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PRÁTICA DE ENSINO: ESTRATÉGIAS E TECNOLOGIAS #CURRÍCULO LATTES# Professor Jhonatan Phelipe Peixoto ● Especialista em Atendimento Educacional Especializado: Educação Especial e Inclusiva – Universidade Cesumar (UniCesumar). ● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação – Universidade Cesumar (UniCesumar). ● Especialista em Docência na Educação Superior – Centro Universitário Metropolitano de Maringá (Unifamma). ● Graduação em Pedagogia – Centro Universitário Metropolitano de Maringá (Unifamma). ● Formação Complementar em Neurodidática – Universidade Cesumar (UniCesumar). ● Formação Complementar em Introdução de Libras - Universidade Cesumar (UniCesumar). ● Formação Complementar em As competências do Pedagogo - Universidade Cesumar (UniCesumar). ● Formação Complementar em Afetividade no Ambiente Escolar e Familiar - Universidade Cesumar (Unicesumar). ● Formação Complementar em Adolescência e suas Características Psicossociais. ● Professor Mediador no Ensino Superior na modalidade EAD. Acesse o meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/9252033019618489 http://lattes.cnpq.br/9252033019618489 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Professor Jhonatan Phelipe Peixoto Plano de Estudo: • Afinal, o que é tecnologia? • As tecnologias e Educação • O ensino na sociedade da informação • A ação docente e o uso das tecnologias Objetivos de Aprendizagem: • Compreender o que é a tecnologia • Analisar como acontece a interligação entre tecnologia e Educação • Identificar como ocorre o ensino na sociedade da informação • Compreender como ocorre a ação docente por meio do uso das novas tecnologias INTRODUÇÃO Caro(a) acadêmico(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Prática de Ensino: Estratégias e Tecnologias. No primeiro momento iremos entender o que é a Tecnologia, de forma que você compreenda sobre as mais diferentes contextualizações sobre tal assunto desde o início dos tempos até os dias atuais. Além disso, será possível analisar como a evolução do conhecimento aconteceu por meio das revoluções tecnológicas e com o aporte da ciência, de forma que seja possível compreender a diferença entre esses dois campos: tecnologia e ciência. No segundo momento será possível analisar como se dá a interligação entre tecnologia e Educação, a fim de que você possa identificar como ocorreu/ocorre o desenvolvimento da ciência associado ao desenvolvimento da tecnologia, vez que os aspectos tecnológicos podem ser entendidos como uma forma de aplicar o conhecimento científico. Será possível, também, compreender a diferença entre TIC, TIDIC e NTIC e como passam a ser incorporadas e utilizadas no contexto educacional. Já no terceiro momento será possível identificar como se dá o ensino na sociedade da informação, verificando como o processo de aprendizagem e tecnologia pode ser analisado no contexto de tal sociedade, levando em consideração o papel dos docentes como a peça-chave para a relação entre teoria e prática. Por fim, no quarto e último momento, você poderá compreender como ocorre a ação docente por meio do uso das novas tecnologias, ou seja, como se dá a prática do professor frente aos novos recursos tecnológicos e como deve acontecer a formação inicial e continuada. 1 AFINAL, O QUE É A TECNOLOGIA? Caro(a) acadêmico(a), para dar início a nossa discussão sobre Prática de Ensino: Estratégias e Tecnologia, é necessário que você tenha em mente qual é a definição sobre tal assunto. Portanto, o que é tecnologia? Na concepção de Kenski (2015), a discussão acerca das tecnologias é algo tão antigo quanto a origem da espécie humana, pois não está relacionada somente a objetos e técnicas digitais recentes; e, por conta da engenhosidade humana, foram surgindo as mais variadas técnicas e recursos de tecnologia. Isso se dá, pois, o uso do raciocínio lógico pelo ser humano garante um processo de muitas inovações, dando origem aos mais variados instrumentos, ferramentas, recursos e produtos que envolvem a tecnologia e criação desses recursos. Desde o início dos tempos, o domínio de certas informações, distinguem os seres humanos. Tecnologia é poder. Na Idade da Pedra, os homens – que eram frágeis fisicamente diante dos outros animais e das manifestações da natureza – conseguiram garantir a sobrevivência da espécie e sua supremacia, pela engenhosidade e astúcia com que dominavam o uso de elementos da natureza. A água, o fogo, um pedaço de pau ou osso de um animal eram utilizados para matar, dominar, ou afugentar os animais e outros homens que não tinham os mesmos conhecimentos e habilidades (KENSKI, 2015, p. 15). Logo, podemos observar que as tecnologias são discutidas há muito tempo e estão relacionadas a tudo que é pensado e desenvolvido para melhoria da condição e necessidade dos homens, e não está relacionada somente ao uso de internet, smartphones, computadores e outros recursos tecnológicos atuais. Com a evolução do conhecimento, novas tecnologias passaram a ser criadas, não somente para a defesa, mas para o ataque e dominação. “[...] um momento revolucionário deve ter ocorrido quando alguns grupos primitivos deixaram de lado os machados de madeira e pedra e passaram a utilizar lanças e setas de metal para guerrear” (KENSKI, 2015, p. 16). Assim, com o uso de inovações tecnológicas cada vez mais atualizadas, os homens procuravam ampliar os domínios e seus bens materiais. De acordo com Wunsch e Fernandes Junior (2018, p. 18), “Para analisar o que é tecnologia, precisamos pensar nas ações que realizamos hoje, as quais não eram possíveis há 50 ou 100 anos, como falar com uma pessoa do outro lado do mundo em tempo real, por exemplo”. Os autores enfatizam que a principal conceituação de tecnologia está relacionada a um produto da ciência que se relaciona a diversos métodos, recursos e técnicas, tendo como principal ideia a resolução de problemas relacionados às mais diversas áreas da informação. O termo vem do grego tekhne, que significa “técnica”, “arte” ou “ofício”. O filósofo italiano Umberto Galimberti (2006, p. 76), ao traçar um paralelo da concepção de alma do filósofo Nietzsche, ressalta que, em razão de sua incompletude, o homem se vê obrigado a construir “um conjunto de artifícios (ou técnicas) capazes de suprir a insuficiência de códigos naturais”, fazendo o pensamento técnico surgir como compensação. [...] conclui que a “técnica é, pois, a condição da existência humana” (WUNSCH; FERNANDES JUNIOR, 2018, p. 19 - 20). Com isso, é possível compreender que o conceito de tecnologia está associado aquilo que é pertinente a condição humana, sendo essa uma ciência da técnica que investiga a materialização da realidade do indivíduo no que se relaciona aos instrumentos e máquinas (WUNSCH; FERNANDES JUNIOR, 2018). Para compreender a tecnologia, temos duas vertentes a seguir em relação ao significado, sendo essas a de possibilidade e a de recurso. A de possibilidade está relacionada à tecnologia como um instrumento para resolver problemas, ou seja, um recurso que visa o apoio capaz de solucionar problemas, mesmo com as inúmeras dificuldades de análise dessas consequências (WUNSCH; FERNANDES JUNIOR, 2018). Para tanto, é necessário compreender a diferença entre tecnologia e ciência, pois muitas pessoas levam a uma certa confusão. Figura 1 - Diferença entre Ciência e Tecnologia Fonte: Wunsch e Fernandes Junior (2018, p. 21). Partindo agora para uma discussão mais recente sobre a definição de tecnologia, Veraszto et al. (2009, p. 22) enfatizam que não é possível apresentarmos uma definição exata, pois ao longo da história da sociedade, o conceito deste termo é interpretado de inúmeras maneiras, de acordo com cada contexto social. Os autores afirmam que “[...] em diferentes momentos da história da tecnologia vem registrada junto com a históriadas técnicas, com a história do trabalho e da produção do ser humano”. Hoje em dia a produção tecnológica é inerente e própria ao homem. Este converteu-se em uma criatura pensante em virtude de sua capacidade de construir e, por sua vez, o produto fez do homem um ser pensante. Em efeito, no último milhão de ano, o gênero humano introduziu significativas modificações nos instrumentos, produtos da evolução da mão e do aperfeiçoamento do cérebro. O indivíduo converteu-se em uma criatura biológica e culturalmente mais refinada, e devido a isso, os produtos de seu talento foram tornando-se cada vez mais funcionais e ganhando em qualidade, do qual temos evidências contundentes que permitem reafirmar a capacidade tecnológica dos homens e mulheres pré- históricos (VERASZTO et al., 2009, p. 25-26). De acordo com a concepção intelectualista, a tecnologia pode ser compreendida como um conhecimento prático do desenvolvimento de um conhecimento teórico e científico por meio de recursos derivados da ciência e do conhecimento teórico, tendo o entendimento de tecnologia como algo hierárquico. É entendida como uma subordinada das ciências e dos conhecimentos científicos (VERASZTO et al., 2009). Já na concepção utilitarista, a tecnologia é considerada como um sinônimo da técnica, “ou seja, o processo envolvido em sua elaboração em nada se relaciona com a tecnologia, apenas a sua finalidade e utilização são pontos levados em consideração” (VERASZTO et al., 2009, p. 28). Na concepção da tecnologia como sinônimo de ciência, ela é compreendida como ciência natural e matemática, enquanto, na concepção instrumentalista, é uma ideia mais relacionada ao nosso cotidiano atual, pois entende que a máquina é a peça chave e mais importante como forma de opinião da sociedade, entendendo a tecnologia como apenas recursos elaborados para diversas utilidades (VERASZTO et al., 2009). Nesse sentido, a tecnologia se distingue da ciência também nos seus modos de avaliação. O valor da pesquisa e da atividade tecnológica é o da utilidade e eficácia dos inventos e da eficiência no processo de produção. Portanto, não é também uma simples invenção. Enquanto um inventor trabalha no mundo de suas ideias como um artista, o profissional da tecnologia trabalha geralmente em equipe com objetivos determinados (VERASZTO et al., 2009, p. 36). A tecnologia abrange todo um contexto relacionado ao seu aspecto cultural, pois aborda metas, valores e códigos éticos, sendo assim, um fator de organização nos mais diferentes setores da sociedade. A tecnologia não deve ser entendida como algo manipulável e de fácil compra ou venda, mas sim como algo que se adquire pela educação e pela pesquisa tecnológica (VERASZTO et al., 2009). SAIBA MAIS Como alunos e faculdades se adaptaram ao ensino a distância: estudantes e universidades relatam suas experiências depois de um ano assistindo as aulas a distância devido à pandemia Em março de 2021, completamos um ano em casa, o que impôs novos desafios à sociedade como um todo. É, também, o caso das instituições de ensino superior que encararam o mesmo dilema do ano passado para cá: como manter as atividades acadêmicas durante a pandemia? A solução, é claro, estava nas aulas remotas, com auxílio da internet. Mesmo assim, este não foi um trabalho simples de ser realizado. Da sala de aula física à sala de aula virtual Para muitos universitários, a transição da “sala de aula física” para a “sala de aula virtual” teve início ainda no primeiro mês de pandemia, em março de 2020. Caroline Belo, que concluiu a graduação em jornalismo na Universidade Veiga de Almeida no fim do ano passado, conta que, inicialmente, a instituição deu quinze dias para os alunos ficarem em casa. Mas, após perceberem que o retorno demoraria mais, as aulas online começaram. Nesta universidade do Rio de Janeiro, as aulas foram realizadas com auxílio de uma plataforma para EaD (educação a distância) que já fazia parte da realidade da instituição. A jornalista conta que os professores também utilizaram outros recursos, como a ferramenta de videoconferência do Microsoft Teams e o Google Drive. Ainda assim, nem todos começaram no mesmo momento. Inês Lopa, que estuda direito na Unirio (Universidade Federal do Rio de Janeiro), conta que suas aulas só tiveram início em outubro de 2020. Nesta instituição, as atividades foram realizadas através das plataformas Google Classroom e Google Meet. Também é importante lembrar que esta não é uma realidade de todos. Conforme aponta um relatório da UNICEF apresentado em agosto, 463 milhões de crianças em todo mundo não conseguiram acessar o ensino a distância durante o fechamento das escolas. Além disso, segundo a TIC Domicílios 2019, 28% dos lares brasileiros não possuem acesso à internet, especialmente nas zonas rurais. https://tecnoblog.net/352898/o-que-e-ead/ https://tecnoblog.net/304794/como-funciona-o-microsoft-teams-rival-do-slack-totalmente-gratis/ https://tecnoblog.net/sobre/google/ https://tecnoblog.net/303090/drive-ou-driver-para-nao-confundir-mais/ https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/covid-19-pelo-menos-um-terco-das-criancas-em-idade-escolar-nao-consegue-acessar-ensino-a-distancia [...] Oriento que você faça a leitura completa do texto em: DE BLASI, Bruno Gall. Como alunos e faculdades se adaptaram ao ensino a distância. Tenoblog, 2021. Disponível em: https://tecnoblog.net/430313/como-alunos-e-faculdades-se-adaptaram-ao-ensino-a- distancia/. Acesso em: 14 abr. 2021. #SAIBA MAIS# 1.1 As Tecnologias e a Educação Caro(a) aluno(a), agora que você já sabe o que é tecnologia, como ela se desenvolveu e como é compreendida desde o passado até os dias atuais, é importante que seja analisado como acontece a relação entre Tecnologia e Educação. Tal importância se dá, pois, afinal, você está cursando uma licenciatura e sua principal atuação será a docência, ou seja, o campo da Educação. Brito e Purificação (2015) enfatizam que o desenvolvimento da ciência está associado ao desenvolvimento da tecnologia, vez que os aspectos tecnológicos podem ser entendidos como uma forma de aplicar o conhecimento científico, como foi visto no tópico anterior. Com isso, podemos compreender que o homem, por meio de suas invenções, criou a ciência, a tecnologia e apresentou mudanças assertivas em relação à sociedade e a natureza. Porém, é válido ressaltar que, os diferentes contextos e grupos sociais que são evoluídos de acordo com o passar dos anos vão criando novas formas de transmitir os “[...] conhecimentos, valores, regras, normas e procedimentos, com o intuito de garantir o convívio entre homens e difundir a cultura de cada sociedade, o que ocorre por meio da educação” (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 22). Quando nos referimos à educação, queremos expressar nosso entendimento de que ninguém escapa a ela, uma vez que está entrelaçada à vida cotidiana – na rua, na igreja ou na escola -, no ato de aprender, de ensinar, de aprender e ensinar, de saber, de fazer ou conviver. Todos os dias misturamos a vida e a educação (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 22). A educação, em conjunto com a tecnologia, é entendida como uma maneira de proporcionar aos indivíduos uma construção de seu conhecimento de forma atualizada, para que, assim, as pessoas estejam preparadas para criar recursos tecnológicos, saber utilizá-los e desenvolvê-los a fim de sempre compreender a importância de sua ligação e constantes mudanças. Para darmos continuidade no entendimento da relação entre tecnologias e educação, é necessário que você, caro(a) aluno(a), compreenda a descrição de algumas siglas relacionadas às práticas educacionais com tecnologias. Figura 2 - Definição de TIC Fonte: Wunsch e Fernandes Junior (2018, p. 60). Figura 3 - Definição de TDIC Fonte: Wunsch e Fernandes Junior (2018, p. 60). Figura4 - Definição de NTIC Fonte: Wunsch e Fernandes Junior (2018, p. 60). É válido ressaltar que o uso desses três termos é correto, pois depende de sua aplicação no discurso, uma vez que uma enfatiza a descrição do uso dos recursos eletrônicos como fonte de comunicação e busca de informação. Outra é empregada para descrever todos os recursos digitais utilizados, enquanto a última está relacionada aos recursos eletrônicos, digitais ou não. As novas tecnologias de comunicação (TIC’s), sobretudo a televisão e o computador, movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado. A imagem, o som e o movimento oferecem informações mais realistas em relação ao que está sendo ensinado. Quando bem utilizadas, provocam a alteração dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado. [...] Encaradas como recursos didáticos, elas ainda estão muito longe de serem usadas em todas as suas possibilidades para uma melhor educação (KENSKI, 2015, p. 45). Logo, por meio dessa colocação, podemos perceber que a escola utiliza a tecnologia, mas apenas como um recurso de ajuda para determinados momentos, deixando de lado a busca de sua verdadeira maneira de auxílio em sala de aula, pois por mais que as instituições escolares utilizem computadores e internet, ainda são muito restritos e ligados apenas a determinadas disciplinas ou currículos escolares. A utilização de mídias digitais como uma estratégia didática no cenário educacional está cada vez maior, pois é notório que, nas últimas décadas, as escolas estão recebendo cada vez mais alunos envolvidos com os mais diversos contextos tecnológicos, trazendo, assim, o uso dessa estratégia como uma forma de oportunizar uma resposta para as diferenças individuais e as mais variadas maneiras de aprendizagem. Com isso, é notório perceber que o ambiente que menos utiliza as tecnologias de forma mais assertiva e objetiva seriam as escolas, principalmente pelos professores e demais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, visto que ainda existem muitas questões a serem debatidas, como, por exemplo, a maneira correta como as tecnologias devem ser utilizadas em sala de aula e quais os recursos tecnológicos viáveis a serem utilizados (BITTENCOURT; ALBINO, 2017). Sabendo que a educação é o pilar fundamental para o processo de desenvolvimento dos discentes, é necessário levar em consideração o que já vem sendo debatido por envolvidos na educação ao longo dos anos, percebendo, assim, que neste contexto a educação enfrenta desafios, seja de reflexão no ensino- aprendizagem e na capacitação dos educadores, que são pessoas que se esforçam para se adaptar ao uso das novas tecnologias [...], e estão acostumados com outra didática e outras formas de ensino- aprendizagem (BITTENCOURT; ALBINO, 2017, p. 210). Além de que Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. [...] Para que as TIC’s possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que o seu uso, realmente, faça a diferença. Não basta usar a televisão ou o computador, é preciso saber usar de forma pedagogicamente correta a tecnologia escolhida (KENSKI, 2015, p. 46). Quando se fala em tecnologias educacionais, precisamos levar em consideração que todos os recursos tecnológicos são viáveis, desde que ocorra uma ligação com o contexto educacional e social em que a escola está inserida, que seja levado em consideração cada etapa do processo de ensino e aprendizagem dos alunos que fazem acesso a tais recursos e que o professor os utilize em sua ação pedagógica. Em suma, com base no exposto, você, caro(a) aluno(a), poderá compreender que as tecnologias e inovação estão presentes cada vez mais na Educação. Porém, é necessário repensar o seu uso no contexto educacional, vez que não é simplesmente inserir um computador ou uma rede de internet na instituição escolar que o uso tecnológico já acontecerá de forma assertiva. É preciso analisar e avaliar, também, se o meio em que a escola está inserida possui acesso à rede de internet e computadores em suas casas. Por exemplo, se a equipe pedagógica e docente está preparada metodologicamente para a inserção de recursos tecnológicos, ou seja, deve acontecer uma análise pedagógica para identificação de possíveis metodologias a serem utilizadas em sala de aula. SAIBA MAIS Tecnologia na Educação: integração inevitável? A tecnologia tem evoluído de forma tão acelerada e exponencial que, atualmente, vivemos numa sociedade baseada no conceito IoT – Internet of Things, com grande influência na indústria, levando, até, ao que muitos defendem como a nova revolução industrial. Nesta nova sociedade onde tudo está ligado, onde a informação e os dados podem ser facilmente partilhados, agora é possível adicionar novas potencialidades e funcionalidades, desde o mais simples aparelho do nosso quotidiano até às grandes linhas de produção industrial. […] A escola não pode ignorar esta evolução e a integração da tecnologia na educação é indispensável para que os nossos alunos, que se encontram em processo de educação e formação, conheçam e dominem as diferentes abordagens e potencialidades que a tecnologia vem proporcionando à vida económica, social e cultural, constituindo-se, além disso, numa mais-valia para a aquisição de conhecimentos e competências importantes — que os qualificam e lhes permitirão enfrentar com vantagem, ao longo da vida, os desafios de uma sociedade que acelera na era digital como nunca. […] A tecnologia tem de ser integrada na educação como um meio, para que as escolas disponham de mais ferramentas para explorar novas metodologias inovadoras. Com acesso a novos conteúdos e plataformas, as escolas podem aprofundar a diferenciação pedagógica e proporcionar ao aluno um percurso de aprendizagem ao seu ritmo e com maior autonomia. Através do acesso a recursos educativos digitais que facilitam o acesso à informação e ao conhecimento de uma forma universal, podem assegurar a inclusão de cada aluno, respondendo, de forma mais eficaz, ao contexto ou necessidades especiais de cada um. A integração da tecnologia terá também de valorizar a formação, o trabalho cooperativo e a partilha de práticas pedagógicas no desenvolvimento profissional dos professores e de outros técnicos. [...] Caro (a) aluno (a), oriento que você faça a leitura da reportagem na íntegra, acessando: GASPAR, Luis. Tecnologia na Educação: integração inevitável? Observador, Lisboa, 2021. Disponível em: https://observador.pt/opiniao/tecnologia-na-educacao-integracao- inevitavel/. #SAIBA MAIS# 1.2 O Ensino na Sociedade da Informação Caro(a) aluno(a), agora que você já compreende como se dá o processo entre as tecnologias e a Educação, e como tal recurso pode ser visto e entendido nos mais variados contextos sociais e educacionais, é importante que façamos uma explanação sobre o ensino na sociedade da informação. Vamos lá? Moran, Masetto e Behrens (2015) nos afirmam que o processo de aprendizagem e tecnologia pode ser analisado por meio de quatro pontos, são eles: o conceito de aprender, o papel do aluno, o papel do professor e o uso da tecnologia, em que O conceito de aprender está ligado diretamente a um sujeito (que é aprendiz) que, por suas ações, envolvendo ele próprio, outros colegas e o professor, busca e adquire informações, dá significado ao conhecimento, produz reflexões e conhecimentos próprios, pesquisa, dialoga, debate, desenvolve competências pessoais e profissionais,atitudes éticas, políticas, muda comportamentos, transfere aprendizagens, [...] desenvolve sua criticidade, a capacidade de considerar e olhar para os fatos e fenômenos de diversos ângulos, compara posições e teorias, resolve problemas. Numa palavra, o aprendiz cresce e desenvolve-se (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2015, p. 142). Já em relação aos docentes, os autores enfatizam que passam a ter a oportunidade de abordar o seu verdadeiro ofício que é o de mediador do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem de seus alunos, sendo ele um facilitador e incentivador desse processo pelo qual seus discentes passam. Vemos aí, então, que o professor nada mais é do que a peça-chave para a interligação entre a teoria, ou seja, os conteúdos apresentados, com o momento de apreensão pelos alunos durante o processo de aprendizagem. O professor assume, com isso, novas atitudes em relação ao aprendizado de seus alunos, mesmo que, por muitas vezes, ele ainda seja visto como aquele profissional que desempenha “o papel de especialista que possui conhecimentos e/ou experiências a comunicar, o mais das vezes ele vai atuar como orientador das atividades do aluno, [...] facilitador, [...] trabalhando em equipe com o aluno buscando os mesmos objetivos [...]”, ou seja, ele vai desenvolver um papel de mediador pedagógico (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2015, p. 142). Já em relação às tecnologias, trabalhar com elas no contexto escolar, criando aulas mais atrativas e motivadoras, não significa inserir a tecnologia em sala e privilegiar apenas ela. “[...] não significa simplesmente substituir o quadro negro e o giz por algumas transparências, por vezes tecnicamente mal elaboradas [...]”, é necessário repensar todo o processo pedagógico, desde o projeto político pedagógico da escola para verificar como os recursos tecnológicos podem ser abordados nas instituições de ensino (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2015, p. 143). Mas, pensando agora na proposta deste tópico, que é abordar sobre o ensino da sociedade da informação, afinal, o que é uma Sociedade da Informação? Coutinho e Lisbôa (2011, p. 6) enfatizam que A ideia subjacente ao conceito de SI é o de uma sociedade inserida num processo de mudança constante, fruto dos avanços na ciência e na tecnologia. Tal como a imprensa revolucionou a forma de aprendermos, através da disseminação da leitura e da escrita nos materiais impressos, o despertar das tecnologias da informação e da comunicação tornou possíveis novas formas de acesso e distribuição do conhecimento. [...] Uma nova realidade que exige dos indivíduos competências e habilidades para lidar com a informatização do saber [...]. Logo, podemos compreender, caro(a) aluno(a), que a Sociedade da Informação nada mais é do que a inserção da sociedade num processo de modernização por conta das atualizações na área da ciência e da tecnologia, vez que o acesso, cada vez mais facilitado, evidencia um novo olhar sobre as tecnologias da informação e comunicação como uma maneira de transmitir o conhecimento de forma mais rápida e assertiva. Na Sociedade da Informação, a comunicação e a informação possuem um papel de mediar as atividades e as tomadas de decisão nos mais variados contextos da sociedade, como, por exemplo, a política, a cultura, a ciência e tecnologia e a educação, logo, por conta disso, a sociedade passa a operar em redes. Em suma, se desenvolve por meio da operacionalização de informações e conteúdos sob a demanda da conectividade tecnológica (MIRANDA, 2000). Já em relação ao ensino, é necessário compreender que, por conta da sociedade da informação, surgiram novos desafios em relação ao processo de ensino e aprendizagem, vez que a maneira em que a construção do conhecimento é vista se alterou, e, com isso, o próprio saber passou a ser entendido como algo instável e necessitado de atualizações (CRUZ, 2008). A forma tradicional de conhecimento presente nas escolas centrava-se na figura do professor, sendo este tratado como “dono do saber”. Hoje, percebemos mudanças nesse cenário. Na era da informação, o espaço de saber docente foi dando lugar ao de mediador e problematizador do aprender: ele passou a ser visto como aquele que desafia os alunos, mostrando-lhes, entre várias possibilidades de aprendizagem, caminhos que poderão ser percorridos (CRUZ, 2008, p. 1). Logo, por meio disso, podemos compreender que o papel da escola e do professor não é simplesmente apresentar coisas e informações, mas sim apresentar uma forma de evidenciar e mediar o conhecimento. Com isso, a escola que apenas transmite e propaga o uso da memorização, passa a dar lugar para uma instituição escolar que aborda o conhecimento e a descoberta das coisas utilizando das mais diversas formas de informações já apresentadas na sociedade, dando, assim, maior foco da educação escolar. A evolução das tecnologias da informação apresentou uma nova maneira de transformação da educação escolar, em que a utilização da tecnologia passou a ser muito evidente em boa parte das escolas públicas que utilizam o ensino tradicional. “Numa sociedade em que produtores e consumidores do media interagem, onde os jovens frequentemente dão mais importância aos meios de divulgação [...] será indispensável que a escola aprenda interiorizar uma ‘cultura de convergência’ [...]” (RUIVO; MESQUITA, 2013, p. 11). Então, professor e aluno terão de aprender a lidar com as novas tecnologias e também com os métodos tradicionais para adquirir as informações necessárias para a sua formação profissional e pessoal. Como se percebe, o desafio não é simples, requer que professores e alunos se preparem para trabalhar com um universo tecnológico no qual eles ainda estão iniciando (CRUZ, 2008, p. 1). Isso se dá, pois, se analisarmos na íntegra, estamos inseridos em uma sociedade em que a educação tradicional passou a ter como aliada a internet e, com isso, ambas passaram a ser aliadas no processo educativo. Por isso é importante ressaltar que o ensino na sociedade da informação pode ser entendido como uma complementação do ensino que já conhecemos com as novas tecnologias que surgem cada vez mais, de forma que toda a sociedade, inclusive no âmbito educacional, precisa estar sempre atualizada perante essas atualizações. Dessa forma, ensinar ou aprender na era da informação se torna uma mudança de padrões de ensino já existentes, de forma que as tecnologias sejam utilizadas de forma consciente e que auxilie o processo educacional, buscando sempre a transformação das novas informações recebidas em conhecimentos, pois a interligação desses contextos permite “[...] aperfeiçoar o pensamento reflexivo como instrumento de emancipação humana” (CRUZ, 2008, p. 1). Podemos dizer que, na sociedade da informação, aprende quem descobre mais e mais profundos padrões. A aprendizagem está, principalmente, na habilidade de estabelecer conexões, revê-las e refazê- las. Com isso, a aprendizagem deixa de ser algo passivo para tornar-se uma obra de reconstrução permanente, dinâmica entre sujeitos que se influenciam mutuamente. É fundamental saber ler a realidade com acuidade, para nela saber intervir com autonomia. Em síntese, compreende-se que a aprendizagem na era das novas tecnologias da informação exige uma política de produção de si e do mundo (CRUZ, 2008, p. 1). Além disso, é importante frisar que a educação e o uso das novas tecnologias da informação e comunicação no contexto escolar deve ser compreendido como uma união de recursos e metodologias em busca de habilidades e competências para o êxito profissional e social do aluno e não somente como um meio fácil de utilizar em todos os processos de aprendizagem (RUIVO; MESQUITA, 2013). REFLITA Caro(a) aluno(a), vimos que a tecnologia está cada vez mais presente na Educação e nos mais variados contextos sociais, porémé necessário repensar na realidade que cada estado, cada cidade e cada escola estão inseridas, para, somente assim, identificar quais são os benefícios da inserção das novas tecnologias no contexto escolar. Portanto, ao se pensar em utilizar esses recursos, aliados às metodologias de ensino, a principal ação e mais importante é analisar o Projeto Político Pedagógico das escolas e verificar quais são suas necessidades e potencialidades, de forma que sejam identificadas as melhores maneiras de utilizar essas ferramentas. Fonte: o autor (2021). #REFLITA# 1.3 A Ação Docente e o Uso das Tecnologias Caro(a) aluno(a), chegamos ao último tópico de discussão em nossa Unidade I. Agora que você já conhece o que é tecnologia, qual é sua relação com a educação e como acontece o ensino na sociedade da informação, é necessário que compreenda como acontece a ação docente e o uso dos recursos tecnológicos. Wunsch e Fernandes Junior (2018) relatam que ao se pensar sobre a prática docente, aliada às novas tecnologias, é válido enfatizar que em muitas vezes está relacionada a competências docentes em duas vertentes: a primeira de uma visão técnica, que visa apenas uma educação tradicional, e a segunda visando o processo de ensino e aprendizagem como coletivo, ou seja, envolvendo todos que fazem parte do contexto educacional. Masetto (2015, p. 779) reforça que "desde as últimas décadas do século passado, nossa sociedade vem sofrendo profundas transformações provocadas principalmente pela revolução das tecnologias da informação e da comunicação (TICs)”. Por conta disso, a educação foi afetada em uma construção, socialização e valorização do conhecimento e do processo de aprendizagem e a formação docente, vez que precisam estar preparados para tal ação. Além disso, o autor enfatiza que o acesso às informações se encontra cada vez mais fácil e à disposição das pessoas, apenas com um clique, porém nenhum docente pode querer dominar os mais variados conhecimentos de forma geral de sua área do saber e transmitir aos seus alunos de forma organizada, resumida e sistematizada. Mas, afinal, qual é então a competência de um professor? Veja a seguir algumas definições. Figura 5 - Definições das competências docentes Fonte: Wunsch e Fernandes Junior (2018, p. 129). No período desde o final do século passado, o termo competência docente ganhou visibilidade. Além de fazer referência a uma concepção larga do currículo na globalidade formativa desse profissional, ficou comprovado que, além das habilidades tecnicistas de conteúdo, a atividade docente pode ser definida como algo complexo, multifacetado e carregado de valor, necessitando de uma aprendizagem ao longa da vida. Somente assim é possível perceber o seu papel como protagonista em relação às tendências de mudança da atual ordem social (WUNSCH; FERNANDES JUNIOR, 2018, p. 129). Logo, compreender que o uso das tecnologias no contexto escolar se torna um desafio, podendo, assim, perceber que o professor da atualidade não pode ser caracterizado apenas como um profissional que apenas aplica conhecimentos já produzidos, mas que seja um profissional que assuma sua prática pedagógica a partir de sua atuação docente. Além disso, é necessário que seja capaz de estruturar e orientar sua prática, selecionando conteúdos e aprimorando suas competências, para, assim, criar oportunidades de expansão do conhecimento, e isso não se diferencia em relação ao uso dos recursos tecnológicos, vez que o docente precisará repensar sua prática e analisar como e quais métodos utilizar (CUNHA, 2009). A natureza múltipla do conhecimento e dos seus processos, exigem do professor que saiba, sobretudo, dominar e compreender as novas linguagens e experiências, bem como saber articulá-las com uma outra competência, baseada no processo de mediação e diálogo com os alunos. Processo em que o professor deve ter um papel essencial, para que a partir de sua intermediação todos possam informar, comunicar, discutir, participar, criar, estimular o acesso a novas linguagens, como forma de ampliar o grau de compreensão e as vivências dos sujeitos (CUNHA, 2009, p. 1053). Compreendemos que o professor deve ser capaz de desenvolver novas habilidades profissionais para compreender a realidade social em que está inserido, e ter como prática profissional a formação de cidadãos que sejam capazes de serem autores de seus próprios caminhos. Com isso, o professor não pode ficar apenas no conhecimento inicial e teórico construído por meio de sua experiência profissional, mas buscar um conhecimento que o capacite para mediar as informações e saber adequá- las ao contexto educacional que está inserido (CUNHA, 2009). Diante disso, percebemos que fazendo uso das novas tecnologias, sendo estas algo novo para os docentes e discentes, o professor deve atuar como mediador do processo de ensino e do conhecimento, levando seus alunos a compreenderem a realidade dos conteúdos ensinados, aliados ao uso das tecnologias em sala de aula, uma vez que têm cada vez mais facilidade para o acesso à tecnologia, levando o professor a não ficar somente apoiado aos conhecimentos exclusivamente acadêmicos e teóricos. A utilização das tecnologias no contexto educacional, oferecem condições efetivas para aplicação metodológica construtiva para os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Pois, ao lidar com equipamentos tecnológicos, programas ou aplicativos, tanto os profissionais quanto os estudantes estarão envoltos em processos de inovação na maneira de ensinar e de aprender. As práticas educativas com uso da TIC, agregam novas possibilidades de adentrar em um campo do conhecimento estimulante que se utiliza de interatividade, multimidialidade, entre outras características, reconhecimento às habilidades dos discentes, pois atualmente, as novas tecnologias são os principais passatempos deles [...] (RODRIGUES; CASTRO, 2020, p. 3). Por conta disso, caro(a) aluno(a), é possível compreendermos que as tecnologias aliadas à educação permitem uma reestruturação, modificação e adaptação dos mais variados contextos relacionados ao processo de ensino e aprendizagem. A utilização das TIC como recursos metodológicos pode ser feita de diversas formas, levando o docente a apresentar de maneiras diferentes e inovadoras as informações pertinentes às suas aulas e disciplinas ministradas. Porém, como mencionado anteriormente, é necessário repensar todo o contexto social em que a escola está inserida para verificar as possibilidades de utilização dos recursos tecnológicos em seu currículo programático. Com isso, os desafios da educação referente a esse assunto estão no fato de precisar compreender e suprir as necessidades das instituições escolares, tanto em questão de equipamentos, como de formação adequada dos profissionais para que saibam utilizar de forma correta e assertiva esses recursos, de forma que contribuam para suas aulas e aperfeiçoamento de suas práticas pedagógicas (RODRIGUES; CASTRO, 2020). Pensando em um viés social, a educação, assim como as demais esferas da sociedade, está sendo pressionada pela mudança, pela atualização e pela inovação, vez que o contexto histórico em que estamos inseridos nos emerge em uma contínua utilização de novas tecnologias, pois cada vez mais surgem novos recursos tecnológicos aplicáveis nos diversos setores da sociedade, dentre eles a Educação. Outro fator muito importante a ser levado em consideração sobre a ação docente e o uso das tecnologias é sobre a formação dos professores para atuarem como mediadores do conhecimento neste contexto e, por conta disso, inserir as novas tecnologias no processo educacional se torna um grande desafio para muitos professores, vez que tal assunto deve ser objeto de pesquisa nos cursos de formação docente e demais profissionais das instituições escolares.Atualmente, diante das tecnologias apresentadas aos alunos, o professor tem a função de mediador dessa maneira de ensino, dando suporte indispensável ao uso apropriado e responsável dos insumos tecnológicos. Para que isto aconteça, o professor precisa buscar formação e atualização além de sua especialidade, percebendo nas tecnologias o aporte para atuar em suas práticas pedagógicas no cotidiano escolar (RODRIGUES; CASTRO, 2020, p. 6). É notável que as novas tecnologias no ensino oferecem novas perspectivas decisivas em relação à educação, mas além disso, é necessário levar em consideração que temos diversos problemas ainda sobre a inserção deste recurso nas escolas, como, por exemplo, a falta de estrutura ou acesso à internet. Destarte a isso, é um desafio ao professor modificar sua maneira de lecionar por meio de uma nova metodologia de ensino, e é por conta desse desafio que o docente deve manter sua formação acadêmica de forma continuada, sempre buscando aprimoramentos e especializações voltadas às inovações tecnológicas que são apresentadas no contexto social e educacional. Pode-se dizer que utilizar as tecnologias no contexto escolar passa a ser entendido como uma forma de interagir e contextualizar os conteúdos programáticos das instituições escolares, de forma que reconheça as relações e conexões existentes entre um conteúdo e outro, criando, assim, a produção do conhecimento por meio dos recursos tecnológicos. Essas possibilidades nos remetem a questões relacionadas à formação de professores para o uso das tecnologias digitais, de modo a contribuir nos processos de produção do conhecimento e no desenvolvimento intelectual e cultural dos alunos. Entendemos que o movimento da formação inicial voltado para o uso das tecnologias digitais deve ter prosseguimento com a formação continuada, uma vez que as tecnologias estão em constante avanço. Deste modo, investir na formação inicial e continuada do professor, representa fortalecimento para a educação, permitindo ao professor maior autonomia no uso das tecnologias digitais, implementando, dessa forma, suas práticas pedagógicas (FRIZON et al., 2015, p. 10193). É notório que o avanço tecnológico tem causado inúmeras mudanças na sociedade e, por isso, a escola também precisa ser repensada para atender todas as demandas relacionadas às inovações para que o processo de aprendizagem seja efetivo. Esse repensar sobre a escola parte inicialmente pela reavaliação do professor e sua formação inicial, em que os cursos de licenciaturas precisam rever suas matrizes a fim de preparar os futuros docentes para o uso assertivo nos novos recursos tecnológicos, para que possa contribuir com o desenvolvimento das habilidades e competências de todos os discentes (FRIZON et al., 2015). “Diante das exigências decorrentes da presença das tecnologias digitais no contexto educacional faz-se necessário repensar o fazer pedagógico [...]” de forma que possa se atentar para todas as necessidades e demandas educacionais apresentadas por seus alunos (FRIZON et al., 2015, p. 10194). Por isso essa ação é entendida como política de formação inicial e continuada, promovendo o avanço no conhecimento do professor e do aluno. A capacidade de utilizar pedagogicamente as tecnologias digitais pressupõe que a formação de professores sinalize perspectivas para as novas formas de se relacionar com o conhecimento, com os outros indivíduos e com o mundo. A formação continuada de professores, deste modo, deve ser vista como a possibilidade de ir além dos cursos de cunho técnico e operacional, mas que assegure que o professor reflita acerca do uso das tecnologias digitais na e para a democratização da educação (FRIZON et al., 2015, p. 10196). Dessa forma, podemos dizer que a formação de docentes na perspectiva do uso de novas tecnologias e novos recursos tecnológicos se torna muito discutida e tende a modificar o modelo tradicional de ensino que, por muitas vezes, é discutido pelas políticas públicas de formação de professores. Por conta disso, formar professores inseridos no contexto de tecnologias educacionais exige que haja condições para que busque a construção de seus conhecimentos sobre os novos recursos, entende o porquê e como utilizar tais recursos em sua prática pedagógica, bem como ser capaz de romper as metodologias antigas impostas pela sociedade. REFLITA Caro(a) aluno(a), baseado no que foi explanado neste tópico de discussão e nas leituras complementares, na sua opinião, todos os professores estão preparados para utilizar as novas tecnologias em suas práticas pedagógicas? Fonte: o autor (2021). #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), chegamos ao final de nossa primeira unidade de discussão sobre a disciplina de Prática de ensino: Estratégias e Tecnologias. Em nosso primeiro momento de discussão, foi possível que você compreendesse sobre o que é, afinal, a tecnologia e como ela vem sendo modificada desde os primórdios das sociedades. Identificamos que a discussão sobre as tecnologias é algo muito antigo e que não estão relacionadas somente a objetos e recursos tecnológicos recentes, mas sim desde a aceleração da engenhosidade humana, que deu origem aos mais variados e diferentes instrumentos e ferramentas. Com isso, é possível compreender que o conceito de tecnologia está associado àquilo que é pertinente à condição humana, sendo essa uma ciência da técnica que investiga a materialização da realidade do indivíduo no que se relaciona aos instrumentos e máquinas. Já no segundo tópico discutido, você pôde verificar sobre como ocorre o processo de ensino e aprendizagem relacionado à associação entre Educação e tecnologia, sendo possível identificar que o uso dos recursos tecnológicos, como metodologias e estratégias de ensino, pode ser entendido como uma forma de apresentar aos alunos uma construção do seu conhecimento de modo atualizado, de forma que os indivíduos sejam preparados para criar e saber utilizar tais recursos de forma clara e assertiva. Neste mesmo tópico foi possível identificar as diferenças entre TIC, TIDIC e NTIC, compreendendo que o uso dessas três classificações está correto, pois depende de sua aplicação no discurso, vez que uma enfatiza a descrição do uso de dos recursos eletrônicos como fonte de comunicação e busca de informação, a outra é empregada para descrever todos os recursos digitais utilizados, enquanto a última está relacionada aos recursos eletrônicos, digitais ou não. No terceiro tópico de discussão, caro(a) aluno(a), foi o momento de compreendermos como ocorre o ensino na Sociedade da Informação, sociedade entendida como aquela onde ocorre a inserção da sociedade num processo de modernização por conta das atualizações na área da ciência e da tecnologia, vez que cada vez mais temos o acesso facilitado a todos os novos recursos digitais. Nessa discussão você pode verificar que trabalhar com a tecnologia na Educação não significa apenas apresentar recursos tecnológicos para se ter aulas mais atrativas, mas sim repensar todo o processo que envolve as instituições escolares, desde o Projeto Político Pedagógico, a fim de verificar como esses recursos podem contribuir e serem utilizados nas escolas. Diante disso, é importante compreender que devido a sociedade da informação foram surgindo novos desafios relacionados ao processo de ensino e aprendizagem, pois o saber passou a ser visto como algo instável que está sendo atualizado, levando à escola e ao professor uma tarefa que não se resume somente em apresentar informações aleatórias de forma tradicional e apenas expositiva, mas sim se utilizarem de novas maneiras de mediar o conhecimento. Por fim, no último tópico de nossa primeira unidade, verificamos como ocorre a atuação docente mediante as novas tecnologias e como o uso delas interfere no contexto escolar. Como isso, foipossível analisar que o uso de recursos tecnológicos se torna um desafio, pois o professor da atualidade não pode ser entendido como um profissional que somente impõe conhecimentos já prontos, mas um profissional que revê sua prática pedagógica e assume uma postura inovadora, atualizando, assim, sua prática docente e criando oportunidades assertivas de mediação do conhecimento. Outro fator muito importante que foi discutido em nosso último tópico foi sobre a formação dos professores para atuarem como mediadores do conhecimento mediante aos novos recursos tecnológicos, em que o docente precisa buscar uma formação que não seja somente inicial, mas sim continuada, sempre buscando especializações que lhe auxiliem a ter uma melhor prática pedagógica. Para ampliar mais o seu conhecimento acerca da Educação e Tecnologias não deixe de consultar as referências, bem como a indicação de leitura complementar, livro e filme. LEITURA COMPLEMENTAR NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Renildo Franco da Silva. Mestre em Ciências da Educação – professor dos cursos de Letras e Pedagogia da FVJ – Faculdade do Vale do Jaguaribe. E-mail: francobellarte@hotmail.com Emilce Sena Correa. Doutora em pela Universidad Carlos III de Madrid, Espanha. (2004). Professora de pós-graduação Stricto Sensu na Universidade Americana (Paraguai). RESUMO: Este trabalho de investigação objetiva discutir a relação entre a educação e as novas tecnologias no processo evolutivo do ensino e da aprendizagem nessa sociedade contemporânea, abordando algumas questões desafiadoras apresentadas para uma busca de reflexões em torno das constantes evoluções dessa sociedade, especialmente no que diz respeito à agregação das ferramentas tecnológicas em sala de aula. A partir disso, buscou-se incorporar diálogos voltados para a ação do educador e dos gestores educacionais visando encontrar caminhos para a aplicabilidade das diversas mídias dentro da escola. A tendência da educação contemporânea é firmar a necessidade de que o educando deve vivenciar a aprendizagem de sala de aula de forma mais dinâmica e significativa, por esse motivo, propõe-se nessa pesquisa analisar os benefícios e malefícios da modernidade tecnológica apontando caminhos para uma prática pedagógica que se pretende desconstruir-se para se reconstruir numa nova perspectiva de ensino e aprendizagem. [...] 1 INTRODUÇÃO Mediante ao grande desenvolvimento tecnológico que vem sendo apresentado na sociedade contemporânea, faz-se necessário discutir sobre os benefícios do uso das ferramentas tecnológicas na construção do conhecimento. Para nortear essa investigação partimos do seguinte questionamento geral: Como acontece a relação entre a educação e as novas tecnologias no processo evolutivo do ensino e da aprendizagem na sociedade contemporânea? Para respondê-lo, objetivamos compreender a relação entre a educação e as novas tecnologias no processo evolutivo do ensino e da aprendizagem nessa sociedade tão multifacetada. A partir do objetivo geral da pesquisa construímos algumas questões geradoras dos objetivos específicos. Foram elas: Qual a relação existente entre a educação e as novas tecnologias no ambiente escolar mailto:francobellarte@hotmail.com contemporâneo? Qual a importância das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem? Qual o papel do professor antes do desenvolvimento tecnológico e o seu papel após esse desenvolvimento? Quais são os desafios impostos pela sociedade contemporânea diante da diversidade de conhecimentos no mundo globalizado? Os objetivos específicos gerados pelas questões foram: estabelecer relação entre a educação e as novas tecnologias no ambiente escolar contemporâneo; analisar a importância das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem na sociedade contemporânea; comparar o papel exercido pelo professor antes do desenvolvimento tecnológico e o papel do professor contemporâneo e apresentar os desafios impostos pela sociedade contemporânea diante da diversidade de conhecimentos no mundo globalizado. Após os questionamentos e objetivos delineados buscou-se uma imersão nos trabalhos de alguns autores que também discutem temas voltados para as tecnologias, motivação, educação contemporânea, o papel do professor etc. O dinamismo das novas tecnologias nos impulsiona a entender a educação de forma diferente. Leva-nos à reflexão de nossa prática e nos impulsiona a novos paradigmas que reflitam essa necessidade humana de se completar, de desvendar, descobrir e se refazer. [....] Oriento que você, caro(a) aluno(a), leia o texto na íntegra por meio da referência apresentada: SILVA, Renildo Franca da.; CORREA, Elenice Sena. Novas tecnologias e educação: a evolução do processo de ensino e aprendizagem na sociedade contemporânea. Educação e linguagem, São Paulo, n. 1, p. 23-35, jun. 2014. LIVRO • Título: Tempos digitais: ensinando e aprendendo com tecnologia. • Autor: Hélio Lemes Costa Jr. • Editora: Editora da Universidade Federal de Rondônia. • Sinopse: Em um mundo em ebulição, nada permanece estável por muito tempo. O livro traz à tona essa implacável realidade. Ele retrata um professor que vê o mundo se transformando diante de seus olhos. Toda a sólida maneira de se fazer as coisas e todo o controle sobre elas, escorrendo por entre os dedos. FILME/VÍDEO • Título: Juventude Conectada • Ano: 2016 • Sinopse: A Educação é um dos pilares da segunda educação da Pesquisa Juventude Conectada. Descubra como a tecnologia dentro e fora das salas de aula, promete inovas nas formas de aprendizagem e ajudar professores a avaliarem seus alunos, conectando quem ensina a quem aprende • Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=CFX3qA7-3aY http://www.youtube.com/watch?v=CFX3qA7-3aY REFERÊNCIAS BITTENCOURT, P. A. S.; ALBINO, J. P. O uso das tecnologias digitais na educação do século XXI. Revista Ibero-Americana de estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. 1, p. 205-214, jan./mar. 2017. BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I. da. Educação e novas tecnologias: um (re) pensar. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2015. COUTINHO, C.; LISBÔA, E. Sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem: desafios para a educação no século XXI. Revista de Educação, Braga, v. 18, n. 1, p. 5-22, 2011. CRUZ, J. M. de O. Processo de ensino-aprendizagem na sociedade da informação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 105, set./dez. 2008. CUNHA, M. J. dos S. 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UNIDADE II CONCEITUAÇÕES: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, ENSINO HÍBRIDO, ENSINO A DISTÂNCIA, ENSINO REMOTO Professor Jhonatan Phelipe Peixoto Plano de Estudo: • Educação a Distância e Ensino a Distância • Educação Híbrida e Ensino Híbrido • Ensino Remoto Emergencial • A Educação no século XXI Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e definir o que é Educação a Distância e Ensino a Distância • Conceituar e definir o que Educação Híbrida e Ensino Híbrido • Compreensão sobre o Ensino Remoto Emergencial • Analisar a Educação do século XXI INTRODUÇÃO Caro(a) acadêmico(a), seja bem-vindo(a) à Unidade II, intitulada “Conceituações: Educação a Distância, Ensino Híbrido, Ensino a Distância, Ensino Remoto”, da disciplina de Prática de Ensino: Estratégias e Tecnologias. Nesta etapa, você irá compreender um pouco mais sobre algumas conceituações e definições importantes que irão nortear seus estudos. No primeiro momento iremos compreender a conceituação de Educação a Distância e Ensino a Distância, a fim de que você possa compreender como essa modalidade de ensino se integra à Educação e um pouco sobre sua história e a legislação que a rege em relação ao processo de ensino e aprendizagem. No segundo momento será possível analisar as informações acerca do Ensino Híbrido e da Educação Híbrida, de forma a compreendermos como essa metodologia de ensino está sendo aplicada nos dias atuais no que se relaciona ao uso das novas tecnologias da informação e da comunicação na Educação. Já no terceiro momento você terá acesso a informações acerca do Ensino Remoto Emergencial, uma modalidade de ensino que veio à tona, principalmente, a partir no ano de 2020, devido a pandemia da COVID-19, como uma alternativa de dar continuidade aos estudos por conta das exigências de distanciamento e isolamento social. Por fim, no quarto e último tópico de nossa unidade será abordada a Educação no século XXI. Você poderá compreender um pouco mais como acontece a Educação no século atual, mas conhecido como a era digital, e como as novas tecnologias da informação e comunicação impactam o ensino. 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E ENSINO A DISTÂNCIA Caro(a) acadêmico(a), para dar início em nossa unidade sobre as conceituações de Educação e Ensino, iremos discutir neste tópico, primeiramente, sobre a Educação a Distância e posteriormente sobre o Ensino a Distância. Mas, afinal, como surgiu a Educação a distância (EAD)? Para se pensar nisso, é válido ressaltar que ela pode ser explicada em três momentos: primeira, segunda e terceira geração. A primeira geração está relacionada ao primeiro conceito de educação a distância que foram os cursos por correspondência, ofertados por anúncios e jornais desde a década de 1720. Porém a EAD surge especificamente em meados do século XIX, devido ao desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação pelo ensino por correspondência, vez que os materiais desses cursos eram impressos e enviados para as casas das pessoas pelo correio. Por meio dessas iniciativas foram surgindo diversas sociedades e institutos escolares, dando origem aos cursos técnicos de extensão universitária (MATTAR; MIRANDA, 2007). A segunda geração está relacionada às novas mídias e universidades abertas. Nessa geração houve o acréscimo de novas mídias, como a televisão, o rádio e o telefone, por exemplo. Por conta disso, deu-se origem às universidades abertas de ensino a distância influenciadas pelo modelo de educação britânico, que se utilizava de rádio e TV em centros de estudos para realização de experiências pedagógicas. Por fim, a terceira geração está relacionada com a EAD on-line. Por meio desta se introduziu o videotexto, o microcomputador e a tecnologia em geral, caracterizando- se, assim, em educação a distância on-line. Por meio dessa geração passamos a ter mais acesso a uma vasta integração dos recursos tecnológicos. A terceira geração da evolução da EaD seria marcada pelo desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação. Por volta de 1995, com o desenvolvimento explosivo da Internet, ocorre um ponto de ruptura na história da educação a distância. Surge então um novo território para a educação, o espaço virtual da aprendizagem, digital e baseado na rede (MATTAR; MIRANDA, 2007, p. 22). Destarte a isso, sobre a Educação a distância (EAD), é importante ressaltar que ela passou por diversas denominações em muitos países do mundo, sendo entendida “[...] como estudo ou educação por correspondência (Reino Unido); estudo em casa e estudo independente (Estados Unidos); estudos externos (Austrália); telensino ou ensino a distância (Espanha); teleducação (Portugal)” (MATTAR; MIRANDA, 2007, p. 6). Na concepção dos autores supracitados, a EAD é entendida como uma modalidade de ensino em que os docentes e alunos estão em lugares separados, ou seja, fora da sala de aula tradicional, a qual é pensada das mais variadas formas pelas instituições escolares e que, para tal processo, se faz uso de diversas tecnologias da informação e recursos tecnológicos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Em geral, a sigla EaD é aplicada a atividades de ensino e aprendizagem que o aluno e o professor estão separados fisicamente, o que as distinguem, por exemplo, do ensino presencial. Em EaD ocorre uma separação geográfica e espacial entre o aluno e o professor, e mesmo entre os próprios alunos, ou seja, eles não estão presentes no mesmo lugar, como no caso do ensino tradicional. A EaD prescinde, portanto, da presença física em um local para que ocorra a educação (MATTAR; MIRANDA, 2007, p. 6). Com isso, podemos compreender que a metodologia que fundamenta essa proposta de ensino está pautada em defender que o aprendizado não deve ocorrer apenas na sala de aula, de forma presencial, o que se torna muito evidente pensando na sociedade da informação em que estamos inseridos. Logo, em alguns casos, a EAD é mesclada com alguns encontros presenciais ou semipresenciais. Percebemos aqui, caro(a) aluno(a), que a educação a distância passa a possibilitar, a todos os envolvidos nos contextos educacionais, uma possibilidade de manipulação do espaço e do tempo em favor da Educação, pelo fato de que o aluno estuda onde quiser e puder. Com isso, ele se programa para estudar de acordo com o seu tempo e disponibilidade, mas deixando claro que isso não minimiza a responsabilidade que o acadêmico precisa ter com os seus estudos, vez que a sua programação de estudos deve favorecer um momento de aprendizagem assertivo e efetivo (MATTAR; MIRANDA, 2007). Cortelazzo (2013, p. 93, grifo do autor) apresenta que, pelo Decreto nº 2.494/98, a definição de Educação a Distância está relacionadaà uma “forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos [...] apresentados em diferentes suportes de informação [...] e veiculados pelos diversos meios de comunicação”. Pensando em um viés legal e legislativo, a Educação a distância é discutida no Decreto n° 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN): [...] considera-se educação a distância a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorram com a utilização de meios e tecnologias da informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos (BRASIL, 2017, p. 1). Neste mesmo decreto é enfatizado sobre algumas questões para oferta da EAD, como: possibilidade da educação básica e superior ser ofertada nesta modalidade, criação, organização e oferta de cursos a distância, desde que pensadas e vistas as formas corretas sobre o desenvolvimento dessas ofertas, para que o processo de ensino e aprendizagem, aliado com a tecnologias, seja assertivo. Pensando agora na questão do ensino a distância, Fernandes, Henn e Kist (2020, p. 4) relatam que “são necessárias apenas três letras – EAD – para abarcar vários significados. Educação a distância, ensino a distância, educação aberta a distância, entre outros [...]”. Logo, podemos verificar que o ensino a distância e a educação a distância abarcam basicamente a mesma proposta de relacionar a educação em lugares diferentes, de forma física, por meio dos recursos tecnológicos e de comunicação. O ensino à distância acontece quando o educador e o educando estão separados por uma distância física, e é usada tecnologia para fazer a “ponte” entre os dois. [...] Este tipo de ensino permite, que os adultos tenham, numa sociedade cada vez mais exigente em termos de formação, novas oportunidades que lhes permitem frequentar um curso especializado, de chegar a quem sente a sua formação prejudicada por falta de tempo, pela distância, ou incapacidade física, ou ainda permitir reciclar a formação de trabalhadores dentro do seu próprio emprego (VIDAL, 2002, p. 19). A autora supracitada complementa que o ensino à distância pode ser entendido como “uma arte, metodologia ou processo que permite ensinar mediante diferentes métodos, técnicas, estratégias e meios e em que entre o formador e o formando existe uma separação física, temporal ou local” (VIDAL, 2002, p. 21). Logo, com base nas informações apresentadas anteriormente, podemos entender que a Educação a distância se refere à uma modalidade de ensino em que o processo de aprendizagem ocorre diferente dos modelos tradicionais, tendo a mediação pedagógica acontecendo em lugares diferentes ao mesmo tempo, professor em um local e o aluno em outro, tudo isso aliado ao uso das tecnologias e recursos tecnológicos. REFLITA Ao longo deste tópico, caro(a) aluno(a), foi possível identificar que a Educação pode ser promovida por meio da tecnologia e pela modalidade EAD. Com isso, como você vê a importância do ensino a distância no Brasil? Fonte: o autor. #REFLITA# 2 EDUCAÇÃO HÍBRIDA E ENSINO HÍBRIDO Caro(a) acadêmico(a), agora que você já conhece um pouco mais sobre a educação a distância, suas definições e principais informações, é necessário que você compreenda um pouco mais sobre uma forma de ensino que passou a ser muito mais discutida a partir do ano de 2020: o Ensino Híbrido. De acordo com Kraviski (2020), o ensino híbrido, também conhecido como blended learning, é entendido como um modelo de ensino que se associa ao uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TIDIC), com as atividades realizadas pelos professores durante o processo de ensino e aprendizagem. Com isso, entende-se que o ensino híbrido é uma metodologia de ensino que combina atividades presenciais com atividades on-line, realizadas por meio de recursos tecnológicos. Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A Educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado. Tudo pode ser misturado, combinado, e podemos, com os mesmos ingredientes, preparar diversos “pratos”, com sabores muito diferentes (MORAN, 2015 apud KRAVISKI, 2020, p. 6 - 7). Complementando isso, a autora supracitada ainda menciona que o ensino híbrido deve ser compreendido muito mais do que apenas um ensino semipresencial, como é mais conhecido nas instituições de ensino, ele deve ser entendido como uma combinação das atividades com suas diferentes perspectivas, baseando-se em inserir o acadêmico/aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem, sendo o professor um mediador do conhecimento, e não simplesmente um transmissor do conhecimento como prevê a educação pautada nos métodos tradicionais. Figura 1 - O ensino híbrido Fonte: Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015, p. 37). Destarte a isso, Moran (2015) nos apresenta que a educação pode ser vista como híbrida, pois acontece no contexto de uma sociedade imperfeita e contraditória em suas políticas públicas e modelos de ensino, tendo muitas vezes as competências e habilidades, valores e comportamentos não coerentes por parte de alguns gestores, docentes e todos os envolvidos nos processos de escolarização. O ensino é híbrido, também, porque não se reduz ao que planejamos institucional e intencionalmente. Aprendemos por meio de processos organizados, junto com processos abertos, informais. Aprendemos quando estamos com um professor e aprendemos sozinho, com colegas, com desconhecidos. Aprendemos de modo intencional e de modo espontâneo, quando estudamos e também quando nos divertimos. Aprendemos com o sucesso e com o fracasso [...] (MORAN, 2015, p. 42). Logo, podemos entender que o ensino é híbrido, pois todos nós somos aprendizes e professores produtores de informação e de conhecimento, onde passamos de apenas consumidores para produtores de informação por meio dos mais variados recursos tecnológicos, e todos podem aprender uns com os outros das mais diversas maneiras. Bacich e Moran (2015) apresentam que discutir sobre educação híbrida deve partir do pressuposto de que não temos uma única e correta maneira de aprender e ensinar, visto que existem inúmeras metodologias de ensino e, em relação ao ensino híbrido, o trabalho colaborativo está aliado ao uso de recursos tecnológicos e das tecnologias digitais para propiciar momentos de aprendizagem que se expandam apenas na realização nas salas de aulas tradicionais, pois aprender com os pares envolvidos no processo educativo se torna ainda mais significativo quando existe um objetivo em comum a ser buscado. A educação híbrida precisa ser pensada no âmbito de modelos curriculares que propõem mudanças, privilegiando a aprendizagem ativa dos alunos – individualmente e em grupo, escolhendo-se fundamentalmente dois caminhos: um mais suave, de mudanças progressivas, e outro mais amplo, de mudanças profundas. No caminho mais suave, elas mantêm o modelo curricular predominante (disciplinar), mas priorizam o envolvimento maior do aluno, com metodologias ativas, como o ensino híbrido, para a realização de projetos, jogos de cunho mais interdisciplinar e, em especial, a aula invertida para iniciar com a primeira aproximação a um tema ou atividade no ambiente virtual e realizar o aprofundamento com a mediação doprofessor no ambiente presencial (BACICH; MORAN, 2015, p. 47). Falando um pouco mais sobre a conceituação de ensino híbrido, Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) abordam em seus escritos que é possível encontrarmos diversas definições para tal assunto, porém todas elas apresentam, de forma geral, a associação do modelo de ensino presencial que ocorre dentro das salas de aulas comuns e o modelo de ensino de forma on-line, o qual se utiliza de diversas tecnologias digitais para mediar o ensino. Com isso, é possível afirmarmos que esses dois ambientes de ensino e aprendizagem se tornam complementares na medida em que os alunos interagem com os grupos utilizando as variadas tecnologias digitais, se intensifica a troca de experiências e conhecimentos. Figura 2 - Definição de ensino híbrido de acordo com o modelo de Clayton Christensen Institute Fonte: Bacich; Tanzi Neto; Trevisani (2015, p. 75). Complementar à isso Kraviski (2020) nos informa que, na perspectiva do ensino híbrido, os alunos realizam seus estudos em diferentes ambientes de ensino, executando tarefas e estratégias mais ativas e atividades práticas, em que participa de forma ativa na resolução de projetos e discussões acerca dos conteúdos estudados, de forma que possa realizar pesquisas para fundamentar suas ações, juntamente com a mediação dos docentes, que irá conduzir os discentes para um aprendizado ativo e autônomo aliado ao uso dos mais variados recursos tecnológicos. A aplicação do ensino híbrido teve início nas escolas de educação básica, principalmente nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Essa abordagem pode ser aplicada a todos os níveis de educação, podendo ser adaptada a partir de diferentes modelos. No Brasil, o ensino superior foi o nível de ensino que mais teve cursos adaptados a esse novo modelo, mas as escolas de educação básica, morosamente, estão se integrando à abordagem de ensino híbrido, adequando seu professorado, pais, alunos e gestores, de acordo com a diligência e disseminação na educação do país (KRAVISKI, 2020, p. 8). A autora complementa que, no Brasil, a portaria nº 1428/18, regulamenta a oferta de até 40% da carga horária total das matrizes curriculares dos cursos de Ensino Superior presencial com a oferta do ensino a distância, e, por conta desta portaria as possibilidades de aulas online e semipresencial se expandem nos currículos dos cursos de graduação, o que conclui que o ensino híbrido está cada vez mais implementado nos cursos superiores. SAIBA MAIS O Ensino Híbrido: emergência ou tendência? No ano mais extraordinário de nossas vidas, começamos nas escolas na sala de aula presencial, depois fomos empurrados para o ensino remoto possível e estamos no processo de retorno testando diversos formatos de modelos híbridos. Constatamos que muitas das atividades que imaginávamos que fossem viáveis só no presencial (como a aprendizagem por projetos, em times, maker) puderam ser realizadas com bastante qualidade, nos ambientes digitais síncronos e assíncronos, embora não por todos. A separação entre espaços físicos presenciais e digitais diminuiu, se reconfigurou - como em outras áreas da nossa vida - e há um crescente consenso de que construiremos, a partir de agora, muitas propostas diferentes de ensinar e de aprender híbridas, mais flexíveis, personalizadas e participativas, de acordo com a situação, necessidades e possibilidades de cada aprendiz. No Brasil, o híbrido começou nos anos 90 como semipresencial. No Ensino Superior os cursos presenciais podiam incluir até vinte por cento de atividades a distância. Em países de língua inglesa predominou o termo b-learning ou blended learning, (aprendizagem bi modal ou misturada). No Brasil esse termo foi traduzido nos últimos anos como Ensino Híbrido, dando ênfase ao papel do docente no desenho de percursos personalizados com apoio das plataformas e aplicativos digitais. Legalmente não existe no Brasil a modalidade híbrida, porque o MEC só reconhece, até o momento, o ensino presencial e a educação a distância. O Ensino Híbrido se expande, na prática, no Ensino Superior, a partir da permissão de 40% de atividades a distância em cursos presenciais e de 20%, na Educação Básica. O ensino híbrido, na sua concepção básica, combina e integra atividades didáticas em sala de aula com atividades em espaços digitais visando oferecer as melhores experiências de aprendizagem a cada estudante. No Ensino Híbrido o foco está mais na ação pedagógica dos docentes (no planejamento, desenvolvimento e avaliação do processo). O conceito de educação híbrida é mais abrangente ao envolver toda a comunidade escolar no redesenho das melhores combinações possíveis na integração de espaços, tempos, metodologias, tutoria para oferecer as melhores experiências de aprendizagem a cada estudante de acordo com suas necessidades e possibilidades. E quais são as perspectivas a partir de agora? Na Educação Básica predominará a aprendizagem ativa em ambientes presenciais com integração - sempre que necessário/possível - de plataformas, aplicativos e atividades digitais. Continuarão os modelos mais conhecidos, como a aula invertida, rotação por estações e rotação individual. Mas no Ensino Médio e nos anos finais do Fundamental testaremos modelos mais personalizados e online, como os modelos flex (roteiros personalizados online com o professor por perto), a la carte (fazer um, ou mais módulos online) ou virtual enriquecido (parte presencial, parte online). A hibridização será progressiva, de acordo com a idade e o avanço do estudante no currículo e as condições de acesso das escolas, docentes e estudantes. Os modelos híbridos predominarão no Ensino Superior e na educação continuada nos próximos anos. [...] Os modelos ativos híbridos fazem mais sentido quando são organizados com políticas públicas sólidas, coerentes e com visão de longo prazo, (o que não vemos atualmente). Eles fazem mais sentido quando estão planejados institucionalmente e de forma sistêmica, como componentes importantes de reorganização do currículo por competências e projetos, de forma flexível, com diversas combinações de acordo com as necessidades do estudante (personalização), intenso trabalho ativo em equipes, tutoria/mentoria (projeto de vida) com suporte de multiplataformas digitais integradas. Apesar dos avanços, são muitos os desafios a enfrentar para termos uma educação híbrida de qualidade para todos. Fonte: Moran (2021). #SAIBA MAIS# 3 ENSINO REMOTO EMERGENCIAL Em 2020, devido a pandemia da COVID-19, que atingiu o mundo todo, tivemos que nos resguardar em nossas casas e praticar o isolamento e distanciamento social. Por conta disso, uma área que foi muito afetada devido a tal momento foi a Educação, e o que se discutiu muito foi o ensino remoto emergencial, afinal, a Educação não pode parar, concorda, aluno(a)? No Brasil, essa discussão se deu precisamente a partir do mês de março de 2020, quando escolas de Educação Básica e Ensino Superior tiveram que fechar suas portas devido às influências da COVID-19. Com isso, foi necessário repensar o ensino e como não deixar a Educação estacionada e sem continuidade para não afetar o andamento dos estudos, bem como o processo de ensino e aprendizagem dos alunos em todos os níveis de educação. Pensando nisso, se deu como andamento a prática de atividades de ensino remota como caráter de exceção, como no caso de pandemias, quando o acesso às instituições de ensino não é possível. Devido a permanência da quarentena em todo o país, o Ministério da Educação publicou a Portaria nº 544, no dia 16 de junho de 2020, a qual dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Em seu artigo 1º é estabelecido que autoriza, [...] em caráter excepcional, a substituição
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