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SAÚDE MENTAL

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FACULDADE PANAMERICANA DE JI-PARANÁ - UNIJIPA 
CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
EDGAR PEREIRA BATISTA JUNIOR 
JHONES MEZACASA PINHEIRO 
VANESSA DA SILVA LISBOA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL NA FACULDADE PANAMERICANA DE JI-PARANÁ - UNIJIPA: 
uma reflexão necessária à formação dos estudantes do ensino superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JI-PARANÁ/RO 
2019 
 
 
EDGAR PEREIRA BATISTA JUNIOR 
JHONES MEZACASA PINHEIRO 
VANESSA DA SILVA LISBOA 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL NA FACULDADE PANAMERICANA DE JI-PARANÁ - UNIJIPA: 
uma reflexão necessária à formação dos estudantes do ensino superior 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentação 
como requisito para obtenção do título de 
Graduação em Enfermagem. 
Orientador Prof. Me. Alexandre Zandonadi 
Meneguelli 
Colaborador (a): Prof. Ma. Emanoela Maria 
Rodrigues de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
JI-PARANÁ/RO 
2019 
 
 
ATA DE DEFESA PÚBLICA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 Ao dia treze do mês de junho de 2019, às 15 horas e 40min; em sessão 
pública, na Faculdade Panamericana de Ji-Paraná, campus II, na presença da 
Banca Examinadora presidida pelo Professor Orientador Me. Alexandre Zandonadi 
Meneguelli, e composta pelos membros examinadores: Lilian Gusmão e Rosângela 
Alves Aparecida, os alunos Edgar Batista Junior, Jhones Mezacasa Pinheiro e 
Vanessa da Silva Lisboa, apresentou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
intitulado de: SAÚDE MENTAL NA FACULDADE PANAMERICANA DE JI-PARANÁ 
– UNIJIPA: uma reflexão necessária à formação dos estudantes do ensino superior, 
como requisito curricular indispensável para a integralização do Curso de Graduação 
em Enfermagem. Após reunião em sessão reservada, a Banca Examinadora 
deliberou e decidiu pela _________________________ do referido trabalho, com 
nota ___________, divulgando o resultado formalmente ao aluno e demais 
presentes e eu, na qualidade de Presidente da Banca, lavrei a presente ata que será 
assinada por mim, pelos demais examinadores. 
Observações da banca: 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter iluminado o meu caminho, 
conduzindo a direção de cada etapa dessa vivência no decorrer da graduação e 
permitido que tudo isso acontecesse. 
É chegado ao fim um ciclo de muitas risadas, choro, felicidade e frustrações. 
Sendo assim, agradeço aos nossos familiares por ter dado todo apoio, em 
momentos que pensamos em desistir, por cada palavra de incentivo, cada palavra 
de conforto pronunciada. 
Agradeço ao orientador Prof. Me. Alexandre Zandonadi Meneguelli, e a Prof. 
Me. Emanoela Maria Rodrigues de Sousa, por todo o ensinamento e a todos os 
meus amigos que me apoiaram nos momentos mais difíceis. 
Agradeço também, a todas as pessoas que direta ou indiretamente 
contribuíram para a realização desse projeto e aqueles que não acreditaram que 
conseguiríamos chegar até aqui, de alguma forma contribuíram para a escalada 
nessa trajetória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “E assim, depois de muito esperar, num dia como 
outro qualquer, decidi triunfar, decidi não esperar as 
oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. 
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de 
encontrar uma solução.” 
(Walt Disney) 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: A vivência dos estudantes nas instituições do ensino superior é uma questão 
insuficientemente pesquisada e debatida, assim como todos os distúrbios psicossomáticos 
que pode acompanhá-la. Sinais e sintomas de distúrbios psíquicos em estudantes do ensino 
superior vêm sendo observado, mas pouco pesquisados, o que corrobora para crescimento 
do número de casos de suicídios, depressão e uso de drogas psicoativas no mundo 
acadêmico. Não se sentindo acolhidos, numerosos estudantes tem sido vulneráveis a altos 
níveis de estresse, ansiedade, no qual vem desencadeando outro fator prevalente que é a 
depressão. Pesquisas revelam que o acadêmico com depressão sente-se incapacitado de 
persistir no seu sonho, findando o mesmo e podendo chegar ao suicídio. Objetivo: Conhecer 
o perfil de sobrecarga emocional e física dos estudantes da Faculdade Panamericana de Ji-
Paraná – UNIJIPA. Métodos: Teoria da problematização com o arco de Maguerez e uma 
abordagem qualitativa de caráter bibliográfica, através dos meios eletrônicos BIREME, 
LILACS e SCIELO, sendo selecionados periódicos dos últimos 05 (cinco) anos, na língua 
portuguesa e Inglesa. Relato de experiência: Com o objetivo de conhecer o perfil de 
sobrecarga mental dos estudantes da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA foi 
possibilitado à identificação de possíveis sofrimentos psicossomáticos enfrentados e como a 
instituição promove o auxílio aos mesmos em situações de sofrimento ou distúrbio mental. 
Considerações finais: Toda a diversidade de fatores que propicia o sofrimento psíquico e 
ferem o bem-estar dos estudantes do ensino superior devem ser alvo de reflexão e estudo 
aprofundado das instituições, as quais devem coordenar suas atividades a fim de difundir e 
aprimorar suas políticas e serviços de suporte e apoio psicológico e psicopedagógico aos 
acadêmicos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade. Depressão. Estresse. Estudantes do Ensino Superior. 
Saúde Mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: The experience of students in higher education institutions is an issue that is 
insufficiently researched and debated, as well as all psychosomatic disorders that can 
accompany it. Signs and symptoms of psychic disorders in higher education students have 
been observed, but little researched, which corroborates the number of cases of suicides, 
depression and the use of psychoactive drugs in the academic world. Not feeling welcomed, 
numerous students have been vulnerable to high levels of stress, anxiety, in which it has 
triggered another prevalent factor that is depression. Research reveals that the student with 
depression feels incapable of persisting in his dream, ending the same and being able to 
reach suicide. Objectives: Know the profile of emotional and physical overload of the 
students of the Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Methods: Theory of 
problematization with the Arch of Maguerez and a qualitative approach of bibliographic 
character, through the electronic means BIREME, LILACS and SCIELO, being selected 
periodicals of the last 05 (five) years, in the Portuguese and English language. Experience 
report: With the objective of knowing the mental overload profile of the students of the 
Panamericana School of Ji-Paraná – UNIJIPA was enabled to identify possible 
psychosomatic sufferings faced and how the institution promotes the aid to them in 
Situations of suffering or mental disturbance. Final considerations: All the diversity of factors 
that promote psychic suffering and hurt the well-being of higher education students should be 
the focus of reflection and thorough study of the institutions, which should coordinate their 
activities in order to disseminate and improve their Support policies and services and 
psychological and psycho-pedagogical supportto academics. 
 
KEY WORDS: Anxiety. Depression. Stress. Students in Higher Education. Mental Health. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 01 - Painel das emoções.........................................................................pag 35 
Figura 02 – Palestra motivacional.......................................................................pag 37 
Figura 03 – Janelas motivacionais......................................................................pag 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Níveis de evidências científicas (graus de recomendação)................pag 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS 
 
ACHA - Associação Americana de Saúde Universitária 
BIREME - Biblioteca Regional de Medicina 
CCMH - Center for Collegiate Mental Health 
DSM - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
IES – Instituições de Ensino Superior 
LILACS - Literatura Latino-Americana em Ciências em 
OMS – Organização Mundial da Saúde 
SCIELO - Scientific Eletronic Librany Online 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. 1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 11 
2 OBJETIVOS............................................................................................. 13 
2.1 Objetivo Geral........................................................................................ 13 
2.2 Objetivos específicos............................................................................. 13 
3 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 14 
3.1 Saúde mental e distúrbios psicossomáticos.......................................... 14 
3.2 Inserção do estudante ao ensino superior............................................ 15 
3.3 Transtornos de humor........................................................................... 17 
3.4 Transtornos de Ansiedade.................................................................... 18 
3.5 Depressão relacionada a ansiedade..................................................... 19 
3.6 Atuação da equipe multidisciplinar na saúde mental............................ 24 
3.7 Papel do Enfermeiro na Saúde Mental.................................................. 25 
4 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................ 26 
4.1 Descrição do local................................................................................. 26 
4.2 Tipo de estudo....................................................................................... 27 
4.2.1 Estudo bibliográfico............................................................................ 27 
4.2.2 Estudo baseado em problematização................................................ 31 
4.3 Aspectos éticos..................................................................................... 32 
5 RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................................................... 32 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 39 
REFERÊNCIAS........................................................................................... 40 
 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A vivência dos estudantes nas instituições do ensino superior é uma questão 
insuficientemente pesquisada e debatida, assim como todos os distúrbios 
psicossomáticos que pode acompanhá-la, decorrente da vivência universitária. 
Sinais e sintomas de distúrbios psíquicos em estudantes do ensino superior vêm 
sendo observado, que, no entanto, são desmerecidos. Não se sentindo acolhidos, 
numerosos estudantes do ensino superior têm sido vulneráveis a altos níveis de 
estresse, desencadeando outro fator prevalente que é a depressão. Pesquisas 
revelam que o estudante do ensino superior com depressão sente-se incapacitado 
de persistir no seu sonho, findando o mesmo e podendo chegar ao suicídio (COSTA, 
2013). 
 O bem-estar é um direito de todos e está frente à peculiaridade de vida de 
cada indivíduo. Na atualidade, vários acontecimentos influenciam o desenvolvimento 
de doença nas pessoas, desde mudanças na economia e na política, uma má 
notícia com um familiar e até mesmo algo impremeditável no dia a dia, mostrando-
nos que não estamos preparados para lidar com os problemas cotidianos, o que 
pode levar ao desenvolvimento de quadros de ansiedade ou até depressão 
(GALEAZZI, 2017). 
 Saúde mental é uma discussão polêmica dentro e fora do ambiente 
universitário. A definição de saúde mental é subdividida em duas perspectivas: a 
primeira, de um estado mental sadio, de bem-estar, de sujeitos e coletividades, sob 
condições sociais, familiares, econômicas, profissionais, etc., altamente complexas. 
A segunda, de saúde mental como um campo prejudicial, no qual o indivíduo possui 
um leque de fatores decorrentes de transtornos, também complexos, complexo 
como o próprio ser humano (ACCORSI, 2015). 
 Saúde Mental é uma condição do equilíbrio emocional entre as necessidades, 
exigências ou vivências externas. É a habilidade de gerir a própria vida e emoções 
dentre os variados cotidianos sem deixar de realizar o que é primordial. É buscar 
realizar as atividades de vida diária, sem deixar de fazer o que gosta, como 
atividades de lazer, momentos familiares entre outros. O estudante do ensino 
superior inúmeras vezes, mantém-se de tal maneira focado na universidade com 
trabalhos, atividades avaliativas, monitorias, estágios, e deixam em segundo plano 
afazeres que antes eram significativas, tais como, família, namoro, amigos, religião 
12 
 
ou atividades esportivas e de recreação. Quando estão disponíveis para realizar 
atividades que não esteja relacionada à universidade, possivelmente podem 
encontrar-se no limite do estresse, com a saúde mental debilitada (BRAGA et al., 
2017). 
 A sobrecarga mental ocorre quando o indivíduo chega ao seu limite 
emocional. Há o surgimento de alguns sinais comuns disso que são: Ansiedade 
demasiada, estresse constante e incomum por pequenas coisas, insônia e até 
mesmo depressão. Sendo assim, o estudante do ensino superior, então, suporta 
uma excessiva sobrecarga mental, advinda das pressões acadêmicas e acrescida 
de atividades extracurricular, que, em longo prazo, podem acarretar em um 
comprometimento tanto emocional como somático (VASCONCELOS et al., 2017). 
 Devido a sua vulnerabilidade ao sofrimento psíquico, muitos estudantes do 
ensino superior podem evoluir para distúrbios psicossomáticos devido a vários 
fatores. É nesse cenário que ferramentas de apoio se configuram como 
imprescindíveis para ampararem esses estudantes. Com isso, é importante que as 
instituições do ensino superior reexaminem suas políticas de saúde mental a fim de 
garantir medidas intervencionais e prevencionais que propiciem apoio aos 
estudantes no decorrer de sua formação. Visto que, os estudantes do ensino 
superior assumem uma posição relevante frente aos investimentos sociais e 
econômicos do país, reforçando a necessidade de novas pesquisas em saúde 
mental e a prevalência de sinais e sintomas psicopatológicos entre estudantes do 
ensino superior (CASTRO, 2017). 
 No Brasil, o primeiro Serviço de Acolhimento Mental e Psicologia Clínica para 
estudantes do ensino superior foram criado em 1957, junto à cadeira de Clínica 
Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco, 
para atender às necessidades dos estudantes de medicina. Logo após, as 
universidades federais do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, 
também preocupadas com a saúde mental dos seus estudantes, implantaram seus 
Serviços de Saúde Mental (ESPERIDIAO, 2013). 
 Atualmente, há poucos estudosnacionais abrangentes sobre a saúde mental 
dos estudantes brasileiros do ensino superior. Predominantemente os estudos 
brasileiros possuem amostras regionais, não sendo representativas em âmbito 
nacional. A abundância de estudos estrangeiros sobre o tema confirma a 
importância da investigação do impacto do contexto acadêmico nas vivências dos 
13 
 
estudantes brasileiros, ressaltando a importância de mais pesquisas sobre o assunto 
(FERREIRA et al., 2017). 
 Trata-se de um estudo bibliográfico de revisão na literatura, utilizando como 
metodologia da problematização o arco de Maguerez, método este que traz como 
ponto de início a observação da realidade, de forma ampla, atenta, em que se busca 
perceber o que precisa ser trabalhado, examinado, corrigido, aperfeiçoado 
(BORILLE et al., 2012). Afim de descrever a importância de se desenvolver ações 
que venham promover apoio psicológico e emocional, garantindo assim a qualidade 
de vida bem como a saúde mental do estudante do ensino superior. 
 Portanto, esperamos que, com a realização do presente estudo, seja possível 
incentivar reflexões sobre a importância da construção de novas estratégias de 
enfrentamento dos eventos estressores vivenciados pelos estudantes do ensino 
superior, oferecendo subsídios para implementação de medidas voltadas a 
qualidade de vida e saúde mental dos mesmos. 
 Concomitantemente, o estudo buscará proporcionar informações precisas 
para traçar os caminhos efetivos, com a finalidade de contribuir com ações 
motivacionais e apoio aos estudantes de graduação da Faculdade Pan-americana 
de Ji-Paraná. Após a realização da pesquisa, o colhimento, e interpretação dos 
resultados da pesquisa o projeto culminará na publicação, resultando em um projeto 
técnico – científico que estará à disposição de toda a sociedade para a apreciação e 
estudo, para que seja ampliado e utilizado em diversas Universidades do Brasil. 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
Conhecer o perfil de sobrecarga emocional e física dos estudantes da 
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
a) Buscar nas bases de dados da literatura estudos relacionados à saúde mental 
dos estudantes do ensino superior; 
14 
 
b) Enunciar os principais fatores estressores presentes nos estudantes do 
ensino superior da UNIJIPA; 
c) Divulgar apoios existentes psicológicos e emocionais, porém desconhecidos 
por muitos estudantes do ensino superior; 
d) Elaborar material reflexivo e motivacional em saúde. 
 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
 
3.1 Saúde mental e distúrbios psicossomáticos 
 
 A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, sendo 
a mesma coordenada pelo Ministério da Saúde, em que compreende as 
estratégias e diretrizes adotadas pelo país com o objetivo de organizar a 
assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos 
referente a saúde mental. Essa política abrange também pessoas com 
necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, transtorno 
afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade, esquizofrenia etc, e 
indivíduos que apresentam quadros de uso nocivo e dependência de substâncias 
psicoativas, tais como: álcool, cocaína, crack e outras drogas (BRASIL, 2018). 
 Além das ações assistenciais realizadas, o Ministério da Saúde tem atuado 
ativamente na promoção e na prevenção de problemas relacionados à saúde 
mental e dependência química da população, implementando assim, por exemplo, 
iniciativas que visem a prevenção do suicídio, sendo por meio de convênio firmado 
com o Centro de Valorização da Vida (CVV), onde permiteque a ligação gratuita 
em todo o país através do número 188 (BRASIL, 2018). 
O termo psicossomático é definido sob a junção "psique" e "soma", que é 
mente e corpo. A mente é responsável pelas funções cognitivas/emocionais do ser 
humano e o corpo a estrutura física, mas com uma inseparabilidade e 
interdependência desses aspectos psicológicos e biológicos, sendo que uma 
prejudicada pode afetar a outra (SILVA et al., 2007). 
As doenças psicossomáticas são de difíceis diagnósticos, pois a maioria 
causa sintomas físicos, no entanto sem causas orgânicas, se estabelecendo por 
causas emocionais, em que uma angustia, sendo esta de base psíquica, por 
exemplo, proporcionaria um mal estar que o corpo físico exprimisse para o psíquico 
"vamos dividir essa angustia". Apesar disso, muitos profissionais de saúde 
15 
 
desconsideram a possibilidade de uma pessoa estar com uma doença 
psicossomática, porquanto acreditam somente em patologias que apresentem causa 
orgânica, porém quando são solicitados exames clínicos, os resultados não 
apresentam alteração orgânica de base patológica (ASSIS et al., 2013). 
 
3.2 Inserção do estudante ao Ensino Superior 
 
O ingresso no Ensino Superior é representado por mudanças relevantes e 
complexa na maneira como o estudante reflete sobre diferentes áreas de suas vidas, 
sendo capaz de desenvolver-se intelectualmente e pessoalmente. Trata-se de um 
marco na vida do estudante, pois, ele se insere num universo repleto de normas, 
metodologias e a diversidade entre as pessoas. Essa nova realidade educacional 
estabelece ao estudante a necessidade de desenvolver um perfil universitário 
(CASTRO, 2017). 
A vida universitária compõe o ciclo vital de muitos brasileiros, 
geralmente na fase de adolescência e/ou juventude. De fato um 
período mais ou menos longo – de quatro a seis anos oficialmente – 
marcado por vivências individuais e coletivas que demandam, de 
quem experimenta esta fase da vida, responsabilização e 
sociabilidade. Momento de acontecimentos especiais da vida, como 
o distanciamento do núcleo familiar realizado por muitos jovens em 
busca da realização de um curso superior, além de marcado por 
conflitos, decisões, escolhas e posturas que decidirão fatores 
importantes na trajetória de vida destes indivíduos, pois também 
coincide na maioria das vezes com o início da fase adulta.(ASSIS, 
OLIVEIRA, 2003, p.169). 
 
A transição entre escola e nível superior é, para grande parcela dos 
indivíduos, a conquista da própria independência, no entanto, pode ser vista como 
um período crítico de adequação ao novo ambiente e as novas exigências (COSTA, 
2013). 
A integração à universidade é um processo multifacetado construído 
no cotidiano das relações que se estabelecem entre o estudante e a 
instituição. Caracteriza-se pela troca entre as expectativas, 
características e habilidades dos estudantes, estrutura, normas e a 
comunidade que compõem a universidade. Quando o aluno entra na 
universidade é importante considerarmos quatro dimensões: o 
ajustamento acadêmico: referindo-se ao atendimento das demandas 
educacionais que a instituição apresenta ao estudante; o relacional-
social: referindo-se às demandas interpessoais e sociais da vida 
universitária; o ajustamento pessoal-emocional: referindo-se ao 
estado psicológico e físico do universitário; e o comprometimento 
com a instituição/aderência: referindo-se à qualidade da ligação entre 
16 
 
o estudante e o curso e do estudante com a instituição (SILVA, 2016, 
p. 06). 
 
Estudar a saúde mental em ambientes de ensino superior é essencial, 
devidos estarmos numa época em que se verifica um elevado número de casos de 
pessoas com distúrbios mentais nas sociedades contemporâneas em geral. Os 
distúrbios mentais têm impactos marcantes e duradouros na saúde e no bem-estar 
dos estudantes do ensino superior, comprometendo o normal desenvolvimento e 
maturidade (cognitiva, psicossocial e vocacional), além de interferir no percurso 
estudantil, diminuindo o rendimento acadêmico e aumentando a taxa de abandono 
(NOGUEIRA, 2017). 
Saúde Mental também é conhecida como estado de bem-estar, tanto consigo 
quanto com os outros. Aceitar as condições da vida, conseguir lidar com as 
emoções positivas e negativas, como: coragem/medo; alegria/tristeza;amor/ódio; 
ciúmes; culpa; serenidade/raiva e frustrações, sabendo compreender seus limites e 
buscando apoio, quando necessário. Inúmeras vezes esse estudante chega em 
casa e tem dificuldade em ter contato com os familiares, os amigos e pessoas que 
estão fora do convívio acadêmico, pois chegam cansados e repleto de atividades da 
faculdade para cumprir. Acabam tendo um distanciamento daqueles que julgam 
serem pessoas importantes em suas vidas. Com isso trazem a frustração de não 
conseguirem realizar outras atividades fora do contexto acadêmico (BRAGA et al., 
2017). 
 A Saúde Mental e o Bem-Estar são áreas fundamentais do cotidiano das 
famílias, nas escolas, no trabalho, pelo que é do interesse de todos os cidadãos, 
independentemente das áreas de intervenção, sendo uma constante preocupação 
de todos os setores, tendo incidência na saúde e na educação, visto que a saúde 
mental comprometida reflete a integração social e a produtividade. Em síntese, uma 
boa Saúde Mental promove um grande valor intrínseco (ALMEIDA, 2016). 
 Considerando, a Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, vem redirecionar o 
padrão de cuidado em saúde mental, visando priorizar os serviços comunitários e 
extra-hospitalares, sendo a internação psiquiátrica somente como último recurso 
assistencial, referindo ser caráter excepcional. Considerando a Lei Brasileira de 
Inclusão (Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015), que visa à inclusão social e 
cidadania, remetendo assegurar e a promover condições de igualdade e o exercício 
dos direitos de pessoas com deficiência. Ou seja, é preciso que as instituições do 
17 
 
ensino superior desenvolvam ações que possam integrar todo o contexto de saúde 
mental, a fim de prevenir para que o futuro forme pessoas saudáveis tanto físicas 
quanto psicológico. 
 Reforça-se assim, a importância de se promover ações institucionais que 
tenham por objetivo instrumentalizar os estudantes, preferencialmente logo ao início 
da graduação, a gerenciar a vida acadêmica, de modo que possam empregar 
estratégias de estudo eficazes, conseguindo assim, organizar sua agenda e manejar 
o tempo de forma equilibrada, estabelecendo uma rotina de estudo, cumprindo 
prazos e não menosprezar ou negligenciar horas de sono e lazer com a finalidade 
de suprir as demandas acadêmicas. De modo que esse período seja vivenciado de 
maneira positiva, sem acarretar em sofrimento ou adoecimento nos estudantes do 
ensino superior (ARIÑO et al., 2018). 
 
3.3 Transtornos de humor 
 
O Transtorno de humor também conhecido como “transtorno afetivo bipolar” é 
uma condição psiquiátrica determinada por alterações graves de humor, que pode 
estar correlacionado assim por períodos de humor elevado e de depressão 
intercalados por períodos de remissão, estando associados a sintomas cognitivos, 
físicos e comportamentais específicos (BOSAIPO et al., 2017). 
O Transtorno de humor tem impacto significativo em diferentes segmentos de 
vida dos seus portadores. Trata-se de um problema grave cujo tratamento depende 
de diversas abordagens relacionadas, como psicológicas e com psicofármacos. Sua 
principal característica no humor intercalada acaba culminando em alta reatividade 
comportamental, agitação, impulsividade, hipervigilância, curso de pensamento 
acelerado e o envolvimento em comportamentos de risco (ARAUJO, 2015). 
Existe uma subdivisão dos episódios de humor, podendo ser de cunho 
maníaco ou hipomaníaco. Ambos configuram-se como períodos de humor elevado 
ou irritável, apresentando diminuição na necessidade de sono, aumento da libido, 
distração, taquicardia ou logorreia. A principal distinção implicada entre esses dois 
episódios está no nível de severidade apresentado pelos sujeitos durante o episodio 
maníaco, podendo haver inclusive quebras no contato com a realidade. Segundo as 
classificações diagnósticas, este componente psicótico não é encontrado em 
episódios hipomaníacos (ANTUNES et al., 2015). 
18 
 
Segundo a CID-10, os transtornos de humor caracterizam-se pela CID 10 F30 
ao F39, nestes transtornos, essa alteração de humor é comumente acompanhada 
por uma alteração no nível global de atividade e a multiplicidade dos outros sintomas 
é secundária. A maioria desses transtornos tende a ser assíduo e o início dos 
episódios individuais é constantemente relacionado com eventos ou situações 
estressantes (DORNELES, 2009). 
Uma prática de suma importância no trabalho com pacientes com transtornos 
de humor é a resolução de problemas. Ela permite que os sujeitos identifiquem 
possíveis dificuldades e promovam estratégias de comportamento saudáveis. No 
entanto, torna-se necessário iniciar com situações simples, de modo a aumentar a 
autoeficácia do paciente e reforçar seus aspectos positivos, evitando a recorrência 
dos episódios e a diminuição de sintomas subindrômicos. Em função dos diferentes 
prejuízos ocasionados pelo transtorno, pode-se fazer necessária a utilização do 
treino de habilidades sociais, auxiliando o paciente a desenvolver comportamentos 
assertivos, para retomar a suas atividades diárias de forma socialmente habilidosa 
(VASCONCELOS et al., 2017). 
 
3.4 Transtornos de ansiedade 
 
A ansiedade é uma condição podendo ser considerada normal ou patológica. 
A ansiedade normal faz parte do cotidiano da vida. No entanto, a ansiedade 
patológica é uma condição sintomática de vários transtornos e um estado de 
estresse. Apresenta-se sem causa aparente, de modo excessivo, causando 
sofrimento psíquico, onde a maneira prática de distinguir a ansiedade patológica da 
normal é basicamente, quando a frequência ou intensidade da resposta não coincide 
a um estímulo, e/ou quando pessoa permanece ansiosa sem um motivo ou situação 
aparente (BRAGA et al., 2017). 
[...] ansiedade é uma resposta natural, temporária e necessária a um 
estímulo externo percebido como ameaçador, que provoca uma 
reação emocional desagradável, medo, apreensão permanente e 
exagerada acerca de acontecimentos ou atividades e agitação, 
estando associada à incapacidade de controlar a preocupação, à 
falta de concentração, à tensão muscular e fadiga fácil. A ansiedade 
patológica desencadeia uma reação fisiológica e comportamental 
nefasta, intensa e disfuncional, com prejuízo no funcionamento 
global, predispondo a pessoa a maior vulnerabilidade física e 
psíquica, conduzindo a elevado nível de sofrimento. Deteriora as 
relações interpessoais, a autoestima, podendo mesmo bloquear as 
competências intelectuais, designadamente a cognição, a memória e 
19 
 
a capacidade de aprendizagem, com os prejuízos inerentes no 
desempenho acadêmico. Nesta medida, é notório a relação que a 
ansiedade, a par com a depressão, faz com que universitários 
necessitem de apoio (NOGUEIRA, 2017, p. 18). 
 
Segundo a CID-10, os transtornos ansiosos são representados pelo código 
F41, sendo caracterizados fundamentalmente pela existência de manifestações 
ansiosas que não são desencadeadas única e exclusivamente pela exposição a uma 
situação estabelecida. Esses transtornos podem ser acompanhados por sintomas 
depressivos ou obsessivos, tal como de certas manifestações que constituem uma 
ansiedade fóbica, desde que estas manifestações sejam secundárias ou pouco 
graves (ANTUNES et al., 2015). 
Dado os graus de ansiedade, basicamente, inicia-se por grau leve onde 
possibilita a procura de novos meios para se adaptar, sendo assim, bioadaptativa. O 
grau considerado moderado minimiza a percepção, mas oportuniza o indivíduo a 
fazer escolhas, podendo tornar-se difícil a tomada de decisões. O nível intenso de 
ansiedade é suficientemente desfavorável às capacidades de percepção e 
concentração, dificultando o poder de escolhas. Nesta fase, a energia pessoal está 
voltada para a fuga de situações de perigo (ARAUJO, 2015). 
 A ansiedade tem início na imposição de que o indivíduo deve corresponder às 
novas condições de natureza física, psicológica ou cultural,para reduzir o medo e as 
inseguranças em relação ao futuro. O estresse é resultante de alguma advertência 
associada às excessivas mudanças no ambiente às quais a pessoa não está 
preparada para reagir de forma positiva (ANTUNES et al., 2015). 
 Estas novas obrigações exigem dos estudantes várias atuações diferentes, 
que podem agravar um problema de saúde mental já existente ou ampliar a 
possibilidade dos mesmos acontecerem. 
 
3.5 Depressão relacionada à ansiedade 
 
A depressão é um distúrbio comumente observado, a probabilidade é que 
mundialmente 5% da população sofra de depressão e 10% a 25% da população 
podem apresentar ao menos um episódio depressivo em algum momento da vida. A 
Organização Mundial da Saúde estima-se que até 2030, a depressão venha tornar-
se a doença mais frequente no mundo, podendo atingir as pessoas mais do que 
20 
 
qualquer problema de saúde, como por exemplo, o câncer ou doenças 
cardiovasculares (GALEAZZI, 2017). 
 A depressão é uma patologia antiga, sendo frequentemente a mais 
diagnosticada das perturbações psiquiátricas. A existência de um período de tristeza 
ou desânimo é normal entre os indivíduos, sendo uma resposta comum às 
desilusões ou frustrações do cotidiano. São episódios de curta duração, pois é um 
processo de adaptação à perda, alterações ou fracasso experienciado. A depressão, 
como quadro patológico, sucede quando este processo adaptativo não é eficaz 
(ALMEIDA, 2014). 
O Episódio Depressivo é caracterizado pelo CID-10 como: humor deprimido; 
perda de interesse e prazer; diminuição ou aumento do apetite; insônia terminal ou 
hipersonia; agitação ou retardo psicomotor; fadiga ou falta de energia; sentimento de 
inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada; diminuição da capacidade de pensar, 
concentrar-se ou tomar decisões; pensamentos de morte; ideação suicida; tentativas 
de suicídio. Para que seja diagnosticado como depressão maior é necessário 5 ou 
mais dos sintomas e devem estar presentes por pelo menos um período de 
aproximadamente 2 semanas, representado assim por uma alteração significativa do 
funcionamento anterior da pessoa. Sendo que um dos sintomas que deve ser 
observado é o humor deprimido ou a perda de interesse ou prazer (ASSUMPÇÃO et 
al., 2018). 
Um indivíduo deprimido sente-se triste, desamparado, desanimado ou 
abatido. No entanto, inúmeras pessoas que convivem com a depressão negam a 
existência desses sentimentos que podem surgir de outras maneiras: raiva 
persistente, ataques de ira, constante culpabilização dos outros ou, uma das 
manifestações comumente observadas são dores corporais sem causa médica que 
as justifiquem, podendo ocorrer perda de interesse por atividades antes prazerosas, 
passatempos, contatos sociais ou desporto. Ou, no caso dos estudantes do ensino 
superior, gera baixo rendimento acadêmico ou apresentação de comportamentos 
incomuns: descuido pessoal, isolamento, intoxicação alcoólica recorrente, entre 
outros (ALMEIDA, 2014). 
 O estudante do ensino superior está constantemente exposto a situações 
estressantes, sendo a cobrança dos familiares, garantir competências e habilidades 
necessárias para o mercado de trabalho, o medo do fracasso, onde fatores 
patogênicos preexistentes, ou não, é capaz de resultar em quadros de ansiedade e 
21 
 
depressivos. Em comparação do estresse ocupacional e o vivido nas instituições de 
ensino superior, é possível considerar o estudante como concernente a um grupo 
vulnerável, proveniente a sofrer reações de ajustamento, no qual são situações 
estressantes ocasionadas pelo ingresso na vida universitária. Reações positivas ou 
negativas referente a essas situações se dará por meio de dispositivos internos com 
a finalidade de enfrentar essas questões, que são somadas às mudanças 
ambientais, da formação acadêmica (SILVA, 2016). 
 A ansiedade é o anúncio do estresse e o estresse o prenúncio da depressão. 
É considerado o mal do século, sendo motivo de estudo por psicólogos e psiquiatras 
no intuito de desvendá-la. Não são apenas as drogas que viciam, mas sim o 
excesso de trabalho, atividades, preocupações, o uso de celulares e novas 
tecnologias, cada vez mais somos bombardeados por informações que muitas 
vezes, não conseguimos absorver, tudo isso torna-se um fator estressor, que pode 
acarretar graves problemas para a saúde do indivíduo (ANTUNES et al., 2015). 
Antes de tratar a correlação do quadro clínico de depressão e como a mesma 
influencia no ato suicida, vale ressaltar primeiramente, que não há estudos 
científicos que possam prever com segurança a ocorrência do ato suicida. É 
considerável, no entanto, a vulnerabilidade, fatores de risco que podem influenciar 
os indivíduos a cometerem suicídio. Como já destacado anteriormente, os distúrbios 
mentais, em destaque distúrbios depressivos são responsáveis por 30% dos casos 
de suicídio no mundo (ASSUMPÇÃO et al., 2018). 
A depressão é classificada como distúrbio mental, que envolve uma complexa 
relação entre fatores psicológicos, ambientais e orgânicos. São comuns no quadro 
depressivo sintomas de angústia, perda de interesse, rebaixamento de humor, 
apatia, choro persistente, sentimento de impossibilidade, perda de prazer e vontade 
frente à vida, sendo um dos sintomas da depressão a ideação suicida (GALEAZZI, 
2017). 
Dentre todas as classificações da depressão, o maior destaque se dá pelo 
alto índice de mortalidade, na maioria das vezes, ocorre pelo ato suicida. De acordo 
com o Manual de DSM-V (2013, p. 162), a depressão é caracterizada, por: 
Humor deprimido deve estar presente na maior parte do dia, além de 
estar presente quase todos os dias. Insônia ou fadiga 
frequentemente são a queixa principal apresentada, e a falha em 
detectar sintomas depressivos associados resultará em sub 
diagnóstico. A tristeza pode ser negada inicialmente, mas pode ser 
revelada por meio de entrevista ou inferida pela expressão facial e 
22 
 
por atitudes. Fadiga e perturbação do sono estão presentes em alta 
proporção de casos; perturbações psicomotoras são muito menos 
comuns, mas são indicativas de maior gravidade geral, assim como a 
presença de culpa delirante ou quase delirante. 
 
 Neste ponto de vista, o suicídio não pode ser diagnosticado como sendo um 
sintoma da depressão, mas, de modo que incide sobre as pessoas que possuem 
depressão, visto que, todos os suicidas só podem ser considerados deprimidos se a 
tendência ao suicídio for definida como uma condição suficiente por si só para o 
diagnóstico da depressão (CREMASCO et al., 2017). 
Uma pesquisa, realizada pela Associação Americana de Saúde Universitária - 
ACHA, com 79.266 estudantes do ensino superior de 140 instituições dos Estados 
Unidos, identificaram que dentre os fatores que afetam o desempenho dos 
estudantes no período de um ano, o estresse foi de maior recorrência sendo 30,3%, 
seguido de ansiedade com 21,8%. Segundo o relatório anual de 2015-2016 do 
Center for Collegiate Mental Health - CCMH, com uma amostra de 51.567 
estudantes do ensino superior entrevistados, onde os fatores de maior frequência 
foram a ansiedade com 61%, depressão com 49% e o estresse com 45,3% (CCMH, 
2017). 
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais também 
aponta os sintomas apresentados para caracterizar um Episódio 
Depressivo Maior, sendo que estes devem se manter por um período 
mínimo de duas semanas. Os principais sintomas apresentados são: 
humor deprimido na maior parte do dia, interesse ou prazer 
acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades, 
perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, diminuição 
ou aumento do apetite, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo 
psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou 
culpa excessiva ou inadequada, capacidade diminuída de pensar ou 
concentrar-se ou indecisão e pensamentos de morte recorrentes, 
ideação suicida sem um plano específico, tentativade suicídio ou 
plano específico para cometê-lo (CREMASCO; BAPTISTA. p.23, 
2017). 
 
 No entanto, alguns fatores dificultam o tratamento e a prevenção de 
transtornos mentais em estudantes do ensino superior, sendo um deles a 
comunicação deficitária entre diversos serviços que dão suporte e apoio aos 
estudantes, visto que essas instituições carecem quanto a serviços de apoio ao 
estudante, sendo necessário o aumento de investimentos em programas 
relacionados à assistência, orientação, aconselhamento e encaminhamento de 
estudantes, obtendo a identificação das necessidades dentro de políticas atuais. 
23 
 
Faz-se importante ressaltar que no ensino superior, o processo de promoção 
da saúde mental, nem sempre é tão amplo, uma vez que a promoção da saúde não 
é o core business destas instituições. Contudo, ao procurar integrar um 
compromisso de promoção da saúde mental de estudantes do ensino superior, é 
imperativo que além de atuar diretamente no bem-estar não só dos estudantes, mas 
de todos os profissionais que atuam nas IES, pode contribuir para a prossecução 
dos seus objetivos e da missão institucional (FERREIRA et al., 2017). 
 É oportuno frisar, que atualmente as instituições do ensino superior 
compreendem não somente num âmbito educacional, mas, como uma provedora de 
recursos para promoção da saúde e bem-estar abrangendo não somente aos 
estudantes, mas funcionários e comunidade. Trata-se de um ambiente único, no 
qual, podem gerar novas oportunidades e possibilidades prevencionais e tratamento 
de transtornos mentais (CASTRO, 2017). 
 Portanto, é necessário pensar em promoção da saúde mental, especialmente 
tratando-se de estudantes do ensino superior. Pois, os mesmos precisam de outras 
atividades a fim de conseguir ter uma qualidade de vida no âmbito universitário, 
sendo estas não somente atividades extracurriculares dentro das instituições do 
ensino superior, mas, atividades que propiciem relaxamento, distrações e interação 
com estudantes de outros cursos e instituições, proporcionando também a criação 
de programas que auxiliem na oratória dos estudantes, bem como apoio emocional 
(BRAGA et al., 2017). Sendo este, uma oportunidade de contribuição para que as 
Instituições do Ensino Superior – IES possam tornar-se referenciais em seu modelo 
educacional e promocional da saúde. 
Sendo assim, ressalta-se a importância da implementação de programas de 
orientação de carreira que contribuam para que os estudantes saibam lidar com os 
desafios e instabilidades do processo formativo, facilitando assim o processo de 
escolha e com possíveis mudanças de carreira que são parte normativa deste 
processo. Salientamos o papel de uma equipe multidisciplinar, uma vez que o 
orientador profissional, ao desempenhar seu papel focado em aspectos de carreira, 
também proporciona uma melhora na autoeficácia, nas vivências acadêmicas e na 
satisfação do estudante com o curso, O que pode garantir uma satisfação no 
processo de aprendizagem e qualidade de vida (ARIÑO et al., 2018). 
 
 
24 
 
3.6 Atuação da equipe multidisciplinar na saúde mental 
 
A presença de uma equipe multiprofissional tem sido cada vez mais possível 
observar na rotina dos serviços de saúde mental remetendo assim ao processo de 
parcelamento do trabalho multiprofissional. No Brasil, desde a década de 1970, o 
trabalho em saúde tem priorizado a composição de equipes de profissionais sendo 
estes de diferentes formações. Esse movimento traz claramente o benefício para a 
população ao incrementar as possibilidades terapêuticas, impondo assim a 
necessidade de integração interdisciplinar (ALMEIDA et al., 2015). 
Vale ressaltar que, ao tratar em trabalhar em equipe, aborda-se o maior 
volume de atividades, mais e maior responsabilidade, colaboração, 
comprometimento, flexibilidade e esforço pessoal, detalhes que acabam sendo 
descoberto a cada novo dia de trabalho. Entretanto, como proveito, uma equipe 
coerente aflora muitas características até então passadas despercebidas no 
individual, essa equipe multiprofissional proporciona a criatividade, a participação, 
possui visão de futuro, questionamento de posições e colocações e senso crítico 
(NOGUEIRA et al., 2017). 
A saúde mental é uma especialidade dentro de outras especialidades, pois 
compreende os conhecimentos da ciência médica psiquiátrica, das ciências da 
saúde, da sociologia, da psicologia, da antropologia, das ciências políticas, das 
ciências ocupacionais e de enfermagem, dentre outras, tamanha é sua 
complexidade (SOUSA, 2010). 
As equipes de saúde mental propriamente dito existem há poucos anos, pois 
foram formal e legalmente determinadas com a Lei Federal 10.216 de 06/04/2001, 
que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental (BRASIL, 2018). 
As novas diretrizes e a Lei 10.216 definem que uma equipe mínima deve 
conter um profissional médico, um enfermeiro, e mais três ou quatro profissionais de 
nível superior entre as áreas de psicologia, terapia ocupacional, assistência social, 
podendo ainda ser incluso o nutricionista, o odontólogo, o fonoaudiólogo, o 
pedagogo, o psicopedagogo, e demais áreas afins, conforme demanda específica do 
serviço, que será determinada pela modalidade deste, pela localidade e 
principalmente pela realidade da população que assiste, devendo essa mesma 
equipe contar também com mais três ou quatro profissionais de nível médio como 
25 
 
técnicos de enfermagem, profissionais da área administrativa e de serviços gerais 
(BRASIL, 2018). 
Os profissionais da saúde mental tem abordado o transtorno mental de forma 
diferente e se complementam de forma harmônica quando a finalidade é realmente 
ajudar o indivíduo em sofrimento psíquico. Concomitantemente a equipe trabalha 
não só o tratamento da doença mental instalada, mas, prioriza também sua 
prevenção e a reabilitação. Com isso, os profissionais da saúde mental carecem em 
ampliar suas percepções e compreender que o paciente não é de um ou de outro 
profissional, mas, sim, de uma equipe que não deve medir esforços para ajudá-lo em 
conjunto (SOUSA, 2010). 
 
3.7 Papel do Enfermeiro na Saúde Mental 
 
 O processo de cuidado em saúde mental é fundamental, pois o adoecimento 
da mente é uma forma de sofrimento humano que implica em sofrimento individual, 
sofrimento familiar e problemas sociais (ALMEIDA et al., 2013). 
 O Ministério da Saúde durante a construção da Reforma Psiquiátrica 
Brasileira elencou a escuta terapêutica como uma ferramenta que lida com o 
adoecimento psíquico com uma dimensão subjetiva (LIMA et al., 2015). 
 O enfermeiro que atua na saúde mental possui a habilidade de cuidador de 
afetos. Seu papel é de suma importância, pois aumenta o bem-estar, o equilíbrio e o 
autoconhecimento dos indivíduos. Ele é autorizado socialmente para tocar a vida 
das pessoas em toda sua complexidade, tanto interior, quanto social e cósmica 
(TAVARES et al., 2016). 
 Nesse contexto, no Brasil a saúde mental passa por adaptações há mais de 
uma década em seu modelo assistencial, estruturando suas redes afim de prestar 
um cuidado qualificado em todas as instâncias de saúde (MARTINS et al., 2012). 
Visto que, sua ação nas Instituições de Ensino Superior, exige parceria de todos os 
envolvidos no ambiente em que o estudante encontra-se inserido, desde a docência 
aos familiares. 
 A enfermagem utiliza a escuta terapêutica, no entanto ela não é constituída 
apenas de momentos de escuta, mas é um dispositivo que produz sentidos que 
possibilita diminuir a angústia sentida pela escuta de si mesmo que passa pelo fato 
de ser não só escutado pelo outro, mas, compreendido (LIMA et al., 2015). 
26 
 
 A saúde mental resulta da união das ações, além de uma escuta qualificada é 
de fundamental importância as ações de promoção, prevenção, manutenção, 
restauração e reabilitação da saúdemental da população que sofre de transtornos 
mentais (ALMEIDA et al., 2013). 
Nas Instituições do Ensino Superior ressalta-se que, o trabalho do enfermeiro 
frente a saúde mental envolve cooperação com o estudante, sua família e a 
instituição para atender as dificuldades resultantes do transtorno mental. Através de 
um atendimento multidisciplinar atuante nas IES - Instituições de Ensino Superior, se 
não houver essa parceria isso implica em perder oportunidades de transformar, de 
maneira duradoura e profunda, a realidade (LIMA et al., 2015). 
A ideia da interdisciplinaridade traz em si a superação do 
compartilhamento do saber, não abdicando das competências 
específicas de cada profissão, mas buscando integrá-las a fim de 
melhor compreender a complexidade da área e possibilitar as 
transformações no atendimento a despeito das inúmeras dificuldades 
que se põem no cenário assistencial brasileiro (ESPERIDIÃO, 2013, 
p. 155). 
 
Na área da saúde mental e psiquiátrica, o enfermeiro(a) atua dentro deste 
nível de prevenção com o objetivo de diminuir a suscetibilidade de pessoas, famílias 
e comunidades aos transtornos mentais. Assim, contribuir para tornar a todos mais 
capazes de enfrentar situações conflitantes e auxiliar o paciente a aceitar a si 
próprio, melhorando as suas relações pessoais, pois, hoje em dia, estimativas 
sugerem que, uma em cada quatro famílias, apresenta pelo menos uma pessoa com 
transtorno mental (STEFANELLI et al., 2014). 
 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
4.1 Descrição do local 
 
O Projeto de intervenção foi realizado na Faculdade Panamericana de Ji-
Paraná (UNIJIPA), estando localizada na RO 135 Km 01, Ji-Paraná – Rondônia. A 
instituição foi criada em abril do ano de 2007. No qual, o objetivo da instituição foi 
ofertar cursos de graduações de qualidade, considerando condições econômicas da 
população de Ji-Paraná e região. A Faculdade Panamericana de Ji-Paraná é uma 
das instituições de ensino superior que foi idealizada pelo Grupo Athenas 
Educacional. Hoje a instituição fornece cursos de graduação em Administração, 
27 
 
Pedagogia, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Biomedicina, Educação 
Física, Enfermagem, Farmácia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, 
Engenharia Ambiental, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia, Gastronomia 
e Direito. 
Além de cursos de pós-graduação como: Gestão Pública, Gestão e 
Cooperativas de Crédito, MBA Auditoria e Perícia Contábil Financeira, Gestão 
Estratégica, MBA em Coaching, Liderança e Construção de Talentos, Marketing 
Digital, Marketing Empresarial, MBA Gestão de Pessoas e Consultoria Empresarial, 
Acupuntura, Gestão e Auditoria em Serviços de Saúde, SF, Estética Avançada e 
Cosmetologia, Enfermagem na Prevenção e Tratamento de Feridas, Farmácia 
Clínica com Ênfase na Prescrição Farmacêutica, Fisioterapia Traumato-Ortopédica e 
Desportiva, Fitoterapia Clínica, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia e Banco de 
Sangue, Higiene e Inspeção de Alimentos, Manipulação Magistral, Terapia Familiar 
Sistêmica, Dermoestética e Cosmetologia, Farmácia Magistral, Auditoria e Projetos 
Ambientais, Design, Iluminação de Interiores e Paisagismo, Engenharia Sanitária e 
Ambiental, Engenharia de Transporte, Engenharia e Segurança do Trabalho, 
Paisagismo e Iluminação de Interiores, Gerenciamento de Projetos e Planejamento 
na Construção Civil, Direito Previdenciário e Trabalhista, Direito Processual Civil, 
Ciência Forense e Perícia Criminal, Docência no Ensino Superior, Educação Infantil, 
Fundamental e Gestão Educacional, Docência no Ensino Superior, Educação 
Especial e Inclusiva e Psicopedagogia Clínica. 
 
4.2 Tipo de estudo 
4.2.1 Estudo bibliográfico 
 
Esta pesquisa segue a abordagem qualitativa e de caráter bibliográfica, 
utilizando como metodologia da problematização o arco de Maguerez, sendo assim, 
foi realizado através de levantamento de dados em artigos científicos publicados 
referentes a saúde mental dos universitários, recorrentes nos meios eletrônicos 
como BIREME - Biblioteca Regional de Medicina, sendo as bases de dados 
pesquisadas no Literatura Latino-Americana em Ciências em Saúde (LILACS) e 
Scientific Eletronic Librany Online (SCIELO). 
Para os critérios de inclusão do estudo, foram escolhidos os artigos 
procedentes de fontes que abordassem fatores relacionados a saúde mental de 
https://pos.unijipa.edu.br/gestao-publica/
https://pos.unijipa.edu.br/gestao-e-cooperativas-de-credito/
https://pos.unijipa.edu.br/gestao-e-cooperativas-de-credito/
https://pos.unijipa.edu.br/mba-auditoria-e-pericia-contabil-financeira/
https://pos.unijipa.edu.br/gestao-estrategica/
https://pos.unijipa.edu.br/gestao-estrategica/
https://pos.unijipa.edu.br/mba-em-coaching-lideranca-e-construcao-de-talentos/
https://pos.unijipa.edu.br/mba-em-coaching-lideranca-e-construcao-de-talentos/
https://pos.unijipa.edu.br/marketing-digital/
https://pos.unijipa.edu.br/marketing-empresarial/
https://pos.unijipa.edu.br/mba-em-gestao-de-pessoas-e-consultoria-empresarial/
https://pos.unijipa.edu.br/acupultura/
https://pos.unijipa.edu.br/gestao-e-auditoria-em-servicos-de-saude/
https://pos.unijipa.edu.br/estetica-avancada-e-cosmetologia/
https://pos.unijipa.edu.br/estetica-avancada-e-cosmetologia/
https://pos.unijipa.edu.br/tratamento-de-feridas/
https://pos.unijipa.edu.br/farmacologia-clinica/
https://pos.unijipa.edu.br/farmacologia-clinica/
https://pos.unijipa.edu.br/fisioterapia-traumato-ortopedica/
https://pos.unijipa.edu.br/fisioterapia-traumato-ortopedica/
http://pos.unijipa.edu.br/fitoterapia-clinica/
http://pos.unijipa.edu.br/ginecologia-e-obstetricia/
https://pos.unijipa.edu.br/hematologia-banco-de-sangue/
https://pos.unijipa.edu.br/hematologia-banco-de-sangue/
https://pos.unijipa.edu.br/higiene-e-inspecao-de-alimentos/
https://pos.unijipa.edu.br/manipulacao-magistral/
https://pos.unijipa.edu.br/terapia-familiar-e-sistemica/
https://pos.unijipa.edu.br/terapia-familiar-e-sistemica/
https://pos.unijipa.edu.br/dermoestetica-e-cosmetologia/
https://pos.unijipa.edu.br/farmacia-magistral/
https://pos.unijipa.edu.br/auditoria-em-projetos-ambientais/
https://pos.unijipa.edu.br/auditoria-em-projetos-ambientais/
https://pos.unijipa.edu.br/design-iluminacao-de-interiores-e-paisagismo/
http://pos.unijipa.edu.br/engenharia-sanitaria-e-ambiental/
http://pos.unijipa.edu.br/engenharia-sanitaria-e-ambiental/
https://pos.unijipa.edu.br/engenharia_de_transporte/
https://pos.unijipa.edu.br/seguranca-do-trabalho/
https://pos.unijipa.edu.br/paisagismo-e-iluminacao/
https://pos.unijipa.edu.br/gerenciamento-de-projetos/
https://pos.unijipa.edu.br/gerenciamento-de-projetos/
http://pos.unijipa.edu.br/direito-previdenciario-e-trabalhista/
http://pos.unijipa.edu.br/direito-processual-civil/
http://pos.unijipa.edu.br/ciencia-forense-e-pericia-criminal/
http://pos.unijipa.edu.br/docencia-no-ensino-superior/
https://pos.unijipa.edu.br/educacao-infantil-fundamental-e-gestao-educacional/
https://pos.unijipa.edu.br/educacao-infantil-fundamental-e-gestao-educacional/
https://pos.unijipa.edu.br/docencia-no-ensino-superior-6-meses/
https://pos.unijipa.edu.br/educacao-especial-e-inclusiva/
https://pos.unijipa.edu.br/educacao-especial-e-inclusiva/
https://pos.unijipa.edu.br/psicopedagogia-clinica-e-institucional/
28 
 
estudantes do ensino superior, fatores de risco que podem desenvolver transtornos 
mentais, sendo selecionados periódicos dos últimos 15 (quinze) anos, na língua 
portuguesa e; Inglesa publicadas no período entre 2013 e 2018. Tendo como critério 
de exclusão artigos de literatura que não condiziam com o tema proposto, artigos 
oriundos de outros idiomas, e os que estavam fora do recorte temporal pré-
estabelecido. 
Na busca inicial, obteve-se 2.225 trabalhos, com uma análise mais aguçada 
filtrou-se o quantitativo de 15 pesquisas que atendiam aos critérios de inclusão do 
projeto. Posto isso, houve uma análise dos dados sendo eles agrupados na tabela 
01, padronizando e instituindotrês categorias para discussão posterior das 
informações encontradas. 
Para a realização da análise dos dados, levou-se em consideração, o ano da 
publicação, o autor da pesquisa, o periódico, e também a metodologia utilizada. A 
partir dessas variáveis podemos descrever os seguintes resultados, inseridos na 
tabela 01. 
 
Tabela 1 - Níveis de evidências científica (graus de recomendação). 
Ano Autor Periódico Descrição 
2018 ASSUMPÇÃO et al. BIREME A influência da depressão no suicídio 
abrange diversos fatores, como os 
transtornos mentais. 
2018 ARIÑO et al., SCIELO Este estudo teve como objetivo analisar as 
relações entre ansiedade, depressão e stress 
com a qualidade das vivências acadêmicas e 
a autoeficácia. 
2017 BRAGA et al. LILACS Os estudantes perceberam a importância do 
equilíbrio entre as atividades da vida 
acadêmica e a vida social. Foram 
perceptíveis a satisfação e o interesse dos 
estudantes no projeto, e perceptível pelo 
relato quanto a melhora na saúde mental. 
2017 CASTRO, V. R. BIREME Foram investigados 26 estudantes do nono e 
décimo período. Sendo observado que o 
estresse foi identificado em 62% dos 
estudantes, a partir do Inventário de 
29 
 
Sintomas de estresse para adultos de Lipp 
(ISSL). 
2017 CREMASCO et al. SCIELO Estima-se que de 15% a 25% dos estudantes 
do ensino superior desenvolva algum 
transtorno mental no decorrer da formação, 
sendo um dos mais prevalentes a depressão. 
2017 GALEAZZI, A. C. F. LILACS Participaram da pesquisa 217 alunos sendo 
83 do primeiro ano e 134 do último ano. 
Observou-se que os escores médios para 
ansiedade (4,3±4,5) é equivalente para as 
duas séries. A depressão é maior no primeiro 
ano (5,8±4,7) do que para o último ano 
(5,2±4,8). O mesmo ocorre com o estresse 
entre o primeiro ano (7,5±4,4) e o último ano 
(7,4± 5,1). 
2017 NOGUEIRA, M. J. 
C. 
SCIELO A promoção da saúde mental nas instituições 
do ensino superior é de suma importância 
para o desenvolvimento e sucesso dos 
estudantes. A transição para o ensino 
superior é configurada por uma transição 
múltipla que potencializa fatores de stress, 
inúmeras vezes os desequilíbrios e um 
ajustamento exigente, causando um impacto 
tanto a nível pessoal quanto acadêmico. 
2017 VASCONCELOS et 
al. 
SCIELO A predominância de ansiedade e sintomas 
depressivos relacionada ao uso de drogas 
lícitas, ilícitas e psicoativas, respectivamente, 
indica a necessidade urgente de medidas de 
prevenção. 
2016 SILVA, L. C. SCIELO Estudos sinalizam que o período de 
permanência nas instituições de ensino 
superior é um período de risco, desse modo, 
a necessidade de serviços de apoio 
psicológico e emocionais para cuidar da 
saúde mental dos estudantes devem ser 
prontamente analisadas. 
30 
 
 
 
 
 
 
2015 ACCORSI, M. P. SCIELO A vivência do estudante na universidade é 
também geradora de stress, podendo gerar 
sofrimentos para grande parte dos 
estudantes de ensino superior (sem se 
retratar a ser apenas isso). 
2015 ANTUNES et al. SCIELO Este estudo pretende analisar, comparando 
os níveis de ansiedade, se há indícios de 
sintomas depressivos e stress em pacientes 
acompanhados durante consultas 
psiquiatrias e em pacientes acompanhados 
em consultas psicológicas, analisando e 
comparando fatores de risco. 
2014 ALMEIDA, J. S. P. 
A. 
BIREME A saúde mental é influenciada por vários 
comportamentos tanto como estes são 
influenciados pelo prejuízo da saúde mental. 
Com isso, é importante a compreensão da 
saúde mental e os comportamentos 
adotados pelos indivíduos durante qualquer 
momento do seu ciclo vital afim de melhor 
atuação quando e sempre que necessário. 
2014 ARAÚJO, A. H. I. SCIELO Este estudo trata que no início do semestre, 
uma amostra de 43 estudantes relatou que 
ocorria a interferência em seu estado 
nutricional referente a rotina universitária e 
40 estudantes afirmaram que a rotina 
universitária os tornava ansiosos e/ou 
deprimidos, ao final do semestre, o resultado 
foi respectivamente 44 e 41. 
2013 COSTA et al. SCIELO Em um estudo publicado pela FONAPRACE 
em 2011, observou que quase metade dos 
estudantes do ensino superior queixavam-se 
de algum sofrimento emocional vivenciado 
no período de doze meses. 
31 
 
4.2.2 Estudo baseado em problematização 
 
 A Metodologia da problematização possibilita a participação ativa dos 
indivíduos, considerando o cenário vivenciado, as experiências, assim como a 
história de vida, no qual respeita o ritmo de aprendizado individualmente. Deste 
modo, é possível permitir reconstruções conceituais neste saber, percepção e 
aprofundamento do conhecimento (BORILLE et al., 2012). 
 É uma metodologia também intitulada como metodologia do Arco de 
Maguerez, visto que é utilizada comumente e especialmente por profissionais da 
área da saúde, pois contribui de forma significante para uma análise minuciosa de 
uma problemática e quando utilizada sua prática oportuniza enxergar, pesquisar e 
modificar uma realidade com um olhar crítico voltado também a criatividade e 
resolutividade. O ponto inicial desta metodologia se dá pela observação da 
realidade, identificando assim os pontos-chave, buscando de forma ampla através 
da teorização, para que assim obtenha hipótese de solução e por fim é realizada a 
aplicação na realidade (FUJITAI et al., 2016). 
 A primeira etapa, "Observação da realidade", oportuniza a identificação do 
problema, nesta etapa envolve o início de um percurso de apropriação de 
informações adquiridas pelos pesquisadores, que são conduzidos a observar a 
realidade de algo, conduzidos por sua própria visão, identificando características, a 
fim de poderem contribuir para a transformação, e assim os pesquisadores elegem 
os prováveis fatores e determinantes, realizando uma análise reflexiva que 
culminará na definição dos "Pontos-chave", que podem ser expressos através de 
diferentes maneiras: questões básicas, afirmativas sobre características do 
problema, assim como tópicos a serem investigados e outras formas, com a 
finalidade de principiar-se a "Teorização", na qual os pesquisadores buscam 
construir respostas embasadas para a problemática, para que assim, consiga partir 
para a quarta etapa que é a "Hipóteses de solução", o pensamento crítico, a 
criatividade e originalidade precisam ser fomentadas para se pensar em possíveis 
alternativas de solução. Visto que, o momento da "Aplicação à realidade" que é a 
quinta etapa do arco, seja possibilitado a implementações de soluções geradas no 
processo, com o objetivo de transformar a realidade problematizada. Sendo que, o 
método do arco proporciona o aprendizado com a realidade e promove uma 
32 
 
preparação para transformá-la, e essa fase possibiliza a intervenção, melhorando e 
manejando ocasiões relacionadas à solução do problema (FUJITAI et al., 2016). 
 
4.3 Aspectos éticos 
 
 De acordo com o Art. 1 da Resolução n°510 de 07 de abril de 2016 do 
Ministério da Saúde, a mesma dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em 
Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a 
utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações 
identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida 
cotidiana, na forma definida nesta Resolução. 
 Desta forma o presente projeto ficou isento de apreciação do Comitê de Ética 
em Pesquisa – CEP, por atender as exigências da legislação vigente. 
 
 
5 RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
 Foi possível identificar no decorrer de quase cinco anos de graduação um 
elevado índice de desistência de estudantes do ensino superior na Faculdade 
Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA, não somente na terceira turma de 
Enfermagem, mas, em diversas turmas e cursos. 
Considerando as elevadas expectativas, as demandas inerentes do estudante 
do ensino superior, o mercado de trabalho e as aspirações pelo seu futuro 
profissionale pessoal, comumente se encontra como resultante uma alta 
prevalência de distúrbios psicológicos e emocionais, por vezes desconhecidos. 
Através deste estudo percebeu-se a existência de possíveis fatores estressores 
vivenciados no decorrer das atividades efetuadas pelos estudantes do ensino 
superior no decorrer da graduação. 
Com o objetivo de conhecer o perfil de sobrecarga mental dos estudantes da 
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA utilizou-se a metodologia do Arco 
de Charles Maguerez que possibilitou aos pesquisadores a identificação de 
possíveis sofrimentos psicossomáticos que os estudantes enfrentam, e como a 
instituição promove o desenvolvimento pleno, ou auxílio aos estudantes em 
situações de sofrimento ou distúrbio mental. As descrições e os achados de cada 
etapa do Arco de Charles Maguerez estão explicitados a seguir: 
33 
 
Primeira etapa: observação da realidade: Através da vivência no âmbito 
universitário, e com um olhar preocupado ao que tange a saúde mental dos 
estudantes do ensino superior, demonstrando que o conhecimento sobre a realidade 
propicia um olhar crítico sobre o contexto, com isso elegeu-se o ambiente 
universitário como um influenciador na presença de fatores estressores entre os 
estudantes; o semestre em que o estudante encontra-se está relacionado a níveis 
de estresse e ansiedade; questões financeiras e familiares contribuem de forma 
efetiva para elevação de índices relacionados a distúrbios psicossomáticos durante 
a graduação. 
Segunda etapa: identificação dos pontos-chave: Nesta segunda etapa foi 
realizado uma eleição do que foi observado na realidade, analisando o que é 
realmente importante, identificando os pontos-chave do problema. Esta fase foi 
contemplada, a partir do momento que compreendemos que esta é a fase de chuva 
de ideias, de inclusão de elementos que estão causando ou mesmo potencializando 
o problema. Os pontos-chave citados após identificação do problema foi que muitos 
estudantes do ensino superior têm desenvolvido transtornos de ansiedade, estresse, 
tristeza, depressão, desmotivação e até mesmo pensamentos ou atos suicidas. 
Terceira etapa: teorização: Esta etapa implicou na construção de respostas 
mais elaboradas para o problema, proporcionando um amadurecimento a partir dos 
questionamentos do que foi observado e fundamentado nos pontos-chaves, 
definidos na etapa anterior. A busca por estas informações ocorreu através de 
levantamento de dados em artigos científicos publicados referentes à saúde mental 
dos estudantes do ensino superior, recorrentes aos meios eletrônicos como BIREME 
- Biblioteca Regional de Medicina, sendo as bases de dados pesquisadas no 
Literatura Latino-Americana em Ciências em Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic 
Librany Online (SCIELO), e ainda na vivência das pessoas envolvidas através das 
ações que serão descritas a seguir. 
Quarta etapa: hipóteses de solução: A fase de hipótese de solução consistiu 
numa confrontação entre as discussões realizadas pelos pesquisadores nas fases 
anteriores, sendo que, esta etapa nos permitiu buscarmos elaborar de maneira 
crítica e criativa, as possíveis soluções. Em contraposição a fase anterior, as 
hipóteses foram reconsideradas inúmeras vezes, visto que, estava intimamente 
ligada a identificação dos pontos-chave, e consequentemente contribuiria para a 
realização das etapas anteriores do arco. Neste entendimento, relacionamos as 
34 
 
seguintes hipóteses de solução: Elaboração de materiais reflexivos e motivacionais 
voltados à saúde mental dos estudantes da UNIJIPA; Divulgação dos programas de 
apoios existentes: psicológicos e emocionais que a instituição disponibiliza, porém 
desconhecidos por muitos estudantes. 
 Quinta etapa – aplicação à realidade: Esta é a última etapa do Arco de 
Maguerez, no qual se elencou a aplicação das ações com as quais nos 
comprometemos. Assim, considerando a intencionalidade deste trabalho, foram 
realizadas ações visando cumprir os objetivos, com isso o cumprimento da quinta 
etapa do Arco de Maguerez foi distribuído em 03 (três) fases intervencionais, que 
contribuíram para a promoção e prevenção de transtornos mentais ocorridos em 
estudantes da UNIJIPA, para isso, foram utilizados vários recursos didáticos, 
descritos a seguir, no intuito de apresentar o problema, investigar o conhecimento e 
experiências ao que tange o tema, com isso foram realizadas ações a seguir: 
 Ação intervencional 01 – A fim de serem identificados os fatores psicológicos 
e emocionais existentes nos estudantes da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – 
UNIJIPA, foram distribuídos 03 (três) painéis (Figura 01), denominado “painel das 
emoções”, onde ficou exposto 01 (um) em cada corredor dos 03 (três) andares da 
instituição, no qual apresentava a seguinte interrogação: De acordo com o seu 
semestre, como você está se sentindo hoje? Os estudantes tiveram a oportunidade 
de estarem livres para relatar seus sentimentos, pensamentos, apoios, sem 
identificação dos mesmos, comprometendo-nos assim aos critérios éticos. 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01 – Painel das emoções. 
Legenda: Paineis distribuídos nos 03 andares da instituição de aplicação do projeto, Faculdade 
Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Figura A: Painel disponível para relatos e mensagens; Figura 
B: Estudantes de relatando no painel; Figura C: Estudantes observando os relatos descritos. 
 
Inúmeros relatos permitiu-se uma reflexão, os quais descreveram: 
 
No início eu achei que conseguiria, era um sonho se realizando. No 
entanto, não consegui. Sinto que deixei minha família em segundo 
plano, quero me formar, mas também quero que minha família me 
apoie (TRANSCRIÇÃO VERBAL). 
 
Me sinto cada vez mais triste, estou no 5º período, porém, pensei mil 
vezes em desistir, preciso de ajuda, não quero trancar o curso, mas, 
estou desmotivada (TRANSCRIÇÃO VERBAL). 
 
 A aplicação dessa ação tornou-se significativa, pois foi oportunizado a 
possibilidade da obtenção de relatos que carecem de atenção, para que assim a 
instituição possa trabalhar a prevenção dos transtornos mentais e prevenção do 
suicídio, pois um dos relatos que obtivemos dizia: 
A 
B C 
36 
 
Os dias seriam melhores se eu não existisse. Eu sou muito inútil 
(TRANSCRIÇÃO VERBAL). 
 
Me sinto sem valor nenhum. Às vezes acho que não vale a pena 
viver (TRANSCRIÇÃO VERBAL). 
 
 Ainda nesta atividade, estudantes oportunizaram e descreveram relatos 
motivacionais, tais como: 
A escalada pode ser árdua, mas a vista vale a pena (TRANSCRIÇÃO 
VERBAL). 
 
É necessário sempre acreditar que um sonho é possível 
(TRANSCRIÇÃO VERBAL). 
 
Através de uma análise do que foi sendo colhido e organizado, a fim de 
reunirmos elementos que pudessem responder ao objetivo do estudo e o problema 
eleito a partir da parcela da realidade focalizada, obtivemos relatos de estudantes 
que se diziam estar tristes, felizes, animados, preocupados, depressivos, ou seja, 
nos foi proporcionado a descoberta de um perfil, que nós acadêmicos, 
desconhecíamos. No entanto, alguns estudantes oportunizaram a atividade com a 
finalidade expor ideias, alguns sugeriram a criação de um Núcleo de apoio 
psicopedagógico e bem estar do estudante e um núcleo que visasse à mútua ajuda 
às pessoas com transtorno afetivo; além da oportunização de atividades que 
abordassem o assunto de saúde mental nesse contexto universitário. 
 Ação intervencional 02 – Na noite do dia quatro (04) de abril de 2019 foi 
realizada no auditório da UNIJIPA a segunda ação intervencional. Onde foi contado 
com a presença e o apoio das estudantes do curso de psicologia que explanaram o 
tema proposto através de uma palestra motivacional para os acadêmicos de 
diversos cursos, tratando da qualidade de vida e dos cuidados com a saúde mental 
que o estudante universitário necessita inserir em seu contexto acadêmico(Figura 
02), visto que, no Brasil tem havido uma crescente no índice de estudantes do 
ensino superior que tem sido acometido por transtornos mentais e emocionais tais 
como: estresse excessivo, ansiedade, tristeza, depressão e até mesmo o suicídio. 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 Figura 02 – Palestra motivacional “Qualidade de vida: cuidados com a saúde mental.” 
 Legenda: Figura A: Ocorreu a abertura do evento no auditório da UNIJIPA; Figura B: As estudantes 
 de psicologia realizaram apresentações formais iniciando com uma dinâmica; Figura C: Foi realizado 
 a discussão da temática e interação com os presentes; Figura D: Autores do projeto juntamente com 
 as palestrantes convidadas. 
 
Em oportuno, foi abordado no decorrer da palestra os apoios psicológicos e 
emocionais existentes através da Clínica Escola de Psicologia da UNIJIPA, sendo os 
atendimentos disponibilizados não somente aos estudantes da instituição, mas, a 
toda a população do município de Ji-Paraná. Estiveram presentes nessa ação, 
estudantes dos cursos de Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, 
Psicologia, Odontologia e Pedagogia, no qual, houve a participação dos presentes 
em vários momentos. 
Os estudantes presentes puderam perceber a importância de reservar um 
tempo para eles, para promover saúde mental. Equilibrando as atividades 
universitárias diárias com atividades de lazer. Foi notável a satisfação e o interesse 
A B 
D C 
38 
 
dos mesmos no projeto, nas dinâmicas desenvolvidas no decorrer da palestra sendo 
perceptível pela fala deles, a melhora na saúde mental. 
Ação intervencional 03 – Após a identificação dos problemas através da ação 
01, transmitir conhecimentos através da promoção da saúde mental e divulgarmos 
apoios psicológicos e emocionais através da Clínica Escola de Psicologia na 
instituição, encerrou-se as atividades com uma ação motivacional, no qual, foi 
estimulado aos estudantes à autorreflexão, através de janelas motivacionais, sendo 
espalhado pelos 03 andares da instituição janelas com uma cortina, estando em 
cada janela uma afirmativa que dizia: Abra a cortina e veja a pessoa mais importante 
da UNIJIPA, e quando o estudante abria a cortina, deparava-se com um espelho que 
refletia sua imagem indicando que ele (a) era a pessoa mais importante (Figura 03). 
 
 Figura 03 – Janelas motivacionais. 
 Legenda: Figura A: Janelas motivacionais distribuídas nos 03 andares da UNIJIPA; Figura B: 
 Docentes registrando seu momento de abertura da cortina e deparando-se com o espelho; Figura C: 
 Diretora da UNIJIPA aderindo a proposta e registrando seu momento. 
 
C 
A 
B 
39 
 
A ideia do espelho é uma excelente oportunidade para que a pessoa possa 
refletir sobre quem ela é e, especialmente, para que se veja sob outras perspectivas, 
o que lhe permite ampliar a visão de si mesmo e do mundo também. O ideal é que 
todos se sintam motivados a evoluírem e a se tornarem, a cada dia, pessoas 
melhores, acreditando em sí mesmo, e que é capaz de realizar seus sonhos. 
Observamos que as atividades mencionadas anteriormente influenciaram 
positivamente em uma boa parcela dos estudantes da UNIJIPA, pois foram 
atividades que estimulou a participação dos mesmos, sendo atividades que 
transcorreram as rotinas na instituição. 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Vários momentos da vida que requerem concentração, esforço e aprendizado, 
estamos suscetíveis a emoções que se caracterizam em fraqueza, desânimo, 
ansiedade, uso de drogas, depressão, até mesmo suicídio ou ainda em situações 
mais vulneráveis. Porém, na importância do estudante do ensino superior e de suas 
vicissitudes que o mesmo enfrenta é que encontramos nossa conclusão de defesa: o 
estudante do ensino superior tem o direito a uma assistência ampla e integral que 
concretize o compromisso social da instituição, dando-lhe a oportunidade de um 
desenvolvimento completo - profissional e cidadão. 
O presente estudo evidenciou a relevância da análise acerca da 
vulnerabilidade e bem-estar psicológicos dos estudantes do ensino superior. 
Conforme observado em relatos. É importante tal constatação, visto que, o 
sofrimento psicológico pode ter implicações pertinentes no processo de 
aprendizagem e formação do futuro profissional. 
Portanto, fica evidente o papel da instituição de ensino superior à 
necessidade de desenvolvimento de ações integradas de prevenção da saúde 
mental dos estudantes. Nessa perspectiva, o desenvolvimento de estudos que 
possam mapear a vulnerabilidade e a saúde mental nessas instituições se revelou 
fundamental para o planejamento e o desenvolvimento de tais ações. 
O ingresso no ensino superior origina respostas humanas positivas e 
negativas que requerem uma adequação. Perante a escassez de dados sobre esta 
problemática, este estudo contribui com elementos que elevam a compreensão 
sobre a saúde mental do estudante no cenário acadêmico. Este entendimento é 
40 
 
essencial para estabelecer intervenções de facilitação da transição, em virtude de 
que a transição é mais exitoso quando se antecipa e prepara. 
Por conseguinte, toda a diversidade de fatores que propicia o sofrimento 
psíquico e ferem o bem-estar dos estudantes do ensino superior devem ser alvo de 
reflexão e estudo aprofundado das instituições, as quais devem coordenar suas 
atividades a fim de difundir e aprimorar suas políticas e serviços de suporte e apoio 
psicológico e psicopedagógico aos estudantes. 
A Clínica Escola do Curso de Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-
Paraná - UNIJIPA atua desde 2018, atendendo não só os acadêmicos da instituição, 
mas, pessoas de todas as etapas do ciclo vital, desenvolvendo atendimento 
psicológico individual e trabalhando com grupos, visto que, além do desenvolvimento 
das atividades de formação de psicólogos, numa articulação essencial do ensino 
com a pesquisa e a extensão, a mesma vem objetivando o diagnóstico, a prevenção 
e o tratamento do sujeito em sofrimento, proporcionando atendimentos gratuitos de 
segunda à sexta-feira através de agendamento a partir das 13h00min, sendo de 
grande incentivo e proveito oferecido a comunidade acadêmica e a população do 
município de Ji-Paraná e região. 
Contudo, foi atingido parcialmente os objetivos do estudo, no entando estes 
resultados servem de subsídios não apenas para a constituição de serviços 
dedicados ao cuidado da saúde mental e qualidade de vida dos estudantes do 
ensino superior da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA, mas para 
direcionar as discussões sobre a influência do processo ensino-aprendizagem na 
saúde dos estudantes, como também possibilita a criação de um banco de dados 
sobre comportamento na comunidade universitária que pode servir de base para 
múltiplos estudos em diferentes campos disciplinares da Enfermagem e Psicologia 
ou engendrar outros desenhos que se apoiem na multi ou interdisciplinaridade com 
áreas afins. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ACCORSI, M. P. Atenção Psicossocial no Ambiente Universitário: Um estudo 
sobre a realidade dos estudantes de graduação da Universidade Federal de Santa 
Catarina. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa 
Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde 
Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2015. Disponível em: 
41 
 
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158800>. Acesso em: 09 set. 
2018. 
 
ALMEIDA, J. S. P. A. Saúde Mental Global, a Depressão, a Ansiedade e os 
Comportamentos de Risco nos Estudantes do Ensino Superior: Estudo de 
Prevalência e Correlação. Tese de Doutoramento Doutoramento Ciências da Vida – 
Saúde Mental / 1ª Edição. Revista da Faculdade de Ciências Médicas. Lisboa, 
2014. Disponível em: 
<https://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/2939/1/tese.pdf>. Acesso em: 06 set. 
2018. 
 
ALMEIDA, A. S; FUREGATO, A. R. F. Papéis e perfil dos profissionais que atuam 
nos serviços de saúde mental.

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