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OAB 1 Fase - Processo Penal (37°/XXXVII)

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Processo Penal
QUESTÕES RESPONDIDAS: 0/100 
· Fonte de Estudo
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- Lei
- Jurisprudência
- Doutrina
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- Ação Penal (Denúncia, queixa-crime e representação) (1)
Ação Penal Pública 
- Titularidade do Ministério Público (poder de responsabilizar)
Através da: Denúncia
- Para o oferecimento da denúncia, se o investigado estiver preso, 5 dias, se estiver solto, 15 dias
- Caso não oferecer, não implica a nulidade e poderá fazer enquanto não estiver extinta a punibilidade do delito (prescrição, decadência e perempção) 
A.P.P – Incondicionada (REGRA): se o MP tiver todos os requisitos para a denúncia, vai a oferecer, sem nenhuma outra necessidade.
A.P.P – Condicionada: precisa de representação da vítima (até 6 meses) e requisição do ministro da justiça
Princípios Exclusivos:
I. Obrigatoriedade: ao verificar que possui elementos suficientes para a denúncia, deve obrigatoriamente a ofertar contra o réu. 
II. Indisponibilidade: depois de ofertada a denúncia, o MP não poderá desistir da ação.
III. Divisibilidade: em casos de mais de um réu, a ação poderá ser dividida em outras.
Ação Penal Privada
- Poder-dever de punir continua sendo do Estado
- Titularidade do ofendido (se tiver capacidade postulatória, vulgo adv) ou representado por um advogado
Através da: QUEIXA-CRIME
I. Propriamente Dita: serve para que caso o ofendido (principal figura) não possa realizar/continuar a ação (em caso de morte, etc), outro representa no lugar
1° Cônjuge
2° Ascendentes
3° Descendentes
4° Irmãos 
II. Personalíssima: só a vítima pode oferecer a queixa-crime, caso não (sumir, morte, etc) extingue a punibilidade do ato
- Ocultação de impedimento ao casamento 
III. Subsidiária da Pública: crimes de AP pública, porém a ideia é evitar impunidade devido a demora do Estado, etc. Caso o promotor não realizar dentro do prazo previsto, abre a possibilidade de o ofendido realizar a peça. 
Princípios Exclusivos:
I. Oportunidade: tem a escolha de ofertar a queixa-crime ou não.
II. Disponibilidade: poderá desistir da ação.
III. Indivisibilidade: em casos de mais de um réu, não poderá dividir a ação em outras, ou acusa um, ou todos.
Renúncia
- Fulano A bate no fulano B, mas diante da amizade, nem oferecida a queixa-crime foi, a vítima renunciou, pois ambos continuaram a relação como se não tivesse ocorrido
- ANTES DO PROCESSO
Perdão
- Depende da ACEITAÇÃO do réu
- Apenas dentro do curso do processo, não antes
- Poderá ser oferecido até o trânsito em julgado 
Perempção
- Abandono do processo
- Deixar de promover o processo por 30 dias
- Se o autor morrer e ngm tomar as rédeas até 60 dias
- Faltas injustificadas do autor em atos necessários 
- Recursos (Disposições gerais; RESE; Apelação) (2) 
- O recurso poderá ser imposto pelo: MP ou querelante, réu ou seu procurador/defensor.
- Se o réu não quis interpor recurso, mas seu defensor/procurador sim, ou vice-versa, sempre irá prevalecer a vontade de recorrer
- Em caso de concurso de agentes, caso um deles venha desistir de recorrer e o outro não, poderá o desistente ser beneficiado de decisão positiva sobre o recurso do que recorreu, caso atinja a pretensão do crime e não algo pessoa do recorrente
Recurso em sentido estrito (RESE)
- Prazo de 5 dias para interpor a intenção de recorrer, prazo de 2 dias para explicar o motivo e prazo de 2 dias para abrir para parte contraria > 5/2/2
- Propôs a queixa-crime, mas foi recusada, o que fazer? 
 * 1. Rito Comum: RESE
 * 2. Rito Sumaríssimo: APELAÇÃO (10 dias, juizado especial)
- Caberá RESE da decisão, despacho ou sentença:
I. que rejeita a denúncia ou queixa-crime 
II. que pronunciar o réu 
III. que negar pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa que extintiva da punibilidade 
IV. que conceder ou negar a ordem de habeas corpus em juiz de primeiro grau (ROC se for nos tribunais)
V. que denegar a apelação ou julgar deserta
VI. que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal 
VII. negar o ANPP
OBS: Decisão antes da sentença? Se estiver acima, RESE. 
Apelação
- Prazo de 5 dias, interposição
- Prazo de 8 dias, razões
- Se a decisão de segunda instância (não unanime), apenas quando desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, 10 dias 
Ocorrerá quando: 
I. Houver a Sentença Condenatória/absolutória/IMPRONUNCIA 
Ocorrerá também quando:
II. Ocorrer nulidade posterior à pronuncia
III. For a sentença do juiz contraria a lei expressa ou a decisão dos jurados 
IV. Houver erro ou injustiça ao aplicar a pena ou na medida de segurança 
V. Se a decisão dos jurados manifestamente contraria as provas
OBS: a decisão poderá ser reformada pelo tribunal
Ademais: 
- Contra a sentença de impronuncia ou de absolvição sumária 
Carta Testemunhável 
- Caberá da decisão que denegar o recurso (menos APELAÇÃO) 
Agravo em Execução
- Somente em decisões proferidas pelo juiz da Vara de Execução, ou seja, o juiz que executa o cumprimento de pena SOMENTE AQUI 
Embargos Infringentes e de Nulidades
- Somente para DEFESA, quando há uma decisão não unânime de 2º instância desfavorável ao RÉU (prazo 10 dias)
- Inquérito Policial 
Procedimento administrativo preparatório da Ação Penal, conduzido pela Polícia Judiciária, que tem por finalidade colher elementos de autoria e materialidade de determinada infração penal
Características
- Inquisitivo por natureza
- Escrito
- Sigilo
- Oficial 
- Oficiosidade (só pode ser feito nos crimes que possuem Ação Penal Pública incondicionadas)
- Indisponibilidade (não pode desistir do inquérito) 
- Dispensável 
Formas de Instauração 
- De oficio pela autoridade policial (cognição imediata/espontânea) 
- Por requerimento do ofendido ou quem tenha qualidade para representa-lo 
- Por delação de terceiros
- Requisição da autoridade competente (Ministério Público)
- Lavratura do auto de prisão em flagrante delito (cognição coercitiva) 
Prazo de Conclusão do IP
Investigado preso: 10 dias + 15 dias prorrogados
Investigado solto: 30 dias, prorrogáveis 
Relatório Final e Indiciamento 
- A autoridade fará um relatório do que tiver sido apurado e enviará os autos ao juiz competente 
- O indiciamento é privativo do DELEGADO de polícia e deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias 
Arquivamento
- A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito
- Caso a autoridade judiciária ordenar o arquivamento do IP, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá desarquivar se conseguir outras provas
- Ordenado o arquivamento do IP, o Ministério Público comunicará a vítima, ao investigado e a autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação 
- Se a vítima não concordar com o arquivamento, poderá no prazo de 30 dias da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial 
Arquivamento Implícito 
Quando o MP oferece a denúncia de forma incompleta, se omitindo a respeito de fatos ou sujeitos 
Arquivamento Indireto
Quando na realidade não há um arquivamento em si, mas a mudança de competência de um órgão para outro
Trancamento do IP por HC
Quando há ilegalidade/abuso na instauração do IP
- Manifestadamente atípico, extinção da punibilidade, quando não há a mínima justa causa 
- Jurisdição e Competência
- REGRA: A competência será, em regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou no caso de tentativa, pelo lugar em que foi praticado o ultimo ato de execução 
- EXCEÇÃO: se não souberem o lugar da infração, será no domicilio ou residência do réu
I. Competência pelo lugar da infração
- Define a comarca ou subseção
II. Competência em razão da matéria
a) Justiça Especial: Militar, Eleitoral e Trabalhista
 * Se for não for um crime militar ou eleitoral, será da justiça comum
b) Justiça Comum: Estadual ou Federal
 * Federal: crimespolíticos, infrações penais contra bens/interesses/serviços da União ou de suas autarquias ou empresas públicas... OBS: exclui contravenções 
 * Estadual: tudo o resto
III. Competência por prerrogativa de função
- Pessoas ocupantes de determinados cargos ou funções relevantes somente serão processadas e julgadas criminalmente por tribunais
- Precisa ter cometido o crime no exercício do mandato e em razão dele	
Conexão ≠ Continência
- Quando existe algum vínculo entre dois delitos
- Duas ou mais infrações 
- Quando uma conduta está contida na outra
- Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração
- Juizados Especiais Criminais (RITO SUMARÍSSIMO)
- Informalidade, oralidade, simplicidade, economia processual e celeridade
- Objetiva sempre que possível a reparação de danos sofridos pela vitima 
- Aplicação de pena não privativa de liberdade
- NÃO SE APLICA EM CASOS DE LEI MARIA DA PENHA
REGRA: Crimes de menor potencial ofensivo: (PENA IGUAL OU INFERIOR A 2 ANOS)
* Contravenções penais e os crimes em que a lei não comine pena máxima superior a 2 anos, cumulada ou não com multa
EXCEÇÃO: Porte de drogas para uso próprio 
Embargos de Declaração
- Quando o juiz for omisso em alguma defesa apresentada, ter contradição, obscuridade
- Prisão Cautelares (em flagrante, preventiva e temporária)
- Prisões no “meio do processo”
REGRA: Advinda de uma ordem escrita, previa e fundamentada
EXCEÇÃO: Prisão em flagrante
Prisão em flagrante
1. Flagrante próprio: agente pego no flagra, quando acabou de cometer (padrão)
2. Flagrante impróprio: agente perseguido logo após o cometimento do crime
3. Flagrante presumido: agente encontrado logo depois, com instrumentos/armas/etc que façam presumir ser ele o agente 
4. Flagrante preparado (ilegal): a polícia provoca a pessoa a praticar um crime e, simultaneamente, impede que o delito seja cometido
5. Flagrante esperado: a polícia já sabe quando o crime irá acontecer e fica a espera pra pegar no pulo
6. Flagrante prorrogado: policial infiltrado no meio criminoso não sofrerá sanções por não agir no momento, afinal, está ali para coletar informações e estará diante de diversos crimes, tendo que esperar o momento oportuno 
7. Flagrante forjado (ilegal): policial planta uma prova para incriminar o agente
8. Flagrante facultativo (ilegal): civis dando voz de prisão ao agente
Prisão Preventiva
- Legitimidade para decretação: juiz de direito, a requerimento do MP, do querelante ou do assistente ou por representação da autoridade policial 
 * OBS: não pode decretar de ofício, MAS pode revogar a prisão de ofício 
Requisitos: 
* Prova da materialidade, indícios de autoria, etc (Fumus comissi delict) 
* Perigo de liberdade, o perigo de deixar solto aquele agente (Periculum libertatis) 
* Inadequação ou insuficiência das medidas cautelares (precisar ser prisão, não cabendo outros “privilégios”) 
Quando não pode decretar a preventiva:
- Pena inferior a 4 anos
Prisão Temporária
- Apenas em fase de investigação (somente na fase de inquérito policial) 
- Legitimidade igual da preventiva 
- Prazo de 5 dias, prorrogado por +5
- Se for crime hediondo, será de 30 dias
Requisitos:
* Imprescritível para as investigações do inquérito (FACULTATIVO)
* Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade (FACULTATIVO)
* Tiver indícios de autoria ou participação dos crimes abaixo (OBRIGATÓRIO)
- Para decretar a prisão temporária, necessita do obrigatório + um ou os dois facultativos
- Provas no Processo Penal	
Meio de prova: a prova em si, para julgar o agente (depoimento, testemunha, pericia)
Meio de obtenção de prova: interceptação telefônica, etc
- O juiz é livre para apreciação de provas
- O juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos (provas), com exceção das provas cautelares, não repetíveis e antecipadas 
- Quanto ao estado das pessoas (morte, etc) serão observadas as restrições na lei civil
- Provas ilícitas são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, assim entendidas as obtidas em violação (de direito material) a normas constitucionais ou legais
 * as provas advindas da prova ilícita também serão consideradas inadmissíveis, salvo se não tiverem o nexo causal entre elas ou puderem ser obtidas de forma legal
 * as provas ilícitas produzidas pelo réu poderão ser admitidas 
 * se o juiz tiver conhecimento do conteúdo ilícito da prova não poderá proferir sentença ou acordão, devendo entrar outro no lugar
- Provas ilegítimas são aquelas que infringem o direito processual (falhas processuais), podendo ser nulas, mas também podendo ser aprovadas 
- Quando a infração deixar vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo suprir a confissão 
- A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja no posse de arma proibida, ou de papeis ou objetos que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar 
Busca e Apreensão 
- O mandado de busca deverá:
I. Indicar, precisamente, a casa em que será realizada a diligencia e o nome do respectivo proprietário/morador; se em caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou sinais que a identifiquem 
II. Motivo e os fins da diligencia
III. Subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir 
PROCEDIMENTOS 
Lei Maria da Penha
- Poderá suspensão condicional da pena
- NÃO poderá suspensão condicional do processo
- NÃO poderá substituir pena privativa para restritiva de direitos
ANPP
- PRECISA TER: CONFESSADO, NÃO SER CAUSA DE ARQUIVAMENTO, PENA MINIMA INFERIOR A 4 ANOS E NÃO TER VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA
- IMPEDITIVOS: NÃO TER USUFRUIDO DO ANPP NOS ULTIMOS 5 ANOS, REINCIDENTE, VIOLENCIA DOMÉSTICA E SE CABIVEL TRANSAÇÃO PENAL
PRAZO PROCESSUAL

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