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AULA 02 EMP II APLICADO 2021

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Direito empresarial aplicado ii
Direito empresarial aplicado ii
Aula 2- 1º Parte
Da natureza dos títulos de créditos e os Atos cambiais: Saque e emissão 
Apresentação: aceite, endosso e aval; 
Vencimento e pagamento.
Professora MSa. Maria Lucia Azevedo Viana Dória
Email: azevedo.maria@estacio.br
DA NATUREZA JURÍDICA DOS 
TÍTULOS DE CÉRDITO
PRO SOLVENDO
PRO SOLUTO
OU
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
PRO SOLVENDO
Vamos rever o conceito doutrinário de título de crédito:
	Trata-se de instrumento representativo de obrigação pecuniária, necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele previsto.
	O título de crédito mais conhecido e utilizado no dia a dia é o cheque, porém não é o único. Também o são: a nota promissória, a letra de câmbio e a duplicata mercantil.
	Os títulos de crédito, em regra, têm natureza pro solvendo.
	E o que isso significa pro solvendo?
	Significa que a simples entrega do título não dá ensejo à efetivação do pagamento. Representará, apenas, uma quantia em dinheiro que o credor receberá em momento oportuno, quando, aí sim, haverá a extinção da obrigação correspondente.
	Por exemplo, se João deve à Maria o valor de R$ 1.000,00 e essa quantia é paga por meio de cheque, a simples emissão desse título não faz com que a obrigação seja tida como adimplida, o que somente ocorre caso o cheque tenha fundos.
	O motivo de essa ser a regra em matéria de título de crédito se dá pelo fato de que a posse ou propriedade do documento não importa em disposição da cifra que o encerra.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
PRO SOLUTO
 
Excepcionalmente o título de crédito pode também assumir o caráter pro soluto.
E qual será a diferença desse título para os de caráter pro solvendo?
A diferença é que, nesse caso, haverá a extinção da obrigação com a mera transferência do título ao credor, pois, aqui, a entrega corresponderá ao pagamento e, por conseguinte, à extinção da obrigação de origem. De forma que o credor terá apenas o direito cambial, não podendo rediscutir a causa debendi.
A título de exemplificação, temos que na compra e venda, uma vez conferida essa feição ao título de crédito, só restará ao comprador executar o título, não lhe assistindo a resolução do contrato pelo inadimplemento.
Mister ressaltar que, para que o título assuma o caráter pro soluto, será necessário que, numa escritura pública, seja assinalado expressamente a quitação com a simples tradição do título.
Assim, reclama-se, para operar esse efeito, de cláusula explícita, o que raramente acontece na praxe.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ACEITE
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
PRESTEM ATENÇÃO NA 
SEGUINTE FRASE...
ACEITE – AULA 6
7
PRINCESA FIONA... VOCÊ ACEITA CASAR COMIGO ?
ACEITE – AULA 6
8
DECLARAÇÃO CAMBIÁRIA EXCLUSIVA DO SACADO QUE COM ISSO ASSUME A OBRIGAÇÃO DE PAGAR O TÍTULO NO VENCIMENTO
A
B
C
INDICAÇÃO 
PARA PAGAR
SACADO
SACADOR
ACEITANTE
TOMADOR
B
OBRIGADO
PRINCIPAL
ACEITE – AULA 6
9
ACEITANTE: OBRIGADO PRINCIPAL
ACEITANTE
B
A
C
D
E
DEVEDORES INDIRETOS
DEVEDOR DIRETO E PRINCIPAL
1º)
2º)
ACEITE – AULA 6
10
ANEXO II
EFEITOS DA RECUSA DO ACEITE
ANTECIPAÇÃO DO VENCIMENTO
AÇÃO DIRETA EM FACE DO SACADOR
RECUSA DO ACEITE
ACEITE – AULA 6
11
“Art. 43 - O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros co-obrigados:
No vencimento: Se o pagamento não foi efetuado.
Mesmo antes do vencimento:
1 - Se houve recusa total ou parcial de aceite; (...)”
EFEITOS DA RECUSA DO ACEITE
ARTIGO 43,1 LUG
OBS: CLÁUSULA NÃO ACEITÁVEL – ARTIGO 22 DA LUG
ENDOSSO – AULA 5
“Art.22 (...)
Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, salvo se se tratar de uma letra pagável em domicílio de terceiro, ou de uma letra pagável em localidade diferente da do domicílio do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo de vista.”
CLÁUSULA “NÃO ACEITÁVEL” 
ARTIGO 22, 2ªALINEA LUG
ENDOSSO – AULA 5
CARACTERÍSTICAS DO ACEITE
DECLARAÇÃO UNILATERAL 
E EXCLUSIVA DO SACADO
TÍTULOS COM ESTRUTURA 
DE ORDEM DE PAGAMENTO A PRAZO
FORMAL (INSERIDO NO ANVERSO DO TÍTULO OU VERSO COM IDENTIFICAÇÃO “ACEITO”)
ACEITE – AULA 6
14
		Nº 01 Vencimento dia 09 setembro de 2022 Valor R$ 20.000,00
		No vencimento pagará(ão) V.Sa(s) por esta única via de Letra de 			Câmbio à LETRA “C” 
		
		Na praça de Rio de Janeiro a apresentação desta cambial poderá 			ser feita até 09 de setembro de 2020 da data do saque.
		Aceitante(s):sacado_________Roberto Dinamite_________
		_________________________________________________
		Rua São Januário, nº 200 – Bairro São Cristóvão Cep.20.000-020
		Cidade: Rio de Janeiro Estado: Rio de Janeiro____
		Documentos
		CNPJ/CPF:11.111.111-11
		Outros Doc.
 
ou à sua ordem a importância de vinte mil reais 
Local e Data do saque
Rio de Janeiro, 23 de abril de 2022
LETRA DE CÂMBIO
aceito (amos)
____________________________________________
__________________________
LETRA “A”
ACEITE
ACEITE – AULA 6
15
“Art. 26 - O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada.
Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite.”
LIMITAÇÃO X MODIFICAÇÃO DO ACEITE
ENDOSSO – AULA 5
O ACEITE PODE SER CANCELADO? 
ACEITE – AULA 6
“Art. 29 - Se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, tal aceite é considerado como recusado.
Salvo prova em contrário, a anulação do aceite considera-se feita antes da restituição da letra.
Se porém, o sacado tiver informado por escrito o portador ou qualquer outro signatário da letra de que a aceita, fica obrigado para com estes, nos termos do seu aceite.” 
CANCELAMENTO DO ACEITE ARTIGO 29 LUG
ENDOSSO – AULA 5
JURISPRUDÊNCIA
Execução. Letra. Câmbio. Ausência. Aceite. Trata-se de embargos do devedor opostos à execução lastreada em letra de câmbio sem aceite. Nas vias ordinárias, a sentença julgou procedentes os embargos (declarando nula a execução por falta de título executivo hábil para instruí-la) e o Tribunal a quo negou provimento à apelação da recorrente. Explicitou a Min. Relatora que a letra de câmbio é título de crédito próprio e abstrato, não se pode imprimir-lhe natureza causal e imprópria como acontece na duplicata, por isso não persistem as alegações da recorrente no sentido de vinculá-la ao negócio subjacente. Aduz ainda que, embora tenha havido o protesto pela falta de aceite e de pagamento, a letra de câmbio sem aceite obsta a cobrança pela via executiva. Pois a recusa do aceite traz como única consequência o vencimento antecipado da letra de câmbio (art. 43 da LUG), pode, então, o tomador cobrá-la imediatamente do sacador. Mas, no caso, o sacador e o tomador se confundem na mesma pessoa da recorrente demonstrando sem razão suas alegações uma vez que a vinculação ao pagamento do título se dá tão somente se o sacado aceitar a ordem de pagamento que lhe foi endereçada. Sem reparos o acórdão recorrido e ausente a divergência jurisprudencial alegada, a Turma não conheceu do recurso (REsp 511.387-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 21.06.2005, Informativo 252/2005).
ENDOSSO – AULA 5
ENDOSSO
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
O QUÊ SIGNIFICA ENDOSSAR UM TÍTULO ? 
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENDOSSO
DECLARAÇÃO CAMBIÁRIA UNILATERAL QUE TRANSFERE OS DIREITOS CONTIDOS NO TÍTULO PARA OUTRA PESSOA
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
RECORDAR É VIVER...
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
Ao Portador*
CC: somente por lei especial
CIRCULAÇÃO
Nominativo
Não A Ordem
À Ordem
Cessão Ordinária 
De Crédito
Endosso
 
Lei 8.021/90
Cheques: até 100,00
Obs: *Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial."
ENDOSSO– AULA 5
EMPRESARIAL III
VIA 
ENDOSSO
VIA CESSÃO 
DE CRÉDITO
INST. CAMBIÁRIO
MANIFEST. UNILATERAL 
DE VONTADE
PURO E SIMPLES
INST. DIR. CIVIL
MANIFEST. BILATERAL 
DE VONTADE
CONDICIONADO
VALOR TOTAL
 TOTAL OU PARCIAL
TÁCITO OU EXPRESSO
 CLÁUSULA EXPRESSA
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
A
B
C
D
E
COOBRIGAÇÃO : 
ENDOSSO X CESSÃO 
ENDOSSO
Coobriga todos da cadeia cambiária anterior
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
A
B
C
D
E
COOBRIGAÇÃO : 
ENDOSSO X CESSÃO 
CESSÃO ORDINÁRIA DE CRÉDITO não existe a figura da coobrigação.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
A
B
C
D
CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO – ARTIGO 15 LUG
CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO
OBS: o endosso posterior que foi dado por “D” é valido para os demais coobrigados. Quem não pode cobrar de “C” são os novos endossantes.
E
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
Art. 15 - O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra.
O endossante endossopode proibir um novo, e, neste caso, não garante o pagamento as pessoas a quem a letra for posteriormente endossada.
CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO – ARTIGO 15 LUG
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENDOSSO PRÓPRIO X IMPRÓPRIO
ENDOSSO PRÓPRIO
COOBRIGAÇÃO
TRANSFERÊNCIA 
DOS DIREITOS
Dec. 57.663/66 - Art. 14 :
O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
30
ENDOSSO PRÓPRIO 
ENDOSSO EM PRETO
ENDOSSO EM
BRANCO
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
31
ENDOSSO EM PRETO
O endossoem preto é aquele que identifica expressamente a quem está sendo transferida a titularidade do crédito, ou seja, o endossatário. Assim, só poderá circular novamente por meio de um novo endosso, que poderá ser em branco ou em preto. Nesse caso, pois, o endossatário, ao recolocar o título em circulação, assumirá a responsabilidade pelo adimplemento da dívida, uma vez que deverá praticar novo endosso.
ENDOSSO PRÓPRIO
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
O endosso poderá ser feito em branco ou em preto. O endossoem branco é aquele que não identifica o seu beneficiário, chamado de endossatário. Nesse caso, simplesmente o endossante assina no verso do título, sem identificar a quem está endossando, o que acaba, na prática, permitindo que o título circule ao portador, ou seja, pela mera tradição da cártula. O beneficiário de endosso em branco pode, então, tomar basicamente três atitudes: 
transformá-lo em endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiro; 
endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou 
transferir o título sem praticar novo endosso, ou seja, pela mera tradição da cártula (art. 14 da Lei Uniforme e art. 913 do Código Civil). Na segunda situação acima descrita, o endossatário, ao realizar novo endosso, passa a integrar a cadeia de codevedores, responsabilizando-se pelo adimplemento da obrigação constante do título. Na terceira situação descrita, todavia, o endossatário transfere o crédito sem assumir nenhuma responsabilidade pelo seu adimplemento, já que não pratica novo endosso.
ENDOSSO EM BRANCO
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENDOSSO IMPRÓPRIO
ENDOSSO MANDATO
ART. 18 LUG
ENDOSSO PÓSTUMO
ART. 20
ENDOSSO CAUÇÃO
ART. 19 LUG
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
34
A
B
“x”
D
ENDOSSO MANDATO (POR PROCURAÇÃO)
Dec. 57.663/66
ENDOSSO MANDATO
O endosso mandato é aquele em que o endossatário atua em nome e por conta do mandante, não possuindo, entretanto, a disponibilidade do título, devendo agir no interesse do endossante (mandante). endosso praticado por ele (mandatário) valendo como endosso mandato. Apenas para cumprir as ordens do mandatário é o que está previsto no art. 18 da LUG.
.
 
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENDOSSO MANDATO (POR PROCURAÇÃO)
Dec. 57.663/66
Art. 18 - Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur en recouvremente), "para cobrança" (pour encaissement), "Por procuração" (par procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador. Os co-obrigados, neste caso, só podem invocar contra o portador as exceções que eram oponíveis ao endossante. O mandato que resulta de um endosso por procuração não se extingue por morte ou sobrevinda incapacidade legal do mandatário. 
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENDOSSO MANDATO / ENDOSSO PROCURAÇÃO
O endosso-mandato, também chamado de endosso-procuração, está previsto no art. 18 da Lei Uniforme (no mesmo sentido é o art. 917 do Código Civil). Por meio dele, o endossante confere poderes ao endossatário – por exemplo, uma instituição financeira – para agir como seu legítimo representante, exercendo em nome daquele os direitos constantes do título, podendo cobrá-lo, protestá-lo, executá-lo etc. Faz-se o endosso-mandato, segundo a Lei Uniforme, mediante a colocação, junto ao endosso, das expressões “para cobrança”, “valor a cobrar” ou “por procuração”. 
Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça entende que os bancos, como mandatários decorrentes de endosso-mandato, só respondem por eventuais danos causados ao devedor do título se for comprovada a sua atuação culposa, o que ocorre, por exemplo, quando o banco tem conhecimento inequívoco de que o negócio jurídico que embasou a duplicata foi desfeito.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
Endosso Mandato - Transferência dos poderes de procurador ao endossatário-mandatário, realizada com a cláusula por procuração. Transfere apenas os poderes cambiais do título, não a propriedade.
Endosso Translativo - É aquele em que se opera uma completa transferência do título de crédito ou do documento a ordem ao endossatário.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
A
B
ENDOSSO CAUÇÃO
OBRIGAÇÃO 
CONTRATUAL
EX: EMPRÉSTIMO
BENEFICIÁRIO
EMITENTE
NOTA 
PROMISSORIA
B
BANCO
BANCO
ENDOSSO
CAUÇAO
GARANTIA DA 
REL. CONTRATUAL
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
“Art. 19 - Quando o endosso contém a menção "valor em garantia", "valor em penhor“ ou qualquer outra menção que implique uma caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração. (...)” 
ENDOSSO CAUÇÃO 
Dec. 57.663/66
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENSOSSO CAUÇÃO
Já o endosso-caução, também chamado de endosso-pignoratício ou de endosso-garantia, está previsto no art. 19 da Lei Uniforme (no mesmo sentido é o art. 918 do Código Civil), e caracteriza-se quando o endossante transmite o título como forma de garantia de uma dívida contraída perante o endossatário. Nesse caso, o endosso-caução é feito com o uso das expressões “valor em garantia”, “valor em penhor” ou outra que implique uma caução. Havendo o endosso-caução, o endossatário não assume a titularidade do crédito, ficando o título em sua posse apenas como forma de garantia da dívida que o endossante contraiu perante ele. Caso o endossante pague a dívida contraída, portanto, resgata o título; caso, todavia, a dívida não seja honrada, o endossatário poderá executar a garantia e passar, então, a possuir a titularidade plena do crédito. 
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
PERGUNTA..... 
ATÉ QUANDO UM TÍTULO CIRCULA NO MERCADO
POR MEIO DE ENDOSSO ?
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
A
B
C
D
ENDOSSO PÓSTUMO
ARTIGO 20 LUG
E
VENCIMENTO 
DO TÍTULO
ANTES
PROTESTO
APÓS
PROTESTO
Obs: a LUG fala em endosso após o vencimento, mas antes do protesto, e endosso após o vencimento e também após a realização de protesto. Se o endosso for antes do protesto, a situação fica igual o tratamento da lei uniforme de Genebra e o endosso tardio não terá nenhuma diferença para o que foi feito antes do vencimento, mas se o endosso for datado após o protesto seguirá a mesma situação da cláusula "não à ordem" e o endosso terá os efeitos de uma cessão comumde crédito.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
Art. 20 - O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto.
ENDOSSO PÓSTUMO Dec. 57.663/66
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
ENDOSSO PÓSTUMO OU TARDIO 
	Segundo o art. 20 da Lei Uniforme, o endosso pode ser dado após o vencimento do título, caso em que produzirá seus efeitos de transferência do crédito e de responsabilização do endossante normalmente. No entanto, o mesmo dispositivo dispõe que, “todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos”. 
	Esse endosso feito após o protesto ou após o prazo para a realização do protesto é chamado pela doutrina de endosso póstumo ou endosso tardio, expressões que denotam, claramente, que tal endosso foi levado a efeito tarde demais. Nesse caso, portanto, como a norma acima transcrita deixa claro, o endosso não produz os efeitos normais de um endosso, valendo tão somente como uma mera cessão civil de crédito (CCC). O mesmo art. 20 da Lei Uniforme estabelece a presunção de que o endosso sem data foi feito antes do prazo para a realização do protesto. No mesmo sentido é a disposição normativa constante do art. 920 do Código Civil.
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III
JURISPRUDÊNCIA
Direito Civil e Cambiário. Recurso especial representativo de controvérsia. Art. 543-C do CPC. Duplicata recebida por endosso-mandato. Protesto. Responsabilidade do endossatário. Necessidade de culpa. 1. Para efeito do art. 543-C do CPC: Só responde por danos materiais e morais o endossatário que recebe título de crédito por endosso-mandato e o leva a protesto se extrapola os poderes de mandatário ou em razão de ato culposo próprio, como no caso de apontamento depois da ciência acerca do pagamento anterior ou da falta de higidez da cártula. 2. Recurso especial não provido (REsp 1.063.474/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 2.ª Seção, j. 28.09.2011, DJe 17.11.2011). Hoje esse entendimento está previsto no Enunciado 476 da 
Súmula do STJ: “O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”. 
ENDOSSO – AULA 5
EMPRESARIAL III

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