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2413 Coletivo Pérolas Negras da Nutrição: utilização de ferramentas virtuais para o fortalecimento do Coletivo e ampliação de debates sobre raça, educação e saúde da população negra Jacqueline Miranda dos Santos, Julliana Ayres Lima Freire, Emanuela Santos da Costa, Jéssica Pereira Sampaio, Sthefany da Costa Silva, Marcelle de Paula Figueira, Joice da Silva Angelo de Lima Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto de Nutrição, Nutrição jacquelinems@yahoo.com Resumo: O Coletivo Pérolas Negras da Nutrição foi criado em 2019 por alunas do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ingressantes pelas políticas de reservas de vagas. O grupo é composto por mulheres negras que, através de encontros semanais, realizam estudos e debates sobre alimentação, Nutrição, saúde, cultura da população negra e racismo. O trabalho objetiva descrever as atividades realizadas pelo Coletivo durante o período da quarentena e as potências constatadas. Nos meses de abril a novembro de 2020, as atividades do grupo foram realizadas de forma remota através das plataformas Instagram, Facebook e WhatsApp, mediante chamadas de vídeo e compartilhamento de materiais. Para as transmissões ao vivo no Instagram foram convidados profissionais negros de diversos segmentos, como nutricionistas, engenheira, passistas e psicólogo. Alguns dos temas abordados foram: “Saúde Intestinal”, “Segurança Alimentar e Nutricional para populações em vulnerabilidade”, “Luta antirracista na universidade: Nutrição, maternidade e representatividade em movimentos estudantis em prol de direitos e acessos”. Na plataforma YouTube, o Coletivo Pérolas Negras da Nutrição foi convidado a participar do Conversas do INU a distância – (In) visibilidade da saúde e alimentação da população negra, roda de conversa virtual organizada pelo Instituto de Nutrição da UERJ. Falar sobre cultura, a importância do protagonismo, acolhimento, representatividade preta nos espaços é também falar sobre saúde da população negra. Na Academia, essas discussões se fazem cada vez mais necessárias. As ações nas mídias sociais ampliaram os debates para além dos muros da universidade, corroborando com aprendizados múltiplos. Palavras-chave: Antirracismo. Coletivo Negro. Educação em Saúde. Quarentena. Saúde da População Negra. Financiamento: Não se aplica. 2414 Bibliografia: FIGUEIREDO, A; GROSFOGUEL, R. Racismo à Brasileira ou Racismo sem Racistas: Colonialidade do Poder e a Negação do Racismo no Espaço Universitário. Sociedade e Cultura, v. 12, n. 2, p. 223-234, mar. 2010. Disponível em: http:// www.revistas.ufg.br/index.php/fchf/article/view/9096. Acesso em: 07 jul. 2020. LIMA, M. A. Trajetória do Negro no Brasil e a Importância da Cultura Afro. 2010. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/ File/2010/artigos_teses/2010/Historia/monografia/3lim a_miguel_nonografia. pdf. Acesso em: 07 jul. 2020. SANTOS, M. A. Contribuição do negro para a cultura brasileira. Revista Temas em Educação e Saúde, Araraquara, v.12, n.2, p. 217-229, jul./dez. 2016. ISSN: 1517-7947.