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PIC – Pedagogia
Alun@: Juliana Aparecida Ribeiro
RGM: 23532009
Polo: Machado
Tutor: Daniela Gonçalves de Oliveira
Desigualdade Social e a Escola para Jovens e Adultos
Atividade I/Unidade I
Na atualidade muito se fala sobre a evasão escolar, contudo, por mais que sejam
conhecidas as suas causalidades, pouco se debate sobre as possíveis soluções. Existem muitas
motivações para a desistência da conclusão da educação básica, no entanto, a que mais se
evidencia são as desigualdades sociais. Muitos alunos, sejam estes crianças ou adolescentes,
se encontram em condições de extrema pobreza e abandonam os estudos para ajudar os pais
nas despesas básicas de casa. Outros não possuem transporte adequado para chegarem até a
escola ou não possuem acesso aos materiais escolares ou a internet, o que os acaba motivando
a desistir da escola. No caso das meninas, uma gravidez não planejada durante a adolescência
e a ausência de apoio familiar, pode obrigá-las a desistir dos estudos.
Em alguns casos, aqueles que por algum motivo se viram forçados a abrirem mão dos
estudos, decidem voltar para completar a educação básica. A EJA, Escola para Jovens e
Adultos possui este intuito: dar uma nova oportunidade para estes alunos evadidos finalizarem
os estudos. Contudo, as desigualdades sociais ainda perduram na realidade de vida destes
alunos e o risco de evasão continua existindo.
Para Arroyo (2007), “a EJA é marcada por negações. São esses indivíduos evadidos
do ensino regular que serão frequentadores da EJA, posteriormente. Esse fato é que possibilita
a tomada de medidas para que o mesmo fenômeno não ocorra novamente com estes
indivíduos”. Sendo assim, a EJA possui como desafio compreender os fatores que podem
levar a uma repetição de evasão destes alunos, e a elaboração de estratégias sociais e
educacionais para garantir a permanência destes jovens e adultos.
De acordo com Cardoso e Ferreira (2012, p.63), “é importante conhecer a vida dos
alunos, os hábitos de vivência dos mesmos, suas experiências no cotidiano e, a partir daí,
construir um projeto de ensino que atenda suas reais necessidades” [...].
Sendo assim, diante do exposto, constata-se que cabe à Escola para Jovens e Adultos
investigar as necessidades atuais de seus alunos, sejam estas sociais e/ou educacionais e
elaborar meios que supram essas necessidades e eliminem os riscos de evasão. Cabe à EJA e
seus agentes formadores garantir a solidificação da presença destes alunos, e a apresentação
de propostas pedagógicas inovadoras, para que estes jovens e adultos vejam esperança no
processo e permaneçam até a sua formação.
Referências
ARROYO, M. G. Uma escola para jovens e adultos: Reflexão sobre a Educação de
Jovens e Adultos na perspectiva da proposta de Reorganização e Reorientação
curricular, São Paulo, 2003.
CARDOSO. J. FERREIRA, M. J. R. Inclusão e Exclusão: o retorno e a permanência dos
alunos na EJA. Debates em Educação Científica e Tecnológica, ISSN 2179- 6955, v. 02, nº.
2,p. 61 a 76, 2012. Disponível em http://ojs.ifes.edu.br/index.php/dect/article/viewFile/47/27.
Acesso em: 06 de abril de 2023.