Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente 1 Prof. Solivan Valente solivan@up.edu.br Tema 2 – Materiais semicondutores, condutores e isolantes Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação 2Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Materiais semicondutores: Ge, Si e GaAs Os dispositivos eletrônicos podem ser discretos (individuais) ou arranjados em um circuito integrado (CI). Processador Intel Core i7 Extreme Edition, com 731 milhões de transistores. Diodo modelo 1N4007 Discreto Circuito integrado Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. Eles são chamados de dispositivos de estado sólido porque são construídos com estruturas de cristal rígido, de materiais semicondutores de alta qualidade. Semicondutores são uma classe especial de materiais, que têm condutividade entre a de um bom condutor e a de um isolante. 3Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Materiais semicondutores: Ge, Si e GaAs Os semicondutores podem ser constituídos por um cristal: • Singular – um único elemento químico: Ex.: germânio (Ge) ou silício (Si). • Composto – mais de um elemento químico: Ex.: arseneto de gálio (GaAs), sulfeto de cádmio (CdS), nitreto de gálio (GaN), fosfeto de arseneto de gálio (GaAsP) etc. Os 3 semicondutores mais frequentemente usados na construção de dispositivos eletrônicos são Ge, Si e GaAs. Cristal de germânio (Ge) Cristal de silício (Si) Cristal de arseneto de gálio (GaAs) 4Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Características dos 3 principais semicondutores: Materiais semicondutores: Ge, Si e GaAs Vantagens Desvantagens Ge • Fácil de encontrar e disponível em grandes quantidades. • Refino fácil. • Frágil. • Baixa confiabilidade. • Grande sensibilidade a variações de temperatura. Si • Um dos materiais mais abundantes da Terra. • Baixa sensibilidade à variação de temperatura. • Processo de fabricação bem desenvolvido. • Frágil. • Necessita de camadas mais espessas do cristal. GaAs • Alta velocidade (até 5x a do Si). • Alta estabilidade térmica. • Alto custo de produção. 5Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Os modelos de Bohr ao lado mostram as estruturas atômicas dos elementos químicos Si, Ge, Ga e As. Ligações covalentes e materiais intrínsecos (prótons e nêutrons) Elemento Elétrons em órbita Elétrons de valência Si 14 4 tetravalente Ge 32 4 tetravalente Ga 31 3 trivalente As 33 5 pentavalente O termo valência é usado para indicar que o potencial de ionização (energia) necessário para remover algum desses elétrons da estrutura atômica é muito menor do que o necessário para os demais elétrons do mesmo átomo. Ou seja, os elétrons de valência estão fracamente ligados ao núcleo do átomo. Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 6Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Em um cristal puro de silício (Si) ou de germânio (Ge), cada átomo está ligado a 4 átomos adjacentes por meio de ligações covalentes. Cada elétron de valência é compartilhado por dois átomos próximos. Ligações covalentes e materiais intrínsecos Ligações covalentes em um cristal puro de SiFonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 7Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Como o arseneto de gálio (GaAs) é um cristal composto, os elétrons compartilhados nas ligações covalentes vêm de átomos diferentes. Os átomos de arsênio (As) compartilham 5 elétrons cada, e os átomos de gálio (Ga) compartilham 3 elétrons cada. Ligações covalentes e materiais intrínsecos Ligações covalentes em um cristal composto de GaAsFonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 8Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente A ligação covalente resulta em uma ligação mais forte entre os elétrons de valência e o seu átomo de origem. Porém, é possível que os elétrons de valência absorvam energia cinética suficiente para quebrar a ligação covalente e assumir o estado de elétrons livres (carriers). Ligações covalentes e materiais intrínsecos Essa energia é fornecida por fontes externas, como energia da luz na forma de fótons e energia térmica (calor) do meio. 9Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Ligações covalentes e materiais intrínsecos Os elétrons livres se movem por todo o material, e são altamente sensíveis a campos elétricos aplicados por fontes de tensão. Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/cargas-eletricas-movimento.htm + − https://brasilescola.uol.com.br/fisica/cargas-eletricas-movimento.htm 10Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Os elétrons livres devidos somente a causas externas são chamados de portadores intrínsecos. Há 2 parâmetros importantes que mostram como eles se comportam nos semicondutores: Ligações covalentes e materiais intrínsecos Concentração 𝒏𝒊 Τ𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑐𝑚3 Mobilidade relativa 𝝁𝒏 Τ𝑐𝑚2 𝑉. 𝑠 Quantidade de portadores em um volume de 1 𝑐𝑚3. Capacidade dos portadores de se moverem pelo material. Semicondutor 𝒏𝒊 Ge 2,5.1013 25 trilhões Si 1,5.1010 15 bilhões GaAs 1,7.106 1,7 milhão Semicondutor 𝝁𝒏 Velocidade Ge 3.900 resposta rápida Si 1.500 resposta lenta GaAs 8.500 resposta muito rápida 11Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Na estrutura atômica de um átomo isolado, há níveis específicos de energia associados a cada camada e elétron em órbita. Níveis e bandas de energia Quanto maior a distância de um elétron em relação ao núcleo, maior o seu estado de energia. Qualquer elétron que tenha deixado seu átomo de origem (elétron livre), tem um estado de energia mais alto do que qualquer outro elétron na estrutura atômica. Os níveis de energia de cada camada são fixos e discretos. As regiões entre os níveis fixos são chamadas de "bandas proibidas" 12Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Porém, à medida que os átomos de um material são aproximados uns dos outros na estrutura do cristal, a interação entre os átomos expande os níveis de energia fixos dos elétrons de valência para bandas de energia. Níveis e bandas de energia (podem ter diferentes níveis de energia, dentro da banda) Os semicondutores apresentam diferentes gaps de energia 𝐸𝑔 a ser absorvida pelos elétrons, para sair da banda de valência, entrar na banda de condução e se tornarem elétrons livres. O elétron-volt 𝑒𝑉 é uma unidade de energia: 1 𝑒𝑉 = 1,6.10−19 𝐽 13Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente A diferença nos gaps de energia 𝐸𝑔 revela a sensibilidade de cada tipo de semicondutor às variações de temperatura e à incidência de radiação luminosa. Níveis e bandas de energia cristal de Ge cristal de Si cristal de GaAs Aumento nas quantidades de elétrons livres ou Aplicações: • O Ge pode ser útil para construir fotodetectores ou sensores de calor, mas é inadequado para dispositivos que precisam de grande estabilidade com a temperatura (CIs). • LED: quanto maior o gap de energia 𝐸𝑔 , maior a possibilidade do semicondutor emitir luz visível ou infravermelha. O nível de dopagem e o material determinama cor do LED. 14Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Observe que é o gap de energia 𝐸𝑔 que caracteriza a diferença entre um material isolante (dielétrico), um semicondutor e um material condutor. Níveis e bandas de energia A energia necessária para gerar elétrons livres é muito alta e, em condições normais, o material praticamente não conduz corrente elétrica. As bandas de valência e de condução são sobrepostas e há naturalmente muitos elétrons livres (ex. cobre). Toda a energia externa absorvida pelos elétrons é dissipada sob a forma de calor (Efeito Joule). A energia necessária para gerar elétrons livres varia em função do material. Com o fornecimento de energia, surgem rapidamente elétrons livres e a corrente elétrica flui. A energia absorvida pelos elétrons é dissipada sob a forma de calor (Ge e Si) ou de luz (GaAs). Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 15Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Uma diferença importante entre os materiais semicondutores e os condutores é variação da resistência 𝜴 em função da variação da temperatura. Níveis e bandas de energia Nos semicondutores, o calor provoca redução da resistência, aumentando a corrente. Isso pode ser prejudicial ao dispositivo eletrônico ou ao funcionamento do circuito! Experimento prático: http://matse1.matse.illinois.edu/sc/b.html Variação da resistência elétrica 𝛀 do material Condutores cobre, alumínio, ferro etc. Semicondutores Si, Ge, GaAs etc. A resistência aumenta com o aumento da temperatura Coeficiente de temperatura positivo (+) A resistência diminui com o aumento da temperatura Coeficiente de temperatura negativo (–) 𝑅𝑓𝑟𝑖𝑜 𝑅𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑅𝑓𝑟𝑖𝑜 𝑅𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 http://matse1.matse.illinois.edu/sc/b.html 16Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Um dos mais importantes avanços tecnológicos das últimas décadas foi a capacidade de produzir materiais semicondutores de alta pureza, ou seja, com uma quantidade muito baixa de átomos estranhos no cristal. Hoje a indústria eletrônica é capaz de atingir níveis de pureza de 1 parte em 10 bilhões ou ainda melhores. Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Fonte: https://www.waferworld.com/silicon- manufacturing-computer-chips/ Fonte: DORNBERGER, E. Prediction of OSF Ring Dynamics and Grown-in Voids in Czochralski Silicon Crystals, 1997. 10.13140/RG.2.1.3112.9209. https://www.waferworld.com/silicon-manufacturing-computer-chips/ https://www.waferworld.com/silicon-manufacturing-computer-chips/ 17Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Mas, por que a pureza do semicondutor é tão importante? A presença de impurezas pode alterar bastante o comportamento do material, de um modo bom ou ruim. Porém, se adicionarmos as "impurezas" adequadas, na quantidade certa, podemos melhorar o comportamento do semicondutor. Por isso, os cristais de Ge, Si e GaAs são inicialmente produzidos com alta pureza para, em seguida, serem adicionadas pequenas quantidades de certos elementos químicos desejados. Esse processo de adição controlada de impurezas é chamado de dopagem do semicondutor. Exemplo: Veja mais detalhes sobre o processo de purificação dos cristais de silício em: https://www.mksinst.com/n/silicon-wafer-production https://www.mksinst.com/n/silicon-wafer-production 18Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Os semicondutores sem a adição proposital de elementos de dopagem são chamados de materiais intrínsecos. O semicondutores dopados são chamados de materiais extrínsecos. Uma dopagem na proporção de apenas 1 parte em 10 milhões é capaz de alterar as bandas de energia a ponto de modificar totalmente as propriedades elétricas do material! Há dois materiais extrínsecos de enorme importância para a fabricação de dispositivos eletrônicos: • Materiais do tipo n • Materiais do tipo p Por ser o semicondutor mais difundido, vamos analisar apenas os materiais tipo n e tipo p para o silício (Si). 19Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Material do tipo n Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p O material do tipo n é criado pela introdução de elementos de impureza com 5 elétrons de valência (pentavalentes), como antimônio (Sb), arsênio (As) e fósforo (P) em uma base de silício (Si). Fontes: https://www.tabelaperiodica.org http://images-of-elements.com/, CC BY 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=9084452 Átomos do mesmo grupo da tabela periódica, todos com 5 elétrons de valência. Cristal de antimônio (Sb) https://www.tabelaperiodica.org/ http://images-of-elements.com/ https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=9084452 20Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Usando o antimônio (Sb), obtemos: Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p As 4 ligações covalentes ainda estão presentes, mas há um elétron adicional devido ao átomo de impureza. Ele está dissociado de qualquer ligação covalente e está fracamente ligado ao átomo de Sb. Por isso, as impurezas difundidas com 5 elétrons de valência são chamadas de átomos doadores. Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 21Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Com a introdução dessas impurezas (átomos doadores), as bandas de energia do material são alteradas: Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p (base "pura" de silício) (do átomo de antimônio) gap de energia 𝐸𝑔 consideravelmente menor para os elétrons do átomo doador (antimônio). O resultado é que, à temperatura ambiente, há um grande número de elétrons no nível de condução, e a condutividade do material tipo n é muito maior que a da base original de silício. 22Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Material do tipo p Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p O material do tipo p é criado pela introdução de elementos de impureza com 3 elétrons de valência (trivalentes), como boro (B), gálio (Ga) e índio (In) em uma base de silício (Si). Átomos do mesmo grupo da tabela periódica, todos com 3 elétrons de valência. Cristais de boro (B) Fontes: https://www.tabelaperiodica.org Por W. Oelen - http://woelen.homescience.net/science/index.html, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15553847 https://www.tabelaperiodica.org/ https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15553847 23Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Usando o boro (B), obtemos: Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p O número de elétrons é insuficiente para completar as ligações covalentes da estrutura. O "espaço vazio" resultante é chamado de lacuna. (representado por um círculo ou por um sinal +) Por isso, as impurezas difundidas com 3 elétrons de valência são chamadas de átomos aceitadores. Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 24Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Portadores majoritários e minoritários No material intrínseco (sem dopagem): • O número de elétrons livres é relativamente baixo, resultante apenas:• Dos poucos elétrons na banda de valência que adquiriram energia suficiente de fontes externas (luz ou calor) para quebrar a ligação covalente; ou • Das impurezas que não puderam ser removidas. • Os espaços vazios presentes na estrutura de ligações covalentes representa uma quantidade muito pequena de lacunas. Porém, após a dopagem, há portadores de carga em grande quantidade em função da diferença de valência entre o Si/Ge (4) e as impurezas (5 no tipo n e 3 no tipo p). 25Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente O número de lacunas não se altera significativamente em relação ao material intrínseco (sem dopagem), mas há muito mais elétrons livres. Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Material do tipo n Material do tipo p O número de elétrons livres não se altera significativamente em relação ao material intrínseco (sem dopagem), mas há muito mais lacunas. No material do tipo n o elétron é chamado de portador majoritário e a lacuna de portador minoritário. No material do tipo p a lacuna é chamada de portador majoritário e o elétron de portador minoritário. Íons: são átomos que tiveram sua carga elétrica total alterada pela perda ou ganho de elétrons. Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 26Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Fluxo de elétrons e fluxo de lacunas Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Se um elétron de valência se torna um elétron livre, ele pode ocupar o espaço "vazio" de uma lacuna existente. Porém, ao deixar o seu átomo de origem, ele deixou uma lacuna para trás. Por isso, sempre que houver movimento de elétrons livres em um sentido no material, as lacunas se moverão no sentido oposto. O sentido do fluxo das lacunas é chamado de fluxo convencional da corrente, e é o sentido adotado em todas as análises de circuitos (ou seja, os elétrons sempre se movem no sentido oposto ao indicado por uma seta de corrente). 𝐼 Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 27Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Dopagem de semicondutores: materiais tipo n e tipo p Os materiais dos tipo n e tipo p representam os blocos de construção básicos dos dispositivos semicondutores. Os diodos, transistores, tiristores etc. são obtidos pela "junção" de 2 ou mais blocos desses materiais. Diodo Transistor bipolar de junção (TBJ) Transistor de efeito de campo de junção (JFET) Exemplos: Fonte: BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2013. 28Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação – Eletrônica Analógica I – Prof. Solivan Valente Material complementar sobre semicondutores https://www.youtube.com/watch?v=IyKTIXvxTZQ Semicondutores - Silício e Germânio - Funcionamento e História (10 min, vídeo em Português) https://www.youtube.com/watch?v=27bmni9K71k Conheça uma fábrica de semicondutores brasileira (6 min, vídeo em Português) https://www.youtube.com/watch?v=Hb1WDxSoSec Inside The World's Largest Semiconductor Factory (4 min, vídeo em Inglês) https://www.youtube.com/watch?v=bor0qLifjz4 The making of a chip – from sand to semiconductor (13 min, vídeo em Inglês) https://www.youtube.com/watch?v=IyKTIXvxTZQ https://www.youtube.com/watch?v=27bmni9K71k https://www.youtube.com/watch?v=Hb1WDxSoSec https://www.youtube.com/watch?v=bor0qLifjz4 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28
Compartilhar