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Reprodução I (Fêmeas) - Endocrinologia da reprodução, ciclo estral da vaca, ciclo estral da égua

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Endocrinologia da Reorodqção 
 
Introdução 
Neurotransmissor: é liberado por um neurônio e atua localmente (no local onde foi 
liberado). 
Hormônio: é um mensageiro químico produzido por células ou glândulas endócrinas, 
transportado pela corrente sanguínea e que atua em um tecido alvo, através da interação 
com receptores específicos. 
Exceção: a adrenalina pode atuar tanto como hormônio quanto como 
neurotransmissor, a depender da rapidez da resposta desejada (neurotransmissor 
atua mais rápido). 
Observação: os hormônios esteroidais, por serem lipídicos, são transportados na 
corrente sanguínea ligados às proteínas, o que faz com que eles possuam uma 
meia-vida maior e, além disso, se ligam a receptores dentro das células (no 
núcleo ou citoplasma); já os hormônios protéicos, possuem uma meia-vida curta 
e se ligam a receptores extracelulares, pois não conseguem entrar nas células. 
Glândulas envolvidas na reprodução das fêmeas: 
 Hipotálamo, hipófise e ovários: formam o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal 
(EHHG), que rege a reprodução feminina; 
 Pineal: apresenta papel especial nas fêmeas sazonais; 
 Útero 
 
Hipotálamo 
O hipotálamo faz parte do SNC e é composto por neurônios, portanto, teoricamente, 
secreta neurotransmissores, porém, como os neurotransmissores caem na corrente 
sanguínea, são chamados de hormônios. 
O principal hormônio produzido pelo hipotálamo é o GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofinas), que atua na adenohipófise, estimulando a liberação das gonadotrofinas 
(substâncias com tropismo pelas gônadas femininas e masculinas). 
 
 
 
Adenohipófise 
A adenohipófise, também chamada de “hipófise anterior”, é a porção da hipófise que 
atua como glândula. É responsável pela produção e liberação das gonadotrofinas (FSH e 
LH), que irão atuar nas gônadas. 
 FSH (hormônio folículo-estimulante): estimula o desenvolvimento dos 
folículos 
o A síntese e liberação de FSH ocorre quando há secreção basal de GnRH 
 LH (hormônio luteinizante): estimula a luteinização do folículo desenvolvido 
(ou seja, o LH é responsável pela ovulação) 
o A síntese e liberação de LH ocorre quando há pico de secreção de GnRH 
Ovários 
Os ovários são responsáveis pela produção de estrógeno e progesterona. 
Estrógeno (E2): 
 É produzido pelo folículo antral e estimula a fase proliferativa do útero; 
 Estro = cio → níveis altos de estrógeno → fêmea receptiva ao macho (no 
momento do pico de estrógeno); 
 O estrógeno provoca uma série de mudanças nos órgãos reprodutivos, sendo 
elas: 
o Edemaciação e hiperemia da genitália externa (vulva), devido ao 
aumento do fluxo sanguíneo e da permeabilidade vascular no local; essas 
alterações têm o objetivo de proteger a genitália, através do aumento da 
imunidade no local; 
o Edemaciação da vagina e aumento da produção de muco; 
o Edemaciação do útero; 
o Dilatação da cérvix, através da modificação das fibras colágenas, o que 
aumenta a elasticidade, com o objetivo de auxiliar na limpeza do útero 
(facilitar a eliminação do conteúdo do útero). 
Observação: só podemos afirmar que uma fêmea está no cio quando ela aceita a monta. 
Observação: a melhor época para tratamento de uma infecção no útero é quando os 
níveis de estrógeno estão altos, já que nessa fase há maior eficiência do sistema imune 
no útero. 
Progesterona (P4): 
 É produzida pelo corpo lúteo e induz a fase secretora do útero; 
 É o hormônio da gestação; 
 Alterações provocadas pela progesterona: 
o Em níveis altos deste hormônio, há ausência da receptividade sexual da 
fêmea; 
o Bloqueio do sistema imune no útero, para que o embrião não seja 
reconhecido como um corpo estranho; 
o Fechamento da cérvix, para que não haja saída do conteúdo do útero e 
para evitar a entrada de substâncias estranhas no útero; 
o Relaxamento da musculatura do útero, para permitir sua expansão de 
acordo com o crescimento do feto. 
Observação: a cadela é a única fêmea que apresenta cio com os níveis de progesterona 
crescentes e os de estrógeno decrescentes (porém, ainda assim há um equilíbrio entre os 
níveis destes dois hormônios, de forma a possibilitar o cio). 
Entendendo a nutrição do embrião: quando os níveis de estrógeno estão altos, há uma 
superprodução e armazenamento de secreção nas glândulas uterinas. Já quando os níveis 
de progesterona estão aumentados, há a liberação dessa secreção no útero, para nutrir o 
embrião. 
 
Outros hormônios 
PGF-2α: é uma prostaglandina importante para a manutenção do ciclo estral da fêmea 
quando ela não está gestante. É produzida pelo endométrio e possui função de luteólise 
(interrompe a produção de progesterona pelo útero). Também aumenta a contratilidade 
da musculatura lisa. 
Ocitocina: é produzida no hipotálamo e secretada pela neurohipófise. Também é 
produzida pelo corpo lúteo não-gravídico. Aumenta a contratilidade da glândula 
mamária e uterina, o que está diretamente relacionado ao mecanismo do parto. 
Prolactina: é produzida na adenohipófise e está relacionada com a produção de leite. 
Inibe o eixo HHG, fazendo com que a fêmea não tenha condições de ovular logo após o 
parto (isso dura apenas alguns dias). 
Inibina: hormônio produzido pelo folículo dominante; faz feedback negativo para o 
FSH e inibe os receptores para FSH e LH dos outros folículos, inibindo o crescimento 
deles. 
Relaxina: é produzido pelo corpo lúteo e pela placenta, no final do parto. Promove 
elasticidade dos ligamentos e relaxamento da pelve. 
 
 
 
Ciclos Reprodutivos 
Puberdade: fase da vida reprodutiva da fêmea em que ocorre a primeira ovulação com 
manifestação de estro seguida de formação de corpo lúteo funcional. 
 Antes de a puberdade ocorrer, ocorre ovulação, mas não Há demonstração de cio 
porque a fêmea não está madura o suficiente ainda (fêmea madura -> ~ 60% do 
peso corporal do adulto) 
 Uma fêmea inseminada antes de demonstrar cio dificilmente vai conseguir 
manter a gestação, pois não há corpo lúteo suficiente para isso. 
Ciclo estral: é o período compreendido entre dois estros, de duração variável conforme 
a espécie. 
 
Anestro: fase do ciclo estral onde não ocorre manifestação do estro. Fisiologicamente, 
ocorre em fêmeas monoéstricas, poliétricas estacionais e durante a gestação. 
Etapas do ciclo estral: 
1) Recrutamento, seleção e crescimento folicular 
2) Dominância folicular 
3) Atresia folicular 
4) Formação e regressão do corpo lúteo 
 Tudo controlado pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal 
 
Classificação quanto ao desenvolvimento do ciclo estral: 
 Fêmeas monoéstricas: manifestam apenas um cio a cada período de tempo 
 Fêmeas poliéstricas: manifestam mais de um cio a cada período de tempo 
o Poliéstricas estacionais: égua, cabra, ovelha 
o Poliéstricas não-estacionais: vaca, porca 
 
 
 
 Ciclo Estral da Fêmea Bopina 
O ciclo estral da vaca tem duração média de 21 dias (17 a 24 dias), sendo que esses 
animais são poliéstricas contínuas (não-estacionais). 
A idade à puberdade é de 18 a 25 meses para as fêmeas zebuínas e de 8 a 15 meses 
para as taurinas. 
 
Importante: as fêmeas bovinas tendem a apresentar cio nos períodos do dia com 
temperaturas mais amenas (início da manhã e final da tarde). 
Fases do ciclo estral da vaca: 
1) Proestro: está ocorrendo aumento dos níveis de E2 (sem atingir o pico ainda); 
inicia com a regressão do corpo lúteo e termina com o início do estro; é 
caracterizado pelo crescimento folicular e formação do folículo ovulatório; 
início das alterações comportamentais; tem duração de 3 a 5 dias. 
2) Estro: pico de E2 → animal manifesta o cio (obs.: o estro ocorre no final da fase 
folicular); 
3) Metaestro: ocorre a ovulação (momento de pico de LH, 24 a 30 horas após o 
início do cio); nesta fase, os níveis de P4 já estão aumentando, mas sem atingir o 
pico ainda; pode ocorrer uma pequena hemorragia caruncular (hemorragia do 
metaestro);tem duração média de 3 a 5 dias e termina com a maturidade do 
corpo lúteo; 
4) Diestro: pico de progesterona; período funcional do corpo lúteo, onde há a 
resposta à PGF-2α; tem duração aproximada de 13 dias. 
Importante: a vaca é a única espécie que ovula após o término do cio → 
inseminação deve ocorrer de 12 a 18 horas após a visualização do cio. 
 
Fase folicular: ↑ E2 
Fase luteal: ↑ P4 
 
 
A dinâmica folicular é um processo contínuo de crescimento e regressão folicular. As 
fêmeas bovinas têm de 2 a 3 ondas foliculares. A divergência folicular ocorre entre 8 e 
10 mm. 
Sinais do estro: 
 Inquietude e vocalização; 
 Muco vaginal cristalino; 
 Micção freqüente; 
 Vulva edemaciada e hiperêmica; 
 Aceita monta 
 Níveis elevados de E2: 
o Tônus uterino aumentado; 
o Cervix relaxada; 
o Folículo ovulatório 15-20 mm 
Características do metaestro: 
 Não aceita a monta; 
 Ocorrência da ovulação; 
 Formação do corpo hemorrágico (dificilmente detectável à palpação), seguido 
do corpo lúteo inicial; 
 Aumento gradual de P4 
 
Características do diestro: 
 Não aceita monta; 
 Presença de corpo lúteo funcional (tamanho máximo D10) -> secreção constante 
de P4; 
 Útero flácido, com menor vascularização (redução da resistência imunológica); 
 Cérvix fechada; 
 Maior atividade glandular uterina 
 
Características do proestro: 
 Regressão do corpo lúteo -> diminuição de P4 -> desbloqueio do eixo HHG 
 Folículos em desenvolvimento; 
 Aumento gradativo de E2; 
 Início das mudanças comportamentais 
 
 
 
Método de Trimberger 
A observação de cio é diária, nos momentos mais frescos do dia (início da manhã e final 
da tarde). 
 
 
Sazonalidade Reprodutiva 
O que determina a sazonalidade reprodutiva é o fotoperíodo (quantidade de horas de luz 
por dia). 
Existem dois grupos de espécies sazonais: 
1) Espécies sazonais de dias curtos: cabras e ovelhas 
2) Espécies sazonais de dias longos: éguas e gatas 
A sazonalidade na reprodução é uma estratégia fisiológica que garante o nascimento da 
prole em épocas de maior disponibilidade de alimento e clima ameno. 
Obs: tanto espécies sazonais de dias longos quanto de dias curtos vão parir na mesma 
época do ano, porque o que varia é o tempo de gestação de cada espécie 
Em algumas ocasiões, a nutrição é capaz de sobrepor os efeitos da sazonalidade. 
 
 Fisiologia da Sazonalidade Reprodutiva 
A melatonina, hormônio produzido pela pineal na ausência de luz, atua diretamente no 
hipotálamo, ativando ou inibindo a produção do GnRH e, por esse motivo, ocorre o 
anestro sazonal. 
Nas espécies de dias curtos, a melatonina atua ativando a produção do GnRH, enquanto 
que nas espécies de dias longos, atua inibindo. 
 Cabra e Ovelha Égua e Gata 
Ciclo estral Outono/inverno Primavera/verão 
Anestro sazonal Primavera/verão Outono/inverno 
 
 Ciclo Estral da E´gqa 
A égua atinge a puberdade entre 15 – 18 meses de idade e 
a maturidade sexual ocorre a partir dos 24 – 36 meses. 
O ciclo estral tem duração de 21 dias, sendo dividido em 
estro (5 a 7 dias) e diestro (+/- 15 dias). A ovulação ocorre 
antes do pico de LH, no final do estro. 
A divergência folicular ocorre quando o folículo atinge em 
média 22mm (é importante saber isso porque o protocolo 
de super-ovulação deve ser feito 1 a 2 dias antes da 
divergência folicular). 
Sinais do estro 
 Permite a aproximação do garanhão 
 Lateralização da cauda 
 Micção 
 Afastamento de posteriores 
 Eversão do clitóris 
Inseminação artificial: deve ser feita o mais próximo possível da ovulação 
 A partir do momento em que o folículo estiver com tamanho maior ou igual a 
35mm, fazer US em dias alternados (intervalos de 48h) até detectar a ovulação.

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