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Processo Penal QUESTÕES RESPONDIDAS: 0/100 · Fonte de Estudo --------------------------------------------------------------------------------------------------- - Lei - Jurisprudência - Doutrina --------------------------------------------------------------------------------------------------- - Ação Penal (Denúncia, queixa-crime e representação) (1) Ação Penal Pública - Titularidade do Ministério Público (poder de responsabilizar) Através da: Denúncia - Para o oferecimento da denúncia, se o investigado estiver preso, 5 dias, se estiver solto, 15 dias - Caso não oferecer, não implica a nulidade e poderá fazer enquanto não estiver extinta a punibilidade do delito (prescrição, decadência e perempção) A.P.P – Incondicionada (REGRA): se o MP tiver todos os requisitos para a denúncia, vai a oferecer, sem nenhuma outra necessidade. A.P.P – Condicionada: precisa de representação da vítima (até 6 meses) e requisição do ministro da justiça Princípios Exclusivos: I. Obrigatoriedade: ao verificar que possui elementos suficientes para a denúncia, deve obrigatoriamente a ofertar contra o réu. II. Indisponibilidade: depois de ofertada a denúncia, o MP não poderá desistir da ação. III. Divisibilidade: em casos de mais de um réu, a ação poderá ser dividida em outras. Ação Penal Privada - Poder-dever de punir continua sendo do Estado - Titularidade do ofendido (se tiver capacidade postulatória, vulgo adv) ou representado por um advogado Através da: QUEIXA-CRIME I. Propriamente Dita: serve para que caso o ofendido (principal figura) não possa realizar/continuar a ação (em caso de morte, etc), outro representa no lugar 1° Cônjuge 2° Ascendentes 3° Descendentes 4° Irmãos II. Personalíssima: só a vítima pode oferecer a queixa-crime, caso não (sumir, morte, etc) extingue a punibilidade do ato - Ocultação de impedimento ao casamento III. Subsidiária da Pública: crimes de AP pública, porém a ideia é evitar impunidade devido a demora do Estado, etc. Caso o promotor não realizar dentro do prazo previsto, abre a possibilidade de o ofendido realizar a peça. Princípios Exclusivos: I. Oportunidade: tem a escolha de ofertar a queixa-crime ou não. II. Disponibilidade: poderá desistir da ação. III. Indivisibilidade: em casos de mais de um réu, não poderá dividir a ação em outras, ou acusa um, ou todos. Renúncia - Fulano A bate no fulano B, mas diante da amizade, nem oferecida a queixa-crime foi, a vítima renunciou, pois ambos continuaram a relação como se não tivesse ocorrido - ANTES DO PROCESSO Perdão - Depende da ACEITAÇÃO do réu - Apenas dentro do curso do processo, não antes - Poderá ser oferecido até o trânsito em julgado Perempção - Abandono do processo - Deixar de promover o processo por 30 dias - Se o autor morrer e ngm tomar as rédeas até 60 dias - Faltas injustificadas do autor em atos necessários - Recursos (Disposições gerais; RESE; Apelação) (2) - O recurso poderá ser imposto pelo: MP ou querelante, réu ou seu procurador/defensor. - Se o réu não quis interpor recurso, mas seu defensor/procurador sim, ou vice-versa, sempre irá prevalecer a vontade de recorrer - Em caso de concurso de agentes, caso um deles venha desistir de recorrer e o outro não, poderá o desistente ser beneficiado de decisão positiva sobre o recurso do que recorreu, caso atinja a pretensão do crime e não algo pessoa do recorrente Recurso em sentido estrito (RESE) - Prazo de 5 dias para interpor a intenção de recorrer, prazo de 2 dias para explicar o motivo e prazo de 2 dias para abrir para parte contraria > 5/2/2 - Propôs a queixa-crime, mas foi recusada, o que fazer? * 1. Rito Comum: RESE * 2. Rito Sumaríssimo: APELAÇÃO (10 dias, juizado especial) - Caberá RESE da decisão, despacho ou sentença: I. que rejeita a denúncia ou queixa-crime II. que pronunciar o réu III. que negar pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa que extintiva da punibilidade IV. que conceder ou negar a ordem de habeas corpus em juiz de primeiro grau (ROC se for nos tribunais) V. que denegar a apelação ou julgar deserta VI. que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal VII. negar o ANPP OBS: Decisão antes da sentença? Se estiver acima, RESE. Apelação - Prazo de 5 dias, interposição - Prazo de 8 dias, razões - Se a decisão de segunda instância (não unanime), apenas quando desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, 10 dias Ocorrerá quando: I. Houver a Sentença Condenatória/absolutória/IMPRONUNCIA Ocorrerá também quando: II. Ocorrer nulidade posterior à pronuncia III. For a sentença do juiz contraria a lei expressa ou a decisão dos jurados IV. Houver erro ou injustiça ao aplicar a pena ou na medida de segurança V. Se a decisão dos jurados manifestamente contraria as provas OBS: a decisão poderá ser reformada pelo tribunal Ademais: - Contra a sentença de impronuncia ou de absolvição sumária Carta Testemunhável - Caberá da decisão que denegar o recurso (menos APELAÇÃO) Agravo em Execução - Somente em decisões proferidas pelo juiz da Vara de Execução, ou seja, o juiz que executa o cumprimento de pena SOMENTE AQUI Embargos Infringentes e de Nulidades - Somente para DEFESA, quando há uma decisão não unânime de 2º instância desfavorável ao RÉU (prazo 10 dias) - Inquérito Policial Procedimento administrativo preparatório da Ação Penal, conduzido pela Polícia Judiciária, que tem por finalidade colher elementos de autoria e materialidade de determinada infração penal Características - Inquisitivo por natureza - Escrito - Sigilo - Oficial - Oficiosidade (só pode ser feito nos crimes que possuem Ação Penal Pública incondicionadas) - Indisponibilidade (não pode desistir do inquérito) - Dispensável Formas de Instauração - De oficio pela autoridade policial (cognição imediata/espontânea) - Por requerimento do ofendido ou quem tenha qualidade para representa-lo - Por delação de terceiros - Requisição da autoridade competente (Ministério Público) - Lavratura do auto de prisão em flagrante delito (cognição coercitiva) Prazo de Conclusão do IP Investigado preso: 10 dias + 15 dias prorrogados Investigado solto: 30 dias, prorrogáveis Relatório Final e Indiciamento - A autoridade fará um relatório do que tiver sido apurado e enviará os autos ao juiz competente - O indiciamento é privativo do DELEGADO de polícia e deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias Arquivamento - A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito - Caso a autoridade judiciária ordenar o arquivamento do IP, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá desarquivar se conseguir outras provas - Ordenado o arquivamento do IP, o Ministério Público comunicará a vítima, ao investigado e a autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação - Se a vítima não concordar com o arquivamento, poderá no prazo de 30 dias da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial Arquivamento Implícito Quando o MP oferece a denúncia de forma incompleta, se omitindo a respeito de fatos ou sujeitos Arquivamento Indireto Quando na realidade não há um arquivamento em si, mas a mudança de competência de um órgão para outro Trancamento do IP por HC Quando há ilegalidade/abuso na instauração do IP - Manifestadamente atípico, extinção da punibilidade, quando não há a mínima justa causa - Jurisdição e Competência - REGRA: A competência será, em regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou no caso de tentativa, pelo lugar em que foi praticado o ultimo ato de execução - EXCEÇÃO: se não souberem o lugar da infração, será no domicilio ou residência do réu I. Competência pelo lugar da infração - Define a comarca ou subseção II. Competência em razão da matéria a) Justiça Especial: Militar, Eleitoral e Trabalhista * Se for não for um crime militar ou eleitoral, será da justiça comum b) Justiça Comum: Estadual ou Federal * Federal: crimespolíticos, infrações penais contra bens/interesses/serviços da União ou de suas autarquias ou empresas públicas... OBS: exclui contravenções * Estadual: tudo o resto III. Competência por prerrogativa de função - Pessoas ocupantes de determinados cargos ou funções relevantes somente serão processadas e julgadas criminalmente por tribunais - Precisa ter cometido o crime no exercício do mandato e em razão dele Conexão ≠ Continência - Quando existe algum vínculo entre dois delitos - Duas ou mais infrações - Quando uma conduta está contida na outra - Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração - Juizados Especiais Criminais (RITO SUMARÍSSIMO) - Informalidade, oralidade, simplicidade, economia processual e celeridade - Objetiva sempre que possível a reparação de danos sofridos pela vitima - Aplicação de pena não privativa de liberdade - NÃO SE APLICA EM CASOS DE LEI MARIA DA PENHA REGRA: Crimes de menor potencial ofensivo: (PENA IGUAL OU INFERIOR A 2 ANOS) * Contravenções penais e os crimes em que a lei não comine pena máxima superior a 2 anos, cumulada ou não com multa EXCEÇÃO: Porte de drogas para uso próprio Embargos de Declaração - Quando o juiz for omisso em alguma defesa apresentada, ter contradição, obscuridade - Prisão Cautelares (em flagrante, preventiva e temporária) - Prisões no “meio do processo” REGRA: Advinda de uma ordem escrita, previa e fundamentada EXCEÇÃO: Prisão em flagrante Prisão em flagrante 1. Flagrante próprio: agente pego no flagra, quando acabou de cometer (padrão) 2. Flagrante impróprio: agente perseguido logo após o cometimento do crime 3. Flagrante presumido: agente encontrado logo depois, com instrumentos/armas/etc que façam presumir ser ele o agente 4. Flagrante preparado (ilegal): a polícia provoca a pessoa a praticar um crime e, simultaneamente, impede que o delito seja cometido 5. Flagrante esperado: a polícia já sabe quando o crime irá acontecer e fica a espera pra pegar no pulo 6. Flagrante prorrogado: policial infiltrado no meio criminoso não sofrerá sanções por não agir no momento, afinal, está ali para coletar informações e estará diante de diversos crimes, tendo que esperar o momento oportuno 7. Flagrante forjado (ilegal): policial planta uma prova para incriminar o agente 8. Flagrante facultativo (ilegal): civis dando voz de prisão ao agente Prisão Preventiva - Legitimidade para decretação: juiz de direito, a requerimento do MP, do querelante ou do assistente ou por representação da autoridade policial * OBS: não pode decretar de ofício, MAS pode revogar a prisão de ofício Requisitos: * Prova da materialidade, indícios de autoria, etc (Fumus comissi delict) * Perigo de liberdade, o perigo de deixar solto aquele agente (Periculum libertatis) * Inadequação ou insuficiência das medidas cautelares (precisar ser prisão, não cabendo outros “privilégios”) Quando não pode decretar a preventiva: - Pena inferior a 4 anos Prisão Temporária - Apenas em fase de investigação (somente na fase de inquérito policial) - Legitimidade igual da preventiva - Prazo de 5 dias, prorrogado por +5 - Se for crime hediondo, será de 30 dias Requisitos: * Imprescritível para as investigações do inquérito (FACULTATIVO) * Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade (FACULTATIVO) * Tiver indícios de autoria ou participação dos crimes abaixo (OBRIGATÓRIO) - Para decretar a prisão temporária, necessita do obrigatório + um ou os dois facultativos - Provas no Processo Penal Meio de prova: a prova em si, para julgar o agente (depoimento, testemunha, pericia) Meio de obtenção de prova: interceptação telefônica, etc - O juiz é livre para apreciação de provas - O juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos (provas), com exceção das provas cautelares, não repetíveis e antecipadas - Quanto ao estado das pessoas (morte, etc) serão observadas as restrições na lei civil - Provas ilícitas são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, assim entendidas as obtidas em violação (de direito material) a normas constitucionais ou legais * as provas advindas da prova ilícita também serão consideradas inadmissíveis, salvo se não tiverem o nexo causal entre elas ou puderem ser obtidas de forma legal * as provas ilícitas produzidas pelo réu poderão ser admitidas * se o juiz tiver conhecimento do conteúdo ilícito da prova não poderá proferir sentença ou acordão, devendo entrar outro no lugar - Provas ilegítimas são aquelas que infringem o direito processual (falhas processuais), podendo ser nulas, mas também podendo ser aprovadas - Quando a infração deixar vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo suprir a confissão - A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja no posse de arma proibida, ou de papeis ou objetos que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar Busca e Apreensão - O mandado de busca deverá: I. Indicar, precisamente, a casa em que será realizada a diligencia e o nome do respectivo proprietário/morador; se em caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou sinais que a identifiquem II. Motivo e os fins da diligencia III. Subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir PROCEDIMENTOS Lei Maria da Penha - Poderá suspensão condicional da pena - NÃO poderá suspensão condicional do processo - NÃO poderá substituir pena privativa para restritiva de direitos ANPP - PRECISA TER: CONFESSADO, NÃO SER CAUSA DE ARQUIVAMENTO, PENA MINIMA INFERIOR A 4 ANOS E NÃO TER VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA - IMPEDITIVOS: NÃO TER USUFRUIDO DO ANPP NOS ULTIMOS 5 ANOS, REINCIDENTE, VIOLENCIA DOMÉSTICA E SE CABIVEL TRANSAÇÃO PENAL PRAZO PROCESSUAL
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