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Conteudista: Prof.ª Dra. Ana Barbara A. Pederiva Revisão Textual: Esp. Laís Otero Fugaitti | M.ª Jaqueline Camara Ramos A Manipulação das Redes Sociais e o Poder da Interposição na Formação de Opinião A Nova Geração e Seu Processo de Aprendizagem Material Complementar Conhecimentos Gerais Todos nós temos nossas opiniões sobre assuntos diversos, não é mesmo? Sobre música, cinema, teatro, economia, política, moda etc. Você já parou para pensar que muitas das opiniões que temos podem estar sendo manipuladas? E mais, que essa manipulação pode ocorrer quando utilizamos as redes sociais? Quando acessamos os espaços virtuais para nos conectarmos com pessoas, grupos e/ ou instituições, normalmente partilhamos textos, imagens e vídeos, não é mesmo? Você já refletiu sobre o conteúdo dessas informações? Quem produziu? Com qual objetivo? Quais as fontes que foram utilizadas? Infelizmente, muitas pessoas não se atentam à intencionalidade que está por trás desses conteúdos e, consequentemente, não percebem que estão sendo manipuladas, moldadas. Quando isso ocorre, os envolvidos na criação da manipulação constroem uma falsa realidade, com o objetivo de induzir pessoas a pensarem de uma forma determinada. Esse tipo de manipulação de pensamento não é algo novo, mas tem ganhado força com a utilização das redes sociais, afinal, elas atingem milhões de pessoas de todos os lugares do mundo, numa velocidade nunca vista. A ideia por trás da manipulação é convencer o outro do seu ponto de vista, isto é, fazer com que o outro pense como você, acredite no que você diz e, ainda, passe a agir da forma que você espera, ou seja, a ideia é influenciar o outro para que ele atenda aos seus desejos. Por exemplo, a chamada manipulação psicológica busca exercer influência sobre o comportamento ou percepção de uma pessoa. No mundo virtual, diversas são as estratégias utilizadas, como, por exemplo, inserir comentários de pessoas conhecidas (mesmo que falsos) para “validação” das informações, propagandas e ideologias TEMA 1 de 3 A Manipulação das Redes Sociais e o Poder da Interposição na Formação de Opinião que estão sendo transmitidas. Os conteúdos (blogs, memes, sites de notícias falsas etc.) são fabricados e, na maioria das vezes, são falsos e espalhados por perfis falsos, robôs e por pessoas reais, pagas para essa função, agentes da desinformação. Com certeza você já deve ter recebido um conteúdo com “teorias de conspiração”, com reportagens falsas, com pesquisas manipuladas, não é mesmo? Os objetivos são claros, utilizar estratégias desonestas para o convencimento, que geram opiniões extremistas e, ainda, levantam discussões sem importância, para a distração de eventos reais importantes. Milhões são gastos para que os objetivos sejam alcançados. Por exemplo, você já ouviu falar em guerra híbrida? Pois bem, esse conceito tem sido utilizado para falar sobre ataques cibernéticos, explosões subaquáticas e, também, campanhas online. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia estão preocupadas em combater esse tipo de guerra, pois reconhecem que pode ser absolutamente perigosa, pois pode acabar com as democracias e manipular os chamados espaços de informação, na medida que atacam a infraestrutura crítica. Por esse motivo, criaram o Hybrid CoE, na Finlândia, com analistas e especialistas de vários países que buscam combater a guerra híbrida. Vários são os exemplos da chamada guerra híbrida, um deles ocorreu recentemente, em setembro de 2022, quando explosões subaquáticas no Mar Báltico abriram buracos enormes nos gasodutos Nord Stream, entre as costas dinamarquesa e sueca. Algumas autoridades de países ocidentais suspeitaram que se tratava de um plano para sabotar o suprimento de energia do Ocidente. O motivo seria o apoio ocidental à Ucrânia, após a invasão russa em fevereiro do ano passado. A desinformação também é uma arma na guerra híbrida, ou seja, a propagação de notícias e narrativas que são falsas, que objetivam manipular a população. Armas sutis, que aparentemente não são tão perigosas, mas que prejudicam tanto quanto a ação militar direta. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Ao mesmo tempo, no artigo intitulado “O obscuro uso do Facebook e do Twitter como armas de manipulação política: as manobras nas redes se tornam uma ameaça que os governos querem controlar”, Javier Salas discorre sobre temas relevantes no cenário mundial. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Leitura O Que é Guerra Híbrida? Por Dentro do Centro de Estudos que Investiga Ameaça Leitura O Obscuro Uso do Facebook e do Twitter Como Armas de Manipulação Política: As Manobras nas Redes se Tornam uma Ameaça que os Governos Querem Controlar. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/02/18/o-que-e-guerra-hibrida-por-dentro-do-centro-de-estudos-que-investiga-ameaca.ghtml https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/19/tecnologia/1508426945_013246.html Por exemplo, já em 2010, o Facebook foi responsável pelo aumento dos eleitores nas eleições legislativas dos Estados Unidos, e o co-fundador do Twitter, Ev Williams, pediu desculpas pelo papel determinante que a plataforma desempenhou na eleição de Donald Trump. A internet e as redes sociais tornaram-se ferramentas políticas, pois conseguem alcançar usuários específicos, utilizando mensagens personalizadas, na medida que milhões de dólares são disponibilizados para o alcance dos objetivos políticos, mesmo que com informações falsas. De acordo com pesquisadores, os algoritmos são otimizados para favorecer a difusão da publicidade e, algumas vezes, acabam por propagar a desinformação. Os algoritmos são sequências de instruções ou comandos realizados de maneira sistemática, para identificação do consumidor. É fundamental que existam formas de supervisão dos algoritmos mas, infelizmente, os gigantes da tecnologia não possuem interesse, pois diminuiriam seus lucros. Você deve estar pensando, como posso me proteger? Como não ser manipulado? Como não cair em golpes? Em primeiro lugar, leia! Pesquise em sites confiáveis, acadêmicos, científicos, sérios e responsáveis. Não compartilhe nada sem ler a totalidade da informação e sem checar a veracidade. Sabe aquela informação que você recebeu no WhatsApp? Então, vá pesquisar, verifique se não foi retirada do contexto correto, ou seja, se não foi manipulada ou até mesmo inventada. Observe a data, a autoria, as fontes utilizadas, a redação. Utilize um site de busca para checar a origem, a reputação da pessoa ou do veículo que divulgou, preste atenção aos detalhes da URL e da interface da página e, claro, utilize o bom senso! Questione! Fique atento(a) aos materiais sugeridos e boa reflexão! Orientações para Leitura Obrigatória A BBC News Brasil apresenta comentários sobre o documentário “O Dilema das Redes”, para apresentar questões de extrema importância na atualidade. Mesmo que você não tenha assistido ao documentário, as questões apresentadas no vídeo levam à reflexão sobre temas cotidianos fundamentais para nossa vida e que, muitas vezes, desconhecemos. Por exemplo, quando acessamos nossas redes sociais, dificilmente pensamos nos interesses dos chamados “gigantes da Vídeo Os Segredos dos Donos das Redes Sociais para Viciar e Manipular, Segundo o Dilema das Redes Os segredos dos donos de redes sociais para viciar e manipular, s… https://www.youtube.com/watch?v=P2fgvkmhH2A tecnologia” e, pior ainda, não pensamos como o vício nessas redes já nos atingiu e é proposital, afinal existem duas indústrias que chamam seus clientes de “usuários”, a das drogas ilegais e a das tecnologias. No vídeo, entendemos que as estratégias utilizadas pelos gigantes das tecnologias buscam manipular nossas emoções e mudar a forma como nos comportamos no cotidiano. Portanto, o jornalista Ricardo Senra explica como a manipulação é realizada, quais são as ferramentas utilizadas, como podemos nos proteger e combater o vício, a dependência. Afinal, nos tornamos “produtos” e, consequentemente, auxiliamos no enriquecimento dessa indústria e dos anunciantes. Nossas interações (cliques e curtidas) informam nossos gostos, nosso estilo de vida e auxiliam essa indústria no conhecimento das pessoas. Claro, com o objetivo principal de venda de produtos diversos. As ferramentas utilizadas pelos gigantes da tecnologia objetivam viciar e manipular e, por esse motivo, muitos executivos que auxiliaram na criação das diferentes redes sociais não possuem redes sociais, pois sabem do que elas são capazes. A tecnologia é maravilhosa, mas deve ocupar a parte da nossa vida que permitimos e não invadir as 24 horas do nosso dia, com notificações, com curtidas que nos deixam curiosos e com a auto-estima alta. Ao mesmo tempo, as redes sociais são responsáveis pelo aumento dos suicídios de crianças e adolescentes no mundo todo, pois pode ter um impacto negativo na auto-estima das pessoas. Para conhecer um pouco mais das estratégias utilizadas com o objetivo de vício e manipulação e saber como podemos nos proteger, esse vídeo é muito interessante. Leitura 10 Coisas Que Você Pode Fazer Para Não Ser Manipulado Pelas Redes Sociais Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE O artigo da revista Exame, baseado nas discussões sobre o documentário da Netflix "O Dilema das Redes", apresenta sugestões de especialistas sobre como reduzir o uso de seu telefone e a tecnologia viciante e, ainda, como se proteger. Destaca o papel das empresas de tecnologia no processo de manipulação dos usuários, os efeitos da internet, os algoritmos de recomendação, a economia lucrativa de atenção, entre outros. No artigo, a Exame pega emprestado, do site americano Business Insider, dez “dicas” de como podemos nos proteger dessa manipulação constante, que ocorre mesmo quando estamos com nossos celulares desligados. https://exame.com/tecnologia/10-coisas-que-voce-pode-fazer-para-nao-ser-manipulado-pelas-redes-sociais/ Você já ouviu falar em geração? Já tentou definir esse conceito? Existem diferentes definições, desde as utilizadas pelos meios de comunicação até as diferentes conceituações realizadas no mundo acadêmico por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Resumidamente, geração é quando pessoas são próximas, parecidas, mas não pela idade (faixa etária) somente, e sim por similaridades de situações nos mesmos tempos históricos, isto é, por compartilhar experiências, gostos, valores, sensibilidades, recordações etc. Portanto, uma geração vivencia um momento social, define as características do processo de socialização, incorpora os chamados “códigos culturais” de uma determinada época. Assim, ser integrante de uma geração significa ter nascido e crescido em determinado período histórico, com particularidades políticas, econômicas, culturais, sensibilidades e conflitos, por exemplo, os Zoomers ou Geração Z, que são os nascidos em meados da década de 1990 até o início dos anos 2000. Essa geração já cresceu com a internet e várias novas tecnologias, assim como a chamada Geração Alpha, que diz respeito às pessoas que nasceram a partir de 2010 e que ainda irão nascer até 2025, isto é, estão acostumadas com a tecnologia e a rapidez proporcionada por ela, assim como com o chamado mundo virtual, e dificilmente se interessam por processos lentos e tradicionais. Para atender a essas novas gerações, pesquisas estão sendo realizadas em diferentes áreas do conhecimento, para que possamos utilizar essas novidades no processo de aprendizagem, afinal, as TEMA 2 de 3 A Nova Geração e Seu Processo de Aprendizagem Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) permitem, hoje, ministrar aulas dinâmicas, interativas e colaborativas. Tomando todos os cuidados necessários, podemos compreender a internet, as redes sociais e a tecnologia como aliadas no processo de aprendizagem para as novas gerações, afinal, chegaram para ficar. Essas aliadas são úteis no ensino presencial e, principalmente, no ensino a distância, afinal: Tenha atenção aos materiais sugeridos e boa reflexão! Orientações para Leitura Obrigatória - BRASIL, 2012, n.p. “Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.” Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE No artigo intitulado “Tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) e processo de ensino”, os autores Antonio Sandro Schuartz e Helder Boska de Moraes Sarmento analisam as TDIC na intenção de fortalecer o diálogo já existente entre educação e tecnologias. Para isso, apresentam os resultados de uma pesquisa de doutorado que objetivava identificar as TDIC utilizadas pelos professores dos cursos de Serviço Social nos processos de ensino e aprendizagem, além dos recursos que estão sendo utilizados na formação dos futuros assistentes sociais, posicionando-os em relação aos níveis de certificação das competências pedagógicas em TDIC. A pesquisa realizada pelos autores teve por base um questionário on-line aplicado a um conjunto de professores vinculados a Instituições de Ensino Superior (IES) públicas que oferecem graduação em Serviço Social no estado do Paraná. No artigo, podemos perceber que, segundo os pesquisadores, a oferta de recursos atualmente existentes em TDIC permite a elaboração, a circulação e a partilha de dados e informações, assim como a construção de conhecimento sobre determinada área. Dito isso, torna-se fundamental que ocorram investimentos na chamada “alfabetização digital” ou “competência digital”, bem como na utilização crítica das TDIC. Leitura Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) e Processo de Ensino https://www.scielo.br/j/rk/a/xLqFn9kxxWfM5hHjHjxbC7D/# Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE As autoras, no artigo intitulado “Apresentação: A atualidade do conceito de gerações na pesquisa sociológica”, destacam que as pesquisas na contemporaneidade, principalmente as sociológicas, buscam reconstruir as trajetórias sociais das gerações anteriores, pois são fundamentais para a compreensão das ações coletivas das atuais (novas) gerações e, claro, auxiliam na complementação de pesquisas realizadas sobre classes sociais, etnias e gêneros. O artigo apresenta problematizações sobre permanências e transformações quando realizamos a análise das gerações, isto é, permanências e transformações que podem ser políticas, sociais, culturais, de valores e mentalidade, entre outras. Ao mesmo tempo, realiza uma revisão sobre o próprio conceito de geração. Leitura Apresentação: A atualidade do Conceito de Gerações na Pesquisa Sociológica https://www.scielo.br/j/se/a/vkx9ppNrSHHRgPJVZGrSJZD/?lang=pt&format=pdf Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura A Influência das Tecnologias Digitais no Processo de Ensino Aprendizagem Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE A Atualidade do Conceito de Gerações de Karl Mannheim Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE TEMA 3 de 3 Material Complementar https://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/45976 https://www.scielo.br/j/se/a/pYGppjZyvTjJH9P89rMKHMv/?lang=pt O Que é Guerra Híbrida? Por Dentro do Centro de Estudos que Investiga Ameaça Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Como Acontece a Manipulação da Opinião Pública nas Redes Sociais Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) e Educação Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE O Obscuro Uso do Facebook e do Twitter Como Armas de Manipulação Política: As Manobras nas Redes se Tornam Uma Ameaça que os Governos Querem Controlar Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/02/18/o-que-e-guerra-hibrida-por-dentro-do-centro-de-estudos-que-investiga-ameaca.ghtml https://www.techtudo.com.br/listas/2018/08/como-acontece-a-manipulacao-da-opiniao-publica-nas-redes-sociais.ghtml https://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170710083906.pdf#:~:text=As%20tecnologias%20tamb%C3%A9m%20podem%20ser%20utilizadas%20como%20recursos,um%20verniz%20de%20modernidade%2C%20sem%20mexer%20no%20essencial%E2%80%9D https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/19/tecnologia/1508426945_013246.html
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