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GESTÃO AMBIENTAL II

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Prévia do material em texto

E-BOOK
GESTÃO AMBIENTAL II
Gestão Ambiental
APRESENTAÇÃO
A preocupação com as questões ambientais não é recente. Mas tem ganhado mais evidência nos 
últimos anos. O crescimento populacional tem resultado em maior demanda por recursos 
naturais. Assim, a gestão ambiental visa o uso de métodos e processos administrativos que 
visam reduzir ao máximo o impacto ambiental das atividades econômicas no meio ambiente.
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos estudar o sistema conceitual básico da gestão 
ambiental e a evolução das questões ambientais ao longo da história, que motivaram as medidas 
de gestão atuais.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o significado da gestão ambiental.•
Reconhecer o surgimento e a evolução das questões ambientais, e a gestão empresarial.•
Diferenciar os conceitos de gestão e gerenciamento ambientais.•
DESAFIO
Atualmente existem muitos problemas ambientais em todos os níveis, desde o local até o global. 
Estes problemas também se manifestam nas organizações empresariais, e nelas devem ser 
resolvidos. Este seria o primeiro momento para a solução de todos os níveis. Numa empresa se 
observou que a geração de resíduos sólidos era sensivelmente elevada, mas nada era feito. Como 
você enfrentaria este problema se fosse o gerente de meio ambiente desta empresa?
Para responder essa questão, considere os seguintes aspectos: 
• Qual é a origem do problema? 
• Quem está envolvido nele? 
• Qual o meu papel nesta situação? 
• Quais recursos disponho para dar solução ao problema?
INFOGRÁFICO
A gestão e o gerenciamento ambiental são as formas mais importantes de se administrar os 
problemas ambientais. No Infográfico a seguir, você irá conhecer o caminho que levou à origem 
da gestão ambiental.
CONTEÚDO DO LIVRO
O processo de gestão ambiental surgiu como uma alternativa para buscar a sustentabilidade dos 
ecossistemas antrópicos, harmonizando suas interações com os ecossistemas naturais. Para se 
obter essa harmonização, por meio da gestão ambiental, é necessário lidar com situações 
extremamente complexas. Isso envolve, na maioria das vezes, lidar com interventores ou 
agentes que apresentem interesses conflitantes em relação à forma de utilização de um 
determinado bem ambiental. Em virtude disso, foi necessária a criação, ao longo dos anos, de 
instrumentos de gestão ambiental de várias naturezas, como uma forma de medir essa 
complexidade.
Leia trecho do capítulo 12 do livro Ambiente: tecnologias, organizado por Cibele Schwanke, e 
aprofunde seus conhecimentos sobre gestão ambiental.
Boa leitura!
CYAN
VS Gráfica VS Gráfica
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CIBELE SCHW
AMBIENTE
TECNOLOGIAS
Idealizado com o intuito de oferecer os subsídios 
necessários para uma formação qualificada na 
área ambiental, Ambiente: tecnologias aborda 
temáticas fundamentais para a prática profissional, 
considerando as técnicas de análise e monitoramento 
ambiental, os principais aspectos dos processos 
produtivos e a evolução das tecnologias sustentáveis.
Ambiente: tecnologias possui projeto gráfico dinâmico 
e inovador, contribuindo para o desenvolvimento 
do aluno de forma eficaz por meio de recursos que 
proporcionam o aprofundamento intelectual. Isso 
ocorre com o auxílio de exercícios práticos, leituras 
sugeridas e vídeos disponíveis em um exclusivo 
ambiente virtual de aprendizagem.
Respaldado pelo Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), 
este lançamento da série Tekne é um instrumento 
pedagógico indispensável para alunos e professores 
dos cursos do eixo Ambiente e Saúde, previstos pelo 
Ministério da Educação.
Conheça também
AMBIENTE
www.bookman.com.br/tekne
CIBELE SCHWANKE
ORGANIZADORA
Estudante: Visite o
ambiente virtual de
aprendizagem Tekne em
www.bookman.com.
br/tekne para ter acesso
a atividades interativas,
vídeos e artigos.
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www.bookman.com.br/tekne
Idealizado com o intuito de oferecer os subsídios 
necessários para uma formação qualificada na área 
ambiental, Ambiente: conhecimentos e práticas aborda 
temáticas fundamentais para o desenvolvimento 
profissional, especialmente no que diz respeito à 
capacidade de identificar, analisar e propor medidas 
de gestão que propiciem a utilização de recursos 
naturais com o compromisso ético de garantir a 
conservação e o desenvolvimento socioambiental.
Ambiente: conhecimentos e práticas possui projeto 
gráfico dinâmico e inovador, contribuindo para o 
desenvolvimento do aluno de forma eficaz por meio 
de recursos que proporcionam o aprofundamento 
intelectual. Isso ocorre com o auxílio de exercícios 
práticos, leituras sugeridas e vídeos disponíveis em 
um exclusivo ambiente virtual de aprendizagem.
Respaldado pelo Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), 
este lançamento da série Tekne é um instrumento 
pedagógico indispensável para alunos e professores 
dos cursos do eixo Ambiente e Saúde, previstos pelo 
Ministério da Educação.
CIBELE SCHWANKE
CONHECIMENTOS E PRÁTICAS
ORGANIZADORA
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Conheça também
Estudante: Visite o
ambiente virtual de
aprendizagem Tekne em
www.bookman.com.
br/tekne para ter acesso
a atividades interativas,
vídeos e artigos.
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47270 Ambiente Tecnologias.indd 1 17/05/13 10:19
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB10/2052
A492 Ambiente [recurso eletrônico] : tecnologias / Organizadora, 
 Cibele Schwanke. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : 
 Bookman, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8260-012-2
 1. Meio ambiente. 2. Conservação e proteção. 
 I. Schwanke, Cibele.
CDU 502.1
 
DICA DO PROFESSOR
Este vídeo define gestão e gerenciamento ambientais, apresenta os instrumentos da política 
nacional de meio ambiente, além de abordar a gestão ambiental pública e organizacional.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Um dos primeiros modelos que visaram resolver alguns dos problemas ambientais foi 
o chamado sistema aberto. Para que tal modelo tenha sucesso, algumas premissas 
devem ser consideradas. 
 
Assinale a única resposta que apresenta premissa da gestão sustentável de recursos 
naturais 
A) Suprimento inesgotável de matéria.
B) Suprimento inesgotável de energia.
C) Capacidade infinita do meio para reciclar matéria.
D) Incorporação do reuso e a reciclagem.
E) Capacidade infinita do meio para absorver energia.
O problema dos poluentes foi, historicamente, um sério problema ambiental, embora 
não existisse consciência deste fato. Na evolução das ideias acerca desta situação 
aparecem diferentes paradigmas em diferentes épocas. Um deles foi o da dispersão 
2) 
dos poluentes produzidos o mais longe possível da fonte geradora, como forma de não 
"sentir" as consequências desta poluição. Em que época este paradigma foi o 
imperante?
A) Até 1970.
B) Anos 1970.
C) Década de 1980.
D) Década de 1990.
E) A partir do ano 2000.
3) A Lei no 6.803 dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas 
áreas críticas de poluição. Segundo tal legislação, as zonas de uso estritamente 
industrial destinam-se, preferencialmente, à localização de estabelecimentos 
industriais que emitem materiais que possam causar prejuízo à saúde. Tal emissão 
refere-se APENAS aos:
A) resíduos líquidos e sólidos perigosos.
B) ruídos e emanações gasosas nocivas à saúde humana.
C) radiações,emanações perigosas e ruídos.
D) resíduos sólidos e líquidos, gases, ruídos, emanações, vibrações e radiações perigosas.
E) resíduos sólidos, líquidos e gasosos.
4) A Lei Federal no 6.938 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), 
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, definindo, em seu artigo 9o, os 
instrumentos de tal política. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um desses 
instrumentos:
A) O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
B) O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.
C) O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente.
D) O cadastro técnico federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental.
E) A criação de reservas e estações indígenas, áreas de proteção social e as de relevante 
interesse público.
5) Entre os instrumentos definidos pela PNMA e aplicados à gestão ambiental pública, 
destaca-se o zoneamento ambiental que é um instrumento pontual e regional, cuja 
finalidade é, justamente, dividir a porção territorial em zonas, conforme os padrões 
característicos do ambiente e sua aptidão de uso. Sobre o zoneamento ambiental, 
analise os itens a seguir: 
I. Pode impedir a ocupação anárquica dos espaços territoriais, fazendo estes se 
enquadrarem em determinado padrão de racionalidade (socioeconômico-ambiental). 
II. Estabelece zonas climáticas que influenciam o meio ambiente brasileiro. 
III. Delimita geograficamente áreas territoriais, definindo diretrizes para uso da 
propriedade e dos recursos naturais nela existentes. 
IV. Estabelece normas para a seleção de áreas protegidas. 
V. Permite reconhecer os impactos ambientais nas diferentes regiões do país. 
 
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
A) I e II
B) I e III
C) III e IV
D) I e V
E) IV e V
NA PRÁTICA
A gestão ambiental surgiu da necessidade de se buscar processos mais sustentáveis para as 
empresas, ou seja, processos que permitam uma convivência mais harmoniosa das distintas 
atividades com o meio ambiente e os recursos naturais. Dessa forma, e por meio de um 
diagnóstico, elabora-se um conjunto de rotinas e procedimentos que caracterizam o 
gerenciamento ambiental, para, então, obter um resultado eficaz para a operação da empresa e 
em concordância com a preservação do meio ambiente.
No Brasil, uma forma de obrigar as empresas a operarem em concordância com a preservação 
do meio ambiente é o licenciamento ambiental, processo administrativo realizado junto a um 
órgão público ambiental, municipal, estadual ou federal, que autoriza e fiscaliza a operação das 
distintas atividades modificadores e/ou utilizadoras de recursos e do meio ambiente.
Acompanhe, Na Prática, um exemplo prático sobre esse processo.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Meio ambiente e sustentabilidade
Esta obra contribui com a área de Ciências Ambientais ao tratar de assuntos como 
desenvolvimento tecnológico, sustentabilidade e qualidade de vida. Leia o Capítulo 16, páginas 
375-381, que trata especificadamente da Gestão Ambiental.
Sistemas de Gestão Ambiental na Indústria Alimentícia
Neste livro, Marco Túlio Bertolino descreve as características e as formas de implementação da 
Norma ISO 14001 em indústrias alimentícias. Leia o Capítulo 1, que aborda sobre a Percepção 
Ambiental.
Sistema de Gestão Ambiental I
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos, especificamente, os conteúdos relacionados à 
Gestão Ambiental Pública e os instrumentos definidos pela Política Nacional do Meio 
Ambiente. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir a Gestão Ambiental Pública como um dos aspectos básicos da Gestão Ambiental.•
Identificar os elementos básicos dos zoneamentos ambiental, industrial e urbano.•
Reconhecer as estratégias de sustentabilidade urbana identificadas como prioritárias para o 
desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras.
•
DESAFIO
As cidades sustentáveis são aquelas que adotam uma série de práticas eficientes voltadas para a 
melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do 
meio ambiente.
(Fonte: https://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/cidades_sustentaveis.htm)
Você considera sua cidade sustentável? Caso não seja, o que, em sua opinião, falta para 
sua cidade ser considerada sustentável? Para resolver este desafio, faça uma breve 
pesquisa na Internet para ver algumas ações que se desenvolvem nas cidades sustentáveis 
atualmente. Em seguida, compare-as com o que acontece em sua cidade. Você deverá 
apresentar, pelo menos, cinco ações desenvolvidas nestas cidades e concluir a sua 
comparação, considerando as ações e a situação concreta destas.
INFOGRÁFICO
No infográfico a seguir, apresentam-se alguns fatores que definem a sustentabilidade de uma 
cidade.
CONTEÚDO DO LIVRO
O processo de Gestão Ambiental surgiu como uma alternativa para buscar a sustentabilidade dos 
ecossistemas antrópicos, harmonizando suas interações com os ecossistemas naturais 
(SCHWANKE, 2013, p. 229). Para saber mais sobre este assunto, leia um trecho do capítulo 
16 do livro Meio ambiente e sustentabilidade. 
 
Boa leitura! 
Sistema de Gestão 
Ambiental I
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir a Gestão Ambiental Pública como um dos aspectos básicos 
da Gestão Ambiental.
 � Identificar os elementos básicos do zoneamento ambiental, do zonea­
mento industrial e do zoneamento urbano.
 � Reconhecer as estratégias de sustentabilidade urbana identificadas 
como prioritárias para o desenvolvimento sustentável das cidades 
brasileiras.
Introdução
Neste capítulo, estudaremos especificamente os conteúdos relacionados 
com a Gestão Ambiental Pública e os instrumentos definidos pela Política 
Nacional do Meio Ambiente (PNMA).
Gestão Ambiental Pública: aspecto básico da 
gestão ambiental
Preocupações com os problemas ambientais são um fenômeno mundial cres-
cente, e a Gestão Ambiental mostra-se um instrumento imprescindível para 
setores públicos e privados em busca da sustentabilidade. A Gestão Ambiental 
Pública é definida por meio de políticas públicas e instrumentos que permitem 
alcançar o melhor padrão de qualidade em relação ao uso dos recursos naturais. 
No entanto, fica claro que a aplicação da Gestão Ambiental no âmbito público 
requer atuação efetiva para mobilizar os mais diversos setores da sociedade 
quanto à real necessidade da aplicação de políticas e estratégias ambientais. 
Nesse sentido, a Educação Ambiental pode ser adotada como uma ferramenta 
que conduza a práticas sustentáveis no cotidiano de cada pessoa, o que refletirá 
diretamente nas instituições.
O conceito de Gestão Ambiental surgiu por meio da premissa do desenvol-
vimento sustentável, como uma forma de administrar os recursos naturais e 
as atividades dentro de processos de bens e serviços. As políticas de Gestão 
Ambiental foram criadas pela necessidade de se elaborar metas e objetivos 
para alcançar a sustentabilidade, além de criar um compromisso estatal 
e empresarial (AQUINO; GUTIERREZ, 2012 apud HJORT; PUJARRA; 
MORETTO, 2016). 
No Brasil, a questão ambiental é estabelecida pela Constituição Federal 
de 1988 – CF/88, no art. 225, além de outras implicações nos artigos 5°, 23, 
24, 129, 170, 174, 186 e 220 (FLORIANO, 2007 apud HJORT; PUJARRA; 
MORETTO, 2016). Outra diretriz importante para a área é a PNMA, instituída 
pela Lei n° 6.938/81 e que estabelece à União, aos Estados e aos Municípios a 
responsabilidade de garantir o desenvolvimento socioambiental, por meio de 
jurisdições, controles e fiscalizações (CARVALHO et al., 2005 apud HJORT; 
PUJARRA; MORETTO, 2016). Seu principal objetivo é preservar, melhorar 
e recuperar a qualidade ambiental por meio do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA).
O artigo 225 da ConstituiçãoFederal, ao mesmo tempo em que estabelece “o 
meio ambiente ecologicamente equilibrado” como direito e como “bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, também impõe ao 
“Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações” (FLORIANO, 2007 apud HJORT; PUJARRA; 
MORETTO, 2016, p. 78).
É a partir dessa perspectiva que o Poder Público deve se pautar para cons-
truir uma proposta de Educação Ambiental transformadora e emancipatória e, 
assim, contribuir para que a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), 
instituída pela Lei nº 9.795/99 e regulamentada pelo Decreto nº 4.281/02, se 
efetive. Afinal, no terreno da Gestão Ambiental, Poder Público e sociedade 
civil não se opõem, mas se complementam. Portanto, devem trabalhar prefe-
rencialmente em ações compartilhadas, a partir de objetivos comuns. Gestão 
Ambiental, portanto, é vista aqui como o processo de mediação de interesses 
e conflitos (potenciais ou explícitos) entre agentes sociais que agem sobre 
os meios físico-natural e construído, objetivando garantir o direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, conforme determina a CF/88.
Sistema de Gestão Ambiental I2
Como mediador principal desse processo, o Poder Público é detentor de 
poderes e obrigações estabelecidos na legislação, que lhe permitem promover 
desde o ordenamento e o controle do uso dos recursos ambientais (incluindo 
a criação de incentivos fiscais na área ambiental) até a reparação e a prisão 
de indivíduos pelo dano ambiental. Nesse sentido, o Poder Público estabe-
lece padrões de qualidade ambiental, avalia impactos ambientais, licencia e 
revisa atividades efetiva e potencialmente poluidoras, disciplina a ocupação 
do território e o uso de recursos naturais, cria e gerencia áreas protegidas, 
obriga a recuperação do dano ambiental pelo agente causador e promove o 
monitoramento, a fiscalização, a pesquisa, a educação ambiental e outras 
ações necessárias ao cumprimento da sua função mediadora.
Portanto, a prática da Gestão Ambiental não é neutra. O Estado, ao tomar 
determinada decisão no campo ambiental, está de fato definindo quem fi-
cará, na sociedade e no país, com os custos e quem ficará com os benefícios 
advindos da ação antrópica sobre os meios físico-natural ou construído. Daí 
a importância de se praticar uma Gestão Ambiental participativa. Somente 
assim é possível avaliar custos e benefícios de forma transparente.
A implantação da Gestão Ambiental no setor público necessita muito 
de uma visão holística, capaz de apreender todas as partes constituintes da 
problemática ambiental da sociedade em que se insere (PHILLIPI JUNIOR; 
BRUNA, 2004 apud HJORT; PUJARRA; MORETTO, 2016). O processo de 
implantação deve conciliar crescimento econômico, preservação ambiental e 
justiça social, sob ações de curto, médio e longo prazo (TINOCO et al., 2010 
apud HJORT; PUJARRA; MORETTO, 2016).
A crescente preocupação com a preservação e a conservação ambiental cresce à me­
dida que vão sendo divulgados novos estudos acerca de efeito estufa e desmatamento, 
catástrofes ambientais cada vez mais recorrentes. Nesse contexto, administradores 
públicos, cientes dessas preocupações e pressionados pela sociedade, impõem 
medidas para regulamentar a exploração dos recursos naturais e promovem ações 
para minimizar os impactos ambientais. Dentre os acordos selados com o objetivo 
de alcançar desenvolvimento mais sustentável, destacam­se, por sua abrangência, a 
Agenda 21 e o Protocolo de Quioto.
Fonte: Brasil (2018). 
3Sistema de Gestão Ambiental I
Não se pode negar que o desenvolvimento dos últimos 50 anos trouxe benefícios 
para a humanidade, mas o modo como essa prática vem comprometendo o meio 
ambiente afeta a qualidade de vida da população. O preço do desenvolvimento 
acelerado é alto em termos ambientais, ameaçando as gerações futuras em virtude 
da possível escassez de recursos naturais. Por isso existem programas como a Agenda 
Ambiental na Administração Pública (A3P), uma iniciativa bastante interessante com 
vistas à gestão pública.
A3P é um programa do Ministério do Meio Ambiente que objetiva estimular os 
órgãos públicos do país a implementarem práticas de sustentabilidade. A adoção 
da A3P demonstra a preocupação do órgão em obter eficiência na atividade pública 
enquanto promove a preservação do meio ambiente. Ao seguir as diretrizes estabele­
cidas pela Agenda, o órgão público protege a natureza e, em consequência, consegue 
reduzir seus gastos. O programa A3P se destina aos órgãos públicos das três instâncias 
(federal, estadual e municipal) e aos três poderes da República (Executivo, Legislativo 
e Judiciário). É uma agenda voluntária — não existe norma impondo e tampouco 
sanção para quem não segue as suas diretrizes.
Fonte: Brasil (2018).
Elementos básicos dos zoneamentos ambiental, 
industrial e urbano
O zoneamento, em linhas gerais, é uma forte intervenção estatal no domínio 
econômico, organizando a relação espaço-produção, alocando recursos, in-
terditando áreas, destinando outras para estas e não para aquelas atividades, 
incentivando e reprimindo condutas, etc. O zoneamento é o reconhecimento 
da evidente impossibilidade de as forças produtivas ocuparem o território sem 
um mínimo de planejamento prévio e coordenação.
As competências dos órgãos estão relacionadas às atribuições para os 
serviços de saneamento básico, limpeza pública, urbanização, licenciamentos 
de atividades econômicas potencialmente poluentes e educação ambiental.
O Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/01) regulamentou o capítulo de 
política urbana da CF/88 (arts. 182 e 183) e estabeleceu diretrizes gerais para 
a política urbana, bem como normas de ordem pública e interesse social que 
regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança 
Sistema de Gestão Ambiental I4
e do bem-estar dos cidadãos e do equilíbrio ambiental. De acordo com o 
texto do Estatuto, a política urbana deve buscar o ordenamento para pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, tendo 
como uma de suas diretrizes evitar a poluição e a degradação ambiental. O 
Estatuto também definiu o zoneamento ambiental como um dos instrumentos 
da política urbana para ordenação do território e desenvolvimento econômico 
e social (BRASIL, 2001).
A crescente urbanização vivenciada no Brasil nas últimas décadas foi 
responsável pela transformação de um país essencialmente rural, em um 
país detentor de grandes metrópoles. A rápida urbanização não observou 
um rígido planejamento urbano, fato responsável por inúmeros problemas 
vividos nos centros urbanos nacionais. É dentro desse contexto que o Estatuto 
da Cidade, seguindo o norte dado pela CF/88, estabelece os parâmetros para 
o gerenciamento urbano, destacando-se o plano diretor como a mais vistosa 
ferramenta para um gerenciamento urbano que vise ao desenvolvimento 
das cidades. Nesse aspecto, o zoneamento toma bastante relevo, visto que 
é um dos principais instrumentos estabelecidos na Lei nº 6.938/81 para a 
proteção da qualidade ambiental, mas, mais do que isso, o zoneamento é 
uma ferramenta para a efetivação do direito ao desenvolvimento e se torna 
ainda mais visível e necessário quando se trata de meio ambiente urbano 
(BRASIL, 1981).
O zoneamento ambiental constitui uma forma de planejamento do uso e 
da ocupação do espaço municipal. É preferível a denominação espaço muni-
cipal à denominação espaço urbano, pois aquela é mais ampla, englobando 
também o espaço rural do município, que também prescinde de planejamento 
e estabelecimento de zonas de uso, ocupação e reserva ambiental.
Nas lições de Paulo Affonso Leme Machado (2015), consta que a primeira 
experiência de política pública voltada ao desenvolvimento do instrumento do 
zoneamento ambiental se deu com o II Plano Nacional de Desenvolvimento 
Econômico – PND (BRASIL, 1975), uma vez que este salientou a necessidade 
de uma política ambiental em três áreas principais:meio ambiente na área 
urbana, o levantamento e a defesa do patrimônio de recursos de natureza e 
defesa e promoção da saúde humana. Para esse consagrado doutrinador,nesse 
quadro terão particular significação as políticas de uso do solo, urbano e 
rural, dentro do zoneamento racional. O referido plano (PND) define também 
normas para o zoneamento ambiental industrial ao estabelecer uma política 
de localização industrial.
5Sistema de Gestão Ambiental I
Verifica-se, até então, que o estabelecimento de restrições ao uso e à ocu-
pação do espaço urbano começou com uma discussão sobre os principais 
problemas ambientais surgidos nas principais cidades industrializadas brasi-
leiras. De modo a reforçar a necessidade do estabelecimento de zonas de usos 
e ocupação do espaço urbano, o III PND (BRASIL, 1980) contribuiu bastante 
ao estabelecer como metas aperfeiçoar e acelerar o zoneamento econômico-
-ecológico, considerando o uso do solo segundo a sua capacidade, e identificar 
áreas que devem ser preservadas como reservas naturais, perpetuando seu 
potencial genético.
A CF/88 ainda se debruçou especificamente sobre a temática do desen-
volvimento das cidades brasileiras. Assim o fez nos arts. 182 e 183, ao tratar 
da política urbana. No centro dessa política, a CF/88 colocou o Plano Diretor 
como o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão 
urbana, destacando a sua obrigatoriedade para as cidades com população 
acima de 20 mil habitantes. Merece destaque também o fato de que, no art. 
182 da CF/88, o constituinte se mostrou preocupado com a relativização 
do direito de propriedade, ao considerar que esta apenas deve prevalecer 
quando estiver cumprindo sua função social (§ 2º), que ocorre quando se 
está a obedecer às disposições contidas no Plano Diretor. É exatamente no 
seio dos Planos Diretores Municipais que se encontram prescrições sobre o 
ordenamento da urbe e sobre a criação de zonas com diferentes usos, zonas 
com diferentes formas de ocupação e zonas de proteção total, no aspecto 
ambiental (BRASIL, 1988).
Zoneamento ambiental
O zoneamento ambiental ou ecológico consiste em dividir o território em 
frações ou parcelas nas quais são autorizados determinados usos, ou interdita-
-se, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras atividades. Elencado 
como um dos instrumentos da PNMA (Lei Federal nº 6.938/81), a expressão, 
posteriormente, quando da edição do Decreto Federal nº 4.297/02, evolui para 
zoneamento ecológico-econômico (ZEE).
Zoneamento industrial
O zoneamento industrial constitui importante instrumento para o disciplina-
mento dos espaços municipais, uma vez que delimita área para a instalação 
de equipamentos de infraestrutura e instalação de indústrias que, efetiva ou 
Sistema de Gestão Ambiental I6
potencialmente, possam gerar degradação ambiental em níveis que sejam 
prejudiciais à saúde da população. Daí a necessidade de planejamento quanto 
a essas instalações.
Zoneamento urbano
Os municípios não somente têm áreas inseridas na malha urbana como também 
áreas inseridas no perímetro rural, as quais também precisam de planejamento 
quanto aos seus usos e suas formas de ocupação. No entanto, como os problemas 
ambientais estão, em sua maior parte, no âmbito dos grandes centros urbanos, 
sobre esse ambiente produzido, analisando em breves linhas, os efeitos nocivos 
de um crescimento urbano sem o devido planejamento infelizmente ainda é 
o que ocorre com a maior parte das cidades brasileiras. No caso das cidades 
com mais de 20 mil habitantes, a política de desenvolvimento urbano deve 
estar, obrigatoriamente, pautada nas disposições contidas no Plano Diretor, 
principal instrumento ordenador do espaço urbano. A ausência de planeja-
mento certamente trará sérias consequências para a qualidade de vida dos 
habitantes da cidade negligente, uma vez que os usos inadequados trarão 
resultados indesejáveis.
Outros tipos de zoneamentos existentes:
 � Zoneamento socioeconômico­ecológico.
 � Zoneamento agroecológico.
 � Zoneamento agrícola de risco climático.
 � Etnozoneamento (terras indígenas).
Estratégias de sustentabilidade urbana e 
desenvolvimento sustentável das cidades 
brasileiras
O planejamento municipal é concretizado por meio de uma política de desen-
volvimento traçada pelo Plano Diretor, que é criado a partir de lei municipal, 
7Sistema de Gestão Ambiental I
dispõe sobre diretrizes estratégicas para desenvolvimento urbano e econômico 
da cidade e orienta os investimentos públicos. O planejamento urbano envolve 
a elaboração de normas legais que o normatizem e que incluam a participação e 
a intervenção da comunidade e de entidades para ajudar a encontrar os pontos 
críticos no desenvolvimento da cidade. 
O planejamento urbano do Município deve ser capaz de pensar a cidade es-
trategicamente, garantindo um processo permanente de discussão e análise 
das questões urbanas e suas contradições inerentes, de forma a permitir 
o envolvimento de seus cidadãos (GREEN, 2002 apud SEGUNDO, 2003, 
documento on-line).
Porém, o planejamento é um processo contínuo, o que exige que seus 
objetivos sejam alterados com o decorrer do tempo, assim como as políticas 
necessárias para sua prática. Portanto, inclui também a ação política. Para 
se alcançar um planejamento que englobe todas as necessidades municipais, 
alguns instrumentos podem ser trabalhados para assegurar a melhoria da 
qualidade de vida da população. O art. 4º, inciso III, da Lei nº 10.257/01, 
conhecida como Estatuto da Cidade, apresenta um conjunto de instrumentos 
necessários à implementação e à efetivação da política urbana. Em se tratando 
do planejamento municipal, foram elencados instrumentos especiais como: a) 
Plano Diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; 
c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias 
e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, progra-
mas e projetos setoriais; e h) planos de desenvolvimento econômico e social 
(BRASIL, 2001).
A Segunda Conferência das Nações Unidas sobre assentamentos huma-
nos (também conhecida como Reunião da Cúpula das Cidades), realizada 
em Istambul em 1996, é exemplo dessa crescente preocupação em se 
alcançar o desenvolvimento sustentável das cidades. Contudo, a dificul-
dade com relação à avaliação das ações desenvolvidas pelas autoridades 
locais, visando à sustentabilidade, cria a necessidade de aplicar critérios 
comuns a todas as cidades e que possam mensurar a eficácia em atingir 
essas metas ambientais.
Nesse sentido, por meio de alguns estudos, apresentam-se cinco categorias 
gerais de ação ambiental com a finalidade de avaliar o desempenho das cidades, 
como se vê no Quadro 1 a seguir.
Sistema de Gestão Ambiental I8
Fonte: Adaptado de Menegat, Almeida e Satterthwaite (2004, p. 136).
Controle de doenças 
contagiosas e 
parasitárias
Essa medida inclui prever um suprimento 
adequado de água, saneamento, drenagem 
e coleta de lixo para todos os moradores e 
empresas da cidade. Exige o controle de doenças 
contagiosas e parasitárias não associadas com o 
abastecimento e o saneamento inadequados.
Redução dos perigos 
químicos e físicos no 
lar, no local de trabalho 
e na cidade em geral
Aqui se adotam medidas que visem a 
regras de segurança do trabalho, leis de 
gestão dos resíduos sólidos (principalmente 
os da classe I, ou perigosos), estudos 
como o PGRS, adequações quanto aos 
diferentes tratamentos de efluentes, etc.
Universalização de um 
ambiente urbano em boa 
qualidade para todos
Em termos de índice de área verde e qualidade 
de espaço aberto por pessoa, assim como 
proteção do patrimônio natural e cultural.
Minimização da 
transferência de 
custos ambientais 
para habitantes e 
ecossistemas no 
entorno da cidade
Aqui podemos entender que uma cidade não 
é sustentável, ao passo que transfere seus 
problemas ambientais para outras regiões. 
Um exemplo muito comum são os resíduos. 
Outro exemplo que podemos citar éa poluição 
atmosférica, à medida que as cidades não 
cuidam desse problema ele evade divisas, sem 
a menor restrição, assim como o esgoto, etc.
Incentivo ao “consumo 
sustentável”
Assegurar que os bens e serviços necessários 
para satisfazer as necessidades de consumo de 
todos sejam fornecidos sem prejuízos a outras 
localidades. Isso implica o uso de recursos, o 
consumo de bens e a geração e destinação de 
resíduos por empresas e moradores urbanos, 
compatíveis com os limites do capital natural de 
modo a não transferir custos ambientais para as 
outras pessoas (inclusive as gerações futuras).
Quadro 1. Categorias gerais de ação ambiental: avaliação do desempenho das cidades
A avaliação dessas categorias listadas anteriormente possibilita maior 
compreensão sobre o processo de fiscalização ambiental municipal e é igual-
mente fundamental para uma avaliação geral das políticas de meio ambiente 
9Sistema de Gestão Ambiental I
nos municípios. A ênfase dada a cada categoria pelas autoridades locais ob-
viamente depende de fatores, tais como: estrutura econômica local, nível 
de conscientização da população, potencial poluidor dos empreendimentos 
situados na região, interesses políticos, fiscalização das atividades, bem como 
infraestrutura do órgão competente pela execução da política ambiental.
Entretanto, a grande dificuldade em conseguir consenso acerca dos con-
ceitos de desenvolvimento sustentável e Gestão Ambiental Pública eficiente 
acaba prejudicando a operacionalidade das ações necessárias para alcançá-los.
Contudo, as ações de Gestão Ambiental municipais, que se pautem prin-
cipalmente nessas cinco categorias distintas que aqui foram colocadas, já 
são um próspero começo, pois elas têm por finalidade básica a melhoria da 
qualidade de vida e saúde da população e são ações importantes para garantir 
que o desenvolvimento econômico ocorra de forma sustentável, preservando 
o meio ambiente para que as futuras gerações possam vir a atender suas 
próprias necessidades.
Segundo o autor Camagni (1998 apud MUNIER, 2011, p. 2), 
[...] o desenvolvimento urbano sustentável pode ser definido como um pro-
cesso de integração sinergética e coevolução entre os grandes subsistemas 
que compõem uma cidade (econômicos, sociais, físicos e ambientais), que 
garantem à população local um nível não decrescente de bem-estar a longo 
prazo, sem comprometer as possibilidades de desenvolvimento das zonas 
circundantes e contribuindo no sentido de reduzir os efeitos nocivos do de-
senvolvimento sobre a biosfera. 
Dessa forma, para que as cidades brasileiras do século XXI possam vir 
a ser palco de uma vida urbana enriquecida, será necessário que se operem 
“[...] transformações dos padrões insustentáveis de produção e consumo que 
resultam na degradação dos recursos naturais e econômicos do país, afetando 
as condições de vida da população nas cidades” (BEZERRA, 2000, p. 14). 
Dentre as propostas estratégicas de sustentabilidade urbana, identificadas 
como prioritárias para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras, 
encontram-se as seguintes:
 � o aperfeiçoamento e a regulamentação do uso e da ocupação do solo 
urbano e a promoção do ordenamento do território, contribuindo para a 
melhoria das condições de vida da população, considerando a promoção 
da equidade, a eficiência e a qualidade ambiental.
 � a promoção do desenvolvimento institucional e do fortalecimento da 
capacidade de planejamento e de gestão democrática da cidade, incor-
Sistema de Gestão Ambiental I10
porando no processo a dimensão ambiental urbana e assegurando a 
efetiva participação da sociedade;
 � a realização de mudanças nos padrões de produção e de consumo da 
cidade, reduzindo custos e desperdícios e fomentando o desenvolvimento 
de tecnologias urbanas sustentáveis;
 � o desenvolvimento e o estímulo à aplicação de instrumentos econômicos 
no gerenciamento dos recursos naturais visando à sustentabilidade urbana.
Portanto, a identificação, a análise e a avaliação de indicadores de quali-
dade de vida e sustentabilidade ecológica, econômica e social nas cidades são 
fundamentais para a constituição de uma base sólida na elaboração de políticas 
públicas capazes de enfrentar esses problemas adequadamente.
Algumas premissas podem ser estruturadas para nortear o conceito de cidades 
sustentáveis:
 � Crescer sem destruir.
 � Indissociabilidade da problemática ambiental e social.
 � Diálogo entre a Agenda 21 brasileira e as atuais opções de desenvolvimento.
 � Especificidade da Agenda Marrom.
 � Inovação e disseminação de boas práticas.
 � Fortalecimento da democracia.
 � Gestão integrada e participativa.
 � Foco na ação local.
 � Mudança de enfoque de políticas de desenvolvimento e preservação ambiental.
 � Informação para a tomada de decisões, “conhecer para preservar”.
1. Veja os tipos de 
zoneamento a seguir: 
I. Zoneamento ambiental
II. Zoneamento climático
III. Zoneamento geográfico
IV. Zoneamento urbano
V. Zoneamento industrial
A gestão ambiental pública 
considera três tipos de 
zoneamento. Estão CORRETOS 
apenas os tipos: 
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) II, III e V.
11Sistema de Gestão Ambiental I
d) I, III e V.
e) I, IV e V.
2. O processo de zoneamento 
como instrumento de gestão 
ambiental é fundamental, pois visa 
o planejamento para a utilização 
do espaço físico e dos recursos 
naturais nele existentes, seguindo 
critérios ecológicos e econômicos, 
a fim de assegurar sua utilização, de 
forma menos impactante possível 
e mais viável economicamente. 
Sendo assim, pode­se dizer que o 
zoneamento ambiental possibilita, 
entre outros, três aspectos:
I. Impedir a ocupação anárquica 
dos espaços territoriais, 
fazendo com que eles se 
enquadrarem em determinados 
padrões de racionalidade 
(socioeconômico e ambiental).
II. Delimitar geograficamente áreas 
territoriais, definindo diretrizes 
para o uso da propriedade 
e dos recursos naturais 
nela existentes. 
III. Definir as características 
espaciais da distribuição 
mais adequada de novos 
empreendimentos industriais.
IV. Proporcionar uma melhor gestão 
dos recursos ambientais.
V. Definir os planos diretores de 
crescimento das cidades, a partir 
das condições de cada uma delas.
Assinale a alternativa que 
apresenta apenas os três 
aspectos possibilitados pelo 
zoneamento ambiental: 
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.
3. O zoneamento industrial faz 
parte da gestão ambiental 
pública. Ele está vinculado 
aos novos empreendimentos 
a serem construídos. Seu 
objetivo mais importante é:
a) Localizar as indústrias 
perto de áreas urbanas que 
subministrem a mão de obra.
b) Estabelecer zonas industriais a 
partir das indústrias existentes, 
por exemplo, num estado.
c) Estabelecer um sistema jurídico 
que controle as dimensões dos 
novos empreendimentos.
d) Definir zonas destinadas 
ao estabelecimento de 
indústrias que podem ser 
consideradas perigosas 
pela geração de resíduos e 
contaminantes, ainda depois 
de um tratamento adequado.
e) Estabelecer a destinação mais 
adequada para os resíduos 
gerados pelas indústrias.
4. Analise as afirmações a seguir 
sobre o zoneamento urbano.
I. O zoneamento urbano 
estabelece as diferenças entre as 
grandes e pequenas cidades.
II. O zoneamento urbano estabelece 
os princípios de regionalização 
de áreas com diferente 
densidade de população.
III. O zoneamento urbano 
define áreas destinadas 
à expansão urbana.
IV. No zoneamento urbano, é 
fundamental determinar o plano 
diretor que cada município 
utiliza, a fim de articular 
os interesses dos agentes 
envolvidos no processo de 
expansão urbana. 
Sistema de Gestão Ambiental I12
V. O zoneamento urbano recebe 
interferências importantes 
dos interesses imobiliários 
e das invasões de áreas 
públicas e privadas.
Tendo em vista o zoneamento 
urbano, assinale a opção 
que apresenta apenas as 
afirmativas CORRETAS:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) I, IV e V.
e) III, IV e V.5. Dos tipos de solo indicados a 
seguir, assinale a alternativa que 
apresenta aquele que, segundo 
a legislação vigente, é possível 
fazer um loteamento urbano:
a) Terreno que tenha sido aterrado 
com materiais nocivos à saúde.
b) Terreno com boa drenagem 
e solos improdutivos.
c) Terreno alagadiço e 
sujeito a inundações.
d) Áreas de preservação ecológica.
e) Terreno com declive igual 
ou superior a 30%.
BEZERRA, M. C. L. (Coord.). Cidades sustentáveis: subsídios à elaboração da Agenda 21 
Brasileira. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2000. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 1988. Dis­
ponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 
Brasília, DF, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.
htm>. Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Consti­
tuição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providên­
cias. Brasília, DF, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/
LEIS_2001/L10257.htm>. Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. II Plano Nacional de Desenvolvimento: 1975­1979. Brasília, DF, 1975. Dispo­
nível em: <http://bibspi.planejamento.gov.br/handle/iditem/492>. Acesso em: 
12 jun. 2018.
BRASIL. III Plano Nacional de Desenvolvimento: 1980­1985. Brasília, DF, 1980. Disponível 
em: <http://bibspi.planejamento.gov.br/handle/iditem/493?show=full>. Acesso em: 
12 jun. 2018.
HJORT, L. C.; PUJARRA, S.; MORETTO, Y. Aspectos da gestão ambiental pública e pri­
vada: Análise e Comparação. Revista Ciência, Tecnologia e Ambiente, v. 3, n. 1, p. 73­81, 
13Sistema de Gestão Ambiental I
2016. Disponível em: <http://www.revistacta.ufscar.br/index.php/revistacta/article/
download/28/32>. Acesso em: 12 jun. 2018.
MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
MENEGAT, R.; ALMEIDA, G.; SATTERTHWAITE, D. Desenvolvimento sustentável e gestão am-
biental nas cidades: estratégias a partir de Porto Alegre. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2004.
MUNIER, N. Methodology to select a set of urban sustainability indicators to mea­
sure the state of the city, and performance assessment. Ecological Indicators, n. 774, 
p. 1­7, 2011.
SEGUNDO, R. O planejamento urbano municipal e o meio ambiente. 2003. Disponível 
em: <https://jus.com.br/artigos/3836/o­planejamento­urbano­municipal­e­o­meio­ 
ambiente>. Acesso em: 12 jun. 2018.
Leituras recomendadas
BRASIL. Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei no 9.795, de 27 
de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras 
providências. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/2002/d4281.htm>. Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. Decreto nº 4.297, de 10 de julho de 2002. Regulamenta o art. 9o, inciso II, da 
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o Zoneamento 
Ecológico­Econômico do Brasil ­ ZEE, e dá outras providências. Brasília, DF, 2002. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4297.htm>. 
Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.803, de 2 de julho de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas para 
o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras providências. 
Brasília, DF, 1980. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6803.
htm>. Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui 
a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, DF, 2009. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9795.htm>. Acesso em: 
12 jun. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. A3P: agenda ambiental na administração pública. 
5. ed. Brasília, DF: MMA, 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/
a3p/_arquivos/cartilha_a3p_36.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. O que é A3P? 2018. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade­ 
socioambiental/a3p>. Acesso em: 12 jun. 2018.
BRASIL. Outros tipos de zoneamento. 2018. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
gestao­territorial/zoneamento­territorial/item/8188­outros­tipos­de­zoneamento>. 
Acesso em: 12 jun. 2018.
Sistema de Gestão Ambiental I14
BRASIL. Protocolo de Quioto. 2018. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/clima/
convencao­das­nacoes­unidas/protocolo­de­quioto>. Acesso em: 12 jun. 2018.
MACHADO, G. Estratégias de sustentabilidade urbana. 11 out. 2011. Disponível em: 
<http://gmundus.blogspot.com.br/2011/10/estrategias­de­sustentabilidade­urbana.
html>. Acesso em: 12 jun. 2018.
SILVEIRA, L. Gestão Ambiental: conceitos importantes. 2017. Disponível em : <https://
iusnatura.com.br/gestao­ambiental­conceitos­importantes/>. Acesso em: 12 jun. 2018.
SOUZA, L. C. L. et al. Cidades sustentáveis: um desafio comum para Brasil e Portugal. 
In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS. 
3., 2003. Anais... 2003. Disponível em: <http://www.elecs2013.ufpr.br/wp­content/
uploads/anais/2003/2003_artigo_043.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2018.
VIEIRA, J. S. R. Cidades sustentáveis. Revista de Direito da Cidade, v. 4, n. 2, p. 1­ 39, 
2007. Disponível em: <http://www.e­publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/
viewFile/9710/7609>. Acesso em: 12 jun. 2018.
15Sistema de Gestão Ambiental I
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
No vídeo a seguir, apresentam-se os elementos conceituais mais importantes desta Unidade de 
Aprendizagem, tais como o zoneamento ambiental, industrial e urbano. Quanto a este último, 
mostram-se as características de uma cidade sustentável segundo o Programa Nacional de Meio 
Ambiente.
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EXERCÍCIOS
1) Veja os tipos de zoneamento a seguir: 
I. Zoneamento ambiental 
II. Zoneamento climático 
III. Zoneamento geográfico 
IV. Zoneamento urbano 
V. Zoneamento industrial 
 
Sabe-se que a Gestão Ambiental Pública considera três tipos de zoneamento. Assim 
sendo, estão corretas APENAS as afirmativas:
A) I, II e III.
B) II, III e IV.
C) II, III e V.
D) I, III e V.
E) I, IV e V.
2) 
O processo de zoneamento como instrumento de Gestão Ambiental é fundamental, 
pois visa o planejamento para a utilização do espaço físico e dos recursos naturais 
nele existentes, seguindo critérios ecológicos e econômicos, a fim de assegurar sua 
utilização de forma menos impactante possível e mais viável economicamente. Sendo 
assim, pode-se dizer que o zoneamento ambiental possibilita, entre outros, três 
aspectos: 
I. Impedir a ocupação anárquica dos espaços territoriais, fazendo com que eles se 
enquadrem em determinados padrões de racionalidade (socioeconômico e ambiental). 
II. Delimitar geograficamente áreas territoriais, definindo diretrizes para o uso da 
propriedade e dos recursos naturais nela existentes. 
III. Definir as características espaciais da distribuição mais adequada de novos 
empreendimentos industriais. 
IV. Proporcionar uma melhor gestão dos recursos ambientais. 
V. Definir os planos diretores de crescimento das cidades, a partir das condições de 
cada uma delas. 
 
Assinale a alternativa que apresenta APENAS os três aspectos possibilitados pelo 
zoneamento ambiental.
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) II, III e IV.
D) II, III e V.
E) II, IV e V.
3) O zoneamento industrial faz parte da Gestão Ambiental Pública. Ele está vinculado 
aos novos empreendimentos a serem construídos. Seu objetivo mais importante é:
A) Localizar as indústrias perto de áreas urbanas que subministrem a mão de obra.
B) Estabelecerzonas industriais a partir das indústrias existentes, como, por exemplo, num 
estado.
C) Estabelecer um sistema jurídico que controle as dimensões dos novos empreendimentos.
D) Definir zonas destinadas ao estabelecimento de indústrias que podem ser consideradas 
perigosas pela geração de resíduos e contaminantes, ainda depois de um tratamento 
adequado.
E) Estabelecer a destinação mais adequada para os resíduos gerados pelas indústrias.
4) Analise as afirmações a seguir sobre o zoneamento urbano. 
I. O zoneamento urbano estabelece as diferenças entre as grandes e pequenas 
cidades. 
II. O zoneamento urbano estabelece os princípios de regionalização de áreas com 
diferente densidade de população. 
III. O zoneamento urbano define áreas destinadas à expansão urbana. 
IV. No zoneamento urbano, é fundamental determinar o plano diretor que cada 
município utiliza, a fim de articular os interesses dos agentes envolvidos no processo 
de expansão urbana. 
V. O zoneamento urbano recebe interferências importantes dos interesses 
imobiliários e das invasões de áreas públicas e privadas. 
 
Tendo em vista o zoneamento urbano, pode-se afirmar que estão corretas APENAS 
as afirmativas:
A) I, II e III.
B) II, III e IV.
C) I, III e IV.
D) I, IV e V.
E) III, IV e V.
5) A Lei N.o 6.766, de 19 de dezembro de 1979, dispõe sobre o parcelamento do solo 
urbano. No seu artigo 3.o, parágrafo único, dispõe, também, sobre os tipos de 
terrenos em que não será permitido o parcelamento do solo. Dos tipos de solo 
indicados a seguir, assinale a alternativa que apresenta aquele que, segundo a 
legislação, é possível fazer um loteamento urbano.
A) Terreno que tenha sido aterrado com materiais nocivos à saúde.
B) Terreno com boa drenagem e solos improdutivos.
C) Terreno alagadiço e sujeito a inundações.
D) Áreas de preservação ecológica.
E) Terreno com declive igual ou superior a 30%.
NA PRÁTICA
A Lei N.o 7.165, de 27 de agosto de 1996, institui o plano diretor do município de Belo 
Horizonte. Tal instrumento objetiva o desenvolvimento sustentado do município nos aspectos 
físico, social, econômico e administrativo. Veja a seguir o que plano diretor de BH estabelece 
sobre o Meio Ambiente.
Consulte o plano diretor na íntegra por meio deste link:
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Ambiente - Tecnologias [Série Tekne - IFRS]
Schwanke, Cibele
Sistema de Gestão Ambiental II
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos estudar a Gestão Ambiental Organizacional, ou seja, 
aquela que se desenvolve nas empresas. Veremos, também, os empreendimentos privados em 
geral. A base desta gestão é a ISO 14001, que também será analisada nesta unidade. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as características principais da Norma ISO 14001.•
Definir as vantagens de utilização de um sistema de gestão ambiental reconhecido 
internacionalmente.
•
Identificar os objetivos e princípios gerais que regem um sistema de gestão ambiental.•
DESAFIO
Você administra uma pequena empresa de produção artesanal de doces, por exemplo. Neste 
caso, você recebe a matéria-prima (frutas) de diversos lugares, conforme o tipo. Você tem dez 
funcionários, além de equipamentos para fabricação e embalagem dos doces. Numa visita de um 
especialista, você soube que, se implantasse um SGA simples, poderia economizar até 10% de 
gastos. 
A partir dessa situação, seu desafio será elaborar uma proposta que responda às seguinte 
questões: 
- O que você faria para implantar esse sistema? 
- Que aspectos você poderia incluir nele? 
- Como envolver todos os funcionários neste SGA? 
INFOGRÁFICO
A figura representa graficamente a ISO 14001:2015 como um sistema de gestão ambiental. 
Cada elemento pode ser considerado como um subsistema independente que, na sequência, leve 
à melhoria contínua do próprio sistema.
CONTEÚDO DO LIVRO
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos trabalhar a Norma Internacional ISO 14001. Os 
conteúdos vinculados a esta unidade encontram-se nas páginas selecionadas no livro Ambiente: 
tecnologias.
Boa leitura! 
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AMBIENTE
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Idealizado com o intuito de oferecer os subsídios 
necessários para uma formação qualificada na área 
ambiental, Ambiente: conhecimentos e práticas aborda 
temáticas fundamentais para o desenvolvimento 
profissional, especialmente no que diz respeito à 
capacidade de identificar, analisar e propor medidas 
de gestão que propiciem a utilização de recursos 
naturais com o compromisso ético de garantir a 
conservação e o desenvolvimento socioambiental.
Ambiente: conhecimentos e práticas possui projeto 
gráfico dinâmico e inovador, contribuindo para o 
desenvolvimento do aluno de forma eficaz por meio 
de recursos que proporcionam o aprofundamento 
intelectual. Isso ocorre com o auxílio de exercícios 
práticos, leituras sugeridas e vídeos disponíveis em 
um exclusivo ambiente virtual de aprendizagem.
Respaldado pelo Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), 
este lançamento da série Tekne é um instrumento 
pedagógico indispensável para alunos e professores 
dos cursos do eixo Ambiente e Saúde, previstos pelo 
Ministério da Educação.
CIBELE SCHWANKE
CONHECIMENTOS E PRÁTICAS
ORGANIZADORA
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Conheça também
Estudante: Visite o 
ambiente virtual de 
aprendizagem Tekne em 
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br/tekne para ter acesso 
a atividades interativas, 
vídeos e artigos.
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Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB10/2052
A492 Ambiente [recurso eletrônico] : tecnologias / Organizadora, 
 Cibele Schwanke. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : 
 Bookman, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8260-012-2
 1. Meio ambiente. 2. Conservação e proteção. 
 I. Schwanke, Cibele.
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O zoneamento urbano certamente é o mais difundido instrumento. Na definição 
de áreas destinadasà expansão urbana, é muito importante determinar o plano 
diretor que cada município irá adotar, de modo a articular os interesses de to-
dos os agentes envolvidos no processo. Como instrumento de gestão territorial 
urbana, o plano diretor também é um instrumento de gestão ambiental urbana, 
talvez o principal deles, sobretudo, pelo fato de não haver uma tradição de política 
ambiental em nível municipal no Brasil.
O documento do Ministério do Meio Ambiente para formulação e implementação 
de políticas públicas compatíveis com os princípios do desenvolvimento susten-
tável definidos na Agenda 21 (CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO 
AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO, 1992), intitulado Cidades sustentáveis, estabe-
lece quatro estratégias de sustentabilidade urbana identificadas como priori-
tárias para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras, duas das quais 
remetem diretamente ao plano diretor:
1. Aperfeiçoar a regulação de uso e ocupação do solo urbano e promover o or-
denamento do território, contribuindo para a melhoria das condições de vida 
da população, considerando a promoção da equidade, da eficiência e da qua-
lidade ambiental.
2. Promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade
de planejamento e gestão democrática da cidade, incorporando no processo a 
dimensão ambiental urbana e assegurando a efetiva participação da sociedade.
Contudo, existe uma diferença muito grande entre os ideais existentes para a im-
plantação de um plano diretor e o que é observado na prática. Na maioria dos ca-
sos, esses desvios são induzidos pelo processo de especulação imobiliária e pelas 
mudanças de governo, o que induz a uma série de problemas ambientais de difícil 
resolução, sem o uso de alternativas mais drásticas de intervenção.
Gestão ambiental organizacional
O panorama atual de mercados em unificação e a globalização da competição, 
facilitada pela queda de barreiras alfandegárias, forçam as empresas a adotar 
uma nova visão quanto à amplitude de competidores em seu mercado. A atua-
ção das empresas pode ser restrita, mas a competição é globalizada, porque, po-
tencialmente, qualquer competidor é capaz de atender ao mercado em que uma 
ou outra empresa atua. Juntamente com esse panorama, a preocupação com os 
aspectos ambientais da produção, por parte dos governos e pela sociedade civil 
organizada, gerou uma nova demanda às empresas.
Nesse contexto, o objetivo para a emissão de uma norma internacional para 
o gerenciamento ambiental visa a possibilitar que ela possa ser utilizada como
ponto de referência, por meio do qual as empresas possam ser comparadas. Essas 
normas possuem também o potencial de estender e difundir as boas práticas am-
bientais ao longo das fronteiras.
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A série de normas ISO 14000 vem ao encontro das necessidades das empresas de 
adotarem práticas gerenciais adequadas às exigências de mercado, universalizando 
os princípios e os procedimentos que permitirão uma expressão consistente de qua-
lidade ambiental. Essa série de normas possui duas abordagens de avaliação: avalia-
ção da organização e avaliação do produto, conforme apresentado na Figura 12.1.
Normas da série
NBR ISO 14.000
Avaliação da organização
Sistema de gestão ambiental
(ISO 14001 e 14004)
Avaliação do produto
Auditoriais ambientais
(ISO 14010 e 1412)
Avaliação de desempenho 
ambientais (ISO 14031)
Rotulagem ambiental
(ISO 14020 e 14025)
Análise do ciclo de vida
(ISO 14040 a 14049)
Figura 12.1 Normas ISO 14000.
A série de normas ISO 14000 é uma contribuição da International Organization for 
Standardization (ISO) ao campo do gerenciamento ambiental. Uma organização 
poderá decidir sobre a adoção dos requisitos ISO 14001 para sua gestão interna, 
bem como para a certificação ambiental, obtida a partir de auditorias de organis-
mos de certificação, externos à empresa.
Entre as vantagens de utilização de um sistema de gestão ambiental (SGA) norma-
lizado e adotado internacionalmente, podemos destacar:
 • Diferencial competitivo: melhora da imagem, aumento de produtividade e con-
quista de novos mercados.
 • Melhoria organizacional: gestão ambiental sistematizada, integração da qualida-
de ambiental à gestão dos negócios da empresa, conscientização ambiental dos
funcionários e relacionamento de parceria com a comunidade.
 • Minimização de custos: eliminação de desperdícios, conquista da conformidade 
ao menor custo e racionalização dos recursos humanos, físicos e financeiros.
 • Minimização dos riscos: segurança legal, segurança das informações, minimiza-
ção dos acidentes e passivos ambientais, minimização dos riscos dos produtos e
identificação de vulnerabilidade.
Entre os principais objetivos de um SGA, podemos citar:
 • Fornecer ferramentas necessárias para alcançar metas ambientais e melhoria
contínua do desempenho de uma empresa.
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 • Buscar a qualidade ambiental.
 • Avaliar a estratégia da empresa (fator de diferenciação no mercado).
 • Adotar medidas de prevenção da poluição.
O sistema de gestão ambiental está fundamentado na adoção de medidas preven-
tivas à ocorrência de impactos adversos ao meio ambiente e se baseia em cinco 
princípios:
 • Conhecer o que deve ser feito. Assegure o comprometimento da empresa e defi-
na sua política de meio ambiente.
 • Elaborar o plano de ação para atender aos requisitos de sua política ambiental.
 • Assegurar condições para o cumprimento dos objetivos e das metas ambientais 
e implementar as ferramentas de sustentação necessárias.
 • Realizar avaliações qualitativas e quantitativas do desempenho ambiental da
empresa.
 • Revisar e aperfeiçoar a política, os objetivos e as metas ambientais e as ações
implementadas para assegurar a melhoria contínua do desempenho ambiental
da empresa.
Norma internacional ISO 14001
A ISO 14001 no Brasil é editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), tendo sua última versão sido publicada em 31/12/2004 (2ª edição), com 
validade a partir de 31/01/2005. Essa norma especifica os requisitos relativos a 
um SGA, permitindo a uma organização formular política e objetivos que levem 
em conta os requisitos legais e as informações referentes aos impactos ambientais 
significativos.
A finalidade da ISO 14001 é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de po-
luição com as necessidades socioeconômicas. Sua adoção não garante, por si só, 
resultados ambientais ótimos. Ela não aborda e não inclui requisitos relativos a 
aspectos de gestão de saúde ocupacional e de segurança do trabalho.
A norma contém requisitos de sistema de gestão baseados no processo dinâmico 
e cíclico de planejar, executar, verificar e agir, o chamado PDCA: plan (planejar), 
do (executar), check (verificar), action (agir). O PDCA pode ser resumido conforme 
sugere a Figura 12.2:
 ASSISTA AO FILME
Assista ao vídeo Vida 
Reciclada ISO 14001, 
disponível no ambiente de 
aprendizagem
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Análise pela
administração
Verificação Implementação e
operação
Política ambiental
Melhoria contínua
Planejamento
Figura 12.2 Subsistemas da 
norma NBR ISO 14001.
Fonte: NBR ISO 14004 (2004b).
A etapa de planejamento inclui identificação e classificação dos aspectos am-
bientais, levantamento dos requisitos legais aplicáveis e definição de objetivos e 
metas ambientais. Os empresários precisam fazer as perguntas fundamentais re-
lativas aos seus negócios: “Onde estamos e para onde queremos ir?”. Responder a 
essas perguntas envolve três passos.
 • Fazer avaliação ambiental inicial: compreender a posição ambiental atual da
empresa, asexigências legais impostas, os aspectos ambientais relevantes, suas
práticas e posturas; identificar os pontos fortes e fracos.
 • Obter uma visão clara do futuro próximo: compreender os prováveis aspectos
e impactos ambientais futuros e suas implicações no futuro da empresa, a fim de 
identificar os riscos e as oportunidades ambientais.
 • Estabelecer uma política ambiental: definir como a empresa irá reagir às ques-
tões ambientais atuais e futuras, antecipando-se a elas.
A etapa de implantação e operação implica definição de estruturas e responsa-
bilidades, treinamentos, comunicação, elaboração da documentação do sistema 
(incluindo a criação de procedimentos de controle operacional e atendimento das 
situações de emergência). Os colaboradores encarregados da implementação das 
ações devem definir responsabilidades e procedimentos, que devem ser aprova-
dos pela alta direção. Nessa etapa, o levantamento das atividades, sua descrição, 
incluindo sua interação com o meio ambiente, é a parte principal. A partir daí é 
que as outras atividades dessa etapa se desenvolvem.
Na etapa de verificação são executadas ações de monitoramento e medição, 
conforme padrões ou requisitos legais, sendo levantadas as não conformidades e 
gerados seus registros. Nessa etapa, geralmente faz-se uma auditoria do sistema 
para avaliação da eficácia da sua implantação. Esses resultados são analisados jun-
to à direção da empresa, que promove uma análise crítica e determina mudanças 
de rumo quando necessário.
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A empresa deve possuir instrumentos para responder à pergunta “Como estamos 
indo?”. Esses instrumentos de controle e monitoramento geralmente incluem re-
latórios sobre desempenho ambiental e geração de resíduos (sólidos, líquidos e 
gasosos). Eles também incluem ações corretivas e preventivas. O objetivo dessa 
etapa é avaliar a real condição ambiental da empresa em relação às suas políticas 
definidas, bem como aos objetivos e às metas presentes no plano de ação.
As etapas de análise pela administração e melhoria contínua se caracterizam 
por etapas de aperfeiçoamento do SGA. Deficiências ou imprevistos são identifica-
dos e corrigidos. O plano de ação deve ser revisado e adaptado, e os procedimen-
tos são melhorados ou reorientados, conforme a necessidade e a orientação da 
empresa. O emprego desse método propicia que a direção da organização iden-
tifique as mudanças que podem ou devem ser feitas no SGA e se devem retornar 
à fase de planejamento para introduzir tais alterações na política ambiental e no 
plano de ação.
O sucesso do sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções, 
especialmente da alta administração. São elementos básicos do sistema de gestão 
ambiental (SGA):
 • política ambiental;
 • programa de gestão ambiental, considerando a avaliação ambiental inicial;
 • estrutura organizacional;
 • integração da gestão ambiental nas várias atividades de negócios da organização;
 • monitoramento, medição e registros;
 • ações corretivas e preventivas.
 • auditorias;
 • análises críticas;
 • treinamento;
 • comunicação interna/externa.
Basicamente, uma política ambiental é a expressão do compromisso da direção 
da empresa de introduzir a gestão ambiental em suas rotinas. A política ambiental 
é uma declaração pública das intenções e dos princípios de ação da empresa. É 
justamente essa política que deve orientar a definição dos objetivos gerais que a 
organização quer alcançar em termos de relação com o meio ambiente.
Um programa de gestão ambiental (ou plano de ação) pode se caracterizar 
como um conjunto de medidas que a empresa tomará na vigência do SGA. O pro-
grama ambiental traduz a política ambiental da organização em objetivos e metas 
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e identifica as ações para atingi-los. Nesse sentido, define as responsabilidades 
dos colaboradores internos e aloca os recursos humanos e financeiros necessários 
para a sua implementação. Além disso, o programa deve levar em consideração 
os aspectos ambientais da organização, uma visão geral das exigências legais e 
outros requisitos aplicáveis.
Um sistema de gestão ambiental deve determinar a estrutura organizacional, 
estabelecendo tarefas, delegando autoridades e definindo responsabilidades para 
implementar as ações.
A integração do sistema de gestão ambiental com as operações comerciais inclui 
procedimentos para incorporar as medidas ambientais em outros aspectos das ope-
rações da empresa, tais como saúde e segurança operacional, compras, desenvol-
vimento de produtos, associações e aquisições, marketing, finanças, entre outras. 
Inclui também o desenvolvimento de procedimentos ambientais especiais, geral-
mente especificados em manuais e outras instruções de trabalho, descrevendo me-
didas e atitudes a serem tomadas na implementação do programa ambiental.
Nesse sentido, devemos entender por procedimentos para monitoramento, medi-
ção e manutenção de registros a atitude de documentar e monitorar os resultados 
de ações e programas específicos, assim como os efeitos globais das melhorias 
ambientais. Já as ações corretivas e preventivas têm por objetivo principal a eli-
minação das causas reais ou potenciais de não cumprimento de objetivos, metas, 
critérios e especificações integrantes do programa ambiental.
As auditorias para verificar a adequação, a eficiência e a implementação do siste-
ma de gestão ambiental têm suas metodologias amplamente explicitadas na série 
de normas ISO 14000. A organização deve assegurar que as auditorias internas do 
sistema de gestão ambiental sejam conduzidas em intervalos planejados.
Os objetivos da auditoria interna são:
 • Determinar se o sistema de gestão ambiental está em conformidade com os ar-
ranjos planejados para a gestão, incluindo-se os requisitos da norma.
 • Avaliar se o sistema de gestão ambiental foi adequadamente implementado e
se é mantido.
 • Fornecer informações à administração sobre os resultados das auditorias.
Os procedimentos de auditoria devem ser estabelecidos, implementados e manti-
dos a fim de tratar das responsabilidades e dos requisitos para planejar e conduzir 
as auditorias, relatar os resultados, manter registros associados, bem como para 
determinar os critérios de auditoria, escopo, frequência e métodos.
A seleção de auditores e a condução das auditorias devem assegurar a objetivi-
dade e a imparcialidade do processo. O auditor interno deve ser independente 
da área auditada. Também deve ser definida a periodicidade dos processos. Os 
 DEFINIÇÃO
Auditoria interna é uma 
atividade geralmente 
desempenhada pelo 
departamento de uma 
entidade, incumbido 
pela direção de efetuar 
verificações e de 
avaliar os sistemas 
e os procedimentos 
da entidade, com 
vistas a minimizar 
as probabilidades 
de fraudes, erros ou 
práticas ineficazes. A 
auditoria interna deve ser 
independente no seio da 
organização e se reportar 
diretamente à direção.
DEFINIÇÃO
 DICA
Leia o Capítulo 4 do livro 
Fundamentos da gestão 
ambiental, de Shigunov 
Neto, Campos e Shigunov 
(2009), e verifique como 
ocorre a integração dos 
sistemas de gestão.
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auditores devem possuir qualificação, normalmente estabelecida pela própria 
organização. Ao término da auditoria deve ser elaborado um relatório. Análises 
críticas são realizadas periodicamente pela alta direção da organização, visando à 
adequação do sistema de gestão ambiental à luz das mudanças e circunstâncias, 
sejam elas organizacionais ou ambientais. Um importante elemento do sistema 
de gestão ambiental é o estabelecimento de rotinas de comunicação – entendi-
do como o estabelecimento de um fluxo comunicacional das partes interessadas,internas e externas à organização. No nível externo, relações com a comunidade 
para comunicar a política e as metas ambientais da organização; no nível interno, 
todos os níveis hierárquicos devem ter acesso às informações de gerenciamento 
ambiental que lhes interessem.
PARA SABER MAIS
Consulte o site do INMETRO e verifique o histórico de certificações concedidas pelos Estados e as organi-
zações credenciadas pelo INMETRO para certificação da norma NBR ISO 14001.
PPARA SAB
O estabelecimento de treinamentos é altamente necessário para assegurar que 
todos os colaboradores entendam onde estão inseridos no contexto do SGA e 
em relação a suas atividades de trabalho, além da conscientização a respeito das 
questões ambientais relevantes, da política ambiental, dos objetivos, das metas e 
do papel de cada colaborador no sistema de gestão ambiental da empresa.
 JUNTANDO TUDO!
Realize uma busca na internet sobre a Conferência de Estocolmo em 1972. Essa pesquisa auxiliará você 
a entender o cenário mundial na década de 70 em relação ao controle da poluição industrial a partir dos 
sistemas de tratamento de poluentes, conhecido como end of pipe (fim de tubo).
Além disso, ela poderá auxiliá-lo a compreender o processo de licenciamento ambiental, essencial para 
autorização dos projetos, construções/ampliações ou operação de processos produtivos industriais. Após 
pesquisar, pense sobre como é possível relacionar este processo com a gestão ambiental adotada pelas 
empresas atualmente?
JJUNTAND
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 14000: sistemas de gestão ambiental: diretrizes gerais, prin-
cípios sistemas e técnicas. 2. ed. Rio de Janeiro: ANBT, 2004a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 14004: sistemas de gestão ambiental: diretrizes gerais, prin-
cípios sistemas e técnicas de apoio. Rio de Janeiro: ANBT, 2004b.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Diário Oficial da União, 5 out. 1988. Seção 1, n. 
191-A, p. 1.
BRASIL. Lei nº 6.803, de 2 de julho de 1980. Diário Oficial da União, 3 jul. 1980. Seção 1, n. 123, p. 585.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Diário Oficial da União, 2 set. 1981. Seção 1, n. 167, p. 16509.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO, 2., 1992, Rio de Janeiro. 
Agenda 21. Rio de Janeiro: [s.n.], 1992.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE, 1., 1972, Estocolmo. Anais... Estocolmo: [s.n.], 
1972.
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA. Empresas certificadas ISO 14001. Rio de Ja-
neiro: INMETRO, 2012. Disponível em: �http://www.inmetro.gov.br/gestao14001�. Acesso em: 22 nov. 2012.
REIS, M. J. L. ISO 14000 gerenciamento ambiental: um novo desafio para a sua competitividade. São Paulo: Quali-
tymark, 1996.
SEIFFERT, M. E. B. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. São Paulo: Atlas, 2010.
SHIGUNOV NETO, A.; CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão ambiental. Rio de Janeiro: Ciência 
Moderna, 2009.
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OBJETIVOS
Após o estudo deste capítulo, você deverá ser capaz de:
Reconhecer a estrutura das relações organizacionais na sociedade.
Explicar a importância da administração na gestão de organizações.
 Identificar as diferentes etapas envolvidas nos processos gerenciais (ou 
administrativos).
 Reconhecer as competências profissionais necessárias para funções de 
liderança nas organizações.
 Caracterizar as ferramentas necessárias para planejar as atividades em 
organizações, destacando a importância do planejamento estratégico.
 Explicar as influências atuais da questão socioambiental nos processos 
de gestão das organizações, em especial das empresas.
Gestão de organizações 
e sustentabilidade
capítulo 13
Cláudio V. S. Farias
Falar sobre gestão de organizações é uma tarefa bastante complexa, pois as organizações, 
por definição, possuem um comportamento complexo. Este capítulo lança alguns elementos 
iniciais necessários para a compreensão dos princípios básicos sobre como gerenciar 
organizações, sejam elas públicas, privadas, lucrativas, sem fins lucrativos, religiosas, etc.
Como ponto de partida, abordaremos o papel dos indivíduos em uma sociedade que é 
cada vez mais regida pelas organizações. Em geral, as organizações servem para melhorar 
a vida dos seres humanos, mas isso é efetivamente constatado em todas as organizações 
da sociedade. As organizações possuem características, gerais e particulares, e em cada 
uma delas existem funções (gerais e específicas) atribuídas aos seus gestores.
Desde sempre, mas de forma mais acentuada nesse momento, as organizações são 
governadas por princípios de racionalidade. Vamos aqui discutir até que ponto 
tais princípios são verdadeiros, apresentando quais as funções básicas da gestão e 
como se expressam nos diversos tipos de organização, introduzindo uma 
discussão-recente acerca da sustentabilidade como 
fator-chave nas organizações.
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Até que ponto estamos 
cercados por organizações
Joana acorda pela manhã e, após realizar sua higiene matinal, toma café com sua 
família. Em seguida, vai à escola, ação que realiza todos os dias pela manhã. Nas 
terças e quintas à tarde, realiza trabalhos voluntários em uma organização não 
governamental (ONG) na área de educação ambiental. Nos sábados integra o 
grupo de escoteiros e, aos domingos, vai com sua avó ao culto de sua igreja, 
próxima à sua casa.
Talvez a semana de Joana seja muito semelhante a sua, não no que se refere às ati-
vidades em si, mas na presença marcante de organizações. Família, escola e igreja 
são exemplos de como as organizações estão presentes em nosso cotidiano. Mas 
afinal, o que vem a ser uma organização?
Assim, uma organização é um conjunto de pessoas e recursos, que tem por fina-
lidade atingir um objetivo comum, inatingível pelo esforço de uma única pessoa.
 PARA REFLETIR
As organizações fazem parte de seu cotidiano?
PPARA REF
Organizações e sociedade
Uma frase dita pelo filósofo francês Jean Jacques Rousseau (1712-1778) serve para 
compreendermos a relação do homem com as organizações: “o homem nasce li-
vre, mas está sempre acorrentado.” Essa frase aparece em seu livro O contrato so-
cial, publicado em 1762, e se referia às amarras institucionais (em especial aquelas 
baseadas nas imposições religiosas e sociais) que oprimiam a maioria dos euro-
peus no período que antecedeu a Revolução Francesa.
 PENSAMENTO CRÍTICO
Você acredita, assim como Rousseau, que estamos “amarrados” às organizações? Pense sobre a atuali-
dade da frase.
PPENSAME
 DEFINIÇÃO
As organizações são 
entendidas como uma 
combinação de esforços 
individuais que têm por 
finalidade realizar objetivos 
coletivos. Além de seus 
integrantes (as pessoas), 
as organizações empregam 
diversos outros recursos, 
tais como máquinas e 
equipamentos, dinheiro, tempo, 
espaço e conhecimentos.
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Na atualidade, nossas vinculações com as organizações modelam nossas vidas: 
nascemos em uma organização (hospital) e, quando morremos, somos enterrados 
ou cremados em outra organização (cemitério).
E não nos deparamos com as organizações apenas no início e no fim de nossas 
vidas: passamos por escolas, universidades; trabalhamos em empresas; nos filia-
mos a partidos políticos; nos associamos a clubes de lazer; temos nossos times de 
futebol de preferência; frequentamos festas, cinemas, restaurantes; frequentamos 
organizações que tratam de nossa espiritualidade (igrejas, sinagogas, mesquitas, 
entre outras).
Todas essas organizações possuem pontos em comum: influenciam

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