencial para a admissibilidade dos recursos denominados 
extremos ou excepcionais. 
Em matéria cível, são eles o Recurso Extraordinário ao STF e o Recurso Especial ao 
STJ. E, em matéria trabalhista, seria o Recurso de Revista ao Tribunal Superior do Trabalho 
– TST. 
Para que ocorra o prequestionamento poderá ser oposto o Embargo de Declaração, 
admitindo expressamente essa finalidade o CPC de 2015: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com esse conteúdo estamos prontos para a prática! 
Qual medida judicial a Dra. Amanda deverá tomar? 
Vamos apresentar a peça processual adequada perante o Relator da 3ª Câmara de Direito 
Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. 
Lembre-se, temos que buscar solução para o problema da contribuinte que está sendo 
tributada de forma irregular. 
Vamos peticionar! 
 
 
Súmula 282 STF “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na 
decisão recorrida, a questão federal suscitada”. 
PONTO DE ATENÇÃO 
 
 9 
Qual é a medida cabível? 
Feito isso, você deverá: 
1) Verificar qual é o foro competente para o seu julgamento, a fim de fazer o correto 
endereçamento da petição. 
2) Apontar corretamente o polo ativo e o polo passivo da sua demanda, observando os 
fundamentos legais. 
3) Demonstrar a devida fundamentação legal. 
4) Narrar os fatos que embasam a demanda. 
5) Enumerar os requerimentos e pedidos. 
6) Datar e assinar a petição. 
Agora é com você. 
Mãos à obra! 
 
	Seja bem-vindo!

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