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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II - FSC1025 MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES AMORTECIDO: O PÊNDULO Discente: Allana Silveira Bairros TURMA: 102 Docente: RICARDO BARRETO DA SILVA 1. INTRODUÇÃO O movimento harmônico simples amortecido é um tipo de movimento periódico que ocorre quando uma força de amortecimento, geralmente proporcional à velocidade, atua em sentido oposto ao movimento. Um exemplo comum desse tipo de movimento é o pêndulo amortecido, em que a força de amortecimento é o atrito com o ar. Nesse experimento, é medida a amplitude e a frequência do movimento do pêndulo amortecido e comparadas com as do movimento harmônico simples não amortecido.. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em um movimento num meio fluido, existe sempre a força de arrasto que reduz a quantidade de movimento. Se um Movimento Harmônico Simples ocorre neste meio, é chamado de Movimento Harmônico Simples Amortecido devido à força de arrasto agindo. Esta força é conhecida como Força de Amortecimento (Fa) e aumenta conforme a velocidade do objeto. A Fa é determinada pela equação. 𝐹𝑎 = − 𝑏𝑣 Eq. 1 em que b é uma constante de amortecimento que depende das características do meio e do objeto que está em movimento. Em movimentos oscilatórios, existe uma força que sempre direciona para o ponto de equilíbrio, conhecida como força restauradora. 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑡 = − 𝑘𝑥 Eq. 2 O deslocamento x, a partir do ponto de relaxamento, é sempre um vetor oposto à força restauradora. A força resultante é obtida pela subtração da força de amortecimento da força restauradora. A solução do termo acima fica: EQ. 3 Sendo 𝑥m o valor máximo da posição atingido pelo pêndulo, isto é, a amplitude inicial; b, o coeficiente de amortecimento; m, a massa do objeto suspenso; t, o tempo; e ω', a frequência angular do oscilador amortecido. A eq.3 nos dá um gráfico do decaimento de toda a posição descrita pelo pêndulo. Como estamos interessados apenas no decaimento da amplitude, teremos que: EQ. 4 A teoria do movimento harmônico simples amortecido prevê que a amplitude decai exponencialmente com o tempo. Para verificar se essa previsão se mantém na prática, comparamos a função prevista com os resultados obtidos do experimento. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL No laboratório, medimos amplitudes e períodos de um pêndulo com comprimento de 334 cm e massa de 6,8g. Usamos marcações no chão, fita métrica e cronômetros para medir as amplitudes e o tempo, respectivamente. O arco de deslocamento do pêndulo a curtas distâncias era aproximadamente uma reta, então medimos as amplitudes até o ponto de origem. Coletados os dados, foi feita a seguinte tabela: Tabela 1 A(c m 46 39 31 27 23 18 17 15 13, 50 13 T (s) 1, 88 3, 58 5, 25 7, 25 8, 9 11, 20 12, 87 14, 70 17, 19 19, 27 A tabela apresenta a amplitude (A) e o tempo (t) nos pontos em que a velocidade do objeto é nula Posteriormente, a tabela foi utilizada para construir o gráfico A(t), mostrado abaixo: Gráfico 1 Na imagem, as coordenadas A(t) do pêndulo estão marcadas e a curva representa uma função baseada na Eq. 4, ajustada com o valor de b/2m igual a 0,084 para prever a queda da amplitude ao longo do tempo. 4. ANÁLISE EXPERIMENTAL A teoria afirma que na presença de amortecimento, a amplitude de um movimento harmônico simples decai de forma exponencial no tempo. Para validar essa afirmação, analisamos o Gráfico 1. É claro que as coordenadas A(t) obtidas pelo experimento decaem de maneira semelhante à prevista pela Eq. 4, comprovando a validade da teoria aplicada. 5. CONCLUSÃO Através da Eq. 4, dos ajustes realizados e das comparações feitas no Gráfico 1, verificamos que o modelo ajusta satisfatoriamente os resultados experimentais, pois a maioria dos pontos seguem a curva padrão. Lembrando que na Eq. 4, b/2m foi ajustado para 0,084, permitindo a determinação do valor da constante de amortecimento b. Sabendo que a massa do objeto no pêndulo é de 6.8 gramas, temos: Encontramos o valor da constante de amortecimento para o sistema experimentado. REFERÊNCIAS HALLIDAY; RESNICK. Fundamento de Física: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2020. NUSSENZVEIG H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2014
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