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AULA 23/08 
Afecções tendíneas e sinoviais 
 Processos tendíneos 
 
 Anatomia: 
o Em amarelo: tendão flexor digital superficial 
o Em azul claro: tendão flexor digital profundo 
o Bainha digital flexora: estrutura sinovial que engloba esses 
tendões 
o Roxo: Ligamento suspensório- tem dois ramos de 
inserção, um em cada sesamoide proximal e depois ele 
emite um ramo extensor 
o Embora a tendinite flexora possa afetar os membros 
posteriores, esse processo é mais comum nos membros 
anteriores 
o Podemos ver a bainha digital flexora- é uma bainha 
sinovial, está presente no terço distal da canela até o terço médio da 
quartela aproximadamente, por dentro da bainhas passam os tendões 
flexores 
 
 Atividades atléticas: 
o Com menor e maior grau de impacto e de demanda elástica: corrida, 
hipismo, adestramento, etc 
o Esses exercícios vão acometer estruturas diferentes 
o Animais de corrida tem maior incidência de tendinite no tendão flexor 
superficial 
 
 Tendinite: 
o É um processo traumático que ocorre quando a carga recebida excede 
o limite elástico do tendão solicitado 
o Em equinos atletas podemos classificar as tendinites: flexoras em 
tendinites extratecais e intratecais 
o Lesões extratecais: ocorrem na região onde não existe a bainha 
sinovial, ou seja, no terço médio da canela 
o Lesões intratecais: ocorrem dentro da bainha no terço distal da 
canela- como tem envolvimento de uma estrutura sinovial, recebe o 
nome de tendosinovite 
o Na tendinite flexora extratecal: o tendão afetado é o tendão flexor 
digital superficial e não há envolvimento de estruturas sinoviais- 
tendinite ( exercício em alta velocidade) 
o Na tendinite flexora intratecal: o tendão afetado é o tendão flexor 
digital profundo e a bainha digital flexora está envolvida, dai o nome 
tendosinovite flexora 
o Em qualquer um dos casos, o exercício de alto impacto (alta 
velocidade), a fadiga e a falta de condicionamento são fatores de risco 
importantes 
 
 Tendinite flexora- Tendão flexor digital superficial- clínica e 
diagnóstico: processo 
extratecal 
o Principais manifestações 
clínicas: apoio com o 
membro semi-
flexionado(aliviar a tensão), 
a claudicação em diversos 
graus e o aumento de 
volume na face palmar da 
canela (face posterior), 
geralmente em seu terço 
médio- geralmente ocorre 
após um episodio de 
exercício, corrida 
o As setas vermelhas 
apontam o aumento de volume característico da tendinite do tendão 
flexor digital superficial. Raramente vê em membros posteriores por 
questão de biomecânica 
o Clínica e diagnóstico: 
 Além da inspeção com o animal parado e em movimento, que 
revela a presença do aumento de volume e da claudicação. O 
exame clínico inclui a palpação profunda dos tendões flexores 
em busca de resposta dolorosa e o teste de flexão do membro 
distal (boleto) , que deve exacerbar a claudicação 
 Achados no caso da tendinite: dor a palpação do local afetado 
(no caso terço médio da canela), a resposta do animal pode ser 
difícil de interpretar, existem animais que reagem sempre que 
aplica pressão em qualquer lugar. O que pode ser feito é: 
fazemos a manobra no membro que não é suspeito, se suspeita 
que é na mão direita, primeiro examina a mão esquerda e 
depois faz o mesmo na mão direita, para conseguirmos ver o 
que é realmente dor e o que é reação de defesa da manipulação 
 Flexionar o boleto e depois boleto e carpo 
 
 
 
 
 
o Diagnóstico complementar: 
 Quando o exame clínico deixar 
duvida quanto à sede da dor, 
podemos realizar o bloqueio 
anestésico dos nervos palmar e 
metacarpiano palmar na região proximal da canela, 
idealmente devemos anestesiar primeiro o casco e 
o boleto, garantindo a localização da dor na região 
da canela (bloqueio 4 pontos altos) 
 
 Ultrassonografia: 
o Passo final para o diagnóstico é o exame ultrassonográfico, a fim de 
confirmar a localização da lesão 
o Esse exame permite a identificação da estrutura lesada e a 
determinação do grau (% área) e da extensão da lesão (cm) 
o Imagens abaixo 
de seção 
transversal e 
longitudinal das 
estruturas 
palmares da 
canela 
o Nota-se a 
diferença de 
ecogenicidade do 
tendão flexor digital superficial, destacado em azul indicando ruptura 
de fibras 
o O segundo mais globoso é o profundo, ligamento acessório desse 
tendão que só está presente no terço superior da canela e o ligamento 
suspensório 
o Quanto menos denso for o tecido, mais escuro ele será 
o Tendão com perda de fibras- edema 
o Exemplo de achado 
ultrassonográfico clássico da 
tendinite flexora, que é a lesão 
circunscrita ou em ‘’core’’ 
semelhante a um vacúolo 
o Quando vê em corte transversal, 
por exemplo, conseguimos estimar a porcentagem de área que foi 
perdida e isso da uma ideia do tempo que vai demorar em preencher 
o Na longitudinal também vemos a perda de fibra, mas ela nos da outro 
dado que é: qual é a extensão da lesão, geralmente medimos em 
centímetros abaixo do acessório do carpo (ex: começa em 3cm e 
termina em 10cm) 
o Cicatrização no tendão é lenta, pois ele é mal irrigado 
o Os primeiros 30 dias de tratamento para o preenchimento da lesão, 
após os primeiros 30 dias se repete a primeira ultrassonografia, a lesão 
já estando preenchida começa-se o protocolo fisioterapêutico com o 
incremento gradativo 
o Aumento gradativo com 20 minutos, passa para 30, com 60 dias repete 
a ultrassonografia, se estiver melhorando repete com 90 dias e se o 
animal não apresentou recidiva neste período, vamos aos poucos 
reintroduzindo atividade atlética 
 
 Tratamento: 
o Envolve o controle da inflamação para que ocorra a reconstituição no 
tecido lesado 
o E se divide em métodos: 
 Químicos 
 Físicos 
 Biológicos 
o Que tem por objetivo ajudar ou contribuir para que o tecido que se 
forma, que vai preencher a lesão, ou seja, o tecido que vai de fato ser 
depositado ali seja um tecido com a mesma característica do tecido 
original 
o Temos a entreposição de tecido, mas é um colágeno de qualidade 
inferior, é um tecido cicatricial e isso vai comprometer a capacidade 
elástica do tendão. Então no tendão flexor digital supercial, que é um 
tendão que tem uma função elástica importante, o fibrosamento é uma 
sequela que em geral vai predispor o animal a recidiva ou não vai 
permitir que ele volte a trabalhar com o mesmo grau de desempenho 
o A recorrência da tendinite ela é comum, é grave, trás grandes perdas 
econômicas e até hoje não conseguiu um método perfeito para evitar 
que esse tendão perca elasticidade e os métodos biológicos são os 
mais promissores que temos a mão 
o Repouso também é fundamental 
 
o Métodos químicos- fase aguda ou nas recidivas, picos de 
reagudização: 
 AINES- usadas em via sistêmica e tópica 
 Seletivos- equinos: bloqueiam apenas as COX 1 
 Seletivos x não seletivos- sistêmicos: 
 Fenilbutazona 2,2-4,4mg/kg 
 Flunixin Meglumine 1,1 mg/kg 
 Meloxicam 0,6 mg/kg 
 Fenilbutazona e o Flunixin- tem bloqueio não seletivo, 
tem uma maior chance de irritação gástrica (gastrite, 
ulceração) 
 Diclofecano 1% (Surpass)- tópico 
 
o Métodos físicos: 
 Estratégias fisioterapêuticas: 
 Crioterapia (varias vezes ao dia 20 minutos cada)- 
ajuda no controle da dor 
 Cinesioterapia- movimentação sem carga: ajuda a dar 
um estimulo e também é um estimulo para que o tecido 
que se deposita ali fique alinhado, ou seja, no ultrassom 
vemos que as fibras do tendão são paralelas, na cicatriz 
fica desorganizado. Então o movimento sem carga ele 
ajuda a direcionar um pouco a de posição desse tecido 
ao longo das fibras e então favorece a recuperação do 
animal 
 Com a cinesio vamos conseguir uma flexão mais 
intensa da articulação do que se o animal caminha ao 
passo, da um estimulo diferente, é feito manualmente. 
Eleva a mão do animal e flexiona, estende e flexiona 
repetidamente 
 Outro- laser terapia nos processosagudos pode ajudar 
na replicação celular com preenchimento da lesão e 
também tem o efeito antálgico, ou seja, no controle da 
dor 
 Após a remissão do quadro agudo, o protocolo fisioterapêutico 
passa a incluir exercício controlado 
 Incremento gradativo (tempo) 
 Incremento gradativo (intensidade) 
 
o Métodos biológicos (intralesional): 
 Tem por objetivo estimular o preenchimento da lesão por 
tecido da mesma qualidade do tecido original, em vez de 
tecido cicatricial 
 Isso é importante para que não haja perda de capacidade 
elástica 
 Os métodos biológicos vão incluir o IRAP- antagonista do 
receptor da interleucina do tipo 1 (vai interromper cascata 
inflamatória), indicado na fase aguda da inflamação (estimulo 
da proliferação celular) 
 O PRP- plasma rico em plaquetas (métodos de preparo) e o 
aspirado de medula óssea (centrifuga ou não) que abordam 
fatores de crescimento 
 E as células tronco mesenquimais (CTMs)- coleta e cultura 
 Esses produtos são aplicados diretamente na lesão e embora 
promissores, ainda são em grande parte considerados 
experimentais 
 
o Fase final: 
 A atividade física deve ser gradativamente introduzida até o 
nível desejado de desempenho 
 Nessa fase o animal deve ser cuidadosamente monitorado 
quanto a sinais de claudicação para evitar a recidiva do 
quadro 
 O prognóstico da tendinite flexora é considerado reservado 
 A claudicação ela reflete o grau de inflamação, mas ela não 
reflete o grau de lesão do ponto de vista ultrassonográfico, ou 
seja, a extensão e porcentagem de perda de fibras 
 Quando a inflamação melhora a claudicação melhora, mas 
muitas vezes aquele tendão ainda não sofreu um 
preenchimento necessário para que possa voltar a aplicar 
carga no membro 
 Sem a ultrassonografia, se tomar por base apenas a melhora 
da claudicação corre um risco grande de reintroduzir 
precocemente o trabalho e levar o animal para uma recidiva, 
por isso a ultrassonografia é muito importante 
 
 Tendosinovite flexora- lesões intratecais no terço 
distal (tendão flexor digital profundo e a bainha 
digital flexora): 
o Neste caso também se observa claudicação em 
resposta positiva a flexão do membro, porém o 
aumento de volume afeta o terço distal da canela e 
nota-se a presença de líquido sinovial na bainha 
flexora 
o Diferenças biomecânicas: envolve o tendão flexor digital profundo, ele 
não tem uma participação tão grande na absorção de impacto 
o Diferenças- manifestações clínicas: o tendão profundo ele é mais 
distal, está mais contido dentro da bainha sinovial, não vemos a 
convexidade característica no terço médio da canela e vemos em 
contra partida, o derrame da bainha digital flexora, ou seja, aumento de 
volume do líquido sinovial que está dentro 
o Na foto: quando a pessoa pressiona forma uma bolha maior, o fluido se 
desloca para um ponto e fica maior 
 
 Ultrassonografia: 
o O diagnóstico também é confirmado pelo 
ultrassom, que deve revelar rupturas marginais no 
tendão flexor digital profundo (indicadas pelas 
setas amarelas), além da presença de fluido no 
interior da bainha digital flexora (indicada pela seta 
vermelha). Essa é uma característica radiográfica 
de uma lesão intratecal 
o Imagem do terço distal da canela 
o Não tem lesão em ‘’core’’ como no superficial 
 
 Tratamento: 
o Segue os mesmos moldes descritos para as lesões extratecais 
o Controle da inflamação 
o Reconstituição do tecido lesado: métodos químicos, físicos e biológicos 
o Da para entender com base na imagem ultrassonográfica, que o 
preenchimento da lesão não é exatamente crítico, pois não tem uma 
lesão do tipo ‘’core’’ nessa região dificilmente, muitas vezes temos um 
resposta um pouco melhor e como é um tendão que participa menos 
da absorção de impacto, ele é mais solicitado na segunda metade do 
passo quando o casco já está apoiado no chão, não temos em geral 
uma sequela tão grave quanto a sequela deixada pela tendinite no 
tendão flexor digital superficial 
 Complicações: 
o Porém a tendosinovite 
flexora pode ser 
complicada pela 
compressão secundaria 
exercida pelo ligamento 
anular palmar (desmite do 
ligamento anular palmar) 
o Esse ligamento está 
localizado entre a pele e a 
bainha digital flexora na altura do boleto 
o Tem tendão que aumenta de volume, fluido que aumenta de volume e 
a estrutura não se distende, então secundariamente tem uma 
compressão do tendão, ele já é mal irrigado 
o Quando o anular está com constrição dessa forma prejudica ainda 
mais a irrigação, tem duas consequências: processo inflamatório se 
perpetua e ocorre a aderência também do anular, ele se espessa e se 
adere e acaba tendo muitas vezes devido a essa má irrigação um 
processo de necrose no tendão flexor digital profundo 
o Fazer ultrassom para tentar identificar se houve ou não espessamento 
do ligamento anular, geralmente ele não é visível na ultrassonografia 
do animal normal (tem 2mm) e quando ele está espessado já 
antecipamos que o caso vai se cronificar. Muitas vezes fazemos uma 
abordagem cirúrgica em que libera a compressão que está sendo 
exercida por esse ligamento 
o Lesões intratecais- TFDP 
 Distensão bainha DF x contrição ligamento anular 
 
 Tratamento cirúrgico: 
o Quando isso ocorre indica-se tratamento cirúrgico, que corresponde a 
secção do ligamento anular para aliviar a compressão e liberar 
eventuais aderências, permitindo não só a função mecânica, como boa 
irrigação do tendão 
o Mas como não é a lesão do tipo ‘’core’’, não é o preenchimento da 
lesão em si que interessa, a ausência de aderências que interessa e a 
regressão do 
processo 
inflamatório, 
para que não 
incorra 
exatamente 
nessa 
complicação 
secundaria que é a constrição gerada pelo ligamento anular 
o Essa técnica recebe o nome de: Desmotomia anular palmar e pode ser 
realizada pela abordagem aberta ou tenoscopia 
 
 
Segunda parte 
Afecções sinoviais (ênfase articulares): 
 Anatomia: 
o As articulações são compostas por 
uma capsula articular fibrosa que 
é revestida internamente pela 
membrana sinovial 
o A membrana sinovial produz o 
líquido sinovial, responsável pela 
lubrificação e impede o atrito e a 
erosão da cartilagem articular 
o Externamente encontram-se os 
ligamentos periarticulares, 
algumas articulações 
possuem também 
ligamentos intra-articulares- 
dão sustentação da 
articulação 
o A cartilagem articular possui 
diversas camadas: 
superficial, transicional e 
radial 
o Em seguida vem a zona de 
cartilagem calcificada logo 
acima do osso subcondral 
o A cartilagem articular tem um papel muito importante no amortecimento do 
impacto 
 
 Patofisiologia: 
o Trauma articular seja ele decorrente de eventos únicos ou repetidos pode 
gerar inflamação articular, um processo doloroso que recebe o nome de 
artrite e se caracteriza inicialmente pelo aumento de volume e pela perda 
de viscosidade do líquido sinovial, ou seja, tem perda da lubrificação 
o Com a persistência da inflamação ocorrerá atrito entre as extremidades 
ósseas recobertas pela cartilagem articular, levando a sua erosão e 
exposição do osso subcondral que caracteriza processo crônico 
(neoformação óssea intra-articular) 
 
 Artrites- sinais clínicos da inflamação articular: 
o Claudicação persistente de grau variável (quem determina o grau de 
claudicação é o grau de inflamação), de acordo com a intensidade da 
inflamação, a distensão da cápsula articular em resposta ao aumento 
do líquido sinovial, a dor a flexão passiva da região afetada e a dor a 
flexão ativa, ou seja, flexão seguida de exercício ao trote (flexão 
passiva exige um pouco mais de flexão e essa resposta já vai ser e 
quando ele trota vai ter a piora da claudicação, ou seja, resposta 
positiva da flexão ativa) 
 
 Diagnóstico: ajuda no diagnóstico diferencial 
o O estudo radiográfico nos permite a seguinte classificação: 
 Sinovite/capsulite: são processos que não envolvem erosão da 
cartilagem ou neoformação óssea intra-articular 
 Fraturas intra-articulares e osteoartrites que são os processos 
que envolvem erosão da cartilagem e/ou neoformação óssea 
intra-articular 
 
o Sinovite/capsulite: 
 As manifestações clínicas são a distensão capsula articular e a 
claudicação de grau variável responsiva aos testes de flexão 
 O exame radiográfico não deve relevar nada digno de nota 
 Inflamação da cápsula e do recobrimento interno 
 
o Fraturas intra-articulares: 
 Principalmente as 
osteocondrais se 
manifestam 
clinicamente como 
sinovites e capsulites 
 O estudo radiográfico 
é a ferramenta 
diagnóstico de eleição 
 Fratura osteocondral no osso terceiro metacarpiano indicado 
pela seta, a fratura não era evidente nas demais projeções 
radiográficas. Visando a importância do exame radiográfico 
completo em casos suspeitos, pois a retirada do fragmento 
fraturado é fundamental para evitar a progressão para 
osteoartrite 
 Tem manifestações clinicas de um processo de artrite e 
achados radiográficos que nos indicam que a causa da artrite é 
uma fratura 
 
o Osteoartrite: 
 O diagnóstico também 
depende do estudo 
radiográfico minucioso 
 Não conseguimos ver 
na radiografia a erosão 
de cartilagem, mas 
vemos neoformação 
óssea 
 Se houve neoformação 
óssea, com certeza 
houve lesão de 
cartilagem 
 Os principais achados são: neoformação óssea intra-articular e 
a ossificação parcial do espaço articular 
 A imagem do canto superior esquerdo: mostra extensa 
neoformação óssea na articulação radio cárpica 
 Na imagem do canto inferior direito podemos ver o mesmo tipo 
de alteração afetando a articulação tarso metatarsiana 
 
o Em alguns casos os achados clínicos e 
radiográficos podem indicar apenas 
sinovite/capsulite, quando na realidade já há erosão 
da cartilagem articular. Esses casos em geral não 
evoluem bem, não respondem bem ao tratamento e 
requerem investigação diagnóstica mais detalhada, 
com técnicas como ressonância magnética e a 
artroscopia que permite a visualização do ambiente 
articular em tempo real 
 
 Tratamento: 
o De modo geral as artrites caracterizadas apenas por sinovite e 
capsulite são tratadas pelo controle da inflamação 
o Como no caso das tendinites isso envolve o repouso e o uso de drogas 
anti-inflamatórias não esteroidais, além de métodos fisioterapêuticos 
o Sempre que possível devemos optar pelos anti-inflamatórios seletivos, 
a fim de proteger a mucosa gástrica 
o A articulação se beneficia bastante do movimento, mas quando tem 
uma articulação inflamada ela não se beneficia da aplicação de carga 
o Então uma forma de manter um ambiente intra-articular ‘’saudável’’, 
seria permitir que o animal use a articulação sem a carga excessiva 
o AINES: 
 Seletivos x não seletivos- sistêmicos 
 Fenilbutazona 2,2-4,4mg/kg 
 Flunixin meglumine 1,1 mg/kg 
 Meloxicam 0,6 mg/kg, Firocoxib 
 Diclofecano 1% (Surpass)- tópico 
 
o Fisioterapia: 
 Métodos físicos- gelo, hidromassagem 
 Cinesioterapia- movimentação sem carga 
 Esteira aquática 
 
 Condroproteção: 
o As estratégias terapêuticas também se voltam a preservação da 
cartilagem articular ou condroproteção 
o Os próprios mediadores inflamatórios têm efeitos deletérios sobre a 
cartilagem articular, motivo pelo qual a supressão da inflamação 
articular é bem vinda 
o Os corticoesteroides podem ser considerados condoprotetores desde 
que usados com critério, administração intra-articular única de drogas 
de curta ação 
o Tem de ação longa e curta 
 Metilprednisolona x triamcinolona/ betametasona 
 Corticoesteroides de depósito: de ação longa 
 Em um quadro intenso de artrite aguda, desde que não tenha 
fratura, se tiver fratura não é indicado tratar com corticoide, 
mas se não houver fratura os mediadores inflamatórios cuja 
liberação desencadeada o processo traumático de artrite, eles 
são muito nocivos para a cartilagem articular também. Então a 
perpetuação da inflamação, a duração prolongada da 
inflamação intra-articular, ela também é deletéria para 
cartilagem articular 
 Condroprotetor: proteger a cartilagem 
 
o Então, se o próprio mediador inflamatório é um agente nocivo para 
cartilagem, se rapidamente conseguir diminuir o grau dessa inflamação 
não está protegendo a cartilagem? Com esse raciocínio em mente, o 
uso do corticoide pode ser indicado, porém é para o quadro agudo e 
não é administração repetida por longo período de tempo, pois o 
corticoide vai suprimir também varias outras coisas e em geral ele não 
vai favorecer se tiver uma pequena lesão, o preenchimento dessa 
lesão, com critério 
o Em um quadro agudo poderia usar administração intra-articular o 
corticoide de curta ação, simplesmente para diminuir o grau de 
inflamação e a partir dai usar outras modalidades terapêuticas (usado 
quando a inflamação é intensa e não há fratura) 
o O corticoide de depósito (ação longa) só está indicado em casos 
específicos em que desejamos a destruição de cartilagem (se reserva 
apenas para casos específicos) 
o Outros condoprotetores são: acido hialurônico e as 
glicosaminoglicanas polisulfatadas 
o Ácido hialurônico HÁ (alto peso molecular> 500.000 daltons)- é um 
componente do líquido sinovial, tem capacidade anti-inflamatória muito 
menos intensa do que o corticoide, mas muitas vezes usamos 
associado ácido hialuronico com corticoesteroide intra-articular 
 IA- administrações repetidas- somente o acido hialuronico (3 
administrações, com intervalo de 15 dias) 
 Quanto maior o peso molecular da droga, melhor a qualidade 
 IM/VO- profilático? Benéfico? 
o Glicosaminoglicanas PSGAG > grau de sulfatação 
 Vai agi no sentido de favorecer a recuperação da cartilagem 
articular:intra-articular 
 A administração ela propicia a infecção, favorece a infecção 
 Muitas vezes acrescentamos micacina, gentamicina na injeção 
 IA- administrações repetidas, infecção 
 IM (pentosan> hialuronan)- com menos evidencias de eficácia 
 
o Injeções intra-articulares devem ser realizadas com técnica estéril para 
prevenir a infecção 
o As mesmas terapias biológicas indicadas para tendinite, também vem 
sendo amplamente estudadas para o tratamento dos processos 
articulares e são as mais promissoras, uma vez que poderiam permitir 
a reconstituição da cartilagem lesada com melhor prognóstico com 
retorno a função 
o Soro autólogo condicionado- IRAP/ACS 
 Proteína antagonista do receptor IL-1 
 Supressão ação interleucina 1 
 Sinovite, AO incipiente 
 IRAP: quando temos o inicio do processo de osteoartrite, ou 
seja, os casos de longa evolução tende a ter uma resposta 
menor, devido o tipo de mecanismo de ação dele, então 
geralmente nas fazes com maior atividade inflamatória 
o Plasma rico em plaquetas- PRP 
 Contagem de plaquetas produto>sg 
 1 x 2 centrifugações; falta de padronização 
 Dificuldade em ter certeza da qualidade do produto 
o Células tronco (CTMs, medula óssea) 
 Resultados promissores 
 
 Entidades clínicas- equinos atletas: 
 
 Sinovite vilonodular: 
o Também chamada de sinovite proliferativa crônica 
o É um quadro de sinovite/capsulite caracterizado por trauma em 
resposta a corrida, atividade exercida pelo Puro Sangue Inglês 
o Essa artrite afeta a articulação metacarpo falangeana e decorre de 
trauma repetido imposto pela corrida em alta velocidade 
o Sinais clínicos característico: a claudicação com sede nos boletos 
dos membros anteriores e responsiva aos testes de flexão, além do 
aumento de volume da articulação afetada 
o É caracterizada pela formação de um sinovioma o ponto de inserção 
da capsula articular, 
com o tempo é 
comum surgir uma 
área de lise óssea 
nesse local, esse 
achado é sugestivo 
do problema 
 O sinovioma 
gera 
compressão, ele perpetua a inflamação 
 Radiografia simples: vê área de lise(onde está a seta) 
 Radiografia contrastada: o contraste preenche a articulação, 
exceto o ponto onde está o sinovioma, isso nos diz qual é o 
tamanho dele 
o A suspeita deve ser confirmada por estudo radiográfico contrastado, 
que revela falha de preenchimento no local correspondente 
o Mesmo na ausência de sinais de lise óssea, o estudo contrastado 
deverá ser realizado quando os sinais clínicos forem compatíveis 
o Dicas: cavalo de corrida, articulação metacarpo falangeana afetada, 
repouso e trata e se volta a trabalhar piora, claudicação em geral o 
grau é considerável e recorrente, derrame, ou seja, aumento de volume 
do fluido com distensão de cápsula e flexão positiva nos picos de 
agudização ou na primeira manifestação aguda 
o No cavalo de corrida a indicação é: fazer a artroscopia da articulação e 
remover o sinovioma- sinovectomia parcial 
 
 Tratamento cirúrgico: 
o Nos cavalos de corrida o tratamento da sinovite é cirúrgico 
o A técnica de eleição é a sinovectomia parcial, realizada por meio da 
artroscopia 
o Medicação intra-articular diminui inflamação 
o Em animais que realizam exercício de menor intensidade com nível de 
exigência mais baixo, os sinoviomas pequenos podem ser tratados de 
forma conservativa 
o O prognóstico é reservado 
 
 Osteoartrite interfalangeana proximal: 
o Também chamado de ‘’ringbone’’ alto é outro quadro comum em 
equinos atletas- articulação acometida é a interfalangeana proximal 
o Essa articulação fica na região da quartela. A escassez de tecidos 
moles no local facilita a ocorrência de reações periostais com 
envolvimento articular, decorrentes de trauma direto 
o É um processo degenerativo que tem perda da cartilagem articular com 
neoformação óssea intra-articular na articulação interfalangeana 
proximal 
o Achados clínicos característicos: claudicação com sede no membro 
distal e responsivas aos testes de flexão do digito 
o A presença de volume 
firme e doloroso na região 
da quartela é outro 
achado que reforça essa 
suspeita 
o Nota-se a reação periostal 
de caráter ativo, que já 
envolveu a linha articular, 
indicada pelas setas 
amarelas 
o Na imagem a esquerda é 
possível ver ossificação do espaço intra-articular 
o Articulação inter-falangeana proximal ela é uma articulação que 
responde a um insulto traumático com neoformação, é difícil de evitar 
que ocorra 
o Muitas vezes o quadro mesmo com tempo curto de evolução, já é um 
quadro de osteoartrite, difícil conseguimos evitar que ela se instale, em 
contra partida como a articulação já tende a responder ao insulto 
traumático com neoformação óssea, conseguimos acelerar esse 
processo e promover a fusão da articulação, é uma articulação de 
baixa mobilidade, quando o animal perde mobilidade nessa região 
muitas vezes ele ainda tem uma boa condição de desempenho atlético, 
consegue resolver o processo inflamatório que é o que gera dor 
o É mais grave ter o ‘’ringbone’’ na articulação interfalangeana distal, 
pois a distal é de alto movimento, a perda da biomecânica para o 
animal é muito importante e já é uma articulação que não responde 
facilmente ao insulto traumático com neoformação óssea. Tentamos 
induzir a neoformação óssea, ela ocorre de forma parcial e isso faz 
com que não consiga eliminar o processo inflamatório que é a causa 
da dor 
 
 Tratamento: 
o A articulação interfalangeana proximal é de baixa mobilidade e tende a 
responder a um insulto traumático com neoformação óssea 
o Por esse motivo, o tratamento de eleição para equinos atletas é a 
artrodese ou 
fusão cirúrgica 
da articulação, 
que nesse caso 
elimina o 
processo 
doloroso sem 
impedir o desempenho atlético 
o Tratamento conservativo- limites x recidivas 
o Conservativo é muito limitado: fato da articulação responder facilmente 
com neoformação óssea e não conseguimos interromper o processo e 
outro é a dificuldade de medicação intra-articular, principalmente 
quando já há neoformação óssea 
o Prognóstico reservado: a chance de recuperar é boa, depende do tipo 
de esporte que o animal realiza o prognóstico pode ser melhor ou pior 
 
 Osteoartite társica: esparavão ósseo 
o É um processo degenerativo crônico (recidivante) 
extremamente comum em equinos atletas 
o Essa artrite tem caráter insidioso 
o Os principais achados no exame clínico: 
claudicação crônica de membro posterior responsiva a 
flexão do tarso e o grau de flexão reduzido dessa 
articulação 
o Claudicação em geral de grau mais moderado 
o Claudicação de inicio insidioso 
o Senilidade: pode aparecer com a idade 
o Achados radiográficos característicos: neoformação óssea intra-
articular (osteofitos), principalmente nas margens dorsal 
e dorso medial das articulações inter-tarsiana distal e 
tarso-metatarsiana 
o Além da ossificação parcial dos espaços articulares 
correspondentes 
o As articulações distais do tarso não evoluem facilmente 
para anquilose e não se prestam tão bem a artrodese, 
embora também sejam de baixa mobilidade. Por esse 
motivo o tratamento de eleição é o uso de medicação 
intra-articular a base de ácido hialurônico associado ao 
corticoesteroide 
o Nesse caso o corticoesteroide de depósito (longa ação) está indicado, 
uma vez que a supressão da inflamação é desejável assim como a 
destruição progressiva da cartilagem articular 
o O uso de nutracêuticos e terapias regenerativas para tratamento dessa 
artrite segue sendo objeto de estudos e atualmente já existem 
protocolos de tratamento a base de Bifosfonatos, que interferem no 
mecanismo de remodelação óssea- uso sistêmico- Tiludronato 
o Bifosfonato: tem função de inibição de secreção de oxido nítrico e isso 
tem haver com processos dolorosos, consegue melhorar a resposta 
dolorosa (mais promissor nos casos de artrites). Outra função que ele 
tem é interferir no equilíbrio entre atividade osteoblastica e 
osteoclastica , então quando tem reabsorção óssea o que acontece, 
tem uma célula chamada osteoclasto, ela vai consumir o tecido ósseo 
e osteoblasto ela forma o tecido ósseo, existe um equilíbrio entre esses 
processos que é natural 
o Essa articulação ela não responde a neoformação óssea articular 
quando faz insulto cirúrgico, continua com a calcificação parcial 
o Agentes anquilosantes- uso intra-articular: álcool 70%, cloreto de 
amônio 
o Procedimentos cirúrgicos 
o O prognóstico, entretanto permanece reservado 
o A lesão radiográfica ela não reflete o grau de gravidade em termos de 
função 
o Usamos a avaliação radiográfica e clinica: para estimar o grau de 
acometimento e principalmente o prognóstico, pois são animais em 
geral atletas, longevos e principalmente os animais de adestramento e 
salto é diferente da corrida, pois o animal de corrida tem uma vida 
atlética mais curta, enquanto os de salto e adestramento existem com 
10/12 anos ou mais 
 
 Sinovite idiopática: 
o Importante diagnóstico 
diferencial 
o Afeta a bainha digital 
flexora e a articulação 
tíbio-tarsica 
o Idiopática: não se sabe a 
causa 
o Caracterizam-se pelo 
aumento de volume do 
líquido sinovial, porém 
sem claudicação, sem 
lesões radiográficas e sem 
lesões ultrassonográficas 
o Pode afetar os membros 
anteriores e posteriores e 
muitas vezes recebe o nome 
de ovas 
o O exame clínico revela 
apenas distensão da bainha, 
sem sinais de claudicação 
o Esse problema pode ser 
considerado estético e não 
requer tratamento 
o O mesmo tipo de problema pode ocorrer na articulação tíbio-tarsica e 
também não requer tratamento-Chamada de esparavão mole (apenas 
um aumento de volume, sem claudicação)

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